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2018, Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades
Ao contrário do que pensava Cláudio Perani sobre a Amazônia, o Estado e as classes dominantes brasileiras veem a Amazônia sob a ótica do capital. A julgar por seus projetos e ações, estão empenhados em transformar a maior floresta tropical do mundo em propriedade privada de pecuaristas, mineradoras, hidrelétricas e investidores endinheirados de vário tipo. Para isso, evidentemente, precisam subjugar os povos e culturas com quem Perani propunha o diálogo constante e a quem dirigiu, ao chegar à região, sua atenção político-social e pastoral. Dez anos depois de sua morte, compreender a Amazônia continua a exigir, talvez mais que antes, prestar atenção, em meio à floresta, ao caminho do dinheiro, que, em geral, coincide com o caminho do sangue. Continue lendo o texto em PDF...
Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades
Eu conheci o Pe Cláudio Perani, SJ, já no final da década de sessenta, quando como estudante jesuíta visitei o CEAS - Centro de Estudos e Ação Social, em Salvador, Bahia. Eu era jovem (quase adolescente ainda) cheio de ganas para estudar sociologia. Tinha recém iniciado o meu Curso de Ciências Sociais. O Pe Cláudio se afigurava para mim como alguém imponente. Eu me sentia bastante tímido junto a ele, mas percebia também um grande carinho da parte dele. Suas palavras foram de encorajamento, mas também de alerta para não sucumbir na Academia. Continuei lendo no PDF...
Revista Tecnologia e Cultura, 2021
Com a proposta de apresentar reflexões e estudos científicos sobre diversos temas fundamentais da sociedade, a revista Tecnologia & Cultura, do Cefet/RJ, em edição especial, homenageia os 10 anos do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais (PPRER) da instituição. A publicação reúne 16 artigos desenvolvidos por pesquisadores de todo o país que abordam questões de raça/etnia relacionadas a eixos temáticos como educação, movimentos sociais, gênero, políticas públicas e mercado de trabalho. Organizadoras: Fátima Lima, Flavia Meireles e Talita de Oliveira
Estilos da Clinica
Objetivou-se identificar as percepções de profissionais trabalhadores de um CAPSi acerca do trabalho em saúde mental da criança e do adolescente e descrever os impasses e desafios vividos pelo serviço em seu décimo ano de funcionamento. Os dados foram analisados por meio da Classificação Hierárquica Descendente (CHD), possibilitada pelo software IRaMuTeQ. A CHD formou cinco classes: 1- “A clínica no CAPSi”, classe que compreende as interrogações dos profissionais acerca da dimensão clínica do CAPSi, especialmente no que se refere às condutas a serem adotadas para o cuidado de usuários com autismo; 2- “Articulação com a Rede”, onde situam-se desafios relacionados à efetivação da política intersetorial; 3- “Imaginário do serviço”, que ilustra o entendimento da população e demais serviços da rede acerca do CAPSi, frequentemente visto como um serviço clínico-ambulatorial centrado na especialidade psiquiátrica. 4- “Perfil dos usuários globais”, que remonta a lógica histórica de ações ded...
Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades
A educação popular tem sido amplamente acionada para a formação de lideranças dos grupos de base e dos movimentos sociais. Representa um grande desafio para as instituições que contribuem nesses processos formativos, de maneira especial por causa da metodologia que requer técnicas que promovem maior participação e envolvimento das lideranças na formação. Este texto representa um breve recorte dos últimos quatro anos de Cláudio Perani (1932 – 2008) vividos à serviço da educação popular na Amazônia. Recolhe memórias de sua breve e intensa trajetória junto à equipe pedagógica do Curso de Formação para Ação Social, uma experiência de educação popular realizada no Serviço de Ação, Reflexão e Educação Social, que contribuiu para importantes mudanças nos paradigmas de libertação e transformação social na Amazônia. Retoma as etapas de elaboração de um “guia metodológico da educação popular” proposto por Cláudio Perani e desenvolvido de forma interativa com as lideranças populares no decorr...
2008
Os Projetos de Assentamentos Dirigidos (PAD's), instalados no Acre, a partir de 1976, por meio do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), foram apresentados como uma proposta de desenvolvimento promissora para a atividade agrícola, alicerçada nos moldes da agricultura familiar. Dentre esses projetos, foram criados os PAD's Boa Esperança e Humaitá, localizados nos municípios de Sena Madureira-AC e Porto Acre-AC, respectivamente. No entanto, a pequena produção familiar agrícola desses assentamentos enfrenta diversos e difíceis obstáculos para se estabelecer no modelo da agricultura moderna. Diante destas limitações, busca-se transformar essa realidade mediante a implementação de políticas públicas. Contudo, não pode haver transformação sem o conhecimento empírico dessa realidade. Considerando a carência de estudos sobre a situação sócio-econômica da produção familiar rural na Amazônia Ocidental, especificamente no Estado do Acre, a partir de 1996, o Departamento de...
Estudos de Administração e Sociedade, 2021
nossa egressa mais simbólica de um projeto esperançoso O programa de pós-graduação em administração, PPGAd, da Universidade Federal Fluminense, UFF, foi uma conquista extraordinária, ocorrida há dez anos, no mês de dezembro de 2010. Não se trata de uma expressão enfática. Foi extraordinária no sentido figurado da palavra, mas também no sentido específico. No sentido figurado, porque foi de grande emoção todo o processo que culminou com a aprovação do projeto encaminhado. Voltaremos a isso, mais adiante. No entanto, é no sentido específico que precisamos explicitar. Foi extraordinário, nesse sentido estrito da palavra, porque, no contexto da região metropolitana do Rio de Janeiro, já pontificavam grandes programas de pós-graduação de administração. Lembramos da
Esbocos Revista Do Programa De Pos Graduacao Em Historia Da Ufsc, 2007
Em 1995 foi editado nos Estados Unidos A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira, de Warren Dean. Alguns apontavam tal obra, na época, como um "modelo" a ser seguido em se tratando de história ambiental latinoamericana, e mais especificamente de uma história das florestas. Todavia, dez anos depois, não houve trabalhos que seguissem Dean, nos mesmos moldes, mas foram produzidos outros trabalhos de historiadores que abordaram florestas brasileiras. O objetivo deste artigo é avaliar a proposta de urna história das floresta feita por Dean, à luz desses trabalhos posteriores e das críticas a sua obra. Palavras-chaves: história das florestas, história ambiental, diferença, abordagem processual, escala de análise.
Anuário Antropológico, 2022
Entrevista com Alfredo Wagner Berno de Almeida, antropólogo, membro da coordenação do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA) que trabalha no Amazonas. A entrevista foi realizada de modo remoto por Renata Lacerda e Igor Rolemberg em 10 de maio de 2021. O objetivo foi mapear continuidades e mudanças nas relações entre, de um lado, mobilizações sociais por reforma agrária e territorialidades específicas e, de outro, as agroestratégias e intervenções estatais na Amazônia. O pesquisador refletiu sobre os marcos teóricos e metodológicos que fundamentaram a análise desses processos, sobretudo no campo da antropologia.
Secretaria de Direitos Humanos, 2013
Mais do que a história de 10 anos da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), no livro, é possível ver uma linha do tempo do combate à escravidão contemporânea no Brasil, desde seu reconhecimento pelo Estado brasileiro, em 1995.
A Amazônia, apesar de ser a segunda palavra mais lembrada no planeta Terra, a história da imprensa da região ainda é pouco conhecida. E o que é mais grave, é que essa história é olimpicamente ignorada pela maioria dos brasileiros e dos próprios habitantes da região, por conta de um ensino (publico e privado) omisso e de uma historiografia que privilegia os fatos e personagens das regiões mais dinâmicas do País .
Revista de Defesa da Concorrência
Contextualização: Historicamente, o direito do trabalho e o direito antitruste mantiveram-se distantes, até que recentes discussões sobre condutas anticompetitivas no âmbito trabalhista começaram a ganhar destaque, sobretudo nos EUA, e em seguida em diversas autoridades de concorrência mundiais. Objetivo: O presente artigo foca na análise de condutas anticompetitivas, notadamente (i) cartéis de fixação salarial (wage-fixing cartels), (ii) acordos de não contratação de trabalhadores (no poach agreements), (iii) cláusulas de não concorrência nos contratos de trabalho e (iv) trocas de informações sensíveis entre concorrentes sobre termos e condições de trabalho. Portanto, o presente estudo traz uma abordagem interdisciplinar, atualizada em especial entre 2018 e 2022, com referência às recentes experiências internacionais (OCDE, EUA, UE, Portugal, Holanda, Reino Unido, México, Japão e Hong Kong) e discussões sobre o tema no Brasil. Método: Foi utilizado o método comparativo, em que se b...
Em dezembro de 2001, o argentinazo que derrubou o governo De la Rua mudou os dados da conjuntura sul-americana. A crise argentina era o ponto avançado da crise capitalista mundial (em 2000 estourou a "bolha.com", com a crise da bolsa Nasdaq, nos EUA). A crise da dívida argentina era a outra face da crise do crédito do capital mundial. As repercussões mais fortes da falência econômica e o processo revolucionário na Argentina se fizeram sentir no Brasil, pelo fechamento de um dos principais mercados de exportação e calote das operações comerciais e financeiras já realizadas, e pelas repercussões políticas. A concentração bancária e a penetração do capital estrangeiro no setor financeiro foram a expressão concentrada da entrega nacional pelo regime democratizante de FHC, encabeçado pela antiga oposição burguesa e pequeno burguesa à ditadura militar.
Muiraquitã: Revista de Letras e Humanidades, 2016
O artigo intitulado “Dez anos no Amazonas (1897-1907): um imaginário social da Amazônia” tem como corpus de análise as narrativas de Alfredo Lustosa Cabral em seu livro “Dez anos no Amazonas (1897-1907): Memória de um sertanejo nordestino emigrado àquelas paragens em fins do século passado”. O objetivo é problematizar a partir das narrativas de Alfredo Lustosa Cabral, que permaneceu dez anos nos seringais da Amazônia, entre 1897 a 1907, propondo uma reinterpretação deste imaginário social da Amazônia, tomando por uso a corrente da Análise do Discurso (AD). Para fundamentar o trabalho aqui desenvolvido, utilizamos os estudos de Mikhail Bakhtin (2011; 2013) e Raymond Williams (2011; 1979). Palavras-chave: Amazônia, Imaginário social, Discurso
5° Simpósio Científico ICOMOS Brasil e 2° Simpósio Cientifico ICOMOS/LAC, 2022
A Paisagem Urbana Histórica (PUH) vem sendo discutida no âmbito da Unesco desde 2005, tendo ganhado maior visibilidade com a publicação da Recomendação sobre a Paisagem Urbana Histórica, em 2011, momento no qual a noção se estabeleceu como uma abordagem integrada que visa aliar conservação e desenvolvimento urbano, sendo a paisagem a chave para essa leitura. Em 2021, a Recomendação completou uma década, suscitando questionamentos sobre os reais avanços alcançados nesses dez anos. Atualmente, a Paisagem Urbana Histórica é considerada uma das principais apostas da Unesco e objetiva-se sua difusão a nível mundial. No entanto, sua implementação ainda ocorre de maneira pontual. Na América Latina, por exemplo, há poucos casos de sua aplicação. Nesse âmbito, o presente artigo propõe uma reflexão sobre a abordagem da PUH, procurando identificar desafios, dificuldades e avanços. Revisita-se a trajetória de construção da Recomendação e apresentam-se dois casos pioneiros na sua implementação, as cidades de Ballarat, na Austrália, e Cuenca, no Equador. Como resultado, o estudo aponta que apesar das dificuldades existentes, verificam-se importantes iniciativas e avanços, contudo, as experiências, em sua maioria, se voltam para a realidade europeia e para a região Ásia-Pacífico.
Papers do NAEA
Grosso modo, houve três grandes projetos de colonização agrícola na Amazônia de iniciativa dos japoneses: o Projeto Nantaku para plantação de cacau em Tomé-Açu (PA) e algodão em Monte Alegre (PA); o Projeto Koutaku de Parintins (AM), para plantação de juta e o Projeto Amako dedicado à plantação de guaraná em Maués (AM). Dos três, o Koutaku foi idealizado pelo político Tsukasa Uyetsuka (1890-1978) e pelo Professor Kotaro Tuji (1903-1970), para introduzir a cultura da juta no estado do Amazonas, após a concessão de um milhão de hectares de terras devolutas pelo governo do Amazonas em 1927. A doação voluntária das terras pelo governo amazonense visava estabelecer colônias agrícolas com imigrantes japoneses no intuito de superar a crise econômica gerada pela decadência da produção da borracha. À diferença dos outros dois projetos, e de certa forma, da migração dessa etnia em geral em terras brasileiras, o Projeto Koutaku envolveou participantes tecnicamente preparados, chamados de kouta...
2000
Governo do Estado do Acre, instituições do governo federal, Comitê Chico Mendes, representantes do sindicalismo rural e Rede Globo tomaram a iniciativa em 2008, de marcar através de uma série de eventos, os "vinte anos sem Chico Mendes". As diversas encenações anunciadas procuram coroar em "alto estilo" uma monumental transmutação do legado revolucionário de uma das principais lideranças do sindicalismo rural na Amazônia brasileira, convertido em pacato "ambientalista". O objetivo desta Comunicação é mostrar que essa transmutação foi habilmente articulada pelo Estado (no sentido ampliado) na tentativa de re-significar a natureza e a cultura para fins de legitimação da ideologia do "desenvolvimento sustentável" e assim, facilitar o processo de espoliação em curso na Amazônia. Nas conclusões, procura-se mostrar que apesar de bem sucedida no decorrer dessas duas décadas, essa estratégia começa a mostrar sinais de esgotamento, existem evidências de retomada da "voz" por parte de alguns movimentos sociais na região, como é o caso da Via Campesina. A abordagem está referenciada no método histórico comparativo e na análise de processos e fenômenos sociais vinculados ao ambientalismo internacional. Palavras-chave: Chico Mendes; Amazônia/ambientalismo; movimentos sociais. Resumen Movimientos sociales en la Amazonía brasilera: veinte años sin Chico Mendes El Gobierno del estado de Acre, instituciones del gobierno federal, el Comité Chico Mendes, representantes del sindicalismo rural y la Red Globo de Televisión tomaron la iniciativa en 2008, de marcar a través de una serie de eventos los "veinte años sin Chico Mendes". Las diversas escenificaciones anunciadas procuran coronar con "gran estilo" una monumental transmutación del legado revolucionario de uno de los principales líderes del sindicalismo rural en la Amazonía brasilera, convertido en pacato "ambientalista". El objetivo de esta comunicación es mostrar que esa transmutación fue hábilmente articulada por el Estado (en el sentido ampliado) en una tentativa de re-significar la naturaleza y la cultura para fines de legitimación de la ideología del "desarrollo sostenible" y así facilitar el proceso de expoliación en curso en la Amazonía. En las conclusiones, se procura mostrar que a lo largo de esas dos décadas esa estrategia, a pesar de exitosa, comienza a mostrar señales de agotamiento, existen evidencias de retoma de la "voz" por parte de algunos movimientos sociales en la región, como es el caso de Vía Campesina. El abordaje está referenciado en el método histórico comparativo y en el análisis de procesos y fenómenos sociales vinculados al ambientalismo internacional.
Fotocronografias - Imagem, diversidade sexual e de gênero, 2021
Argumentos - Revista do Departamento de Ciências Sociais da Unimontes, 2019
O presente artigo procura analisar o pensamento político de Leandro Tocantins, um dos mais destacados historiadores amazônidas. O autor procurou soluções para o desenvolvimento regional e para retirar a Amazônia da crise que a assolava desde o início do século XX. O seu projeto de futuro consistia na implantação de um pacto conservador na Amazônia que valorizasse a cultura regional ao mesmo tempo em que justificasse a ação forte do Estado para integração regional. Nesse âmbito, Leandro Tocantins apoiou a Ruptura de 1964, exercendo papel importante na administração estadual liderada por Arthur Cézar Ferreira Reis. Por fim, a metodologia adotada foi de caráter documental. Procuramos sistematizar a interpretação do autor na leitura das suas obras, ao ressaltarmos a forma particular de análise do autor em relação à função do Estado, o lugar da tradição na sociedade e a forma como interpretou a relação entre região e nação.
repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/3049, 2008
Este trabalho é uma análise antropológica a partir da relação autor/obra da literatura dita ficcional, levando em consideração o percurso do autor e da obra no campo social, o que poderia ser confundido com um estudo de crítica literária, de tez mais sociológica. Esta última, pode levar-nos a, por exemplo, um estudo de gêneros literários, análise do uso da linguagem literária, e suas utilizações dentro de um determinado momento sócio-histórico. No entanto, todos esses matizes não chegam a romper com a visão da literatura que parte da individualidade criadora, levando-nos a uma apreensão ingênua do texto literário. Na tentativa de irmos além destas questões, utilizamos o texto literário como mais um instrumento do qual o homem faz uso para tentar entender a sua época. Situando o texto literário a partir das características que ratificam sua escrita, em seu tempo-espaço. Assim, analisamos o percurso do autor, Benedicto Monteiro, um dos representantes da intelectualidade na Amazônia, a partir de seus textos literários "Verdevagomundo", "O minossauro", "A terceira margem" e "Aquele Um", denominados Tetralogia Amazônica. Fazendo contrapontos com seu texto autobiográfico Transtempo, e suas falas através de entrevistas entre o autor/agente-objeto de pesquisa/autor, a procura de mediações, também construídas em outros espaços sociais, que podem tomar o autor e seus textos literários, uma maneira a mais de lermos a década de 70 do século xx, momento de intensa incursão do governo militar na Amazônia, que, no texto desse escritor, é pontuado na Amazônia Paraense, Baixo-Amazonas.
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