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Outros Tempos – Pesquisa em Foco - História
O artigo trata sobre aspectos que definem a importância do sítio histórico e arqueológico Cais do Valongo, situado na cidade do Rio de Janeiro, para a história da escravização de africanos e seus descendentes nas Américas e, em especial, no Brasil. Além de ressaltar a relevância desse bem, reconhecido em 2017 como Patrimônio Mundial pela UNESCO, também aborda o seu significado como sítio histórico de memória sensível e lugar de memória do tráfico atlântico de africanos escravizados. Ao longo do texto, são abordadas ideias-chave, tais como passados sensíveis, violência, dor e sofrimento em perspectiva histórica, indicando possibilidades de comparação com outros espaços no mundo, considerando tragédias humanas e conceitos utilizados nos estudos sobre esses processos. Finalmente, o texto analisa elementos em torno da história da região do Cais do Valongo como espaço de resistência e de afirmação das populações negras.
Anais 5º Seminário Salvador e Suas Cores, 2019
Este artigo analisa a importância da eleição do Sítio Arqueológico do Cais do Valongo à Patrimônio Mundial da UNESCO, em 2017, a partir de narrativas teóricas, divididas em três eixos que se articulam para discutir o racismo no campo de conhecimento do Urbanismo. O primeiro eixo temático aborda a teoria do urbanismo apresentada por Aldo Rossi, no livro “Arquitetura da Cidade”, publicado em 1966. O segundo eixo temático trabalha o conceito de racismo estrutural, através do o livro lançado por Silvio Almeida em 2019 e de textos de Henrique Cunha Júnior. O terceiro eixo teórico apresenta o estudo da arqueologia da escravidão através de quatro textos dos autores Lucio Menezes Ferreira e Pedro Paulo Funari, nesses artigos, os autores abordam a história do campo de conhecimento, a relevância das descobertas dos estudos relativos à cultura material e imaterial da diáspora africana no continente americano. Costurando essas teorias, conclui-se que em uma sociedade estruturalmente racista, o reconhecimento do valor histórico e cultural da memória da escravidão representada na estrutura da cidade através de um monumento como o Cais do Valongo é um avanço para a discussão da história da cidade, da identidade e memória coletivas, em que não apenas os lugares símbolos das camadas sociais historicamente detentoras do poder são preservados e reconhecidos.
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2022
168 Outra denominação muito utilizada é: navios negreiros. Consiste em um meio de transporte utilizado para transportar os africanos escravizados.
A Água é "fonte de vida". Esta é uma ideia que vem clarificando o percurso da História da Humanidade até aos nossos dias e que afirma, claramente, a importância fundamental de um bem, cuja posse e administração foi sempre um elemento de interesse, disputa e constante cobiça das sociedades humanas ao longo da História, tanto em regiões ricas neste bem-como era e é o caso do Alto Minho-como noutras, de latitudes mais longínquas, em que ele não é tão copioso. Mais abundante nuns locais que em outros, mais acessível a uns que a outros, mas sempre fugidia e livre, obrigou o homem a superar-se no desafio de a capturar, domesticar e torná-la sua. Esse desafio está bem patente nas obras que construiu desde as mais majestáticas às mais simples. Dos magníficos aquedutos romanos às levadas dos pequenos burgos e aldeias. No Alto Minho terra de serranias e escarpas, terra de chuvas e de água abundante, nascida na serra, descendo as fragas, presa pelas artes do homem que lhe mudou o rumo, levando-a para regar o milho da desfolhada, o linho da camisa de domingar, o trigo dourado para o pão de cada dia, o centeio e a forragem para o gado. Água capturada em calhas talhadas por hábeis canteiros, serpenteando encosta abaixo, saciando as sedes das suas gentes, borbulhando nas fontes e bicas, água levada, muitas vezes repartida, água com horas, água com tempo. De entre o vasto e diversificado património aliado à água nesta zona do país, traduzido em usos e costumes, que passam pela partição das águas entre vizinhos, partição com horas e dias, sendo a própria água "o património", encontramos também o "outro património"-o edificado-envolvendo esta mesma água, a sua captação, a sua condução e o seu uso. Este riquíssimo património aquífero traduziu-se num outro, igualmente rico que se expressou em moinhos, azenhas, tanques, minas, aquedutos. Se hoje, de uma forma clara, a água é defendida e afirmada como um bem público de primeira necessidade e que deverá, sempre que possível, estar em mãos públicas, será que o entendimento sobre o uso e propriedade deste bem sempre foi este no decurso das eras passadas? Estas foram algumas das questões/inquietações de partida que motivaram um estudo mais aprofundado sobre a origem das fontes de água na então vila de Viana do Castelo, desencadeadas pela consulta de um fundo documental do Convento das Chagas de Viana do Castelo 1 existente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo e que, pela sua riqueza em detalhes e informações que, acreditamos, algumas não sejam ainda conhecidas da comunidade local, nos motivaram à realização de uma investigação exploratória no quadro da unidade curricular de "Educação para o Património Histórico-cultural", parte integrante do curso técnico superior profissional de Serviços Educativos e Património Local, ministrado na Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). Do que então se investigou e descobriu se procura dar nota neste trabalho.
Anais do Congresso Internacional "La Cultura Arquitectonica Hacia 1900", Buenos Aires – 01 a 03 de setembro de 1999, 1999
O presente trabalho visa comunicar as descobertas realizadas de outubro de 1998 até o momento, de vestígios arqueológicos do Jardim do Valongo. O Jardim do Valongo situa-se na parte do Morro da Conceição conhecida como Morro do Valongo, localizada no bairro da Saúde, confrontante com o Morro da Providência. O local é situado na periferia do Centro histórico da cidade.
Revista de Estudos Empíricos em Direito
Este trabalho objetiva visibilizar o Jongo, expressão da cultura imaterial negra, a partir de pesquisa etnográfica realizada em Bananal-SP, cidade no Vale Histórico do Rio Paraíba do Sul, atualmente com cerca de 11 mil habitantes. A descrição sincrônica da vida cotidiana desta pequena cidade, construída a partir da observação etnográfica e do caderno de campo, possibilitou aos pesquisadores resgatar memórias do cativeiro e histórias de vida de algumas famílias negras, que guardam relatos importantes sobre nosso passado colonial. A sincronia do relato etnográfico foi questionada pela diacronia dos fatos históricos referentes ao povoamento da região, transformado pelo desenvolvimento das lavouras de café no Vale do Paraíba paulista, no início do Novecentos. Este trabalho é fruto da tese de doutorado “Um Divórcio entre Escola e Comunidade? Bananal-SP, um ‘laboratório a céu aberto’ no Vale Histórico do Rio Paraíba do Sul”. Para além dos muros da escola local, havia memórias, músicas e d...
Revista Noctua - Arqueologia e Patrimônio, 2017
RESUMO: As obras de revitalização do bairro do Recife desenvolvidas pelo Programa Monumenta/Bid em 2002/03, envolveram alterações das redes subterrâneas de abastecimento e drenagem que se estenderam ao longo da Av. Cais da Alfândega. Este artigo resume os resultados alcançados pela pesquisa decorrente do acompanhamento arqueológico das obras ali realizadas. Até a primeira metade do século XVII a área onde hoje existe a Av. Cais da Alfândega, se encontrava sob as águas do rio Capibaribe. Nas proximidades do local já começava a se formar um extenso banco de areia. A avaliação do aterro da área, a partir da estratigrafia, sugere ter existido diferentes momentos de aterro da área, onde as camadas mais antigas são constituídas de areia de origem flúvio-marinha. A estratigrafia também registra, além da contribuição humana, significativos eventos climáticos regionais, representados por sucessivas e intercaladas camadas de lama que registraram as grandes enchentes dos rios Beberibe e Capibaribe. A pesquisa aborda ainda os vestígios resgatados de amplas estruturas de armazéns outrora existentes, estabelecendo uma leitura comparativa com as primeiras fotografias da cidade. Envolve ainda o resgate de remanescentes arqueológicos da primeira ponte do Recife e da porta que defendia aquele acesso à Vila. ABSTRACT: Renovation work of the Recife downtown area performed by the Monumental/Bid Program in 2002/2003, involved changes in the underground water and drainage systems of the Cais da Alfândega avenue area. This article is a summary of the results obtained from archaeological studies performed during the renovation work of the area. Up to the first half of the Seventeenth Century where the Cais da Alfândega avenue is located, waters from the Capibaribe river were present. In the vicinities of the location an extensive sand bank began to form. On that isthmus, starting in the Sixteenth century the side facing the river offered the conditions of a good port site and that was the place where ships used to be repaired. In a short period of time the scarce land where the "reef´s people" dwelled, became a much-coveted place, the entry point to Pernambuco. Trenches excavated throughout the avenue to modernize water and drainage systems, offered the opportunity of tracing the successive landfills made to extend the city at that point. The assessment of the area´s landfills, based on stratigraphy, suggested different occasions when they were made, where the oldest layer are of river and ocean sources. Stratigraphy also reveals, in addition to man´s contribution, significant regional climatic events, represented by successive and interleaved mud revealing major flooding of the Beberibe and Capibaribe rivers. The research further contemplated the remnants of ample warehouses structures once in existence, enabling a comparative interpretation with the first photographs of the city. It also involved retrieving archaeological remains of the first bridge of Recife and the gate protecting the access to the Village.
Textos Completos do III Congresso Internacional e Interdisciplinar em Patrimônio Cultural: Experiências de Gestão e Educação em Patrimônio, 2021
Desde a sua transformação em um sítio arqueológico e Patrimônio da Humanidade, o Cais do Valongo tornou-se um lugar que possibilita a reflexão sobre memória, patrimônio e turismo a partir de múltiplas abordagens. A sua existência ancorada em narrativas envolvendo a dor, o sofrimento e a(s) resistência(s) da população afro-brasileira, nos permite explorar os desdobramentos de sua presença nas relações sociais, ampliando o campo para debatermos conceitos como “lugares de memória sensível”, e fenômenos como o de um “patrimônio difícil” a partir da perspectiva antropológica.
* As ideias contidas neste artigo são de seu(s) autor(es) e não necessariamente expressam as posições oficiais do Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos-DIVERSITAS.
RESUMO: Este trabalho pretende analisar as manifestações da alteridade em dois contos, inseridos no livro Os dragões não conhecem o paraíso, escrito por Caio Fernando Abreu. Para tanto, é importante pensar as condições intervalares dos sujeitos sociais que vivem experiências femininas e homoafetivas recuperadas pela atividade da memória. Constituídas pelos sentimentos de perda e de dor, essas experiências da alteridade revelam seu caráter político, pois apresentam relações de afeto que não se enquadram nas gramáticas sociais.
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Estudos Históricos (Rio de Janeiro), 2016
Anais do Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade, 2021
Amazônica - Revista de Antropologia, 2012
v. 21 n. 53 (2020): Antropologia das imagens: "supervivência" dos arquivos e imaginação dos tempos, 2020
Revista de Letras Juçara, 2018
Memória, ancestralidade e práticas corporais na Congada da Vila João Vaz, 2021
Revista Mosaico FGV, 2024
Revista Mosaico - Revista de História
Caminhos da Geografia, 2019
Hoffmann, Ana Maria Pimenta; Brandão, Angela; Schiappacasse,Fernando Guzmán e Solar, Macarena História da arte: coleções, arquivos e narrativas / vários autores.Bragança Paulista-SP : Editora Urutau, 2015., 2015
Anais do 11º Congresso Científico da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no IFSP (CONCISTEC 2021), 2021