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Fetichização e Produção do Valor

2022, Diários Públicos: Ficcionalização do Cotidiano e Monopólio Comunicacional

Abstract

Este capítulo, ancorado na perspectiva da plataforma e tendo por base a Teoria Valor-Trabalho, propõe uma problematização transversal junto à indústria cultural e à publicidade, uma vez que já não se produzem mercadorias culturais como antes. Os meios e as mensagens são outros, direcionados e personalizados, de modo que o próprio mercado se modifica e faz com que o consumidor seja igualmente um produtor ativo de propaganda. Sob essa lógica, considerando que o Meta, agregador de redes sociais tais como o Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp, se constitui numa plataforma propícia para a geração e manejo de informações, os pontos fulcrais a serem debatidos são a produção de valor, a distinção e a fetichização, sobre a hipótese de que o próprio Facebook e Instagram são capazes de criar referentes e um círculo vicioso de valorização e desvalorização. Em conformidade à produção e compartilhamento de conteúdo, a geração e tabulação de dados pessoais convertidos em publicidade dirigida e o consumo de produtos e tempo, há um comércio de mercadorias "reais" que alimenta o sistema e promove um mercado de consumidores também transacionados, pois que há, igualmente, a geração de desejo, demanda e antecipação de consumo. Considerando que a produção do valor (via o manejo do profile e a produção da autoexpressão imagética) gera distinção e uma ânsia de proficuidade, a hipó