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Obra é hoje um conceito estourado em arte. Eco e outros teóricos da obra de arte aberta, foram provavelmente os últimos defensores da noção de obra. Deixando de existir fisicamente, libertando-se do suporte, da parede, do chão ou do teto, a arte não é mais do que uma situação, puro acontecimento, um processo. O artista não é mais o que realiza obras dadas à contemplação, mas o que propõe situações-que devem ser vividas, experimentadas. Não importa a obra, mesmo multiplicada, mas a vivência. O caminho seguido pela arte-da fase moderna à atual, pós-moderna-foi o de reduzir a arte à vida, negando gradativamente tudo o que se relacionava ao conceito de obra (permanente, durável): o específico pictórico ou escultórico, a moldura, o pedestal, o suporte da representação, a elaboração artesanal, o painel ou o chão e, como conseqüência, o museu e a galeria. Nesta evolução, dois aspectos evidenciam-se: o agigantamento das obras (Christo simplesmente embala vagões e edifícios; os escultores de "estruturas primárias" ocupam todo espaço útil da galeria; Marcelo Nitsche, n Brasil, faz crescer cada vez mais "bolhas" ou objetos infláveis: Oldemburg agiganta alimentos urbanos, seus "pop-foods" , e roupas, reconstituindo quartos e ambientes inteiros, como também Segal com seu posto de gasolina) e a precariedade sempre maior dos materiais empregados. Na chamada "arte provera" são empregados materiais como terra, areia, ou detritos, na arte cinética, a desmaterialização é quase completa (trabalha-se com luz, com imagens em contínua metamorfose). Paralelamente surgiram outros suportes matemáticos ou tecnológicos. Por outro lado, o artista passou simplesmente a apropriar-se de objetos existentes, criando novamente "ready-mades", transformando, retificando objetos, que assim ganham novas funções e são enriquecidos semanticamente com idéias e conceitos.
Resumo: Seguindo uma lógica contemporânea o corpo ganha cada vez mais espaço no meio social como uma matéria prima a ser moldada, um simples suporte da pessoa onde percebemos uma forte valorização das imagens corporais, e a cada dia encontramos situações em que o corpo e suas reproduções e modificações determinam o fator de aceitação social na vida dos sujeitos. Assim o corpo passa a ser objeto de desejo carregado de significados, muitas vezes fonte de renda e ainda campo de estudos. A encenações propostas pelo mercado da moda aliadas a mídia vendem seus produtos através da influência de um corpo produzido, um corpo acessório de moda, um corpo cabide.
Gostaria de propor uma reflexão de ordem ética com relação ao uso do corpo como meio, em trabalhos de arte. Para fundamentar essa reflexão, mostrarei imagens de ações, happenings e performances divididas em três grandes grupos. Essa divisão é apenas de caráter didático: engloba alguns trabalhos que se encaixam em mais de um grupo, tornando as fronteiras entre as três categorias arbitrárias e muitas vezes difíceis de definir. O primeiro grupo de trabalhos que utilizam o corpo como meio compõe-se de imagens de obras nas quais o artista submete o próprio corpo a experiências limítrofes, buscando questionar dogmas e preconceitos sociais ou artísticos. Cito como por exemplo as primeiras performances de Marina Abramovic e as performances de um ano de Tehching Hsieh. Em Lips of Thomas, 1975, Abramovic executa uma série de procedimentos inspirados em rituais religiosos de purificação e arrependimento. Ela começa comendo um quilo de mel e bebendo um litro de vinho tinto, em um copo de cristal. A seguir ela quebra o copo com sua mão, corta, com uma lâmina de barbear, um pentagrama invertido sobre o ventre e se chicoteia até "a dor cessar" 1 . Tehching Hiseh, em três de suas performances de um ano, propõe uma reflexão sobre os excluídos da história. Primeiro ele fica um ano -entre 1978 e 1979 -vivendo preso numa cela construída em seu ateliê, depois -entre 1980 e 1981 -ele reproduz e exacerba o dever do operário de bater o ponto, fazendo isso de hora em hora, por 24 horas, todos os dias, e, finalmente, entre 1981 e 1982, ele vive como um sem teto, dormindo todas as noites desabrigado.
RESUMO Este trabalho analisa o equívoco da palavra iorubá Baára, que significa a própria pessoa, ou metafisicamente "o espírito que acompanha o corpo" desassociando-o do conceito "Èsù Bará do Corpo" academicamente inserido nas religiões afro-brasileiras como elemento básico de formação da Noção de Pessoa, sem o qual "a pessoa não pode saber que está vivo". O texto mostra as possibilidades em que o equívoco possa ter ocorrido devido ao parônimo das palavras Báraa vs Bara.
o corpo é uma encruzilhada na qual teorias e experiências se concentram na ambiguização de seu trânsito. Alvo de toda sorte de inflexões e reflexões, sacraliza-se nos mais diversos discursos litúrgicos tal qual se profana pela concupiscência da carne dos homens de realidade mediada. A via crucis do corpo é o martírio da separação biológica e espiritual. Nesta trajetória, fazem-se vigentes manifestações acaloradas, pautadas em certezas científicas ou filosóficas (ainda que na perspectiva retórica da metafísica). Neste ínterim, o corpo se reduz a objeto de estudos, tornando-se mero corpus sem a devida atenção etimológica, ou melhor, elevando o sentido de coletividade material que sua etimologia permite.
INSTITUIÇÃO | ESCOLA SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO SOCIAL LICENCIATURA | PUBLICIDADE E MARKETING DISCIPLINA | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ANO CURRICULAR | 2012/2013 (4º SEMESTRE) DOCENTE | SANDRA MIRANDA CORPOREIDADE BELEZA E CULTO DO CORPO 6727 BEBIANA BLANCO SIMÕES 6941 INÊS ATIENZA 6753 MARIA CABAÇO PM2B 3 ÍNDICE ÍTEM PÁGINA INTRODUÇÃO 4 CORPOREIDADE, BELEZA E CULTO DO CORPO 5 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA 5 CORPOREIDADE, BELEZA E CULTO DO CORPO AO LONGO DO TEMPO 5 CONSUMO HEDÓNICO 8 THE SELF 11 CORPO-OBJECTO 23 CONCLUSÃO 30 BIBLIOGRAFIA 33
BORBA, Rodrigo. Posfácio -O corpo distópico. In.: BONFANTE, Gleiton, A erótica dos signos. Rio de Janeiro:Multifoco, no prelo. POSFÁCIO O corpo distópico Para que eu seja utopia, basta que eu seja um corpo. Michel Foucault A excitabilidade é uma propriedade elementar do vivo. O vivo é, de início, excitado: chama a responder a um exterior. Jean-Luc Nancy
RESUMEN Resumo O presente artigo resulta de investigações sobre questões clínicas de difícil abordagem, cuja expressão situa-se na passagem adolescente. Dentre essas questões encontramos uma grande incidência da busca por marcar o corpo, seja num sentido ornamental, com tatuagens e piercings; ou mesmo na produção de auto-incisões na pele. Serão abordados fundamentos em Freud e Lacan para dar conta dessas questões. Palavras-chave: marcas corporais, compulsões, os gozos, psicanálise e escrita. EL CUERPO: TRAZO, IMAGEN, AFECTO Resumen El presente artículo es el resultado de investigaciones sobre cuestiones clínicas difíciles de abordar, cuya expresión se sitúa en el pasaje de la adolescencia. Entre esas cuestiones encontramos una gran incidencia de la búsqueda de marcar el cuerpo, ya sea en un sentido ornamental, con tatuajes y piercings, o en la producción de autoincisiones en la piel. Se abordarán fundamentos en Freud y Lacan para dar cuenta de tales cuestiones. Palabras clave: marcas corporales, compulsiones, los goces, psicoanálisis y escritura. BODY: TRACE, IMAGE, AFFECTION Abstract This article results from research on clinical issues difficult to approach, which expression is located in the adolescent passage. Among these issues it is found a high incidence of searching for body marks, either in an ornamental sense –with tattoos and piercings– or even in the production of auto-incisions on the skin. These issues will be developed from Freud and Lacan's theories. Keywords: skin marks, compulsions, jouissances, psychoanalysis and writing. LE CORPS : TRAIT, IMAGE, AFFECTION Résumé Cet article est le résultat de recherches faites à propos de sujets cliniques difficiles à aborder, manifestations qui se présentent lors du passage à l’adolescence. Le fait de marquer le corps, soit dans un sens ornemental avec des tatouages et des piercings, soit en se scarifiant, compte parmi ces manifestations. Des principes chez Freud et Lacan seront abordés pour traiter ces sujets. Mots-clés : marques corporelles, compulsions, les jouissances, psychanalyse et écriture.
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