Monique Wittig

O lesbianismo foi tema central nos estudos, teorias e escritos de Monique Wittig (1935-2003). O lesbianismo é, para autora, o único conceito além das categorias homem e mulher; é um conceito revolucionário. La Contrainte à l’hétérosexualitéet la existence lesbienne’, de Adrienne Rich, escrito em 1981, é um texto com teor semelhante aos escritos de Wittig. Sua discussão parte do pressuposto de que dentro da heterossexualidade compulsória cria-se uma percepção da existência lesbiana. Enquanto as precursoras do movimento feminista dos anos 1960-1970 preocupam-se com a análise dos mecanismos de dominação, as feministas dos anos 1970-1980, a exemplo de Monique Wittig irão questionar a naturalização da maternidade e a heterossexualidade obrigatória. A lesbiandade é elevada ao estatuto de conceito revolucionário nos seus escritos.

This paper studies the role played by the figure of the Trojan horse in the work of Monique Wittig. I argue that if this particular figure is so important to Wittig, it is not only because it is a pillar of tradition that they want to overthrow, but also because, according to them, it is always from within that this overthrow can take place, just as it was from within that Odysseus was able to overthrow Troy. I also argue that the Trojan horse, through what Wittig calls the “universalization” of the lesbian standpoint, functions in their work as an anti-essentialist figure that dismantles notions such as identity and foundation.

The lesbian thinker Monique Wittig, in questioning the binary sex relations that define two opposite social classes – men and women – argues that "lesbians are not women", because they are not subjected to the same oppressions as the supposed "class of women". We objectify through bibliographical revision to show bichas, viados, caminhoneiras, sapatonas etc. promote a rupture with traditional notions of masculine and feminine by the way they are presented and understood socially, since they are also displaced from heterosexuality. So, we think then as other processes of (dis)identification, since they are not located in the same spectrum of privilege, power and relational that those inserted in the organization of classes of the feminist materialist thought.

Il primo romanzo di Monique Wittig, "L'Opoponax" (1964) rappresenta una sfida traduttiva molto interessante per l'uso che fa del pronome "on". Si tratta di una strategia formale che prefigura quel "soggetto lesbico" di cui la pensatrice darà conto più tardi, nei saggi teorici raccolti nel volume "The straight mind". Di tali saggi non poteva certo tenere conto la traduzione italiana uscita per Einaudi nel 1966. Oggi, invece, essi ci offrono l'opportunità di ripensare quella traduzione e di proporre strategie diverse di passaggio dal francese all'italiano per "dire" un soggetto che si posiziona al di fuori e oltre la "marque du genre".

Taking as my object the Monique Wittig’s 1969 novel Les guérillères, I mean to explore the difficulties of ambiguously “utopian” science fiction, especially with regard to the intersection and tensions between French “postmodern” and “feminist” political strategies in the early seventies. Les guérillères’s three-part, dialectical structure, as well as its status as radical feminist science fiction, at first suggests a utopian vision of a future synthesis born of a revolutionary women’s struggle, and indeed it has been read that way (Chisolm, Nelson-McDermott, etc). But the circles marking the beginning of each section, as well as Wittig’s statement about how the text “should” be read – that is, with the chronological end of the narrative at the locational beginning of the book – makes it hard to find a beginning or an end at all, calling to mind the “always already” of deconstruction. In fact, both a dialectical and deconstructive readings of Les guérillères are possible, and coexist in tension. Wittig manages to blur the line between two camps –that of the dialectical revolution and that of the deconstructive revolution – and thus serves to parody both. Rather than proclaiming a vision of utopia, Les guérillères pushes back against the very idea of a "future" to be eventually arrived at, challenging rhetorics of revolution based on progression towards a common, collective goal. Wittig's narrative of revolution doubles back on, contradicts, and undoes itself… presenting a myriad of different strategies, Wittig allows the political goals of Les guérillères to shift as often as the referent of its ubiquitous pronoun, elles, also shifts. Taking seriously the question of space-time explored in Julia Kristeva’s “Women’s Time,” as well as questions raised by Wittig’s own descriptions of the “shape” of her novel, I want to ask the question: what shape is the narrative in Les guérillères, and what does that mean for its understanding of the “future”? I will argue that the shape of Les guérillères isn’t a circle, but a Möbius strip; the future is here presented as a paradox without beginning or end, where two sides actually become one.

1 MONIQUE WITTIG, A marca do género I Para os linguistas a marca do género diz respeito aos substantivos. Só a consideram em termos de função. Só a questionam por brincadeira, por exemplo quando falam do género como um " sexo fictício ". Por exemplo quando se compara o inglês com o francês, considera-se que aquela quase não tem género, enquanto o francês tem a reputação de ser uma língua fortemente marcada pelo género. É verdade que, estritamente falando, o inglês não atribui a marca de género aos objectos inanimados, às coisas ou aos seres não humanos. Mas quando se trata da categoria das pessoas, pode dizer-se que tanto o inglês como o francês utilizam o género. Ambos os idiomas têm a inscrição de um conceito ontologicamente primitivo que reforça na linguagem uma divisão dos seres em sexos. O " sexo fictício " dos nomes ou o seu género neutro não são mais que desenvolvimentos acidentais deste princípio básico e, como tais são relativamente inofensivos. A manifestação do género que é idêntica tanto no inglês como no francês dá-se na dimensão da pessoa. Não interessa só aos linguistas, ainda que seja uma manifestação lexical. Enquanto conceito ontológico referindo-se à natureza do Ser, e a um conjunto de conceitos primitivos provenientes da mesma tradição do pensamento, o género parece pertencer basicamente à Filosofia. A sua razão de ser nunca é questionada pela gramática, cuja tarefa é descrever formas e funções, e não procurar uma justificação para elas. Nem é questionada pela Filosofia, porque pertence a um corpo de conceitos que se assumem tal e qual, porque os filósofos os consideram imprescindíveis para raciocinar e são para eles conceitos a priori, que são anteriores a qualquer pensamento, ou a qualquer ordem social. Assim, dão o nome género à delegação lexical " dos seres naturais " , ao seu símbolo. Conscientes de que a noção de género não é tão inofensiva como parece, a feministas americanas utilizam género como uma categoria sociológica, pondo em relevo que não existe nada natural nesta noção, já que os sexos foram construídos artificialmente, são categorias políticas, categorias opressivas. Extrapolaram o termo género da gramática e tendem a sobrepô-lo à noção de sexo. Estão certos na medida em que o género é o indicador linguístico da oposição política entre os sexos e da dominação das mulheres. Tal como o sexo, o homem e a mulher, o género, como conceito, é um instrumento que serve para construir o discurso político do contrato social como heterossexual. Na teoria moderna, inclusivamente nos pressupostos das disciplinas orientadas exclusivamente para a linguagem, mantém-se a divisão clássica entre, por um lado o mundo concreto, e por outro, o mundo abstracto. A realidade social ou física e a linguagem estão desligadas. A abstracção, os símbolos, os signos não pertencem ao real. Por um lado está o real, o referente, por outro, a linguagem. É como se a relação com a linguagem fosse somente uma relação funcional, e não de transformação. Frequentemente existe uma confusão entre significado e referente, de tal modo que se usam indistintamente em alguns trabalhos críticos. Ou por vezes reduz-se o significado a uma série de mensagens que designam o referente, considerado como o único portador de sentido. Entre os linguistas, o russo Bakhtin, contemporâneo dos formalistas russos cuja obra foi finalmente traduzida, é o único que me parece ter um enfoque estritamente

l feminismo contemporáneo se caracteriza por pensar "lo otro", asumir la extrañeza que provoca la ruptura de la norma y descomponer los esencialismos, así como producir una genealogía crítica, es decir, utilizar la deconstrucción como análisis interno de los conceptos y los discursos y todos aquellos sistemas o dispositivos de normatividad y poder que, según Foucault, disciplinan y modelan nuestros cuerpos.

Se pretende hacer un estudio comparativo entre algunos puntos de encuentro entre estas teóricas del feminismo, con el propósito de identificar la influencia de Beauvoir en el pensamiento de Wittig: concretamente, la prolongación del proyecto de Beauvoir, a la vez que su radicalización y distanciamiento. Los criterios de comparación serán los siguientes:

• El constructivismo del sexo-género opuesto a la tesis biológica.
• La influencia del marxismo como recurso para una crítica materialista de la opresión.
• La feminidad como mito a ser superado.

If the demeanor of a public voice is set in large part by the genre in which one is called to speech, then I can only begin by confessing that I do not fulfill here what memorialization might most seem to offer. This is odd, no doubt, because I did indeed accept an invitation to remember the contributions of Monique Wittig, and I did promise to consider the implications for the critical present of what her absence might come, now, to speak. But as you will soon see, I have faltered on some of the less noble implications of memorialization, and I have grown increasingly disoriented by the disjuncture between the ongoing force of our own outliving and the necessary break -the insistent interruption -that the proper acknowledgment of loss necessitates. To be sure, I did go looking for Monique Wittig, and there are clear signs that many of the issues that have stopped me in my tracks are ones absolutely germane to her political theory and fictional worlds. She was, after all, consistently enthralled by the dissonance between the struggle to diagnose the incipient violences of her own political present and the impulse to leap, wholesale, into an imaginative elsewhere that ruptured the toxicity of what we can only call, inadequately, the status quo: that is, the seemingly frozen is of a contemporary field of speech and action. What else, quite honestly, can we take her statement "lesbians are not women" to be, except an absolute refusal to concede to the conditions of the known? Wittig, of course, would spend a great deal of time writing about what "women" were, how they had become trapped in conceptual practices, social relationships, and economic forms, and what it meant to wrench them from their annihilating particularity into other possibilities. The "paradise of the social contract," she wrote, "exists only in literature, where the tropisms, by their violence, GLQ 13:4

Le rapport de la lectrice au texte littéraire gagne à être replacé avec François Rastier dans la perspective plus large d'une chaîne de transmission, générique et culturelle. Abandonnant la valeur irénique, le "contre, dans le cas de l'écriture du Corps lesbien, faute de garant culturel consistant pour étayer la parole du destinateur, ne peut se frayer un chemin que par une constestation radicale. Le j/e exemplifie cette écriture "contre". "Est possiblement contre-texte soit l'absence de texte dont le sujet énonçant pourrait se réclamer, soit tout discours social qui se refuse à fonder la garantie du point de vue du destinateur".

aux éditions de la Pléiade 1 , tout en s'offusquant d'une part, que l'auteure du Deuxième Sexe ne soit que la quinzième femme à y figurer et d'autre part, que l'oeuvre que nous venons de mentionner et qui fut un point de « rupture dans l'histoire des idées féministes » 2 en soit absente, il semble que la question du rapport de l'écriture, et plus largement de la littérature, au féminin demeure un enjeu important. Ce dernier ne cesse, en effet, de soulever questions et réflexions et d'alimenter des débats révélateurs, tant de la nature profonde de notre société, que de ce qu'elle aspire à devenir. Pourtant, les femmes ont toujours été présentes en littérature. Tantôt objets, fantasmés ou mythifiés, sous la plume des auteurs masculins, comme le souligne Virginia Woolf dans son essai critique intitulé A Room of One's Own : « Others [men], on the contrary, maintain that women are half divine and worship them on that account. » 3 . Tantôt démiurges et ce, très tôt dans l'histoire littéraire, notamment avec la figure de la poétesse grecque Sapphô dont l'oeuvre témoigne de la possibilité d'une écriture féminine. Puis, plus tard au XIIe siècle, sous les traits de Marie de France dont les Lais apparaissent comme le point de départ de l'entrée des femmes dans la littérature française. Si les femmes sont donc liées à l'écriture et à la littérature depuis plusieurs siècles, il faut cependant attendre les années mille neuf cent soixante-dix pour que ce rapport de l'écriture au féminin se retrouve théorisé et finisse par devenir la notion phare de l'une des nombreuses mouvances de la pensée féministe : la notion d'« écriture féminine », consacrée par Hélène Cixous en 1975 dans son ouvrage Le Rire de la Méduse et autres ironies. Dans cet essai, Hélène Cixous s'emploie à la déconstruction des mythes qui véhiculent une image négative et galvaudée des femmes, tout en exprimant le souhait de voir naître une écriture nouvelle : une écriture affranchie et insurgée. Soit, une écriture « féminine», porteuse de liberté : Il faut qu'elle s'écrive parce que c'est l'invention d'une écriture neuve, insurgée qui, dans le moment venu de sa libération, lui permettra d'effectuer les ruptures et les transformations indispensables dans son histoire, d'abord à deux niveaux inséparables : a) Individuellement : en s'écrivant, la femme fera retour à ce corps qu'on lui a plus que confisqué, dont on a fait l'inquiétant étranger dans la place, le malade ou le mort, et qui si souvent est le mauvais compagnon, cause et lieu des inhibitions. A censurer le corps on censure du même coup le souffle, la parole. Ecris-toi : il faut que ton corps se fasse entendre. […]

Questionnant la pertinence du concept d'« écriture féminine » tel qu'introduit par Hélène Cixous, cet exposé a pour but d'en traquer les failles pour en proposer une nouvelle définition, à la fois plus universelle et plus resserrée., en se fondant notamment sur les travaux de Françoise Héritier, Monique Wittig et Michèle Causse, et en proposant une étude de différentes oeuvres féminines.

Mémoire présenté à l'issue du Master de Lettres modernes.

J'ai réfléchi aux mécanismes de résistance élaborés dans l’écriture de Monique Wittig à partir de Virgile, non. L’écrivaine transpose le mythe dantesque de la traversée de l’enfer au temps contemporain en plaçant l’action dans la ville américaine de San Francisco. Inspiré par l’idée de renversements, son processus se concentre à éclairer les multiples dominations auxquelles les femmes sont soumises dans les cercles de l’enfer et dans le monde contemporain. Comment la mise en scène de la lutte armée chez M. Wittig sert-elle sa langue militante ? Elle argumente pour le fait que la figure de la "militante" soit une identité sociale - à travers l’écriture, la fiction et l’imagination. Cette position est en lien avec le texte performatif puisque c’est par l’interpellation du lecteur, l’apostrophe, que cela se produit, me ramenant à conclure sur l’idée de l’écriture comme une arme. Cette écriture se caractérise par l’éclatement du réel social.

Within Queer Theory ‚classical‘ lesbian-feminist contributions, such as those by Audre Lorde, Gloria Anzaldúa, Monique Wittig and Adrienne Rich, have been adopted very selectively and sometimes in a highly superficial way. Ambivalences and inconsistencies have been either marginalised or interpreted within a linear historiography of queer progress. Hence, not only the complexity and analytical potential of these works tend to get lost, furthermore, also their ‚alternative‘(queer) strategies and visions for a deconstruction of (racialized) gender binaries and institutionalized heterosexuality are marginalised. This article sheds a critical light on these selective reading practices and highlights the transgressive implications of their versions of queer/ness. One focus of the article lies on the gender subversive and spiritual implications of Anzaldúa’s feminist-lesbian/patlache standpoint epistemologies. Furthermore, the articles discusses Wittigs idea of a (linguistic) universalization of an (anti-essentialist) idea of the ‘feminine’/‘the lesbian’ as well as her materialist and class-theoretical conceptualization of the ‘lesbian’. The paper asks how these ideas can be read and interpreted as an intervention into dominant notions of Queer Theory.

In this provocative and illuminating book, Patrick McGee looks at the ways in which certain texts resist the dominant cultural assumptions that condition their writing and reception. Challenging received notions of aesthetic and social value, he offers readings of modernist, postmodernist, and postcolonial works which suggest forms of relationship disruptive of social systems and institutional hierarchies.

In its most common understanding, the term “gender” primarily refers today to the complementarity
of femininity and masculinity, understood in turn as psychosocial identities; and so it has been used also by
large sectors of feminism. This article aims to provide a synthetic overview of the effects produced by its
diffusion in medicine, psychiatry, academic knowledge production, the public sphere and social movements.
The point of departure will be the ongoing debate in Europe and Italy, where the category of gender
coagulates the hostility of Vatican elites and catholic integralist movements toward the achievements of civil
rights for lesbian, gay, bisexual, transsexual/transgender, queer and intersex people. This contrast is a clear
example of the semantic complexity of gender, a concept or better a conceptual device, which has in short
time produced numerous political cultures, often in conflict with each others.

El libro FEMINISMO, DIFERENCIA SEXUAL Y SUBJETIVIDAD NÓMADE, proporciona, como tesis central, un encuadre propicio, o mejor un descuadre provocador, para examinar, decodificar y conceptuar las permutaciones que se han expresado a lo largo del tiempo en las circunstancias históricas y en los imaginarios sociales de las sociedades de la era que tienen en común la condición POS- (-moderna, -industrial, -colonial y –comunista) para ingresar al siglo XXI. No obstante Braidotti nos advierte, siguiendo la tesis de A. Appiah que el ‘post’ o el ‘pos’ que va unido a cada una de estas palabras no necesariamente es equivalente.  Un aspecto de preocupación permanente que sentí a lo largo de la lectura fue el impacto de las  nuevas tecnologías en las idiosincrasias del presente. Los estudios y las meditaciones, soportadas por infinidad de datos y nombres de apoyo, se concentran en cuanto atañe a las maneras de representar a los sujetos corpóreos, o incardinados, que están sobrellevando una extensa diversificación cultural en toda suerte de escenarios socioculturales, cotidianos y políticos, característicos de la última posmodernidad tardía. Encarnación (o incardinación, según la denomina el texto), las subjetividades en construcción, la sexualidad en metamorfosis permanente y la diferencia sexual, en sus múltiples figuraciones (para usar un término deleuziano) que Braidotti toma, resaltan entre un sinnúmero de conceptos fundacionales que se debaten en un libro cuya estrella polar (o mejor, su cruz del sur) está en las obras y teorías tanto de Luce Irigaray como de Gilles Deleuze.

"The gendered body takes a phenomenological turn in Brower’s cosmopolitan essay on oral sexuality within philosophical, feminist, and lesbian traditions..."
  ("Editorial" by Michelle Iwen)

Abstract:
The 'traditional philosophical prestige' of seeing and touching, as analyzed by Emmanuel Levinas, comes to dominate the qualities of the other three senses. An investigation of the roles of these prestigious senses, along with the resultant privileged sense-organs of the hand and the eye, within phenomenology, psychoanalysis, and gender- or queer-theory suggests that the part of the prestige of touch will have been related to its function in the phenomenality of feeling. Yet the sense of taste seems to be as applicable, if not more so, to the phenomenal experience of selfhood based on feeling as theorized by Edmund Husserl and Jean-Luc Marion. The tongue, rather than the hand, is reconsidered as a sense-organ of touch in order to salvage the all but lost tang of the tangible. As such, the tongue and taste not only illuminate the shortcomings of binary gender theories based on either inner feeling or outer surface anatomy (or, either interior orifices or exterior appendages), but further discover a remarkable phenomenology of the body to be found in the writings of Hélène Cixous and Monique Wittig that moves beyond certain masculine tendencies lurking about the hand and observation (as described by Freud and Butler). The phenomenal experience of the other that yields either empathy (for Husserl), love/eros (for Marion), or hearing and heeding 'Thou shall not kill' (for Levinas) has much to learn from the orality of women's writing. The third body, as written by Cixous, can experience the self as selftaste (as considered by Derrida) and experiences the other as the taste of the other. It is, thereby, opened to a love or a justice (or an erotic justice) beyond the proclamation of Levinas that 'ethics is an optics' as well as any ethics as a mere haptics to be found in Husserl or Marion, where feeling seems always determined by the hand.

Although Judith Butler's theorization of violence has begun to receive growing scholarly attention, the feminist theoretical background of her notion of violence remains unexplored. In order to fill this lacuna, this article explicates the feminist genealogy of Butler's notion of violence. I argue that Butler's theorization of violence can be traced back to Gender Trouble , to her discussion of Monique Wittig's argument that the binary categorization of sex can be conceived as a form of discursive violence. I contend, first, that Butler starts to develop her notion of " gender violence " on the basis of her reading of Wittig, and second, that Butler's more recent writings on military violence and the ethics of nonviolence build on her early interpretation of Wittig. On the basis of my reading, I suggest, in contrast to recent criticism, that Butler's later critique of violence is not at odds with but rather expands upon her prior work on violence.

This dissertation tinkers with the portrayal of contemporary feminism in television; and not just any kind of television series: science fiction. At the moment, sci-fi is still a relatively male-dominated genre around the world. This particular topic is only made possible by the advances that contemporary feminism has achieved so far, but it does not mean gender equality has no further necessity. The fact that gender is still somehow a controversial topic in the media is proof enough to support the argument that feminism is much needed in the social climate.

Orphan Black (2013-2016) is one of the first sci-fi series to put women in the centre of the TV. By setting this as a default, this artefact is automatically in the position to subvert gender stereotypes and empower women. Its many portrayals of differing identities are a sign of contemporary feminism — not just about equality between male and female, but equality and respect for all genders and sexual orientations. Orphan Black hides a progressive agenda behind an exhilarating plot of good clones, bad clones, and evil scientists with god complexes. This dissertation is a project that studies contemporary feminism and its ties to Orphan Black, answering questions such as how it functions in our sociocultural climate and how this case study affects media communications in the postfeminist aspect.

A partir d'une analyse des occurrences du mot "sein" dans Le Corps lesbien de Monique Wittig, l'étude s'attache à expliciter les stratégies wittigiennes de l'écriture du corps. Contestant les représentations culturelles héritées, qui témoignent d'un regard phallogocentré, le traitement stylistique et énonciatif du "sein" permet de mettre au jour un projet esthétique qui vise à dépasser les crispations sur une érogénéité localisée et à accéder à une nouvelle dimension de l'humain incarné.

The foundations of queer theory are in part built on the work of Monique Wittig. Yet, Wittig found queer theory wanting and, as Robyn Wiegman notes: “Judith Butler's paradigm-shifting Gender Trouble needed Wittig to make the turn that has become absolutely definitional to queer theoretical work, but in the critical habits that shape that enduring history, Wittig has become something of an unknown.” Mapping the contradictions in Butler’s assessment of Wittig’s work and the straight mind at work in this contradiction, Balén argues for a return to the radical materialist vision Wittig’s work offers so that we might more fully explore, as Rosemary Hennessy suggests, what subject-effects Wittig’s work produces and what models for resistance and change this work offers.

El campo de pensamientos y de prácticas que se despliega en el encuentro entre danza y filosofía exige desplazamientos en los modos de conocer instituidos, que son, a su vez, modos de hacer. En este artículo se problematizan ciertas dimensiones epistemológicas de un pensar situado desde un «cuerpo danzante», en intersección con pensamientos y prácticas feministas, con el objetivo de dar consistencia a herramientas para pensamientos en torno al cuerpo sin volverlo objeto, sea de estudio, de desprecio o de culto. Se parte de la lectura de «Alabanza del cuerpo danzante», de Silvia Federici, y de Género en disputa, de Judith Butler, para trazar el pasaje efectuado en los estudios sobre danza desde un pensamiento sobre el cuerpo hacia un pensamiento desde los gestos. Finalmente, se ensaya una reflexión necesariamente situada relativa a experiencias de paros de mujeres en Argentina en 2016 y en 2017. Palabras clave: filosofía de la danza; feminismos; pensamiento situado; cuerpo; performatividad; embodiment

À partir de certains exemples tirés du texte "Les Guérillères", j'étudie la manière dont certains énoncés performatifs sont construits en ayant entre autres en vue la position de deux théoriciens des actes de langage : Austin et Benveniste. En écho à l’expression d’Irène Fenoglio (1993), il m'a paru que l’analyse de la performativité met en relief une certaine « magie » dans le discours littéraire. Ceci est d’autant plus vrai que l’œuvre fictive de Monique Wittig tente d’imposer au langage de nouvelles manières d’agir.

Il pensiero di Monique Wittig ha viaggiato in maniera carsica ma persistente nelle teorie e nei movimenti femministi italiani degli ultimi decenni, tra traduzioni militanti, letture collettive, seminari e perfino un fan club. Un proliferare di citazioni, innamoramenti e usi politici che testimoniano la ricchezza di un pensiero che trova qui, nella traduzione di Federico Zappino della raccolta Il pensiero eterosessuale, un nuovo veicolo di diffusione e discussione. E un veicolo importante anche perché in Italia le case editrici tendono a tradurre poco e in maniera molto limitata (soprattutto i testi femministi e di studi di genere), lasciando un vuoto che viene spesso colmato da un prezioso lavoro militante, ma che continua a mostrare una mancanza. Come sottolinea Simotta Spinelli, però, è vero che Wittig appare e scompare in Italia, e che ogni generazione riscopre i suoi testi in maniera differente, ma è anche vero che «ogni volta che si crea un ristagno politico, un tentativo di ricondurre il dibattito entro sponde rigidamente perimetrate, qualcuna riscopre Wittig e se ne assume lo scandalo» (Spinelli 2011, 128). E mentre in tutto il mondo esondano movimenti femministi e transfemministi, e quindi sicuramente non si può parlare di ristagno, è interessante vedere come Wittig riemerga, offrendo uno sguardo critico anche nei confronti dello stesso femminismo e aprendo, sempre e di nuovo, spazi in cui potersene assumere lo scandalo.

Focusing on Kathy Acker's interaction with French feminist thought and experimental writing, Finch examines the writers texts to bridge seemingly conflictual branches of feminist thought in order to position Acker in an ongoing genealogy of queer experimental literature.

No presente ensaio pretendo colocar em questão a noção de Luce Irigaray da diferença sexual. Procuro investigar a genealogia do pensamento da autora, pensando suas conexões com a filosofia da diferença e com a psicanálise. É um exercício de malabarismo entre a filosofia da diferença sexual e as críticas partidas de lugares de fala não hetero. São várias perguntas que orientam essa reflexão, uma delas é se a diferença sexual está a serviço de uma heteronorma, outra (ligada a essa) é se é possível falarmos/pensarmos/agirmos politicamente a partir de uma comunidade de mulheres, outra ainda é se o essencialismo representa um risco para o feminismo. Todas essas perguntas servem para entendermos melhor o que é a diferença sexual para Irigaray. Penso que a idéia de diferença sexual pode ser interessante para o momento atual do feminismo no qual muitas alianças estão quebradas, porque a diferença sexual é sobre fazer comunidade na casa da diferença, apela para essa necessidade de re- estabelecermos solidariedade feminista entre mulheres. Penso também que é interessante porque abre a categoria mulheres para uma futuridade: o feminino não está dado, tem que ser construído coletivamente, se queremos superar o falogocentrismo. Aposto na radicalidade dessa categoria, porém penso que devemos investigar seus limites.

Looking from a critical race perspective at Wittig’s lesbian, in this article, I draw two conclusions. First, I suggest that it is actually trans exclusionary lesbians' own transphobia that makes them cis-gendered. And second, it becomes clear that the politicisation of choosing and refusing gender needs to acknowledge racism’s shaping role in the construction of gender. My approach does not only intervene in transphobic feminisms that are obsessed with simplistic understandings of sexual violence, but also questions rigid cis/trans binaries and rejects accounts of trans/gender that ignore the role of racialisation for the emergence of gender. The main question that I address is how to conceptualise the complex im/possibilities of refusing and choosing in relation to gender? It is my aim to connect seemingly disparate knowledge productions on genderqueer, trans and other ‘impossible’ genders and sexualities. I am particularly interested in a phenomenon that can be described as ‘lesbian haunting’: the ambivalences one will find in tracing lesbian theory in relation to transing gender. With this, it is my attempt to rethink lesbian, queer and trans feminist approaches on violence, and investigate the role of sexual violence within broader concepts of violence. More specifically, in order to understand both ‘gender’ and ‘transing gender’ as always already racialised, my approach builds on theories that identify ‘ungendering’ as an effect of normative racial violence (e.g. Spillers 1987, Lewis 2017, Snorton 2017).

Este artigo visa refletir sobre o pensamento lésbico, principalmente, da década de 1980. Trata-se, também, de salientar sutilmente algumas relações do pensamento lésbico com a teoria queer, surgida na década de 1990. As três autoras escolhidas para esta reflexão são: Monique Wittig, Gayle Rubin e Adrienne Rich. De cada uma destas pensadoras enfatizamos a particularidade de um conceito – respectivamente: heteronormatividade, sistema sexo-gênero, existência lésbica –, e como plano de fundo geral temos à crítica ao pensamento heteronormativo.