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Música, linguagem, pensamento poético, Ontologia
Per Musi, 2016
Resumo: Já se falou que a finalidade da musicologia compreenderia a descoberta do que a "linguagem musical" nos ensina do ser humano que seja diferente daquilo que a linguagem falada e outras manifestações e instituições primordiais dele nos ensinam. Nesses termos, parece óbvio que tal tarefa depende muito do que se entende por "linguagem". Não obstante o paradigma da linguagem ter sido um bordão na concepção musical ocidental, a comparação tendeu mais a enfatizar certas "carências" e "lacunas" da música, apresentando-a inequivocamente como inferior e mais limitada quanto, por exemplo, a uma eventual função cognitiva. O presente artigo pretende rediscutir essa questão à luz de contribuições contemporâneas do pensamento sobre a linguagem, notadamente na obra de alguns filósofos italianos, como Giorgio Agamben, Paolo Virno e Adriana Cavarero.
2009
Em 1980, George Lakoff e Mark Johnson publicaram um livro muito interessante, chamado Metaphors we live by (traduzido recentemente para o português com o título de Metáforas da Vida Cotidiana).
Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 2011
No texto bíblico a origem da linguagem remonta aos primórdios da criação: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus" (João I, 1). De acordo, pois, com a tradição bíblica, inicialmente, Deus criou o verbo, para, depois, criar o mundo. É por essa razão que alguns autores chegam a traduzir o termo Verbo (verbum) como "o som" ou "o canto". A partir dessa interpretação, o Verbo assume o sentido de "a palavra divina" ou "o próprio Deus", podendo tomar como base a ideia de que o Criador seria uma espécie de canto infi nito. Não seria Deus, sob este aspecto, o primeiro poeta? E mais, no imaginário judaico-cristão, a poesia não estaria na origem do próprio mundo e o antecedendo? E, o que aqui nos interessa, sobretudo, não teria precisado Deus, não obstante sua onisciência, onipresença e onipotência, de um sistema de escuta que o pudesse ouvir e transformar o dito em ação e coisa? Relativizando o que há de mítico-religioso na narrativa bíblica, ela é exemplar do caráter fundante de pelo menos três grandezas: 1) a linguagem; 2) um suporte, neste caso, a voz; 3) um meio ambiente; às quais nem o próprio Deus estaria imune. É neste sentido que propomos uma abordagem da literatura, em especial da poesia, que articule produção, circulação e consumo, considerando as novas possibilidades abertas pela cultura digital e on line em suas relações com uma história das tecnologias da comunicação e de seus suportes. Em uma ecologia cognitiva dominantemente acústica, som, corpo emissor e meio-ambiente imediato são três dimensões indissociáveis. A palavra vocalizada nunca existe em um contexto puramente verbal, o som não se separa da "ligação imediata a outro corpo". As palavras proferidas são sempre atualizadas em circunstâncias existenciais, que envolvem os corpos dos participantes numa situação que Paul Zumthor (2000, p. 130) chama de verbomotor. Adrian Frutiger (2006, p. 83) considera que, no princípio, havia um "tipo de linguagem" ou "sistema de comunicação" que se desenvolveu em milhões de anos. Para esse pesquisador,
À memória de meus pais, Diva Alves Vieira e Jerônymo Vieira Duarte: música e poesia de minha vida inteira, rios mansos e caudalosos do meu coração, lua e sol do meu céu estrelado, noite e dia das saudades e lembranças, cheiros e toques do jardim da minha vida. Meu eterno amor. AGRADECIMENTOS No caminho que percorri durante os anos do mestrado, encontrei pessoas muito importantes que seguiram comigo ...ora à trás, observando, ...ora ao lado, apoiando, ...ora à frente, abrindo as trincheiras. Deste ponto em que me encontro é possível olhar para trás e ver o caminho aberto. Reconheço que não seria possível trilha-lo sozinha e seria infinitamente mais difícil sem as pessoas que aqui estão presentes: Ao Prof. Dr. Werner Aguiar, que assumiu o desafio de orientar este trabalho. Obrigada por me mostrar um caminho poético para o pensamento da música e por ter se mostrado companheiro e solidário em todos os momentos; Ao querido amigo, Dr. Anselmo Guerra, pela presença e carinho dedicados durante a longa caminhada! Aos irmãos queridos, Cida Almeida, Jales Duarte, Gisélia Duarte e Gildo Duarte, pelo acolhimento necessário, doação de amor e carinho nos tempos tão difíceis! À Existência que me amparou e concedeu reencontros, encontros e evolução! Agradeço também, A professora Dra. Maria Helena Jayme e Dr. Wolney Unes, que ao participarem do exame de qualificação, contribuíram para elucidar questões; Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq, pela bolsa concedida, possibilitando dedicação exclusiva ao mestrado; A Fundação de Apoio à Pesquisa da UFG, Funape, pela concessão de auxílios para apresentação de artigos em vários congressos; Ao Corpo Docente e à coordenação do Programa de Pós-Graduação da EMAC. O mistério das coisas, onde está ele? Onde está ele que não aparece Pelo menos a mostrar-nos que é mistério? Que sabe o rio disso e que sabe a árvore? E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso? Sempre que olho para as coisas e penso no que os homens pensam delas, Rio como um regato que soa fresco numa pedra. Porque o único sentido oculto das coisas É elas não terem sentido oculto nenhum. É mais estranho do que todas as estranhezas E do que os sonhos de todos os poetas E os pensamentos de todos os filósofos, Que as coisas sejam realmente o que parecem ser E não haja nada que compreender. Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: As coisas não tem significação: têm existência. As coisas são o único sentido oculto das coisas. Alberto Caeiro Pois arte é infância. Arte significa não saber que o mundo já existe, e fazer um. Não destruir nada que se encontra, mas simplesmente não achar nada pronto. Nada mais que possibilidades. Nada mais que desejos. E, de repente, ser realização, ser verão, ter sol. Rainer Maria Rilke RESUMO Este trabalho parte do pressuposto de que a metafísica configura um dos modos de se fazer pesquisa em música, não sendo, portanto, o único. Outro modo é o pensamento poético. A partir disto, nosso objetivo foi buscar compreender a música enquanto dimensão poética e coextensiva ao ser humano a fim de ressaltar a possibilidade de uma pesquisa poética em música, para além dos mecanismos adotados pelas ciências. Utilizamos como metodologia o levantamento bibliográfico que fundamenta nossa reflexão e concluímos que a música possui um modo próprio de manifestar-se e que, assim como toda arte, sustenta-se na experiência do singular e do poético. Palavras-chaves: Música, pensamento poético, metafísica, ontologia.
Gragoatá, 2022
As relações estabelecidas entre música e poesia parecem fundamentais para a compreensão das transformações por que a poesia francesa passou no século XX. Nos anos 1920, houve um intenso debate a respeito do conceito de poesia pura, travado em jornais e revistas em língua francesa e inglesa e envolvendo nomes como o abade Henri Bremond, membro da Academia Francesa, e o poeta Paul Valéry. A musicalidade, a sonoridade das palavras e sua ligação com o significado ocuparam um papel primordial para a elaboração da noção, que teve importantes reflexos nas poéticas ao longo do século, como o simbolismo. Este artigo pretende recuperar a discussão, conhecida como “a querela da poesia pura”, verificar seu papel no desdobramento do paralelo entre a música e a poesia e apontar de que maneira o debate pareceu dramatizar as profundas mudanças por que a poesia francesa passou no último século.
2011
Quando ha a recitacao de um poema ou mesmo uma analise minuciosa, sempre e ressaltada a musicalidade presente na arte de se fazer versos. Nesse artigo, e questionada a nomenclatura usada pelos teoricos literarios, como e o caso do termo “ritmo”, emprestado de outro vies cientifico, ou a expressao “ musical”, usada para descrever a sucessividade sonora dos fonemas. Observando a falta de uma explicitacao eficaz no que se refere ao ritmo aplicado ao poema e ao ritmo aplicado a musica, o objetivo da pesquisa e esclarecer o acontecimento ritmico por meio de uma pesquisa bibliografica, utilizando-se dos fundamentos da teoria musical e da teoria literaria, alem de ser proposta uma transcricao ritmica numa pauta musical a fim de concretizar e entender o ritmo no poema.
2007
"A tese propõe uma discussão da relação entre música e linguagem, colocando em perspectiva crítica a tendência contemporânea de classificação apriorística da música, no quadro epistemológico, como um sistema semiótico. De um lado, acentuando o fato de a linguagem verbal e a música compartilharem a sonoridade, o trabalho busca evidenciar elementos que podem ser qualificados como musicais e que atuam na linguagem ainda antes de se integrarem na engrenagem de significação e codificação, como é o caso da voz. De outro, explorando a noção de musicalidade que permeia a teoria da poesia, a tese indica que o valor musical de um poema costuma justamente estar ligado à capacidade de a linguagem poética escapar à lógica férrea da representação e da significação unívoca, em proveito da exploração da ambigüidade e do potencial de movimento da palavra, com suas múltiplas direções e sentidos. Por essa dupla via, questiona-se exatamente o primado da representação e da significação (logocentrismo) – pelo qual a música foi progressivamente relegada a um plano secundário na classificação ocidental do conhecimento – e discutem-se as bases em que historicamente se estabeleceu a chamada teoria da música. This thesis proposes a discussion about the relationship between music and language taking into account a critical perspective of the contemporary tendency towards an aprioristic classification of music as a semiotic system. On the one hand, pointing out the fact that verbal language and music share sonority, this work seeks to evidence elements which can be considered musical and act in language before they are integrated into the gear of codification and signification, as it is the case of voice. On the other hand, exploring the notion of musicality that pervades theory of poetry, the thesis indicates that the musical value of a poem is usually related to the capacity of poetical language to escape the relentless logic of representation and of univocal signification for the benefit of exploring ambiguity and movement potential of word in its multiple directions and senses. Throughout this double path, it is questioned exactly this pre-eminence of representation and signification (logocentrism) – through which music has been progressively relegated to a secondary level in the Western classification of knowlwdge – and it is discussed the basis on which the so called music theory has been historically established. "
2017
Partindo do relato nietzschiano apresentado em Ecce Homo de que uma mudanca de gosto musical se encontra na genese do eterno retorno, como seu signo premonitorio, a presente Tese discute os elementos que envolvem a comunicacao filosofica desse pensamento na narrativa de Assim Falava Zaratustra, com enfase especial no sentido assumido pela musica e a lirica na caracterizacao de seu personagem principal como mestre cantor do eterno retorno. Nesse contexto explora a relacao de Nietzsche com seus mestres de juventude, Schopenhauer e Wagner, observando como essa relacao esta implicada na configuracao do cenario dramatico no interior do qual esse pensamento e comunicado na obra. Por fim, a Tese procura mostrar como a retomada da lirica, do canto e do ditirambo na caracterizacao de Zaratustra como mestre do eterno retorno deve ser observada a luz da reorientacao estetica que se assiste no pensamento nietzschiano com o abandono da metafisica de artista e da concepcao de filosofia arquitetad...
Neste breve paper discuto aspectos do vocabulário teórico-analítico sob uma perspectiva crítica. Atualmente poucos discordam do fato de que os analistas, através do uso de determinadas terminologias, criam verdadeiras ficções, como mostrou Marion Guck. O texto analítico, como qualquer texto, está sempre permeado da subjetividade e implicado de uma retoricidade. O vocabulário reflete uma visão de mundo e seus socioculturais. Neste sentido, seria útil discutir algumas categorias e termos que vêm sendo largamente empregados na literatura da área de teoria e análise musical.
Ferreira, I. N., 2022
Um dos modos de explicar a natureza do significado linguístico é afirmar que ele é determinado pela referência. Essa é a teoria referencial do significado. Por exemplo, de acordo com a teoria referencial a frase “João é bom” tem significado, pois refere um indivíduo que possui a qualidade de ser bom. Dado isso, seria possível manter que a música é uma forma de linguagem?
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Revista FAMECOS, 2008
Viso: Cadernos de estética aplicada, 2021
outra travessia, 2018
Comunicologia - Revista de Comunicação e Epistemologia da Universidade Católica de Brasília, 2015
Musica Hodie, 2010
EccoS – Revista Científica, 2020
Motricidade, 2020
Revista Nava 07: O Desenho em Perspectiva, 2020