Exposição De Arte

Escrito para uma disciplina de graduação em Artes Visuais sob o tema "Modos de pensar a curadoria", este artigo busca traçar possíveis trajetos para refletir a posição de um curador de arte. De forma sucinta, o texto aborda a história das exposições a partir dos salões parisienses, as designações alternativas aplicadas aos curadores, a função do curador como um sujeito crítico e pesquisador, e os desafios da curadoria contemporânea mundial.

O início da década de 1950 caracteriza-se pelo intenso debate crítico sobre as tendências figurativas e abstratas, uma polarização resultante não somente de opções estéticas, mas também de posicionamentos políticos. O realismo socialista no Brasil obteve êxitos na gravura artística através dos Clubes de Gravura, os quais mantiveram estreita relação com o Partido Comunista do Brasil, nutrindo os interesses dos intelectuais de esquerda. Através dos escritos de época torna-se possível identificar: o perfil dos críticos resistentes e os adeptos ao abstracionismo, os propósitos dos periódicos e a visibilidade atribuída a determinados certames. Portanto, buscando dar continuidade a pesquisa referente à gravura de Renina Katz e seu período de militância política, a presente comunicação preza por analisar os textos publicados na revista Fundamentos (SP) e no jornal Imprensa Popular (RJ), especificamente os escritos sobre a exposição individual da artista realizada em Moscou. Inaugurada no dia 15 de janeiro de 1955, a mostra contou com cerca de 50 obras (xilogravura, linoleogravura e desenhos), apresentadas na Casa Central dos Artistas, sendo organizada pela União de Pintores Soviéticos e a Seção de Belas Artes da Sociedade de Relações Culturais com o Estrangeiro. Tal exposição permitiu aos membros da Academia de Artes da URSS e aos críticos de arte tomar conhecimento sobre algumas temáticas sociais exploradas por gravadores brasileiros, desdobrando-se em conferência no encerramento, onde as questões formais e literárias foram postas em questão. Em suma interessa salientar as aproximações e distanciamentos dos discursos proferido em Moscou em relação aos entendimentos dos críticos atuantes no eixo  Rio-São Paulo, a fim de tecer reavaliações a respeito do comprometimento da artista com as propostas do realismo socialista.

Resumo: Análise de aspectos das obras Terrane de Ana Lira 3 e Trauma de Ivan Padovani 4 , considerando suas montagens na mostra Realidades da Imagem, Histórias da Representação, no Museu do Estado do Pará, Belém, em 2018. Adota-se como base teórica as discussões sobre autonomia da obra e suas relações sociais, incluindo, nesse percurso, o discurso do artista e seu lugar como ator político e, ainda especial-mente, o discurso que emerge do trabalho, de sua feição formal e material no espaço expositivo. Palavras-chave: Ana Lira, Ivan Padovani, Poética-política, Forma-discurso Terrane by Ana Lira | Trauma by Ivan Padovani: the artist's speech, the speech of the artwork Abstract: Analysis on aspects of the works Terrane by Ana Lira, and Trauma by Ivan Padovani, considering their exhibitions in the show Realidades da Imagem, Histórias da Representação, at Museu do Estado do Pará, Belém, in 2018. As a theoretical basis, we propose discussions on the autonomy of artwork and its social relations , including, during this course, the speech of the artist and his role as a political actor and, specially, the discourse that emerges from the artwork, from its formal and material appearance in the exhibition space.

RESUMO: Inventário que se apropria do título de duas séries de obras setentistas do artista conceitual Cildo Meireles, despidos seus distintos adjetivos – ideológicos e antropológicos –, embora também sejam ambos válidos, para investigar significados dos espaços públicos de convívio, fruição, cultura e patrimônio, e de suas constantes dinâmicas de significantes sociais, indiciando atuais mutações – ou rotações – de noções reflexivas entre si de arte e vida, bem como de história e comunidade, de direito e territorialidade; e nelas significar ações e produções igualmente apropriadoras – sintomatologia contemporânea – do artista urbano Banksy alocadas nesses espaços, desafiando-os – predicado grafiteiro expandido – na mesma medida que o pensamento presente impõe desafios aos lugares da apresentação e da representação.

ABSTRACT: An inventory which appropriates itself of conceptual artist Cildo Meireles two 70’s series title, without their different adjectives – ideological and anthropological –, although are they also both valid ones, to investigate public spaces significances in their social intercourses, enjoyments, patrimonies and cultural opportunities, and their constant significant dynamics, indicting current mutations – or rotations – from reflexive notions amongst themselves about art and life, as well as history and community, rights and territoriality; so into them signify equally appropriating actions and productions – contemporary symptomatology – by street artist Banksy at those spaces allocated, challenging them – expanded graffiti’s attribute – in the same way as the present thinking imposes challenges to the presentation and representation places.

O presente artigo objetiva discutir a mostra [ gaveta(s) ], proposta, elaborada e produzida durante a disciplina de Ação Educativa em Espaços Culturais, do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGAV/CEART/UDESC), que apresentava a gaveta como metáfora da memória. Compreendendo que a mediação não deve ser a única atribuição dos educadores atuantes nesses espaços e, tendo por base as referências teóricas discutidas em sala de aula, os alunos da disciplina, ao projetar e colocar em prática uma mostra de trabalhos artísticos, puderam participar de todas as etapas de uma exposição, desde a concepção inicial até sua divulgação. Nesse sentido, o texto apresenta os desdobramentos da experiência de mediação realizada durante a exposição. Além disso, a reflexão presente nesse artigo busca posicionar conceitualmente a mediação como interface interativa, a partir da proposição de Grossmann (2011). | This paper aims to discuss the exhibition [ gaveta(s) ] proposed, developed and produced during Education Action in Cultural Spaces subject of the Postgraduate Program in Visual Arts, Center of Art, State University of Santa Catarina Program (PPGAV / CEART / UDESC), and had the drawer as a metaphor for memory. It’s possible to say that mediation should not be the only assignment of educative action on cultural institution. Based on the theoretical references discussed in the classroom, the students were able to design and produce an exhibition, participating of all stages of this kind of production, from initial conception until disclosure. It’s presented, also, the pratical aplication on a mediation experience which happened during the exhibition period. Additionally, the present article intends to locate conceptually mediation as an interactive interface, based on Grossmann’s proposition (2011).

A Biblioteca 'Octávio Ianni' do IFCH recebe em seu saguão a exposição Reminiscências: o corpo em confronto, com trabalhos de Laz Camargo e Helen Aguiar. A mostra fica em cartaz até o dia 10 de outubro. Como parte da programação do XIII Encontro de História da Arte (EHA), organizada pelos estudantes de pós-graduação em história da arte do IFCH, as obras expostas em Reminiscências: o corpo em confronto trazem à tona questionamentos sobre os vestígios vivos da memória no corpo e o seu embate com a realidade. A curadoria elegeu o olhar dessas artistas para convidar o público a refletir sobre o próprio corpo como tema e suporte da vida e da arte. A equipe curatorial é formada por Christian Mascarenhas, Gabrieli Simões, Marina Siqueira e Nerian Macedo com apoio do Professor Gabriel Zacarias.

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Alô amizades, compartilho a conversa que tive com Paola Fabris  para a revista Ateneo Crítico de La Laguna (Espanha). Na entrevista, realizada em 2020, tive o prazer de - a partir da exposição  Pequenos gestos: memórias disruptivas (MAC-PR) - pensar com a Lola sobre a curadoria como um lugar de potência e o museu como espaço de reparações históricas e enunciação de futuridades.
EDITORIAL:
Ateneo de La Laguna
ENCUADERNACIÓN:
Tapa blanda o Bolsillo
PAÍS DE PUBLICACIÓN :
España
IDIOMA DE PUBLICACIÓN :
Español
IDIOMA ORIGINAL :
Español
ISBN:
978-84-934363-6-0
EAN:
9788493436360
DIMENSIONES:
210 x 150 mm.
PESO:
300 gramos
Nº PÁGINAS:
200
FECHA PUBLICACIÓN :
29-12-2020

A proposta de curadoria da exposição "Lugar algum, lugar nenhum", pretende apresentar todas as 48 pranchas do álbum Cartografia Anímica (1980) de Wesley Duke Lee, pertencentes ao acervo do Gabinete de Estampas-Departamento de Desenhos e Gravuras da Unicamp, ao lado de Esquizofonia-Hino das Nações Desunidas (2018) de Kauê Garcia, que foi selecionado pelo 14o SNAI (Salão Nacional de Artes de Itajaí), trabalho composto por 5 caixas de som, representativas dos 5 continentes, que tocam em loop, os hinos de todos os países reconhecidos pela ONU. Nesta exposição, a obra gráfica do artista de vanguarda Wesley Duke Lee e a instalação sonora do contemporâneo Kauê Garcia coabitam simbioticamente. Na experiência do observador, o som integra a imagem em uma montagem em que ambos lidam com a ideia de identidades nacionais, formas de colonialismo, de diáspora e questões presentes nas divisões territoriais, como disputas, conflitos e outras derivações da artificialidade do desenho das fronteiras.