Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2017, Educativa
…
16 pages
1 file
Resumo: o texto procura examinar alguns aspectos da filosofia política de Rousseau à luz do conservadorismo, tal como caracterizado a partir da teoria das ideologias de Michael Freeden. Pretende-se explorar uma possibilidade: e se olhássemos o pensamento de Rousseau através do filtro da ideologia conservadora? Não se trata tanto, aqui, de acrescentar mais uma figura àquela já extensa galeria. O objetivo é, antes, ver, se examinamos através desse filtro o pensamento político rousseuaniano.
Resumo: O texto procura examinar alguns aspectos da filosofia política de Rousseau à luz do conservadorismo, tal como caracterizado a partir da teoria das ideologias de Michael Freeden. Palavras-chave: Jean-Jacques Rousseau. Conservadorismo. Ideologias.
Ser conservador é uma maneira distinta de ser humano, e em todas as esferas da vida o temperamento conservador se afirmou: arte, música, literatura, ciência e religião. Minha preocupação neste livro é a filosofia política, e não a prática política, que atraiu o rótulo de "conservadora". Assim entendido, o conservadorismo é uma rica fonte de reflexão sobre a ordem política, e o objetivo deste livro é mostrar a coerência da visão conservadora e como ela pode ser defendida. Quer os leitores concordem ou não com a política, tenho esperança de que reconheçam que as ideias conservadoras são intrinsecamente interessantes e parte necessária de nossa tentativa de compreender quem somos, onde estamos e por quê. Embora a atitude conservadora seja instintiva, o conservadorismo como filosofia política é um fenômeno recente, surgido durante o curso de três grandes revoluções-a Revolução Gloriosa de 1688, a Revolução Americana que terminou em 1783 e a Revolução Francesa de 1789. Essa história marcou todos os movimentos conservadores subsequentes e explica parcialmente por que é amplamente no mundo de língua inglesa que a palavra "conservador" é usada por políticos e partidos para recomendar aquilo que defendem. Em outros cantos do mundo, o termo é mais frequentemente um insulto. Entender por que isso acontece é entender parte da diferença entre as políticas anglo-americana e europeia. Ao mesmo tempo, o conservadorismo tem sido uma força real na Europa continental, tanto quanto na anglosfera, e eu incluí aqui pensadores da França, Áustria, Alemanha e Espanha a fim de demonstrar a envergadura e a complexidade da tradição intelectual conservadora, que tem sido parte da civilização ocidental nos tempos modernos. Por necessidade, limitei-me a argumentos e ideias. O conservadorismo, como força intelectual e espiritual, encontrou expressão tanto na arte, na poesia e na música quanto na discussão filosófica. Os maiores pensadores conservadores devotaram muita atenção à natureza da arte e às mensagens nela contidas. A primeira grande publicação de Burke foi um influente tratado sobre o sublime e o belo, os Cursos de estética de Hegel são o ponto alto de sua contribuição para o pensamento do século XIX, e muitos dos "conservadores culturais" cujos pensamentos sumarizo foram também grandes artistas em verso e prosa: Chateaubriand, por exemplo, além de Coleridge, Ruskin e Eliot. Aqueles que desejam compreender integralmente o que estava em jogo na discussão austríaca sobre a ordem espontânea não deveriam olhar apenas para os textos de Hayek e sua escola. Tão relevantes quanto, à sua própria maneira, são as sinfonias de Mahler, os poemas de Rilke e as óperas de Hofmannsthal e Strauss. Menciono esses temas aqui e ali, mas seu tratamento adequado pertence a outro livro. Como sempre, devo muito a Bob Grant, de cujo insight e erudição dependi em todos os momentos.
O presente ensaio discute a crise climática contemporânea e as possibilidades de inserção da educação ambiental neste debate. Trata-se de um diálogo com a produção da área, com os pressupostos da Ecologia Política, da Educação ambiental crítica, do pensamento da Complexidade e da Sociologia de Risco de Giddens e Beck. O artigo entende que, apesar das relativas incertezas que ainda cercam o debate sobre as mudanças climáticas, elas se configuram como o principal problema ambiental global contemporâneo. Pesquisas evidenciam a intensidade dos eventos climáticos extremos em todo o mundo e seus efeitos danosos sobre a saúde, o bem-estar público, a segurança alimentar e os patrimônios ambientais e sociais. No entanto, a invisibilidade do problema na vida cotidiana, a ação das controvérsias e dos lobbies econômicos, a inércia dos governos e das instituições relacionadas ao tema têm mostrado que a formulação de respostas eficientes sobre o impasse climático não tem acompanhado o aumento da consciência pública sobre este problema. Que conjunção de fatores justifica esse paradoxo? Este artigo argumenta que o atual debate tem sido pautado por argumentos e respostas reducionistas, tecnicistas e conservadoras -o Conservadorismo Dinâmico -que não dão conta de compreender o problema em toda a sua complexidade e, portanto, de formular estratégias capazes de revertê-lo ou de minimizar seus impactos. Entende-se, portanto, que a educação ambiental pode contribuir com esse esforço para renovar a compreensão do problema e a ação dos indivíduos, das instituições e dos agentes públicos e privados envolvidos com o tema.
O capítulo 1 do livro "A reconstrução ecológica da agricultura" fornece elementos fundamentais para a análise da evolução da agricultura, em uma comparação de conceitos que derivam da agricultura convencional e da agricultura orgânica. O autor inicia a abordagem sobre a questão da produtividade agrícola -tema este que perpassa toda a análise no capítulo em questão -que traz progressos e também resultados desastrosos. Fica evidente a postura crítica do autor, em especial, quando fala que "a história do gigante de pés de barro continua a se reproduzir", ao tratar da forma insustentável de se fazer agricultura que ainda predomina nos dias atuais.
Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (J. J. ROUSSEAU) QUAL É A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS, E SE É AUTORIZADA PELA LEI NATURAL À República de Genebra O soberano e o povo só pudessem ter um único e mesmo interesse a fim de que todos os movimentos da máquina tendessem sempre unicamente à felicidade comum; como isso só poderia ser feito se o povo e o soberano fossem a mesma pessoa (O contrato social feelings) Constituído o governo de outra maneira, talvez, que não a exigida pelo momento, não convindo aos novos cidadãos, ou os cidadãos ao novo governo, ficasse o Estado sujeito a ser abalado e destruído quase desde o seu nascimento Eu teria procurado um país no qual o direito de legislação fosse comum a todos os cidadãos; porque, quem melhor do que eles pode saber sob que condições lhes convém viver juntos em uma mesma sociedade? Não sois nem bastante ricos para vos enervardes pelo ócio e perderdes em vãs delícias o gesto da verdadeira felicidade e das sólidas virtudes, nem bastante pobres para terdes necessidade ainda de socorro estrangeiro que não vê-lo proporcione a vossa indústria Nenhum de vós é tão pouco esclarecido para ignorar que onde cessam o vigor das leis e a autoridade dos seus defensores, não pode haver segurança nem liberdade para ninguém PREFÁCIO É preciso procurar a primeira origem das diferenças que distinguem os homens, os quais, de comum acordo, são naturalmente tão iguais entre si quanto o eram os animais de cada espécie antes de diversas causas físicas terem introduzido em alguns as variedades que notamos Mas, enquanto não conhecermos o homem natural, é inútil querermos determinar a lei que recebeu ou a que convém melhor à sua constituição Creio perceber dois princípios anteriores à razão, um dos quais interessa ardentemente ao nosso bem-estar e à conservação de nós mesmos, e o outro nos inspira uma repugnância natural de ver morrer ou sofrer todo ser sensível, e principalmente os nossos semelhantes. Do concurso e da combinação que o nosso espírito é capaz de fazer desses dois princípios, sem que seja necessário acrescentar o da sociabilidade, é que me parecem decorrer todas as regras do direito natural Parece, com efeito, que, se sou obrigado a não fazer nenhum mal a meu semelhante, é menos porque ele é um ser racional do que porque é um ser sensível, qualidade que, sendo comum ao animal e ao homem, deve ao menos dar a um o direito de não ser maltratado inutilmente pelo outro DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS
2021
O artigo propõe-se a analisar o significado do projeto de um socialismo democrático tal como formulado por Ruy Fausto, em um novo ciclo de publicações posteriores a 2007. A partir de um balanço crítico e rigoroso da política de Marx, ele rejeita tanto o adesismo à ordem neoliberal quanto as soluções revolucionárias tradicionais. O núcleo da sua proposta consiste numa combinação da forma política democrática com o compartilhamento do controle da produção com os trabalhadores. A despeito da sua radicalidade, este projeto parece-nos refém de uma concepção convencional de democracia, que bloqueia a sua realização. Seria preciso não negar a democracia, mas alargar o seu sentido para que ela esteja à altura do seu poder de transformação.This article proposes an analysis of the meaning of the project of a democratic socialism as formulated by Ruy Fausto, in a new cycle of publications starting in 2007. Departing from a critical and rigorous analysis of Marx's politics he rejects both a...
Site da Intersindical - Central, 2016
Texto escrito na conjuntura do início de 2016
Desde seus primeiros livros Hesse conquistou um lugar certo ao lado dos maiores autores alemães de seu tempo e, com a tradução de suas obras para idiomas estrangeiros, tornou-se um nome consagrado em todo o mundo. Um fato a destacar foi o verdadeiro fascínio que o idealista escritor exerceu sobre as gerações posteriores à I Guerra Mundial, inquietas e perdidas em contradições.
Revista Opinião Filosófica, 2017
O sistema político democrático parece alimentar-se de um dissenso, parecendo o sistema tanto mais democrático quanto mais espaço abrir àquilo a que John Rawls denominou de “o facto do pluralismo (razoável)” – the fact of (reasonable) pluralism. Contudo, e não obstante, é sugerida uma necessidade de encontrar um consenso político, pelo menos uma base mínima de entendimento, como uma base de unidade política. Rawls concebe, neste quadro, um “consenso por sobreposição” (overlapping consensus). Neste artigo procuraremos descrever em que consiste o consenso proposto por Rawls como possibilidade de um consenso político. Procuraremos descrever as particularidades que o podem diferenciar de outro(s) tipo(s) de consenso sem deixar de indagar sobre a necessidade de um tal consenso e em que contexto, para que sociedade.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
Vol. 38, edição especial, 2015
IX Mostra de Iniciação Científica e Extensão Comunitária e VIII Mostra de Pesquisa de Pós-Graduação da IMED, 2015
Revista Philósoph@s - ISSN 1982-2928, 2014
v. 36, número especial, 2013
Revista de Sociologia e Política, 2011