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2022, A CONSTRUÇÃO DO ORIENTE PELA IMAGEM: REPRESENTAÇÕES, CONFLITOS, RELAÇÕES
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353 pages
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Texto da apresentação online feita no VIII Encontro Nacional dos Estudos da Imagem e V Encontro Internacional dos Estudos da Imagem (UEL, Londrina, 2022) pp. 44-71
Studies in Language and Culture 47 - Osaka University ISSN 0387-4478 , 2021
This article aims to analyze some aspects of the photographic gaze on Japan of the Italian ethnologist, university professor, climber and photographer Fosco Maraini (1912-2004) in special his ethnography on the ama divers (jap. 海女) in Hegura and Mikuria islands in Japan. This ethnographic research is considered pioneering from the Western perspective, whose images became a reference not only academic, but also aesthetic about a Japan that was "disappearing". Our goal is to analyze the Western "desire to look" at Japan and the Japanese people that persisted throughout the twentieth century in the field of Photography from the perspective of a "relational Orientalism" (MONSERRATI, 2020) about which the photographer-ethnologist Maraini is considered one of most important figures. Resumo: Este artigo objetiva analisar alguns aspectos do olhar fotográfico sobre o Japão do etnógrafo, professor universitário, alpinista e fotógrafo italiano Fosco Maraini (1912-2004) especificamente sua etnografia das mergulhadoras ama (jap. 海女) nas ilhas de Hegura e Mikuria no Japão. Esta pesquisa etnográfica é considerada pioneira sob a perspectiva ocidental, cujas imagens se tornaram uma referência não só acadêmica, mas estética sobre um Japão que "desaparecia". Além disso nosso objetivo é analisar o "desejo do olhar" ocidental sobre o Japão e os japoneses que persistiu ao longo do século XX no campo da fotografia sob a perspectiva de um "Orientalismo relacional" (MONSERRATI, 2020) no qual o fotógrafo-etnógrafo Maraini' é considerado um representante. Palavras-chave: Fosco Maraini; Japão; Fotografia; Etnografia.
Revista de História
Resenha do livro: XAVIER, Ângela Barreto & ŽUPANOV, Inês G. Catholic orientalism. Empire, Indian knowledge (16th-18th centuries). Nova Deli: Oxford University Press, 2015, 416 p.
Sinologia Hoje, 2020
Recentemente, escrevi sobre os possíveis caminhos para a construção de uma Sinologia brasileira. Tenho partido do princípio de que a ausência de uma tradição em estudos chineses no país acabou criando expedientes e estratégias para lidar com a civilização chinesa, com objetivos bastante específicos nos campos político, econômico e cultural. Esse panorama tem proporcionado abordagens irregulares, descontínuas e multifacetadas sobre a China, que dificultam a construção de um espaço comum de diálogo entre os sinólogos brasileiros. Duas questões fundamentais, todavia, continuam ligadas a formação de uma escola sinológica brasileira: a primeira, da conexão do conceito de Orientalismo, tal como proposto por Edward Said (1998), com a ideia do que poderia ser um Sinologia, como um campo de estudos chineses; em segundo lugar, como definir esse próprio campo de estudos frente à academia, de forma a estruturar sua existência e continuidade. A formação da cultura brasileira representa desafios específicos nesse sentido. Embora tenhamos recebido levas ocasionais de chineses no país, até a segunda metade do século 20, essas comunidades não haviam alcançado representatividade suficiente para se inserirem academicamente, criando seus próprios espaços. Nesse sentido, a imigração japonesa-muito mais ativa e representativa em termos numéricos-conquistou espaços universitários significativos, manifestos na difusão de inúmeros cursos de língua japonesa e de grupos de estudo. O fracasso no projeto de imigração chinesa para o Brasil, avidamente debatido no século 19, proporcionou um vácuo no conhecimento sínico dos intelectuais brasileiros. Essa ausência se reproduz, diretamente, na maneira como os brasileiros compreenderam a China ao longo do século 20 e no momento atual. A civilização chinesa foi incluída no amplo quadro das 'culturas orientais', caracterizadas ampla e superficialmente na mentalidade nacional pelo viés do Orientalismo (tal como proposto por Said), inserindo-a numa hierarquia imaginária das culturas. Essa situação criou dificuldades profundas para o entendimento da China em nosso cenário intelectual; é a consideração que vamos analisar a seguir.
Revista de História (São Paulo), 2018
Resenha do livro: XAVIER, Ângela Barreto & ŽUPANOV, Inês G. Catholic orientalism. Empire, Indian knowledge (16th-18th centuries). Nova Deli: Oxford University Press, 2015, 416 p.
Faces de Clio, 2021
O artigo presente discorre sobre a historicidade, fenomenologia e sentidos do Orientalismo nas arquiteturas europeias do século XIX. Procura-se oferecer uma abordagem conceitual sobre tais manifestações e linguagens na cultura material edificada, enquanto produções sociais marcadas por tensões próprias de linguagem arquitetônica fundamentalmente parlante e de representação do ‘outro’. Intentamos, por assim, contribuir com um debate que observa o orientalismo na arquitetura, antes de tudo, como uma autoridade do conhecimento e de práxis simbólica, de distinção e afirmação da Europa – e do Ocidente. Materializada enquanto conhecimento, que a partir dos olhares categorizadores e edificadores dos seus arquitetos, eram - por arte - capazes de conceber um Oriente cativo, a ser exibido pelas ruas das cidades europeias, no panteão de seus triunfos, como arquiteturas aos gostos de “um Oriente” reconhecível.
Síntese: Revista de Filosofia, 2012
A partir de um estudo da noção de “apriori religioso” no pensamento de E. Troeltsch, o artigo procura expor um acesso clássico ao tema da experiência religiosa. Após uma introdução que situa o tema entre filosofia e ciência da religião, prossegue-se com uma contextualização desta noção na matriz da filosofia da religião de Troeltsch. Constata-se a seguir a relação da discussão neokantiana da “validade” com a ideia de uma necessidade transcendental da religião. Diante da hipótese de um racionalismo redutor, verificam-se três acepções do termo em Troeltsch, ao que se segue o exame mais detido do apriori propriamente dito. Temas cruciais que aí surgem são: (1) a retomada idealista do conceito de liberdade, numa revisão crítica de Kant; e a (2) a incidência mútua entre problemas do historicismo ou da metafísica religiosa e dimensões irracionais ou decisionísticas surgidas em torno de um apriori especificamente religioso. Conclui-se “que o conceito não está superado enquanto indicação de...
2003
Between the ages of 20 and 21, Maria Isabel d’Oliveira Pinto da França Tamagnini kept an extraordinary journal of a trip to Timor, covering a lengthy itinerary that took her from Lisbon to Dili, via Singapore and various cities in what is now the Republic of Indonesia, in the years 1882/1883. As part of the fourteen-person entourage to accompany her stepfather, Major Bento da França, the new governor of Timor, this journal is the only known historical Portuguese text dealing with the colonial territory of Timor to have been written by a woman. Her descriptions, written for pleasure, alternate between "oriental" fascination and the dramatic reality of the poor colonial Portuguese settlement in Dili accounted as a true exile.
As diferenças entre o pensamento Ocidental e Oriental são marcantes. Ao estudarmos religiões comparadas, são atribuídas ao Oriente: inexistência de Deus pessoal criador; tempo cíclico; Nada/Vazio como categoria fundamental; linguagem negativa; monismo emanacionista. Embora algumas destas características sejam compartilhadas por escolas filosóficas mais místicas, como o Neoplatonismo, conforme Nishida, nada mais distante do caminho do zen budismo do que a transcendência absoluta plotiniana. No âmbito propriamente filosófico, a tentativa mais sistemática de aproximação Ocidente/Oriente foi empreendida pela Escola de Kyoto. O estudo de Eckhart, embora sob as lentes do Nada Heideggeriano, talvez tenha sido um dos seus mais bem sucedidos empreendimentos, iniciado por Nishida e aprofundado por Nishitani, Suzuki, Ueda e outros. Paralelamente à escola de Kyoto, Toshihiko Izutsu inicia outro trabalho de aproximação, mas não entre zen-budismo e Cristianismo. Radicado no Irã, estuda uma forma mais antiga, o Taoísmo, e tenta estabelecer uma relação com a filosofia mística de Ibn ‘Arabi. Os dois volumes que compõem seu trabalho Sufismo e Taoísmo incluem um extenso levantamento e comparação das noções básicas, princípios e categorias de ambos. Entendido por Izutsu como elaboração metafísica de uma tradição originariamente xamânica, o Taoísmo na sua expressão mais filosófica traria, na gênese mesma de seu pensamento, a questão da unidade/multiplicidade, que abre diálogo com o Neoplatonismo Medieval. Além disso, Izutsu encontra na obra de Ibn Arabi, não só uma construção teórico-filosófica sólida, como uma proposta vivencial partindo da experiência radical de si mesmo pela negação (fanā’/zuo wang) e superação baqā’/ming) no conhecimento do Absoluto/Uno. Como se não bastassem as correlações no plano metafísico (contraposição Uno/Absoluto e multiplicidade/diversidade/dez mil coisas), e vivencial, (experiência radical de si mesmo e negação), Izutsu aponta conexões também no processo de aquisição de conhecimento/iluminação. A questão da imaginação/sonho surge, em ambas as tradições, como elemento fundamental de compreensão da realidade (Haqq/Dao). Assim como seu predecessor Corbin, entende o mundo imaginal de Ibn Arabi (‘ālam al-mithāl), como tão relativamente real quanto qualquer outro, e imprescindível para o conhecimento além dos limites do sensível. Nossa hipótese é que a mística filosófica, em especial a medieval, oferece uma sólida possibilidade de conexão entre pensamento Oriental e Ocidental, contraindo as distâncias, tanto em relação à noção de Deus, quanto às demais diferenças apontadas anteriormente. Parece-nos que o trabalho de Izutsu deu um passo além, já que, não somente categorias filosóficas puras são analisadas, mas também a proposta experiencial para o caminho do homem singular e sua compreensão do Absoluto/Uno, a partir da experiência radical de si mesmo e da mediação de um domínio mal visto pela Modernidade: a imaginação.
O Surgimento da Vida Monástica Contemplativa Católica Oriental e Ocidental, 2025
A busca pela transcendência e pelo sagrado é uma constante na história da humanidade, manifestando-se em diversas formas de expressão religiosa e espiritual. O monacato contemplativo, tanto no Oriente quanto no Ocidente, emerge como uma das mais eloquentes respostas a esse anseio profundo.
2021
A pandemia causada pela COVID-19 trouxe um cenário de incertezas políticas e econômicas, além de novos comportamentos sociais. Identificando a nova onda de culpabilidade dos governos em relação a China, se observa o risco de discursos de preconceito e sua repercussão dentro da sociedade. Com isso, o presente artigo busca identificar se esse cenário apresenta um fortalecimento nas perspectivas e ações orientalistas. Ao fim, notou-se que a fala de líderes governamentais apresenta efeito direto nas ações sociais, sendo notável o aumento no número de casos de agressão verbal e física a indivíduos de etnia asiática corroborando para o fortalecimento do orientalismo já intrínseco nas falas e atos xenofóbicos
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Revista Relegens Thréskeia
Resenha critica sobre Orientalismo de Edward Said, 2023
Ainda Orientalismo, 2022
Universidade Federal da Paraíba, 2007
Revista Eletrônica Interações Sociais, 2024
Diversidade Religiosa, 2017
Ciencias Sociales y Religión/Ciências Sociais e Religião