Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2021, O mundo às avessas: uma leitura semiótica do romance Vidas Secas
O presente texto oferece ao leitor uma nova abordagem do romance Vidas Secas. A análise da narrativa dos retirantes vai além do elemento pictórico do sertão nordestino, convidando os leitores a seguirem pela trilha semiótica desenhada por Graciliano Ramos. Nessa aventura linguístico-literária, na redescoberta dos signos, cuidadosamente organizados na trama textual, não foram deixados de lado fatores importantes aos estudos literários, como o enredo, o tempo e o espaço narrativos e a verossimilhança. O propósito é perceber a mensagem subjacente à superfície textual, olhar o texto por dentro, pelo avesso.
2018
Orientador: Prof. Dr. Alexandre NodariDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa : Curitiba, 15/02/2018Inclui referências: p.145-152Área de concentração: Estudos LiteráriosResumo: Esta dissertação tem como objetivo propor uma leitura do romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, a partir das práticas e saberes dos povos habitantes do semiárido brasileiro, tais como presentes nos episódios e acontecimentos da família protagonista da obra. A hipótese principal da dissertação é que alguns traços dos modos de vida daquela família retratados no romance são irredutíveis aos sistemas de poder e sugerem modos de subjetivação e de ação que admitem e promovem a participação dos entes outros-que-humanos na co-constituição do mundo e em suas estratégias de resistência. Para tanto, verificamos, na primeira parte, as relações históricas entre o sertão semiárido e as obras literárias que lhe dizem respeito, propond...
Resumo: Em 1938, Graciliano Ramos publicou o romance Vidas Secas. Um “livrinho sem paisagens, sem diálogos e sem amor”, que se transformou num dos clássicos da literatura. Em 1963, Nelson Pereira dos Santos adaptou esse “livrinho seco” e produziu um dos clássicos do cinema brasileiro. A proposta desse artigo é mostrar como Graciliano Ramos olhou e traduziu as paisagens em imagens literárias e como Nelson Pereira leu as palavras de Graciliano Ramos e as transformou em imagens cinematográficas. Especificamente, entender como o arranjo de palavras e de imagens na construção da narrativa faz com que uma obra permaneça atual e provoque o leitor e o espectador para que sejam sempre lidas, vistas e estudadas. Autores: Maria Ignês Carlos Magno Doutora em Ciências da Comunicação e professora do programa de pós-graduação em Comunicação Audiovisual da Universidade Anhembi Morumbi (UAM, Brasil). Maria Aparecida Baccega Livre Docente em Comunicação e doutora em Letras. Decana do programa de pós-graduação em Comunicação, Mídia e Práticas de Consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP, Brasil). Revista de Estudios Brasileños, vol. 4, nº 7 Link: https://reb.universia.net/article/view/2822/palabras-imagenes-viceversa-estudio-adaptacion-novela-vidas-secas-cine
Vértices (Campos dos Goytacazes), 2015
Neste trabalho, faz-se uma reflexão sobre as noções de hipertexto a partir de atualizações da obra Vidas secas, de Graciliano Ramos. Nosso propósito é, ao realizar a leitura de um objeto artístico, desvincular o hipertexto da ideia de que este é um dispositivo possibilitado apenas pelo meio eletrônico, tese defendida por autores renomados no assunto. Ainda evidenciaremos que em um texto impresso o hipertexto também se manifesta. Postularemos que a linguagem literária pode ser uma manifestação da hipertextualidade. Enfim, realizaremos uma leitura intertextual da obra, procurando destacar o diálogo existente entre esta e outras obras de autores representativos brasileiros.
Anais do XXVIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa, 2021
No presente artigo serão avaliadas algumas características comuns ao regionalismo brasileiro e ao neorrealismo português através da análise de trechos escolhidos de Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos, e Gaibéus (1939), de Alves Redol. Mesmo na originalidade criativa e na especificidade estilística dos dois romances, é possível entrever uma rede de relações temáticas e linguísticas, particularmente no que se refere à representação da exploração do homem marginal num meio social e natural hostil e na sua luta cotidiana pela sobrevivência, relatadas numa linguagem simples e direta que devolve plenamente a rudeza e a precariedade que caracterizam os contextos geográficos e humanos de referência e os relativos efeitos sobre os personagens.
2014
No artigo, analisamos o romance Vidas secas (1938), de Graciliano Ramos (1892-1953). Na analise, destacamos o papel das vitimas representado pela personagem Fabiano e sua familia e o papel dos opressores, que sao membros iminentes da sociedade tais como o patrao de Fabiano, o soldado amarelo e o fiscal da prefeitura. Assim, verifica-se que ha no romance um embate entre opressores e oprimidos e estes ultimos sempre sao derrotados pelos mais poderosos, conformando uma estrutura circular na narrativa, a qual perpetua a situacao dos oprimidos, e nao aponta saida ou solucoes para tal situacao.
Revista Recorte, 2017
O ensaio aborda o romance Vida ociosa , de Godofredo Rangel, surgido em 1917, e relegado a relativa obscuridade a partir do advento do modernismo. A analise utiliza reflexoes teoricas de Luiz Costa Lima para destacar as tensoes formais e tematicas entre realismo e romantismo e entre documental e ficcional, presentes na obra de Rangel. Os possiveis efeitos de leitura decorrentes sao avaliados a partir de sua relevância dentro do debate mais amplo sobre aspectos formais do romance, representacao da realidade e mimesis . A partir dai se busca reposicionar o romance de Rangel, tanto em face dos valores esteticos predominantes quando do seu surgimento, quanto em relacao as conquistas posteriores do modernismo e do romance de 1930.
Trabalho apresentado à disciplina de Língua Portuguesa, do Curso Técnico em Informática, do IFRN/Campus Ipanguaçu, como parte do processo avaliativo do 3° bimestre. Orientador (a): Prof. Aline Peixoto
Estudos Semióticos
Entre as disciplinas com que A. J. Greimas teve contato em sua formação aparece a fenomenologia, corrente filosófica que apresentou em termos renovados a delicada questão da relação entre a linguagem e o mundo. Como se sabe, a exigência epistemológica assumida por Greimas acabou por afastá-lo do fenômeno da referência, por ele considerado indecidível, levando-o a abraçar, sobretudo, a vertente construtivista da fenomenologia, a ideia de que o “fenômeno” requer o logos para mostrar-se. Por outro lado, ele não deixa de afirmar incisivamente em Semântica estrutural que “as significações do mundo humano situam-se no nível da percepção”. O problema da relação entre o sentido e um sensível não unicamente textual permanece, portanto, à espera de resposta. Foi tal problema que determinou o projeto greimasiano de uma “semiótica do mundo natural”, que não chegaria a ter todos os desenvolvimentos prometidos. O objetivo deste artigo é submeter esse conceito a uma apreciação crítica, mediante a ...
semeiosis -SEMIÓTICA E TRANSDISCIPLINARIDADE EM REVISTA, 2020
A aventura crítica da semiótica percorre as principais teses sobre a semiótica e a comunicação conforme trabalhadas na primeira etapa da pesquisa Semiótica Crítica, denominada Por uma teoria das materialidades na comunicação. Nela, o Grupo de Pesquisa Semiótica e Culturas da Comunicação procurou discutir as potencialidades e limites de uma perspectiva comunicacional não somente fundamentada nos trabalhos fundadores da semiótica (Saussure, Peirce) e desenvolvida em seus modelos estruturalistas (como em Jakobson, Barthes, Hjelmslev e Lotman), mas também revisitada pelos textos que operaram uma desconstrução do estruturalismo pelo interior dos postulados deste próprio estruturalismo (Derrida, Kristeva, Deleuze, Guattari). O artigo apresenta esta proposta pelos modos como a pesquisa trabalhou com dez desconstruções ligadas a conceitos e problemas teóricos centrais ao debate das materialidades da comunicação: semiótica, comunicação, materialidades, presença, fenômeno, representâmen, meios, signo e significante, estrutura e sistema, sugerindo uma passagem das materialidades à imanência de uma comunicação micropolítica e pós-humana.
WebMosaica, 2010
WebMosaica revista do instituto cultural judaico marc chagall v.2 n.2 (jul-dez) 2010 cláudio leitão
Alfa, 2004
RESUMO: Este artigo propõe uma leitura estilístico-semiótica do poema III, 11 do livro Amores, de Ovídio, do qual damos o texto original e uma tradução nossa. Procuramos levantar as tensões, no nível profundo, que norteiam a construção do nível discursivo, observando a construção da superfície textual que tais tensões acarretam. Como conclusão, esboçamos notas semântico-lexicais, segundo o modelo proposto por Greimas em De la colère, por meio do lexema "resignação", cujos semas cobrem, como defendemos, o resultado da construção do discurso sob análise.
Ilha do Desterro A Journal of English Language, Literatures in English and Cultural Studies, 2019
The publication of translations of postcolonial literary works is increasingly gaining space in the Brazilian publishing market. In this article, the articulation between Translation Studies and Postcolonial Studies is sought through the analysis of the post-colonial novel Half a Life, by V.S. Naipaul, and its translation to Brazilian Portuguese, entitled Meia Vida. Discussions of ideological aspects in the translation of postcolonial texts and the very choice of what is translated and by whom are questions raised by the text, as well as the challenges of translating postcolonial literary texts. Finally, it is discussed how the postcolonial discourse of the original work is transmitted through translation, ascertaining possible suppression or maintenance of the postcolonial tone of the original work in the translated work.
Cadmo, 2013
A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso.
O presente estudo introduz o objeto de uma pesquisa sobre as linguagens da comunicação científica, em que os processos construtivos estão longe de se limitar ao contexto de uma única classe de signos. Porque credita à leitura a atividade fundamental da operação que coloca em interação uma diversidade de signos e de códigos culturais, propõe discutir o conceito de leitura como gesto semiótico. Nesse sentido, leitura é definida como interpretação cultural, no contracampo da leitura como decifração de um código único, tornado atividade por excelência da cultura letrada. A leitura como gesto semiótico exige de nós aquilo que temos denominado alfabetização semiótica e uma capacidade de ler com a cabeça levantada: da página para a tela da memória, do homem e da cultura.
More than two centuries ago, in 1769, the poet that was born in Brazil, José Basílio da Gama, has written a poem about the mixed expedition between portuguese and spanish with the objective of being accomplished the agreement done between Spain and Portugal monarchs in 1750, the Madrid Treaty. In one of its clause the document showed that the territory where the Mission Seven People was indigenous villages leaded by European Jesuits connected with the Spanish crown, should pass to Portuguese domain. There was a revolt by the indians. So, in that region it happened a massacre of a very large number of indians by the Europeans. Basílio da Gama "portrayed" this episode though the poem entitled O Uraguay, valorizing the american territory, and the new continent's native, the indian. Surpassing the introduction about the natives and the american land to Europeans, Basílio started the use of concepts that marked the posterior period the americanism and the indianism. The present work does a semiotics analysis in the poem, using the triad of Charles Peirce, which shows an interpretative argument through the study of work fragments. It's taken into consideration all the context politics-cultural of the period that the poet lived, mainly the group formed by Pombal, the sponsor art, known as "mecenato pombalino", which from middle of others poets, we can detach the arcade Basílio da Gama.
Intexto
A aventura crítica da semiótica percorre as principais teses sobre a semiótica e a comunicação conforme trabalhadas na primeira etapa da pesquisa Semiótica Crítica, denominada Por uma teoria das materialidades na comunicação. Nela, o Grupo de Pesquisa Semiótica e Culturas da Comunicação procurou discutir as potencialidades e limites de uma perspectiva comunicacional não somente fundamentada nos trabalhos fundadores da semiótica (Saussure, Peirce) e desenvolvida em seus modelos estruturalistas (como em Jakobson, Barthes, Hjelmslev e Lotman), mas também revisitada pelos textos que operaram uma desconstrução do estruturalismo pelo interior dos postulados deste próprio estruturalismo (Derrida, Kristeva, Deleuze, Guattari). O artigo apresenta esta proposta pelos modos como a pesquisa trabalhou com dez desconstruções ligadas a conceitos e problemas teóricos centrais ao debate das materialidades da comunicação: semiótica, comunicação, materialidades, presença, fenômeno, representâmen, meio...
Galaxia, 19 (2010): pp. 61,76
60 Jakobson e o edifício semiótico É no que respeita a constituição do edifício semiótico mesmo (ou de sua aventura, conforme a metáfora que se prefira...) que a publicação deste " coup d'oeil... " se reveste de especial importância: é impossível avaliar por inteiro o papel que jakobson cumpriu no esforço que pareceu demarcar muito daquilo que se pensava sobre as teorias do signo e da interpretação, no momento da vigência do estruturalismo (como sua principal escola filosófica); pois foi precisamente neste contexto, no centro da irradiação da vague estruturalista (na passagem dos anos 50 para os 60 do último século) que o vemos sugerir uma maior atenção àquela fortuna crítica que adviria de uma tradição semiótica fundada nas concepções lógicas e inferenciais do signo. Nestes temos, o presente texto é apenas o efeito de superfície de um movimento mais denso e profundo, que se realiza em boa medida através de suas sucessivas intervenções ao debate, e que acaba por caucionar o movimento de pensadores como umberto eco para ousar (ao menos, de início) uma possível síntese entre estas duas grandes fontes do cânone semiótico do século (o pragmatismo e o estruturalismo). pois é jakobson mesmo, sabemos todos disto, quem introduziu a obra de peirce, no contexto mesmo da voga estruturalista, chamando sempre a atenção sobre os hipotéticos ganhos para uma teoria geral da significação que pudesse tirar proveito desta outra ordem de concepções semióticas e, assim, escapar a uma certa restrição dos fenômenos de sentido pelo sistema da langue estrutralista. e é igualmente neste contexto que sua fala magna no I congresso da associação inter-nacional de estudos semióticos (em milão, em 1974) manifesta este espírito mais enciclopédico e menos escolasticamente conflagrado dos fundamentos da disciplina dos signos. Esta lição, que jakobson toma de empréstimo a um texto anterior de émile benveniste (e que é oportuna, inclusive como forma mais breve da saudação que o linguista francês faz, através de seu amigo jakobson, aos participantes do congresso), manifesta patentemente a dimensão de historicidade que inere ao conceito mesmo de signo (lição esta que o próprio roland barthes não se cansou de reproduzir, por seu turno, em várias oportunidades): assim, vemos como a pergunta acerca do signo se origina como questão de fundo de uma disciplina em permanente estado de latência na história do pensamento, desde a mais remota sistematização das práticas clínicas até as formas articificiais e arbitrárias da expressão e da argumentatção discursivas (na gramática, na lógica e na retórica). quando pensa na unidade possível de uma empresa semiótica, jakobson não exime nenhuma destas vertentes de um subjacente discurso semiótico, como marcadas nas etapas sucessivas da evocação do signo pelo pensamento humano.
Cadernos Cespuc De Pesquisa Serie Ensaios, 2010
O objetivo do presente artigo é expor uma análise do romance O quase fim do mundo (2008), de Pepetela, a partir da catástrofe nele presente: seu tipo, seus motivos e suas consequências, de modo que possamos também perceber as concepções do autor em relação à humanidade e a seus rumos, pois, como consabido, a literatura pós-independência nos países africanos de língua portuguesa revela-se como um espaço propício para se discutirem tópicos da ordem do dia. Antes de passarmos à nossa leitura, sucintamente, temos que, em Pepetela, o dito quase fim do mundo ocorre propositadamente e por meio de artefato possibilitado pela evolução tecnológica -o denominado "Feixe Gama Alfa". Nós leitores somos remetidos, inevitavelmente, ao nazismo, pois que os motivos são os mesmos: exterminar todos
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.