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2014
No âmbito dos estudos teatrais, o interesse de pesquisadores sobre a critica teatral geralmente tem como foco o periodo do teatro moderno. Entretanto, no seculo XIX, encontramos praticas criticas configurando um caminho precursor. Em muitas biografias ou estudos, literarios ou teatrais, esse tipo de texto tem sido desconsiderado dentro da producao de muitos escritores. Assim aconteceu com Antonio Goncalves Dias, autor que ficou consagrado na historia literaria como um dos principais poetas do romantismo brasileiro, mas cujos folhetins – que exercitavam os generos da cronica e da critica de teatro – somente recentemente foram identificados e catalogados em maior completude e publicados pela Academia Brasileira de Letras em 2013. O aspecto critico presente nesses textos nos revela testemunhos sobre a atividade teatral e o âmbito em que espetaculos eram encenados e recebidos pela plateia no seculo XIX. Evidenciam tambem as dificuldades enfrentadas pelo autor brasileiro, pois alem de fo...
Em Tese, 2005
Este artigo consiste na leitura das peças teatrais de Gonçalves Dias,inserindo-as no panorama teatral brasileiro do século XIX.
Cadernos de Tradução, 2022
Resumo: Este artigo discute o poema de Gonçalves Dias "A Queda de Satanás", incluído em seu livro Últimos Cantos. Embora não haja menção ao original no livro de Gonçalves Dias, demonstramos que se trata de uma tradução parcial do poema de Édouard Turquety La chute de Satan, o que parece ter passado despercebido até agora. Procuramos analisar algumas escolhas tradutórias feitas pelo poeta brasileiro, com destaque para a estrutura métrica. Por fim, discutimos brevemente o trabalho tradutório de Gonçalves Dias à luz do conceito de Haroldo de Campos da tradução como "transluciferação".
Boletim 3 x 22, 2020
O BOLETIM 3X22, enquanto canal de comunicação do projeto 3 vezes 22, pretende difundir suas reflexões acerca da história, cultura e produção artística do Brasil, passando principalmente pelos períodos da Independência e do Modernismo para, a partir daí, pensar sobre os dias atuais e o futuro do país. As opiniões expressas nos textos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores.
fflch.usp.br
In this essay I want to begin with a short survey on the reception of Schiller in England and Portugal, especially in regard to the impact of the play The Robbers and the narrative The Ghostseer. As a matter of fact, Schiller was not only read and translated, but he actually imprinted his mark on (the) literature outside Germany. His ideas and works made important contributions to the Romantic movement-that of Brazil, where his writings arrived through France and Portugal, but Schiller was read directly in German at least by Gonçalves Dias. Schiller's contribution to the works of Gonçalves Dias can be most clearly seen in the drama Patkull, in which there are similarities to Wallenstein, and in the translation of The bride of Messina, which was unfinished when the Brazilian writer prematurely died.
2014
O presente trabalho tem como objetivo contribuir para o resgate da memoria do poeta e tradutor maranhense Antonio Goncalves Dias (1823-1864), mais conhecido pela autoria da poesia “Cancao do Exilio” (1843), atraves do estudo de trabalhos traduzidos pelo mesmo e publicados na revista maranhense O Archivo (1846). Sao eles: “A Torre de Verdum” de Frederic Soulie e “Cancao de Bug-Jargal” de Victor Hugo. A fortuna critica acerca de Goncalves Dias tradutor tem focado quase que exclusivamente em sua traducao do livro de Friedrich Schiller, “A Noiva de Messina” (Die Braut von Messina), concluida em 1863. Contudo, seu trabalho com traducoes e mais amplo, tendo publicado outras traducoes na imprensa periodica oitocentista. Com isso, tomou-se como base o conceito metodologico interdisciplinar de Transferencias Culturais, cunhado por Michel Espagne e Michael Werner. Para Espagne (2012, p. 21), a Transferencia Cultural pode ser entendida como uma orientacao metodologica para pesquisas historicas...
Gragoatá, 2016
Hélder Garmes b * O presente artigo é oriundo de projeto temático FAPESP (processo 2014/15657-8) e pós doutorado FAPESP 2014/00829-8
RESUMO: Ainda hoje, como durante o Segundo Império, a crítica literária brasileira tem privilegiado os temas nacionais ou exóticos da produção literária romântica. O indianismo de Gonçalves Dias tem sido sobrevalorizado em detrimento de outros aspectos de suas composições, devido às-Poesias Americanas‖ serem consideradas um símbolo da autonomia literária no Brasil. Este artigo tem como objetivo apontar a constante presença da estética medievalista nos poemas de Gonçalves Dias, a fim de evidenciar que a obra do poeta não se restringe à temática indianista. Para tanto, analisamos poemas dos Primeiros cantos, Segundos cantos, Novos cantos, Últimos cantos e das Sextilhas de Frei Antão assinalando a presença de temas, vocabulário, conteúdos e formas medievalistas. O medievalismo gonçalvino filia-se a uma vertente romântica bastante presente em autores europeus com os quais Gonçalves Dias dialogava. PALAVRAS-CHAVE: Poesia oitocentista. Gonçalves Dias. Medievalismo. Os estudos sobre Gonçal...
Acta Scientiarum. Human and Social …, 2008
RESUMO. O presente artigo analisa algumas estratégias de enunciação do texto poético. Na perspectiva do ritmo, compreendido não apenas como simbolismo dos sons, mas também como elemento próprio à natureza do poema enquanto disposição ou desenvolvimento harmonioso dos procedimentos expressivos, investigamos o modo como estão combinadas as imagens, as idéias e as propriedades sonoras extraídas do material lingüístico. Tratamos, pois, das relações entre o ritmo semântico responsável pelas conexões involuntárias entre o espaço referencial, as realidades do ser e as estruturas imaginárias e o ritmo da associação como fenômeno integralizador da lírica. Palavras-chave: enunciação, poética, retórica, imagem e ritmo na poesia. ABSTRACT. Rhythm construction in Leito de Folhas Verdes by Gonçalves Dias. The present article analyzes some enunciation strategies of the poetic text. In the perspective of rhythm, understood not only as sound symbolism but also as a peculiar element of the nature of the: poem as disposition or harmonious development of the expressive proceedings, the way of combining images, ideas and sound elements drawn from the linguistic material is investigated. The relationship between the semantic rhythm, responsible for the involuntary connections of referential space, individual's reality and imaginary structures, and the associative rhythm as an integrating phenomenon of poetry is especially regarded.
Letras, 2006
O atual texto busca relacionar, no contexto da poesia lírica romântica, três aspectos que raramente aparecem juntos nos estudos literários: a noção de cordialidade, tal como nos legou Sérgio Buarque de Holanda, a noção de ressentimento e a própria concepção de poesia lírica. A poesia de Gonçalves Dias foi assimilada pela história literária como a expressão máxima da constituição identitária brasileira. A questão evocada ao longo do atual ensaio busca relacionar o ressentimento pessoal secreto do poeta à noção de cordialidade. Palavras-chave: lírica-ressentimento-romantismo brasileiro-cordialidade-Gonçalves Dias
Terra Roxa e Outras Terras: revista de estudos literários, 2023
Édouard Turquety, a contemporary French poet now largely forgotten, holds a unique distinction as the poet whose verses feature most prominently as epigraphs in Gonçalves Dias’s Primeiros Cantos (1846), a seminal work in Brazilian Romanticism. It is noteworthy, however, that in subsequent works, namely Primeiros Cantos (1848) and Segundos Cantos (1851), Turquety fades into obscurity while other poets, such as Byron, Victor Hugo, and Zorrilla, not only persist as epigraphs but even see an increase in their frequency. This article aims to investigate the conspicuous imbalance, proposing the hypothesis that Gonçalves Dias recognized early on that, despite his initial admiration for Turquety, their poetic conceptions diverged significantly, particularly in their approach to nature. While Turquety, a disciple of Lamartine, depicted nature as an object of contemplation, poems like “O mar” placed pathos and dismountability at the core of nature’s representation, following the pioneering ideas of Edmund Burke on the sublime.
Revista NUPEM, 2024
O presente trabalho busca refletir sobre a construção identitária do poeta Antonio Gonçalves Dias como um dos ícones da literatura brasileira, entendendo que sua figuração em nosso panteon literário se deu como o resultado de um esforço pessoal seu na elaboração de uma memória que o vinculava diretamente a uma memória nacional, e que foi consolidada depois por seus críticos e biógrafos. No que tange aos registros autobiográficos deixados por Gonçalves Dias, nos concentraremos aqui em algumas de suas cartas, escritas em diferentes momentos de sua vida, e numa nota autobiográfica escrita em 1854, que, embora pareça inacabada e lacunar, é bastante emblemática pela maneira peculiar com que o poeta escolhe relacionar o seu nascimento ao da pátria.
Muitas Vozes
Este artigo pretende, num primeiro momento, cotejar as opiniões dos primeiros historiadores da literatura que se debruçaram sobre a produção literária brasileira. Tais historiadores recomendavam, sobretudo, o abandono das convenções estéticas em vigor na Europa, para que fossem adotados temas verdadeiramente brasileiros, como os relativos aos povos autóctones e à natureza americana. Num segundo momento, este artigo buscará mostrar como Gonçalves Dias seguiu apenas em parte as prescrições dos primeiros historiadores da literatura brasileira. O poeta maranhense introduziu temas nacionais, no entanto, não abandonou plenamente o uso de convenções clássicas de origem europeia. Por fim, este artigo, refletirá sobre a produção indianista de Gonçalves Dias, como este viés composicional buscou sublimar os povos autóctones, ao mesmo tempo em que procurava estabelecer um passado para a nação que acabara de se emancipar. Assim, este trabalho pretende mostrar como Gonçalves Dias foi um grande poeta capaz de aliar tradição e inovação numa obra relativamente extensa. As interpretações de Antonio Candido e de Nelson Werneck Sodré deixam isto claro: Gonçalves Dias foi um poeta romântico que soube aproveitar o que ainda possuía vigor na estética neoclássica.
Navegações, 2021
Este artigo dá continuidade à nossa abordagem do Romantismo brasileiro segundo o viés da estética. Temos demonstrado que o sublime é um elemento crucial para a formação não apenas dos movimentos românticos europeus como também para a sua contraparte brasileira. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar o indianismo de Gonçalves Dias, com o fim de demonstrar que o poeta expôs uma faceta mais obscura do indianismo no Brasil, especialmente se compararmos com a obra de José de Alencar. Em nossa análise, buscaremos mostrar que, para tanto, o poeta fez um uso ostensivo de elementos comuns à estética do sublime.
Imagino que hoje [1998] a perspectiva do tempo nos tenha levado a uma compreensão menos sectária do papel do intelectual como crítico de seu tempo (Gomes, 1998:249) A própria luta em direção aos cimos é suficiente para preencher um coração humano. É preciso imaginar Sísifo feliz. (Camus, 1989:145) O historiador que estuda a última ditadura brasileira (1964-85) e, em particular, a resistência, ao ler o artigo de Pierre Laborie (1994) intitulado "Historiadores sob alta vigilância", se surpreenderá certamente. Como pode um texto sobre um país e um momento tão diferentes daqueles que pesquisa ter tanto a lhe dizer? A curiosidade do pesquisador o levará a buscar as referências de pé de página, que por sua vez o encaminharão a mais e mais autores, testemunhos, documentos. Diante dele, uma significativa historiografia, tanto no que diz respeito à quantidade como à qualidade. Autores que a partir dos anos 1970 promoveram a revisão das interpretações dos chamados anos troubles, ou seja, da estranha derrota para a Alemanha nazista (1940) até a libertação (1944), num debate que em muito ultrapassa os espaços acadêmicos. 1 Para além da existência de temáticas e problematizações tão semelhantes às nossas, ele se surpreenderá com o fato de essa historiografia ser raramente conhecida do leitor brasileiro, mesmo do estudioso dos regimes autoritários. Nosso historiador da resistência continuará talvez a leitura motivado também por um estranho bem-estar: identificará ali muitos dos obstáculos que encontra no seu trabalho; se sentirá acompanhado nas suas dúvidas e angústias. E perceberá o muito que temos a fazer para melhor compreender a experiência autoritária e seus embates, mas se sentirá, antes de 1 Bloch, 1990. tudo, estimulado a prosseguir, encontrando aí importantes referências teóricas e metodológicas; e verá que os obstáculos que cerceiam o seu estudo terão muito a lhe dizer, se forem transformados em objeto de investigação. Já se pode dizer que existe uma vasta historiografia sobre o período 1964-85. Essa história vem sendo contada sobretudo-embora não exclusivamente-a partir das pesquisas sobre resistência (como foi, aliás, a ênfase inicial também entre os especialistas da França sob a ocupação alemã e Vichy). Mais do que isso, a memória coletiva desses 21 anos se construiu estruturada na ideia da resistência, como constatou Daniel Aarão Reis há mais de uma década. A sociedade resistiu e "não tem, e nunca teve, nada a ver com a ditadura". 2 Essa memória se atualiza constantemente desde o final dos anos 1970. Persiste, insiste. A historiografia, significativa em termos quantitativos, contribuíu, em certo sentido, para o desconhecimento do passado recente, resultado do abismo entre memória e história. Um abismo aprofundado com o tempo. Por outro ângulo, a memória se sobrepôs à história, num confronto em que os personagens, os testemunhos assumiram a missão de guardiães da memória, arautos da história. Assim, a perspectiva crítica-que faz da memória objeto de estudo e rompe com mitificações e lendas apaziguadoras-é inaceitável. Uma ofensa. Os historiadores sob alta vigilância. Uma usurpação. Só os que viveram o período-ou o herdaram-sabem. A eles e só a eles o direito-e mesmo o dever-de contar a história. A negação da história. Os problemas para o historiador não iniciado, para usar a expressão de Pierre Laborie, não são exclusivos do pesquisador da resistência, mas aí se agravam. Tema sacralizado (Todorov) por excelência. Campo minado no qual só é imune às explosões aquele que ratifica o estatuto do sagrado. Nesse caso, mesmo sem o parentesco das heranças no tempo presente, será bem-vindo. Seu discurso legitimará-e laicizará-essa memória. A historiografia francesa pós-Paxton passará ao largo desse historiador. 3 A situação tende a piorar-desculpem o pessimismo-, uma vez que, se são muitos os estudos sobre resistência, praticamente inexiste uma pesquisa sobre o que é resistência, o que é resistir; sobre a ideia de resistência e os critérios que definiriam os resistentes. (E aqui, entre parênteses, mais um ponto em paralelo com a historiografia francesa até a década de 1980). 2 Reis, 2000:9. 3 O livro do historiador americano Robert O. Paxton (1997) é um marco na historiografia sobre a França sob a ocupação e o regime de Vichy. Ver também Fishman et al. (2004).
2006
Marques 53 poetas, o adolescente Machado ndo fugiu a regra, pois, como bem observa Jean-Michel Massa: as cantoras e, de uma maneira mais geral, as mulheres que subiam aos palcos, com sua aureola de gl6ria, o prestigio de origem europ6ia, a reputaqgo de leviandade nem sempre justificada, a liberdade de agao, eram bastante requestadas pelos jovens poetas. Ficavam fascinados por elas. [... ]. Os pupilos das Musas s6 tinham a oferecer o seu coraqio.9 Naquele tempo, era praxe entre os jovens oferecer o coraqao as musas, aos poetas mais velhos ofereciam admira~qo, que, por vezes, levavam pela vida afora. Em outra cr6nica de A Semana, anterior a primeira e datada de 13 de agosto de 1883, Machado de Assis, descrevendo sua profunda irritadio
Aurora, 2020
mas muito aguda-sobre a questão dos "países atrasados" que, ao se apropriarem de formas culturais oriundas dos países avançados, obtiveram resultados "mais brilhantes e fortes" do que os últimos (ver 'O futurismo', 08. set. 1922). Apesar de sumária, a assertiva incidia incisivamente em pelo menos dois aspectos: ela descartava o pretexto do nacionalismo e da autenticidade, que as burguesias periféricas usam em vários níveis para sufocar a auto-organização das classes trabalhadoras periféricas; além disso, ela também suscitava paralelos com certas formas avançadas de luta e de auto-organização, desenvolvidas por trabalhadores em países periféricos. Nesse sentido, atos de sequestro dialético e de torção crítica deliberada converteram em armas cortantes e decisivas, nos países periféricos, algumas formas socialmente coniventes ou originalmente conformistas, inerentes à cultura do capitalismo avançado. Igualmente, nesse processo, foram forjadas afiadas 1 Este texto transcreve com pequenos ajustes, para a forma escrita, o trabalho apresentado oralmente em 06.09.2019 sob o título Negative Art and Dialectical Kidnappings in Antonio Dias' Work no painel "New Directions in Cultural Analysis", no âmbito do evento Uneven and Combined Development for the 21th Century: A Conference, realizado na University of Glasgow (5-7.09.2019) sob coordenação do prof. Neil Davidson e promovido por Socialist Theory and Movements Research Network e Historical Materialism Journal.
Godofredo de Oliveira Neto é conhecido do público por ser um romancista extremamente atento à arte de contar histórias. A ficcionista (2013), lançado também em formato e-book, confirma essa sua característica, apresentando um texto elegante e acessível, que traz o encontro marcante de dois personagens. Um é o escritor que vai em busca de assunto para um novo livro e contrata a personagem Nikki para contar a vida dela em dez sessões remuneradas de gravação. Leitora voraz de romances e uma espécie de filósofa-guru, com uma vida rocambolesca, ela é a ficcionista do título, tendo inclusive publicado nos Estados Unidos sob pseudônimo.
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