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2019, Figura: Studies on the Classical Tradition
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25 pages
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The aim of this article is to examine the problem of political knowledge and its relation to political action in Machiavelli’s thought. In order to achieve this purpose, our methodological choice consists in comparing certain passages of Plato’s Statesman with Chapter XXV of The Prince. The comparison between the two authors allows us to grasp some specific features of Machiavelli’s reflection, clarifying how it distances itself from the tradition of classical political philosophy.
Filosofia do Renascimento e Moderna (Livro de textos da ANPOF)
No capítulo XVIII do Príncipe, Maquiavel julga que o governante deve se utilizar da aparência para manipular os meios, pois estes serão suficientes para que a maioria o apoie em seus fins. Se relacionarmos tal prática à narrativa do anel de Gyges contada por Gláucon no Livro II da República de Platão (359b-360b), poderemos entender a capacidade de ficar invisível de Gyges como um meio legítimo para se chegar ao poder. Gyges, dessa forma, ao ser visto pela ótica maquiaveliana, representaria o uso de sua política real empregada ao extremo, onde todos os meios são válidos quando o fim desejado consiste na conquista e na manutenção do Estado. Nosso trabalho se propõe com isso a analisar na narrativa de Gyges tal relação meios e fins dada por Maquiavel. In chapter XVIII of the Prince, Machiavelli believes that the ruler must use appearances to manipulate the means, as these will be enough for the majority to support him in his ends. If we relate this practice to the narrative of the ring of Gyges told by Glaucon in Book II of Plato's Republic (359b-360b), we can understand Gyges' ability to go invisible as a legitimate means to reach power. Gyges, therefore, when seen from the Machiavellian perspective, would represent the use of his real policy employed to the extreme, where all means are valid when the desired end consists in the conquest and maintenance of the State. Our work therefore proposes to analyze in Gyges' narrative such relationship between means and ends given by Machiavelli.
2021
1. Porquê é importante? 2. Vida e Obras 3. Como ler os diálogos 4. República: Três Cidades 5. Qual a relação existente entre a Política e Filosofia na República 6. O Político e as Leis 7. O que Pensava Platão? Embora ele não seja o autor dos primeiros escritos políticos que nos chegaram, pode com justiça ser considerado o pai da Filosofia Política. Ele é o primeiro que não fala apenas da experiência e da visão política de estadistas e cidadãos, mas também fala sobre meter essa experiência e visão a um critério mais elevado que é: a Ideia de Justiça.
Cadernos De Etica E Filosofia Politica, 2014
Resumo: O objetivo do artigo é discutir a importância e a valorização da retórica no renascimento e a natureza da relação que se estabeleceu entre retórica e política no pensamento republicano renascentista e, em especial, na obra de Maquiavel. Procura-se mostrar o estreito vínculo entre a filosofia, a retórica e a política, seguido de uma breve exposição a respeito dos gêneros retóricos e da preeminência, do gênero deliberativo sobre os outros gêneros. A relação entre retórica e política na renascença será considerada a partir da análise de dois discursos deliberativos, o primeiro retirado da História do povo florentino de Leonardo Bruni, o outro é extraído da História de Florença de Maquiavel. A análise deverá expor não apenas o vínculo estreito entre retórica e política em Bruni e Maquiavel, mas também que, precisamente por causa deste vínculo, que os discursos analisados manifestam concepções distintas de república. Palavras-chave: retórica-renascimento-política-filosofia-república
Mais de cinco séculos nos separam da época em que viveu Maquiavel. Muitos leram e comentaram sua obra, mas um número consideravelmente maior de pessoas evoca seu nome ou pelo menos os termos que aí têm sua origem. Maquiavélico e maquiavelismo são adjetivo e substantivo que estão tanto no discurso erudito, no debate político, quanto na fala do cotidiano. Seu uso extrapola o mundo da política e habita sem nenhuma cerimônia o universo das relações privadas. Em qualquer de suas acepções, porém, o maquiavelismo está associado à ideia de perfídia, a um procedimento astucioso, velhaco, traiçoeiro. Estas expressões pejorativas sobreviveram de certa forma incólumes no tempo e no espaço, apenas alastrando-se da luta política para as desavenças do cotidiano. A verdade efetiva das coisas " o destino determinou que eu não saiba discutir sobre a seda, nem sobre a lã; tampouco sobre questões de lucro ou de perda. Minha missão é falar sobre o Estado. Será preciso submeter-me à promessa de emudecer, ou terei que falar sobre ele". (Carta a F. Vettori,de 13/03/1513.) Este trecho de uma carta escrita por Maquiavel revela sua "predestinação" inarredável: falar sobre o Estado. De fato, sua preocupação em todas as suas obras é o Estado. Não o melhor Estado, aquele tantas vezes imaginado, mas que nunca existiu. Mas o Estado real, capaz de impor a ordem. Seu ponto de partida e de chegada é a realidade concreta. Daí a ênfase na verità effettuale-a verdade efetiva das coisas. Esta é sua regra metodológica: ver e examinar a realidade tal como ela é e não como se gostaria que ela fosse. A substituição do reino do dever ser, que marcara a filosofia anterior, pelo reino do ser, da realidade, leva Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem, como instaurar um Estado estável? O problema central de sua análise política é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. Ao formular e buscar resolver esta questão, Maquiavel provoca uma ruptura com o saber repetido pelos séculos. Trata-se de uma indagação radical e de uma nova articulação sobre o pensar e fazer política, que põe fim à ideia de uma ordem natural e eterna. A ordem, produto necessário da política, não é natural, nem a materialização de uma vontade extraterrena, e tampouco resulta do jogo de dados do acaso. Ao contrário, a ordem tem um imperativo: deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie, e, uma vez alcançada, ela não será definitiva, pois há sempre a ameaça de que seja desfeita. Tem-se sempre a sensação de que é necessário ler, reler, e voltar a ler a obra e que são infindáveis as suas possibilidades de formalização. Sua armadilha é atraente-fala do poder que todos sentem, mas não conhecem. Porém, para conhecê-lo é preciso suportar a ideia da incerteza, da contingência, de que nada é
Resenha do livro "O Príncipe", de Maquiavel
Revista Brasileira de Ciência Política, nº12. Brasília, setembro -dezembro de 2013, pp. 155-180.
Comunicação & Política (Rio de Janeiro) vol.32, 2014
Maquiavel e a compreensão da política, comunicação, informação e poder, 1998
Para a política, foi sempre fator determinante a comunicação, mesmo antes de qualquer teorização sobre o tema. Quando discutiam os assuntos na Ágora, os gregos faziam política comunicando-se. A noção de política está intimamente ligada, a meu ver, à noção de consenso. Mesmo num regime ditatorial ou tirânico, onde não existe a liberdade de expressão, mesmo sendo segmentado, o consenso existe, pelo menos, entre os dirigentes e as forças armadas.
Cadernos espinosanos, 2009
Cadernos Espinosanos, 2015
Maquiavel é geralmente considerado um precursor, senão mesmo o criador, da ciência política. Tal interpretação vê na obra do Florentino uma sistematização da racionalidade intrínseca à ação humana. Com tonalidades distintas, podemos vê-la em autores tão diferentes como Hegel, Meinecke ou Leo Strauss, que atribuem a Maquiavel a intuição do estado como princípio subjacente à autonomia do político e ao realismo. Estará, no entanto, esse princípio realmente presente na obra de Maquiavel? O presente texto questiona semelhante hipótese, sustentando, ao invés, que o Florentino pertence a um universo de pensamento onde o moderno conceito de estado se encontra ausente. Pelo contrário, a mistura de razão e desrazão, que é inerente à ação política, mas que o postulado fundador da ciência política dos modernos – o mito do estado, como lhe chama Cassirer – virá ocultar, ainda se encontra a descoberto.
estudo comparativo do pensamento politico de Aristotels e Maquiavel. a comparative study of the political ideias of Machiavelli and Aristotle
O artigo leva em conta as diferentes leituras da obra de Maquiavel – as quais tentam explicar a dualidade do autor (ao mesmo tempo republicano e conselheiro de Lorenzo de Médici) – e traz para o primeiro plano de análise a defesa da liberdade e a articulação desta com a dinâmica dos humores da cidade a fim de pôr em relevo a decisiva contribuição de C. Lefort para a discussão do caráter democrático dos ensinamentos do pensador florentino. Em seguida, trata-se de encontrar no Discurso da servidão voluntária, de La Boétie, e nos Ensaios, de Montaigne, isto é, na recepção francesa da filosofia política de Maquiavel orquestrada no século XVI, novas evidências da articulação entre desejo e liberdade. Tais elementos não apenas se mostram consoantes a interpretação fornecida por C. Lefort, mas também promovem desdobramentos importantes no que se refere à reflexão sobre a institucionalização do desejo do povo e sobre o poder deste para salvaguardar a liberdade da república frente à ambição dos grandes.
Vol. 46, 1, 2023
Maquiavel e a origem das comunidades políticas Artigos / Articles Maquiavel e a origeM das coMunidades políticas Luís Falcão 1 Resumo: É possível encontrar em Maquiavel uma expressão significativa do consentimento originário para a explicação da origem das comunidades políticas. Investigam-se, assim, as possíveis recepções desse tema, a partir do pensamento político romano. Com Lucrécio e Cícero, torna-se possível compreender os termos do pacto, qual sejam, o primitivismo no contraste entre homens e bestas, o medo e a segurança comuns como elementos fundantes da comunidade política e a liderança de um homem de destaque. Para isso, lateralmente, debatem-se as premissas aristotélicas da natureza política dos homens e apresentam-se exemplos do contexto de Maquiavel, a fim de corroborar a disponibilidade da linguagem do consentimento originário em acordo com o aristotelismo. O artigo conclui que Maquiavel não possui uma teoria substancial da origem dos agremiados humanos, porque o objeto da política, dentro da maneira pela qual ele a entende, existe apenas mediante a fundação das cidades historicamente determinadas. Logo, o emprego de uma linguagem contratualista, em acordo com a aristotélica, estava dentro de um contexto retórico de despertar a atenção de seu leitor.
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2011
Mãos se encontrando, cantando, esperando servir-se de justiça. Impaciência de gerar outra carne, outra polícia diferente destas armas sempre justas para o crime. 1 Publicado originalmente no número 1 da revista Vesta, de Königsberg, em 1807, o ensaio de Fichte sobre a obra de Maquiavel é, decerto, um texto de divulgação e elogio da obra do "nobre florentino" para o leitor alemão da época. Retomando o texto-homenagem de Goethe escrito como um monumento erigido a Winckelmann, o propósito inicial de Fichte é o de recuperar a obra de Maquiavel, dando-lhe a sua devida importância-o que significa pretender menos que Goethe, afinal, se no caso do historiador da arte antiga se trata de alguém já com perfeita honra e dignidade, no caso de Maquiavel, embora haja alguns simpatizantes de sua obra, ele se encontra também "totalmente mal-compreendido e medido segundo uma medida que ele expressamente proíbe, depois caluniado, ultrajado, seu nome usa-1.
Maquiavel e observando Richilieu, do que correndo atrás das últimas quantificações da politologia americana. Fiz esta experiência pessoalmente." (Mário Tronti. "Política e Poder") 2 Resumo: Com alguns flashes e indícios, intenta-se mostrar o avesso da invenção de O Príncipe, de Maquiavel, de modo a problematizar a origem política dos conceitos políticos modernos.
Sapere Aude, 2017
Helton Adverse RESUMO O presente artigo visa examinar as relações entre poder, força e retórica no pensamento de Maquiavel. A obra do secretário florentino nos liberta da ilusão segundo a qual o poder é idêntico à força, nos mostrando que seu exercício é impossível sem a dimensão discursiva. Apenas levando esse fato em consideração, podemos apreender a realidade política em sua complexidade.
A República de Platão, 2022
mundojuridico.adv.br
Onde a força de vontade é grande, as dificuldades não podem sê-lo" (Maquiavel) Ao longo da História, a imagem de Maquiavel sempre foi associada a trapaças, mentiras e diversas formas de maldades. 2 Todavia, essa imagem que parece cristalizada no senso comum parece olvidar toda a grandeza e importância do pensamento desse autor florentino, bem como o impacto que suas obras causaram no mundo todo. Mas esse quadro, que geralmente é pintado, deixa escapar ao olhar uma constelação de informações que o presente trabalho pretende resgatar. Maquiavel nasceu em 1469, quando a cidade de Florença passa por períodos conturbados: embora formalmente tal cidade assumisse a forma de uma república, a mesma era faticamente controlada e administrada pela família Médici. Todavia, após o falecimento de Cosimo, em 1464, e ascensão de seu filho Piero -cuja saúde precária levou-o a fazer pouco pela cidade -Florença passa por um período de declínio comercial e financeiro (BIGNOTTO, 2003:7). Verifica-se a transfer6encia de diversas casas comerciais e bancárias para outros locais, principalmente para Lion (França), o que fragilizou a economia local, antes acostumada a contar com francos recursos financeiros como principal arma contra as cidades concorrentes e contra a grande intervenção do papado (BIGNOTTO, 2003:7). Com a morte de Piero, os Médici possuíam apenas dois herdeiros, ainda muito jovens e sem experiência política alguma: Lourenço e Juliano (PINZANI, 2004:11). Embora, ambos tenham demonstrado grande apetite pelo poder e igual capacidade para exercê-lo, os chefes de uma outra grande família, os Pazzi, entenderam que já era hora de uma alternância. Para tanto,
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