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Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura
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Na peça “Marechal, boi de carro” (1975), Joaquim Cardozo apresenta a localidade de Muribeca completamente destruída pelos macobebas, seres caracterizados, principalmente, pelo seu caráter destrutivo. Dessa maneira, o monstro Macobeba, personagem originalmente criado por Júlio Bello, dá origem a um grupo de criaturas, sem que o seu criador seja sequer mencionado na trama – diferentemente do que acontece com Macunaíma. Na mesma peça, ao contar uma cena de convívio com este, um personagem fala que ele era o mesmo do livro de Mário de Andrade. Assim, contrastaremos aqui o modo como Macobeba e Macunaíma, figuras centrais do Modernismo brasileiro, são refigurados na peça, bem como refletiremos acerca das diferenças nos modos de reelaboração dos mesmos. Para realizar tal análise, um estudo comparativo entre os personagens mencionados, mobilizaremos conceitos que compõem uma reflexão contemporânea sobre o estudo das personagens, como, por exemplo, o conceito de refiguração, tal como concebi...
Revista Texto Poético, 2019
O poeta pernambucano Joaquim Cardozo foi um dos autores modernos que mais contribuíram para uma revisão do gênero elegíaco em nossa lírica. Neste estudo, pretendeu-se analisar duas elegias do poeta, “Elegia para Benedito Monteiro” e “Para José Maria (de Albuquerque e Melo) ”, voltadas especialmente a dois companheiros particularmente significativos em sua atividade poética, e que pertenciam a um grupo de artistas e intelectuais específico na década de 20 em Recife. Para tanto, recorreu-se a críticos que se dedicaram a estudar o poeta pernambucano e a poesia pernambucana moderna, como Souza Barros (1972), Merquior (1996), Correia (2018).
Estudos Avançados, 2017
Resumo Qual o sentido dos infortúnios sucessivos de Macunaíma, sobretudo nos capítulos finais, quando, de posse do amuleto da sorte, nem por isso esta lhe sobrevém, mas ao contrário segue-se um processo cada vez mais acelerado de degradação entrópica? Umas das finalidades do artigo é mostrar, por um lado, o caiporismo do personagem como repetição estrutural, desenvolvido no âmbito da "morfologia da história" captada pelo livro, e, por outro, como esse azar permanente funciona como significante mítico de um permanente desamparo. Nesse sentido, o personagem é compreendido como uma síntese das experiências do vasto setor da população brasileira que Caio Prado Jr. chamou de inorgânico. Tal interpretação tem consequências para pensar a inadvertida mimese do real operada pela obra e a relação com a noção de progresso aí sugerida.
Oh! Bendito o que semeia Livros... livros à mão cheia... E manda o povo pensar! O livro caindo n'alma É germe -que faz a palma, É chuva -que faz o mar. Castro Alves O "Projeto Livro Livre" é uma iniciativa que propõe o compartilhamento, de forma livre e gratuita, de obras literárias já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, especialmente o livro em seu formato Digital. No Brasil, segundo a Lei nº 9.610, no seu artigo 41, os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento. O mesmo se observa em Portugal. Segundo o Código dos Direitos de Autor e dos Direitos Conexos, em seu capítulo IV e artigo 31º, o direito de autor caduca, na falta de disposição especial, 70 anos após a morte do criador intelectual, mesmo que a obra só tenha sido publicada ou divulgada postumamente.
2021
Poeta e engenheiro, sintonizado, desde a juventude, com invenções das ciências e de literaturas diversas, Joaquim Cardozo [1897-1978] foi, sem dúvida, um dos grandes expoentes literários do Brasil. As formas de perceber e retratar o espaço revelam na sua poesia ideias como a de pertencimento e a maneira de estar no mundo. Neste sentido, considerando a literatura como um depositório de relações estabelecidas entre o homem e o meio, o tema deste artigo é a cidade do Recife como referência da criação poética cardoziana. A fim de lançar luz sobre o teor comunicativo de sua obra, o principal objetivo do trabalho é verificar como se configuram as imagens da cidade no poema “As janelas, as escadas, as pontes e as estradas”, de Mundos paralelos [1970], em busca de ressaltar o modo de como a inspiração do social encontra uma expressão estética. Para tal, buscamos aporte teórico-crítico no pensamento de estudiosos como Cantarelli (2014), Leal (2007) e Maia (2010).
Interessado em todas as conquistas da inteligência humana, o grande intelectual pernambucano atuou com o mesmo brilho como engenheiro e como poeta.
Idéias, 2013
Entre Jeca Tatu, o caboclo "inadaptável à civilização", e o matuto solerte e imprevisível que é Macunaíma, estende-se o largo espectro das discussões sobre o homem e a terra, que marcaram tão fundo a imaginação social e literária brasileira. Este artigo pretende averiguar como, em diferentes fi gurações da "preguiça" , em Monteiro Lobato e Mário de Andrade, projetam-se seus desejos, seus temores e suas interrogações sobre o futuro do Brasil.
2020
In a time of constant change, including intellectual traditions, Macunaima traced the vision of man, hero and language in the modernist period, promoting a rupture of traditionalism in the manifestations of Brazilian artistic intelligence. In search of freedom of expression and creation, the work, which deals with the national reality and the valorization of popular culture, mainly of popular speech, reconstructs meanings and instigates self-critical revisions about the genuinely Brazilian language. In this article, we seek to highlight the language view proposed by modern authors, especially Mario de Andrade. In view of this, the postulates of Sociolinguistics are used to analyze the representations of the stigmatized linguistic phenomena highlighted in the work, by elucidating the recurrent use of terms of the non-standard variety, explaining how each linguistic phenomenon occurs and how much these processes are related to today.
REVISTA DE LETRAS - JUÇARA
Em uma época de constantes mudanças, inclusive de tradições intelectuais, Macunaíma remontava a visão de homem, de herói e de língua no período modernista, promovendo uma ruptura do tradicionalismo nas manifestações da inteligência artística brasileira. Em busca de liberdade de expressão e criação, a obra, que versa sobre a realidade nacional e valorização da cultura popular, precipuamente da fala popular, reconstrói significados e instiga revisões autocríticas sobre a língua genuinamente brasileira. Neste artigo, busca-se evidenciar a visão de língua proposta pelos autores modernos, principalmente Mário de Andrade. À vista disso, os postulados da Sociolinguística são empregados para analisar as representações dos fenômenos linguísticos estigmatizados destacados na obra, ao elucidar o uso recorrente de termos da variedade não padrão, explicando como cada fenômeno linguístico ocorre e o quanto esses processos estão correlatos à atualidade.
A partir de uma etnografia com os jongueiros no estado do Espírito Santo, o texto descreve as diferentes concepções dos mestres a respeito do que consideram sua tradição e a representação pública de sua arte. Com base em uma abordagem antropológica do conflito, que comporta uma espécie de economia de movimentos e formas de socialidade, enfoca-se os processos e as trajetórias sociais dos mestres na definição de seus direitos. Tratou-se de descrever as conjunturas que relacionam as históricas de formação das memórias dos mestres àqueles contextos contemporâneos de enfrentamento por reconhecimento de seus direitos étnicoraciais. Sugere-se que os cenários de conflito nos quais os mestres interagem fazem parte das matrizes constitutivas das suas identificações tanto quanto da maneira como eles narram suas histórias, o que evidencia as formas de resistência tanto no plano cotidiano quando nas relações com os agentes públicos e privados.
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Revista Ícone, 2019
2020
Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea
Revista Brasileira de História, 2006
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Revista Guará - Revista de Linguagem e Literatura, 2021
Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, 2020
Phainomenon, 2011
TRÁGICA: Estudos de Filosofia da Imanência, 2020
Brasil/Brazil: Revista de Literatura Brasileira, 2017