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2016
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Revista Landa, v. 4, n. 2 (2016)Partindo dos princípios estéticos estabelecidos no “Prefácio Interessantíssimo” à Pauliceia desvairada, de Mário de Andrade (1893- 1945), este artigo levanta indícios sobre possíveis relações estéticoliterárias do poeta modernista com o surrealismo de tradição francesa. Tudo indica, porém, que esta opção estilística, de viés experimentalista, não alcançou desdobramentos nas obras seguintes – Losango Cáqui (1926), Clã do Jabuti (1927) e Remate de Males (1930) – cujo tom meditativo contrasta com as imagens delirantes de Pauliceia desvairada. Neste artigo, procuramos entender como essas duas inflexões iluminam o universo poético de um dos fundadores de nosso modernismo
Remate de Males, 2019
Mário de Andrade foi um colecionador de imagens, tanto suas-os desenhos e fotos que produziu ao longo da vida-, quanto alheias-obras brasileiras e estrangeiras, dos mais variados gêneros, formatos e técnicas, que foi adquirindo ou ganhando de presente. Por outro lado, sua obra literária tem sido recriada imageticamente com notável frequência, seja em capas ou ilustrações dos livros, seja em telas e outros suportes pictóricos, seja em filmes, peças de teatro ou mesmo desfiles de carnaval. A partir dessas duas coleções sobrepostas, buscaremos pensar sobre os lugares ocupados pelas imagens no cruzamento de pesquisa histórica e antropológica, reflexão crítica e criação literária que singularizam esse autor: podemos depreender daí alguma teoria da imagem? Essa teoria da imagem, se existir, guiou a concepção e realização dos seus livros?
ENTRE-LUGAR, 2017
Esse artigo é parte do tema de pesquisa da dissertação de mestrado. A paisagem urbana da cidade de São Paulo: uma poética da garoa sob o olhar de Mário de Andrade. O desabrochar da estética Modernista em Mário de Andrade, sublinha um período marcado pelo movimento de renovação estética literária e artística no Brasil, que instaura e coroa a arte e a literatura, com profundas modificações atreladas aos organismos sociais e políticos no país. Mário de Andrade, o poeta modernista, arlequinal e lírico, engajado nas vanguardas europeias através da literatura e, junto a outros importantes nomes de veios artísticos, inaugura a revolução na arte do Brasil com a Semana de Arte Moderna em fevereiro de 1922, na cidade de São Paulo. Esta pesquisa debruça-se nos estudos da representação da cidade de São Paulo no viés poético e geográfico, quando correlaciona a vida e morte do poeta ao processo de urbanização da cidade de São Paulo. Esse contexto é revelado através dos poemas que perpetuam o amor...
Literatura em Debate, 2015
Este artigo objetiva tratar da fortuna critica de Mario de Andrade, relacionando-a a duas producoes que foram construidas de forma inovadora e que por isso despertaram curiosidade para serem pesquisadas: o idilio: Amar, verbo intransitivo e a rapsodia Macunaima. A intencao e lancar um olhar sobre essas obras sob uma perspectiva perene, a fim de irradiar a vida que nasce delas. Para realizar essa reflexao, tem-se o contexto no qual foram escritas as obras, a teoria psicanalitica de Freud, para embasar a primeira das obras, e a teoria sobre mitos, para fundamentar a segunda.
2010
RESUMO No presente ensaio, pretende-se analisar em que medida o texto de Cesariny "a edgar allan poe, " incluído em Pena Capital, se apresenta como uma paródia de vários contos do autor de "The Assignation". Oscilando entre a atracção pelo imaginário de Poe, repleto de pequenos detalhes que agradam aos surrealistas, e a repulsa por um universo que aposta na dedução e na história logicamente construída, mesmo se essa construção obedece frequentemente a um cânone que se afasta do realista, Cesariny escreve um poema que retoma frases, personagens, situações, de contos do escritor americano, numa espécie de homenagem subversiva ou de paródia irónica.
2017
Resumo: Desde os últimos decênios do século XX, ficções das mais diversas surgiram tendo como personagens e narradores alguns escritores 'reais' e até considerados cânones pela crítica cultural e literária. A proposta desta comunicação é apresentar uma leitura do conto 'Caíram as fichas', do livro Histórias mal contadas (2005), de Silviano Santiago, que foca o escritor Mário de Andrade na elaboração da conferência O movimento modernista, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1942, que se tornaria, segundo o poeta paulistano, o "balanço histórico do modernismo". Objetivou-se, neste trabalho, analisar a elaboração narrativa empreendida pelo autor contemporâneo, ressaltando os efeitos provocados pela mescla entre elementos historiográficos e ficcionais. Ancorado em estudos teóricos e críticos sobre a ficção histórica contemporânea brasileira (Weinhardt, 2011; Esteves, 2010) e sobre a metaficção historiográfica , o questionamento central é verificar em que medida esse tipo de narrativa ficcional produz reflexão relevante acerca da revisitação de um escritor da literatura brasileira de outrora, sobretudo na ênfase da sua relação de intelectual com a política e com as ideias culturais do seu tempo.
O ensaio propõe redimensionar a questão do lirismo na poesia de Mário de Andrade, tratada como "psicológica" por nossos melhores críticos. A partir da Paulicéia desvairada e de seu prefácio, assim como de A escrava que não é Isaura, e relacionando-os com as leituras de Apollinaire e Dermée empreendidas por Mário, podemos perceber a problematização e o incômodo sentidos por nosso poeta modernista com a noção simplista de poesia lírica. Preocupado com uma dimensão ético-estética, Mário trabalha algumas questões ainda importantes para a poesia contemporânea, como o conceito de lirismo crítico. PALAVRAS-CHAVE: Mário de Andrade, Lirismo, Apollinaire e Paul Dermée. matraga, rio de janeiro, v.17 n.27, jul./dez. 2010 59 59 59 59 59
Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 2012
Resumo Este artigo objetiva apresentar O movimento modernista como memórias de Mário de Andrade, levando em consideração tanto a narrativa de experiências pessoais desse autor como gênero discursivo quanto as questões levantadas sobre sua obra por suas memórias.
1986
N3-23, texto de Mário Henrique, Carlos C. Costa e Alexandre O'Neill. A figura da máquina de costura e do guarãa-chuva 36 «No dia de Natal é obrigatório engulir gravatas e crocodilos» 95 , etc., etc. Neste tipo de frases, podemos ainda incluir os provérbios, provérbios estes que se afastam radicalmente do género popular a que fazem apelo. André Jolies define assim o provérbio: «La Locution est donc, dans notre morphologie, la forme littéraire qui enclôt une expérience sans que celle-ci cesse pour autant d'être élément de détail dans l'univers du distinct. Elle est le lien qui noue cet univers en lui-même sans que cette cohésion l'arrache à l'empiricité. Cette forme s'actualise dans le proverbe (...)» 9e. A experiência a que os provérbios em geral fazem apelo, a sabedoria popular neles implícita, está totalmente ausente dos provérbios surrealistas. é especialmente querida de todos os surrealistas. Ela foi pela primeira vez usada por Lautréamont, nos Chants de Maldoror, ao tentar descrever um personagem: «(...) il a seize ans et quatre mois! Il est beau comme la rétractilité des serres des oiseaux rapaces (...) et, surtout, comme la rencontre fortuite sur une table de dissection d'une machine à coudre et d'un parapluie!» (Lautréamont, Oeuvres Complètes, Paris Garnier/Flammarion, 1969, p. 234). A mesma figura aparece em outros textos do mesmo Espólio: «Mário Henrique, montado numa cabra, despia máquinas de costura.» (N3-25, texto de Mário Henrique, Carlos C. Costa e Nuno C. Costa); num diálogo entre Alexandre O'Neill e Mário Henrique (N3-34, s/d): «A-Qual o objecto do seu sonho de ontem? M-O meu gato. A-Que significado tem hoje para si esse objecto? M-É um acto paranóico. A-Pode compará-lo, em poder afrodisíaco, a uma velha máquina de costura? M-Posso. A-Que semelhança encontra, nesse aspecto, entre um e outro? M-Ambos são para usos familiares. A-Que ser poderia surgir se os puséssemos a funcionar simbolicamente ao lado de um guarda-chuva? MUm gafanhoto estrábico. A-E qual a sua utilidade prática? M-Para a educação das crianças.»
Ciencia E Cultura, 2009
Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta, Mas um dia afinal eu toparei comigo… Tenhamos paciência, andorinhas curtas (…)" (1) Jogo dA mAscArAdA Assim se apresenta Mário de Andrade que, como todo artista, brincou, ao longo de sua vida, do jogo da mascarada. "No jogo da mascarada há uma situação-limite bastante conhecida: é aquela em que o indivíduo vai retirando, uma por uma, as várias máscaras que recobrem seu rosto, até a última-que nem por estar no fim de todas deixa de ser máscara também. A verdadeira cara nunca se mostra; por trás do último disfarce (e será mesmo o último?) a face sempre escondida se nega à exibição. A verdadeira cara, no fim de todas, é talvez a mais enigmática de todas: é a face íntima, a imagem da intimidade" (2). Olharemos para esse enigma, a face íntima de Mário de Andrade que, como todos os enigmas, não pode ser desvendado. Os enigmas ficam sempre em suspenso. Ao artista, entretanto, é dado o talento e as formas que lhe permitem expressar com cores, palavras, sons, as mais discretas nuances que nos aproximam do cerne desta indagação: Quem sou? Quantos sou? De outra maneira, os psicanalistas fazem dessas questões seu ofício, garimpam o humano, buscam a cada sentimento, a cada palavra, a cada silêncio, novos prismas da alma que se abre sempre em outras refrações. Somos múltiplos, já o sabemos, e jamais conheceremos todos os aspectos que nos povoam. Mário de Andrade, habitado por tantos, artista de várias artes, em sua diversidade nos mostra as muitas configurações de seu desejo. Precursor da Semana de Arte Moderna de 1922, além de escritor, crítico, músico, cedo manifestou interesse como colecionador de obras de arte. "Nunca colecionei pra mim, mas imaginando me constituir apenas salvaguarda de obras, valores e livros que pertencem ao público, ao meu país, ao pouso que eu gastei e me gastou" (3). O interesse pelo seu país é uma de suas inquietações. Busca uma identidade cultural do país, uma forma de expressão da tão variada cultura brasileira. Isso é reflexo de uma procura de identidade pessoal que ele faz no jogo de máscaras, no qual faces surgem e caem ao longo de sua vida. No entanto, aquilo que se constituía numa riqueza de interesses e de produção intelectual, e que atraía os críticos, muitas vezes era visto por estes como uma fonte de desnorteamento (4), não só da crítica, mas do próprio Mário: "Foi aí que fiquei horrorizado comigo e lhe escrevi, menos para lhe contar o que eu não posso ser, do que para me libertar de mim. E me libertei de fato. Voltei a ser apenas trezentos e cincoenta mários, repudiando duma vez o trezentos e cincoenta e um (…) Vamos matar para sempre o trezentos e cincoenta e um. Pois não bastam os sofrimentos, as hesitações, as angústias do resto da tropilha!" (5). Em sua coleção, a enorme quantidade de retratos do próprio Mário, de várias épocas e autores, nos faz pensar que ao olhar um desses retratos logo surgia uma indagação que fazia necessário o próximo.
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 2012
After exercising the boldness of "words in freedom" on his Pauliceia Desvairada futuristic verses, Mário de Andrade began a new phase in his literary work in the mid-1920's, which coincided with the reorganization of the Brazilian modernism itself, moved by the search for the "millionaire contribution of all mistakes" (an expression by Oswald de Andrade on Manifesto Pau-Brasil). Standing up against grammar rules and the literate discourse, modernists sought to emulate the "wrong language of the people", well aware that this would be the route to our "native originality". In the particular case of Mário de Andrade, the desire to define the popular speech resulted in a project called Gramatiquinha da Língua Brasileira (Brazilian Language Little Grammar), which had as one of its main inspirations the rural dialect. The dialogue with the Brazilian rural culture actually occurs in key moments of his writing in the 1920's: on the novel Macunaíma, on the Clã do Jabuti poems, and on the Os Contos de Belazarte suburban stories. By studying Tarsila do Amaral's paintings, Mário says its Brazilianness lies in the rural aspect of the colors and shapes-a principle that also applies, and even more radically, to his increasingly rooted writing, in which language "mistakes" and the presence of rural or wild characters represent the displacement of Brazil and the writer himself regarding the modernization process.
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