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2022, Métodos em Movimento
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Neste capítulo verifico e comparo as relações ao longo do tempo entre os principais atores da esquerda envolvidos nos protestos iniciados em 2011 na Espanha e em 2013 no Brasil, por meio da técnica da análise de redes. Os dados sobre os quais aplico o método são oriundos do Facebook, mídia social que foi de grande relevância para a organização dos eventos, para a ampliação do debate político e para a divulgação das informações dos movimentos. A análise das redes mostrou diferenças significativas entre os protestos espanhol e brasileiro, sendo os primeiros compostos por uma rede mais densa onde se destacaram novos atores políticos, enquanto os segundos apresentaram uma composição mais híbrida, articulando antigos e novos atores.
2018
Em junho de 2013, manifestacoes populares tomaram as ruas e se alastraram pelos 26 estados brasileiros, o Distrito Federal e 12 de capitais. As demandas, inicialmente concentradas em reivindicacoes sobre transporte publico e mobilidade urbana, se tornaram conclames a necessidades sociais como educacao, saude, emprego, renda e representacao politica. Alem da tomada das ruas e espacos publicos, os atos concentraram esforcos tambem pelas vias do ciberespaco por meio de redes sociais e dispositivos moveis, complexificando os esforcos ativistas e oferecendo um novo panorama em termos de dinâmicas socioespaciais e insurgentes. Neste sentido, este trabalho se debrucou em analisar as dinâmicas de rede e escalas nas Jornadas de Junho de 2013 no Brasil, adotando como suporte documental o conteudo noticioso de jornais de maior circulacao no periodo e outras fontes jornalistica em uma articulacao entre espaco e movimentos sociais. Palavras-chave: Jornadas de Junho. Rede. Escala. Movimentos soci...
áreas de interesse se concentram na Sociologia da Cultura e dos Movimentos Sociais. Seus trabalhos são referência para quem pesquisa a partir da Sociologia A socióloga norte-americana desenvolveu sua tese doutoral que analisou a participação de movimentos sociais e redes de jovens na luta pelo impeachment, em 1992, com orientação do professor Charles Tilly. Depois, elaborou a tese em um livro mais extenso e detalhado sobre redes de movimentos juvenis no período da redemocratição, intitulado Partisan publics: communication and contention across Brazilian youth activist networks. Nessa obra, Mische trata da relação entre associações cívicas e partidárias entre jovens brasileiros, durante os anos de transição e reconstrução democrática, examinando, para tanto, as afiliações múltiplas de ativistas. Isso ajudou a entender os diversos tipos de lideranças polí-ticas, sobretudo por meio da análise de redes, interpretativa e histórica. O livro foi publicado em 2008, pela Princeton University Press, e obteve menção honrosa de melhor obra em Sociologia Política da Associação Americana de Sociologia, em 2009. A professora Ann Mische esteve no Brasil a convite do Laboratório de Pesquisa Social (Laps) do Departamento de Sociologia da USP e ministrou a conferência "'Vem pra rua, mas sem partido': ambivalência partidária e a reconfiguração do ativismo no Brasil". A entrevista a seguir foi realizada no dia 04 de agosto de 2014 e se atém à sua trajetória acadêmica, sua pesquisa no Brasil e à atualidade dos movimentos sociais no país.
O artigo propõe uma agenda de análise rítmica para estudar as criatividades do protesto. A discussão sobre a análise rítmica é ancorada na ontologia dos selves de autoria de Cornelius Castoriadis. Abarcaremos psique e sociedade no mesmo pensamento e mudaremos os termos do debate das subjetividades coletivas para a emergência rítmica dos divíduos. O artigo introduz a noção de ritmos concêntricos como um quadro analítico para tornar inteligíveis as polirritmias dos locais de protesto. Finalmente, o artigo constrói uma vinheta sobre ritmos concêntricos, onde, analisando uma coreografia particular do protesto, nos habilitamos a falar sobre autonomia, reconhecimento e política pós-edípica.
Revista Crítica de Ciências Sociais, 2018
Os protestos sociais que seguiram a conquista do Brasil para sediar a Copa do Mundo 2014 desafiaram a capacidade de compreensão de todos. Os eventos de junho de 2013 -conhecidos como "Jornadas de Junho" -abriram um infinito mar de possibilidades, avançando pelas ruas e na internet. As "Jornadas" constituíram um acontecimento--núcleo de diversas questões que se fundiram em um determinado intervalo de tempo. O objetivo deste artigo é refletir sobre a dinâmica, o tempo e as temporalidades que explodiram neste contexto. Destina -se a abordar a articulação da ação política com as tecnologias, as redes digitais e os meios de comunicação, isto é, discutir e problematizar a dinâmica da interação entre espaços públicos urbanos e redes intermidiáticas nas recentes mobilizações políticas brasileiras. Palavras -chave: Brasil; contestação social; espaço urbano; meios de comunicação. Os recentes protestos sociais -nomeadamente em Madrid (2011), Tiananmen (1989), Tahrir (2011) até Maidan (2013) e Hong Kong (2014) -ocorreram no espaço público urbano e se organizaram, em geral, em torno do direito à cidade, da melhoria das condições de vida e da ampliação dos espaços democráticos . No seu desenrolar destacaram, por um lado, a relevância política das ruas e praças enquanto tecnologia política e, por outro lado, o papel da mídia, da internet e das redes sociais e a sua relação com os movimentos sociais. Os casos são numerosos * Este texto é uma versão ampliada da apresentação oral proferida na Reframing Media/Cultural Studies in the Age of Global Crisis Conference, na University of Westminster, Communication and Media Research Institute (Londres, 19 e 20 de junho de 2015). A expressão "temporalidades emaranhadas" foi retirada da obra de Georges Didi -Huberman (2014: 69), Sobrevivência dos vaga -lumes, no momento em que o autor cita o modo como Agamben compreende o contemporâneo.
Comunicação Mídia e Consumo, 2016
Temos assistido, nos últimos anos, em diversos contextos, ao aparecimento de novas formas de contestação. Entre os aspetos a destacar, encontra-se a utilização de media digitais como recursos para a mobilização cívica. Partindo dos resultados de um projeto de pesquisa qualitativa sobre participação da juventude na esfera pública em Portugal, com especial ênfase à utilização de tecnologias e media digitais, o presente artigo pretende dar resposta a um conjunto de questões. Que papel têm os meios digitais nos repertórios de ação dos atores coletivos presentes no recente ciclo de protestos? Qual o papel das chamadas redes sociais (como o Facebook) e de outras ferramentas digitais nestes protestos? Como são utilizadas por determinados coletivos ativistas e que representações suscita o seu uso em diferentes circunstâncias do “trabalho ativista”?
Revista Crítica de Ciências Sociais, 2018
"Temporalidades emaranhadas": desafios metodológicos da dinâmica dos protestos em rede de 2013 no Brasil* Os protestos sociais que seguiram a conquista do Brasil para sediar a Copa do Mundo 2014 desafiaram a capacidade de compreensão de todos. Os eventos de junho de 2013-conhecidos como "Jornadas de Junho"-abriram um infinito mar de possibilidades, avançando pelas ruas e na internet. As "Jornadas" constituíram um acontecimento-núcleo de diversas questões que se fundiram em um determinado intervalo de tempo. O objetivo deste artigo é refletir sobre a dinâmica, o tempo e as temporalidades que explodiram neste contexto. Destina-se a abordar a articulação da ação política com as tecnologias, as redes digitais e os meios de comunicação, isto é, discutir e problematizar a dinâmica da interação entre espaços públicos urbanos e redes intermidiáticas nas recentes mobilizações políticas brasileiras. Palavras-chave: Brasil; contestação social; espaço urbano; meios de comunicação.
Junho de 2013: sociedade, política e democracia no Brasil, 2022
Os protestos de Junho de 2013 continuam, de fato, a suscitar longos debates na esfera pública e no meio acadêmico. No calor do momento, diversas interpretações apressadas foram feitas, muitas das quais simplesmente encaixando os eventos nos quadros referenciais dos autores e das autoras, quase sempre caindo no maniqueísmo entre um movimento autônomo (Cava e Cocco, 2014; Moraes et al., 2014; Judensnaider et al., 2013) ou fascista (Reis e Soares, 2017; F. Santos, 2013; Souza, 2016). Embora alguns estudos mais detidos venham sendo elaborados (Bringel e Pleyers, 2015; Tavares et al., 2016; Mendonça e Figueiredo, 2019; Mendonça e Bustamante, 2020), fato é que pouco esforço foi feito ainda no sentido de inserir essas manifestações em uma temporalidade ampliada, buscando enfatizar o caráter processual da história. Eis o exercício que se esboça aqui: examinar as camadas do tecido social necessárias para recompor as teias por trás dessa temporalidade ampla, que tem seus antecedentes em 1978 e chega até a atualidade, coincidindo com o início, o desenvolvimento e o ocaso do que se convencionou chamar de Nova República.
Versões anteriores deste trabalho foram apresentadas no Colóquio sobre Democracia e Tecnologia, promovido pela UFMG em outubro de 2013, e no GT Comunicação e Política da Compós, em maio de 2014. As manifestações ocorridas no Rio de Janeiro ao longo dos meses de junho e julho de 2013 mostram paralelos notáveis com as dinâmicas registradas em muitos outros casos de desobediência civil e ação não violenta analisados pelo projeto Civil Resistance & Power Politics (Roberts e Ash, 2009). Entendemos que é possível avançar na análise deste caso através da associação entre o conceito de redes policêntricas (Gerlach, 2001) e a ideia de dramaturgia estratégica, conferindo centralidade à linguagem orientada para a exposição pública de posições nem sempre verbalizáveis e/ou racionalmente defensáveis, bem como à sua adaptação a um cenário complexo de meios e públicos, como é possível verificar em movimentos bem sucedidos de desobediência civil.
Revista Crítica de Ciências Sociais, 2018
Os protestos sociais que seguiram a conquista do Brasil para sediar a Copa do Mundo 2014 desafiaram a capacidade de compreensão de todos. Os eventos de junho de 2013 – conhecidos como “Jornadas de Junho” – abriram um infinito mar de possibilidades, avançando pelas ruas e na internet. As “Jornadas” constituíram um acontecimento-núcleo de diversas questões que se fundiram em um determinado intervalo de tempo. O objetivo deste artigo é refletir sobre a dinâmica, o tempo e as temporalidades que explodiram neste contexto. Destina-se a abordar a articulação da ação política com as tecnologias, as redes digitais e os meios de comunicação, isto é, discutir e problematizar a dinâmica da interação entre espaços públicos urbanos e redes intermidiáticas nas recentes mobilizações políticas brasileiras.
Diálogos Interdisciplinares: Cultura, Comunicação e Diversidade no Contexto Contemporâneo
Resumo: Como parte de um projeto que estuda narrativas jornalísticas produzidas por coletivos midiáticos em contexto de movimentos em rede, este artigo faz uma análise comparativa entre os conteúdos produzidos pelo Mídia Ninja e pelo G1 nos dias 13 e 31 de março de 2016, datas em que ruas de diversas cidades do Brasil foram ocupadas por protestos a favor e contra o governo de Dilma Rousseff. As publicações no Facebook desses atores nesses dois dias são analisados a partir das narrativas, técnicas e estratégias de produção e circulação de conteúdo. Palavras-chave: Narrativas, técnicas e estratégias. Jornalismo. Midiatização do Ativismo. Convergência e Espalhamento. Abstract: As part of a project that studies journalistic narratives produced by collective media in a contexto of networked movements, this article makes a comparative analysis of the content produced by Mídia Ninja and G1 on 13 and 31 March 2016, dates on which the streets of several cities in Brazil were occupied by protests for and against the government of Dilma Rousseff. Publications on Facebook of these actors in these two days are analyzed about narratives, techniques and strategies of production and circultation of content.
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Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, 2020
Universidade Federal do Espírito Santo, 2022
Razón y Palabra, 2015
Iberian Journal of Information Systems and Technologies, 2011
InterScience Place, 2013
Revista GEMInIS, 2016
Dito Efeito - Revista de Comunicação da UTFPR, 2014
Sociedade e Estado, 2006