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2008, Matraga
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A construção da narrativa queirosiana – O espólio de Eça de Queirós, de Carlos Reis e Maria do Rosário Milheiro (1989), funciona como guião para a Edição Crítica em epígrafe: apresentado esse título, dá-se notícia de cada um dos volumes editados entre 1992 e 2008.
This article aims to analyze two founding texts of the Brazilian Queirosian critique. On the one hand, the first journalistic text about the work of Eça de Queirós signed by Machado de Assis in the Rio newspaper O Cruzeiro, 1878; on the other side, the first published book on the life and work of the Portuguese writer Eça de Queirós, written in 1911 by Miguel Mello. We have verified how these readings have thrown critical tendencies and were conceived as the cornerstone of the Queirós studies in the country, highlighting the critical method of each text and valuing the intellectual field of the moments of production. In order to carry out this brief study, we have the theoretical-critical support of Carlos Reis (2000), Benjamin Abdala Júnior (2000), Paulo Franchetti (2000), José Maria Bello (1952) and Machado da Rosa (1964) to reflect the controversies and misunderstandings in the genesis of Brazilian literary criticism about Eça de Queirós.
Throughout his intellectual activity, Fidelino de Figueiredo (1888-1967) devoted himself numerous times to review the work of Eça de Queirós (1845-1900) from different perspectives. The best-known critical reflections are the ones contained in one of his works of literary history, História da literatura realista (1914). My interest in this reflection, however, is to analyse a collection of critical articles published in 1945, on the occasion of Eça de Queirós’ Birth Centenary. It is the book “um pobre homem da Póvoa de Varzim...”, that brings together seven articles written by Fidelino de Figueiredo, between 1927 and 1939 and published in newspapers and books during this period. The aim of this study is to understand the critical conveyed in these texts, seeking to ascertain how Fidelino understood the work of Eça de Queirós, especially the supposed "difference" between the criticism present in the last writer's texts when compared to ones recognized as typically Realist, such as O crime do Padre Amaro (1875) e O primo Basílio (1878). Even being considered controversial, Fidelino´s propositions are interesting to think about how some essayists read the work of Eça de Queirós in polarized way. Resumo: Ao longo de sua atividade intelectual, Fidelino de Figueiredo (1888-1967) dedicou-se inúmeras vezes a analisar a obra de Eça de Queirós (1845-1900) sob diversas perspectivas. As reflexões críticas mais conhecidas sem dúvidas são as contidas em uma de suas obras de historiografia literária, História da literatura realista (1914). Meu interesse nesta reflexão, entretanto, é investigar uma coletânea de textos críticos publicada em 1945, por ocasião do Centenário de nascimento de Eça de Queirós, intitulada “um pobre homem da Póvoa de Varzim...”. Trata-se de um volume que congrega sete artigos escritos por Fidelino de Figueiredo, entre 1927 e 1939, publicados em jornais e livros no decorrer desse período. O objetivo deste trabalho é analisar a crítica veiculada nesses textos, buscando averiguar a maneira como Fidelino compreendeu a obra de Eça de Queirós, sobretudo a famigerada “diferença” crítica presente nos últimos textos do escritor quando comparados às produções ditas “tipicamente Realistas”, como O crime do Padre Amaro (1875) e O primo Basílio (1878). Mesmo que as proposições de Fidelino possam ser consideradas controversas, elas são interessantes para pensarmos sobre o modo como alguns ensaístas leram a obra do romancista português de forma polarizada.
2015
Antes da leitura dos ensaios incluídos neste livro, é importante esclarecer que resultam do trabalho dos integrantes do Grupo Eça (GE), cuja atividade remonta a 2002, quando o professor Hélder Garmes reuniu um grupo de alunos da graduação em Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo, para discutir a obra de Eça de Queirós. As reuniões foram motivadas pela disciplina “Literatura Portuguesa IV”, que apresentava e discutia a produção literária do escritor português. Registrado no CNPq em 2003, a proposta do grupo recaia sobre a leitura da fortuna crítica queirosiana, abordando de forma sistemática os textos de autores consagrados como António Sérgio, Álvaro Lins, António José Saraiva, Antonio Candido, Beatriz Berrini, João Medina, Carlos Reis, entre vários outros. Por meio da leitura e discussão dos caminhos que a recepção à obra queirosiana tomara no âmbito da crítica especializada, tanto no Brasil, quanto em Portugal, surgiram os primeiros trabalhos do grupo, ainda no âmbito de projetos de iniciação científica. O desdobramento natural do grupo foi a incorporação de outros participantes ao longo do tempo, dando continuidade e amplitude aos projetos de pesquisas desenvolvidos. No âmbito da pós-graduação do Programa de Literatura Portuguesa, foi criada a disciplina “Perspectivas críticas da obra de Eça de Queirós”, que agregou maior número de integrantes ao Grupo Eça, cuja equipe passou a ser constituída não apenas por alunos de graduação, mas também por mestrandos e doutorandos. A partir de um simpósio sobre Eça de Queirós ocorrido no XIII Congresso Internacional da ABRALIC, em Campina Grande, na Paraíba, ocorrido em 2012, o grupo se amplia nacionalmente, ganhando novos membros distribuídos pelos estados do Ceará, Bahia, Paraná e Rio de Janeiro. Cria-se também uma página na internet – http://ge.fflch.usp.br/ – para divulgar as atividades do grupo. Os ensaios incluídos neste livro são produtos de reuniões realizadas ao longo de 2012, já com o grupo ampliado em âmbito nacional. Revelam, em onze contribuições, visões multifacetadas da obra de Eça de Queirós, de modo a abranger estudos referentes a quase todos os gêneros cultivados pelo autor. Com esses estudos, parte das pesquisas do Grupo Eça vêm a público, na busca de demonstrar o empenho com que temos trabalhado todos esses anos. Pela variedade de métodos de análises, é fácil concluir que o grupo jamais cerceou qualquer abordagem teórica, ainda que tenha sempre privilegiado uma perspectiva que valoriza a relação entre literatura e sociedade, na profícua tradição que nos legou Antonio Candido
Este artigo se propõe analisar como o contexto cultural e social é refletido na produção literária de Eça de Queirós, elevando-o à categoria de autor engajado, fazendo com que sua obra de arte possa ser localizada num tempo e num estilo específico, ou seja, essa obra, também engajada, passa a ser considerada um texto clássico nos meios acadêmicos.
Anais do XXII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa – ABRAPLIP, 2009
Antonio José Saraiva (1950) proposes that the phase of academic studies in Coimbra had been instrumental in the formation of many ideas that would be conveyed in the works of Eça de Queirós. In fact, there are numerous journalistic, memoirist or fictional writings in which Eça refers to this phase of life, which demonstrates a certain importance devoted to the time of academic training between 1861 and 1866. These years appear to be those that served not only for the formation intellectual life and awakening to literary life, but also the time when the author seems to want to free itself from reality and gain a fantastic and unreal world, right at the I like the freedom gained by moving to a college town - with recognized bohemian life - without the presence of the family and open to new experiences of life. RESUMO: António José Saraiva (1950) propõe que a fase de estudos acadêmicos em Coimbra fora cabal para a formação de muitas idéias que seriam veiculadas nas obras de Eça de Queirós. De fato, numerosos são os escritos jornalísticos, memorialistas ou ficcionais nos quais Eça se reporta para essa fase da vida, o que demonstra certa importância devotada ao tempo de formação acadêmica entre 1861 e 1866. Esses anos transparecem ser aqueles que serviram não somente para a formação intelectual e do despertar para a vida literária, mas também o tempo em que o autor parece desejar libertar-se da realidade e ganhar um mundo fantástico e irreal, bem ao gosto da liberdade adquirida com a mudança para uma cidade universitária - com reconhecida vida boêmia - sem a presença da família e aberto a novas experiências de vida.
Forma Breve, 2017
In Eça de Queirós’ short stories travelers tend to assume instrumental roles in often densely descriptive narratives, such as “At the Mill”, “A Lyric Poet”, or “Idiosyncrasies of a Young Blonde Woman”. Traveling, however, is more than a theme in most of them. In this essay, I argue that Queirós’ short stories share structural affinities with other genres, such as the grand tour, sketches, and travelogues. These resemblances serve to highlight the political scope of Eça’s short stories, allowing us to explore contested narratives on the topic of modernization in the Portuguese context, and complicating the premises of the short format.
Revista Letras, 2014
Eduardo Lourenço, em seu artigo crítico "O tempo de Eça e Eça e o tempo", propõe que os vínculos entre a ficção eciana e a realidade Oitocentista ultrapassam o contexto histórico do século XIX e refletem, de maneira avultante, nossa condição contemporânea. Para o crítico, "Tudo quanto caracteriza hoje, noutro ritmo e com outra potência, a nossa actual civilização, já é visível e está presente no tempo em que o autor de Os maias viveu, constituindo o pano de fundo da sua experiência vital e cultural" (LOURENÇO, 2006, p. 35). Para tecer suas considerações sobre o modo como Eça de Queirós dialogava com as transformações de várias ordens que ocorriam no século XIX, Lourenço detém-se especialmente sobre os textos ficcionais produzidos pelo escritor. O objetivo deste trabalho é averiguar em que medida as proposições de Eduardo Lourenço podem ser transpostas para as produções de Eça em outros gêneros textuais, tais como crônicas e artigos jornalísticos. Para tanto, me deterei especificamente na análise dos textos escritos por Eça para os panfletos As farpas, entre 1871 e 1872, e alguns artigos publicados pelo escritor em jornais, durante a década de 1890.
Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, 2016
Este artigo tem por objetivo investigar a relação entre a escrita e classe social na vida de quatro personagens de três livros de Eça de Qeirós: Artur Corvelo, de "A Capital! (começos duma carreira)"; Carlos da Maia e João da Ega, de "Os Maias: episódios da vida romântica"; e Gonçalo Mendes Ramires, de "A ilustre casa de Ramires". Assim, faz-se necessário conhecer o “campo literário” (Bourdieu, 1996) português da segunda metade do século XiX para melhor entender as infuências condicionantes que pesavam sobre o escritor iniciante.
Anais Leirienses - Estudos e Documentos, 2020
Corrigem-se muitos dos mitos sobre a permanência de Eça de Queirós em Leiria e apresenta.se algumas outras histórias sobre ele em Leiria
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Nau Literaria, 2012
Cadernos de literatura comparada, 2021
A obra de Eça de Queirós por leitores brasileiros - Ensaios do Grupo Eça, 2015
Revista de Estudos Literários
Literaturas brasileira e portuguesa: movimentos, 2023
Tinta, Research Journal of Hispanic and Lusophone Studies, 2003