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OFICINA AO ATELIER, PASSANDO PELO TRIBUNAL DO JÚRI Acredito que o gosto pelo fazer vem de berço. Quando falo em berço não me refiro aqui somente a educação que ensina princípios morais e sim de modo literal ao momento em que minha mãe construiu meu próprio berço.
Comunicação, corpo e espaço. Arranjos Performativos, 2021
A agenda urbana ganha atualidade nas insurgências populares e na luta cotidiana de populações que reivindicam a ampliação de direitos e a possibilidade de uma vida mais vivível, em todo o mundo. No terreno específico da comunicação, interessa observar os processos em que corpos e configurações urbanas se afetam e se modificam, atravessados por forças que atuam nestas relações e por estratégias de avanço e resistência aos movimentos que tensionam pela ressignificação ou pela alteração do uso dos espaços nas cidades. Para contribuir neste debate, mobilizamos o trabalho de pesquisa realizado no âmbito do programa de doutoramento em Comunicação que resultou na tese Brooklyn-Comunicação e Insurgência na Cidade de Porto Alegre (SANDRI, 2020), onde observamos três experiências distintas realizadas no vão inferior do Viaduto Imperatriz Leopoldina, na área central da capital gaúcha: uma ocupação de skatistas, uma ação assistencial para distribuição semanal de comida e uma ocupação cultural promovida por um grupo de músicos que realizavam um evento noturno semanal. Os três casos tiveram como foco a observação da relação com o espaço e a capacidade destas experiências afetarem outros cidadãos, gerarem articulações heterogêneas, associações efêmeras ou produzirem novas espacialidades. A partir do trabalho de pesquisa, verificamos que a materialidade de uma estrutura viária apresentou-se como oportunidade para o desenvolvimento de práticas socioambientais que alteraram o uso de um espaço, previamente destinado a receber um pequeno fluxo de pedestres, e produziram uma espacialidade baseada no valor de uso que acabou dando visibilidade a corpos envolvidos em distintas alianças de solidariedade. O exercício de novos usos alterou a denominação do local, incluiu novas populações em atividades autônomas e transformou, mesmo que temporariamente, aquele espaço.
Epistemologias do Sul, v. 4, n. 1, 2020
A revista Epistemologias do Sul é um periódico online de publicação semestral do grupo de pesquisa homônimo ligado à Universidade Federal da Integração Latino-Americana em Foz do Iguaçu/PR. Seu objetivo é divulgar o pensamento social e político latino-americano, caribenho, africano e asiático, promovendo o diálogo Sul-Sul. Esta edição é o v. 4, n. 1, 2020. Os dez artigos do número, cada um a seu modo, refletem sobre a centralidade do corpo nos processos de produção dos assujeitamentos econômicos, sociais, políticos e epistêmicos modernos, buscando se juntar àquelas e àqueles que ousaram produzir deslocamentos e fissuras na cisão sujeito/objeto operada pela tradição epistemológica ocidental ainda hegemônica nas produções científico-acadêmicas contemporâneas.
o entendimento dos sentidos construídos para o corpo na actualidade requer uma caminhada, ainda que breve, pela história, pela forma como o corpo foi pensado e sentido. deste modo, neste ensaio em torno do tema do corpo, propomos pensar nalguns aspectos sociais e culturais, que contribuíram para a construção do corpo na nossa sociedade, a forma como ele tem sido e pode ser olhado e representado.
Psicologia Em Revista, 2008
2009
Normal 0 21 O presente texto busca situar o debate em torno do tema do corpo a partir da compreensao desenvolvida na modernidade ocidental, a qual pauta-se por um esforco de racionalizacao capaz de esgotar o sentido do real, tendo sua expressao maxima na racionalidade cientifica. Este movimento reforca a tradicao dualista do pensamento ocidental, apresentando, porem, novas nuances, as quais sao aqui tematizadas com o intuito de identificar os atravessamentos deste discurso na constituicao do nosso imaginario em torno do corpo, bem como os impasses
2014
This study aimed to investigate the possible relations between urbanity and the contemporary dance scene in São Paulo, observed in the choreographic works of contemplated companies during the 11/1 edition of Municipal Support Program for the Dance to the city of São Paulo, between 2006 and 2011. In order to investigate how the urban environment is represented in the creations of companies promoted during the period, was held an analysis of the aesthetic elements present in the dramaturgical and choreographic works that have had the research about the city as the main thematic focus. Due to their responsibility for much of the current production of contemporary dance in the City, the Support Program is discussed in this study as a factor with significant influence on the identity construction of the São Paulo contemporary dance. While not offering aesthetic guidelines for the work contemplated , the Support Program involves artists in political practices and ways of thinking the production , creation and dissemination of art , in that it establishes selection criteria for obtaining public subsidy. We wonder, therefore, about how relationships with political power-here represented by Support Program-and the urban environment of the capital, influence the artistic dynamics of contemporary dance in the city of São Paulo, and are reflected in its scenic research contemplated. To support the reflections on the urban life and its impact on the individual, art and culture, we consider the concepts of space, urban culture and modernity exposed by sociologists Richard Sennett and George Simmel, and cultural identity problematized by the Jamaican sociologist Stuart Hall. Whereas the mutability and plurality characterize the processes of identity construction in contemporary times, we do not intend to define a specific representation for the São Paulo contemporary dance, but observe some elements that streamline artistic creation in this territory, which may also constitute itself as signs of recognition among its agents.
revista UFMG, 2012
This paper aims at understanding the relationships between the body and the city, and between dance and architecture. While these relations have been largely neglected in urbanism and cities historiography, our premise is that the body and the city are reciprocally shaped. The city is perceived by the body in a set of interactive conditions and the body expresses the synthesis of such interaction by means of what we call urban corpographia: a kind of bodily cartography that is formulated from the standpoint of the urban experience and is embodied by whoever experiences it. The study of corpographias can contribute to foster criticism upon the current process of aestheticization and spectacularization of culture and the city, of art and the body.
2012
Este trabalho visa refletir sobre a relacao da performance nos espacos urbanos entendida como poetica-politica do corpo em ato. Refere-se a pesquisas que o autor vem desenvolvendo desde 2010, com performances junto ao coletivo planoB (Florianopolis/SC); como docente da disciplina de Performance, no curso de Licenciatura em Danca da UFMG; e como parte de sua pesquisa de pos-doutorado. O eixo fundamental que conecta essas experiencias e o da poetica-politica dos corpos nos centros urbanos, problematizados por meio da alternância gestual cotidiana e extracotidiana, e de suas possiveis micropoliticas disruptivas em nossa contemporaneidade. Nesse aspecto, utiliza-se a danca contemporânea, especificamente a tecnica de contato improvisacao, como ferramenta de intervencao urbana. Esta e experimentada por meio de percursos de improvisacao nas cidades. Sao trabalhados tres exemplos de intervencoes urbanas: Florianopolis (SC), Belo Horizonte (MG) e Poitiers (Franca). Conclui-se pela potencia d...
REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO, 2018
O presente artigo parte da inter-relação analítica entre corpo e mundo social para se debruçar sobre a articulação entre o corpo e a cidade, duas dimensões materiais, geográficas, sociais e políticas que se perpassam e se influenciam como territórios físicos e culturais de produção e enunciação de processos sociais e políticos. Enfocando, sobretudo, as vidas e os corpos das pessoas que vivem ou trabalham em situação precária nas ruas, pontuamos que a produção e a reprodução da vida diária têm o espaço físico e as redefinições contínuas sofridas por ele como sua base e condição cotidiana de existência. Nesse sentido, o corpo aparece não apenas como presença imagética e material ou como metáfora de projetos urbanos, mas como uma experiência concreta, múltipla e influente na própria constituição da cidade. Nessa relação específica de escala entre corpo e cidade, portanto, a condição de precariedade aparece como fundamental, pondo a nu e de forma conflitiva como as condições socioeconôm...
1 A cidade na transição do feudalismo ao capitalismo 2 O crescimento anárquico da cidade industrial 3 A emergência do planejamento 4 A organização da metrópole 5 A guisa de conclusão Palavras têm vida longa ─a cultura é o 'capital fixo' mais duradouro da sociedade─ e sua forma frequentemente sobrevive a seu próprio significado. A palavra cidade nos vem da Antiguidade, e tem correspondido a entidades tão diferentes quanto as sociedades que as construiram: a cidade-Estado grega ou o centro administrativo do Império Romano, que se extinguiram na baixa Idade Média para ressurgirem na forma de burgo, cidade feudal; e após nova metamorfose se dissolverem na aglomeração urbana contemporânea. Tais entidades podem ser associadas talvez, em conjunto, a centros de poder na organização social, fato esse ostentado por seus monumentos; mas suas características específicas já derivam sua natureza da respectiva sociedade a que pertenceram, ou pertencem. O aspecto privilegiado que permite caracterizar uma forma histórica concreta de 'cidade' é a diferença, isto é, sua caracterização em contraposição a formas históricas anteriores e em particular em contraposição à forma precedente. Vale dizer, o método privilegiado de estudo da cidade é o estudo de sua transformação. Em particular, o estudo de suas formas contemporâneas nos remete à gênese do espaço capitalista.
Corpo e Pós-modernidade, 2012
Prefácio 1 O corpo industrial 2 Do "corpo negado" ao "corpo industrial": dialécticas e desconstruções 3 O corpo e o poder 4 Marxismo e psicanálise: corpo e dialéctica 5 Capitalismo e medicina: o corpo fragmentado 6 O mundo do fitness: a grande ilusão 7 Indústria do fitness: a falácia da nova medicina 8 O mundo do wellness: indústria da alienação 9 Medicinas não convencionais: o complexo de Jesus Cristo 10 O corpo dialéctico: idealismo, materialismo dialéctico e pós-modernismo 11 Para uma dinâmica do pós-modernismo:
2014
Neste artigo apresentaremos as configuracoes do que estamos chamando de corpo-ciborgue-mameluco, em seus modos inesteticos (BADIOU, 2002) de produzir-se, atraves da analise do ensaio fotografico da designer Gabriela Gusmao, intitulado Rua dos inventos (2002). Para tanto, apostamos na potencia afirmativa do corpo que virtualiza e utiliza, em uma frequencia antropofagica e sustentavel, as gambiarras do nosso dia-a-dia, ora como projecoes das nossas pos-utopias , ora como espaco criador das tecnologias do ‘si/outro’ no Brasil.
Poucos são os textos de literatura contemporânea brasileira com maior pungência e relevância ao campo literário do que O sol na cabeça, de Geovani Martins. Livro de pequenos contos publicado em 2018, a obra tece uma visão em caleidoscópio da cidade brasileira. Trata-se de um retrato particularmente fidedigno do Rio de Janeiro, cidade-enclave em que subjetividades periféricas são tecidas no ziguezague entre morro e asfalto, norma e caos, a brisa suave da maconha e a neurose vertical do pó e do crack, dentre outros tantos antagonismos. Mas o que chama a atenção no livro, e o que liga este esforço textual ao campo da psicanálise, é o retorno à discussão do assim chamado contemporâneo. Este texto não visa tratar o contemporâneo, no âmbito desta obra literária, de modo maciço: a saber, não se procurará definir o que é o contemporâneo, ou qual a sua relação, em larga escala, com a psicanálise. Buscarei focar em um antagonismo estrutural às narrativas de Martins, de grande relevância à construção de minha questão em cartel: trata-se do embate entre norma e exceção, tectonismo cuja reverberações enlaçam as escritas dos nomes do pai nestas narrativas, e jogam luz sobre o tema da pai-versão contemporânea em sua relação com a polis. Todos os contos de O sol na cabeça são escritos de uma perspectiva socialmente periférica, o que quer dizer que em todos eles o narrador ou personagem principal posiciona-se como morador de uma favela carioca. O arvoramento na elocução periférica é importante, decerto porque a partir dela é possível remeter a subjetividade periférica à carência de Estado, da justiça processual etc. As narrativas, embora em diversos momentos toquem claramente em tais temas, não se constituem como denúncia. Com efeito, tais faltas servem sempre à composição dos pontos de fuga narrativos (não por acaso, como veremos), ou de seus momentos de maior tensão, como no conto que abre o livro, "Rolezim", em que um grupo de jovens tem a missão de sair da favela em direção à praia com o objetivo de lá curtir um baseado e, claro, sua brisa. Trata-se de uma trajetória em direção ao prazer em que não há necessariamente o interesse no desenvolvimento das personagens-estas permanecem mais ou menos no mesmo lugar subjetivo. Como ímãs, elas são jogadas no campo magnético da cidade, que aponta para a possibilidade ou não do cumprimento da trajetória hedonista.
Ponto Urbe
Ser, eu diria, não é estar em um lugar, mas estar ao longo de caminhos. O caminho, e não o lugar, é a condição primordial do ser, ou melhor, do tornar-se. Tim Ingold, Estar Vivo. 2015. Prelúdio Nos dias de hoje, o corpo se tornou símbolo de lutas políticas, sociais e simbólicas, que pode ser exaltado, agredido, intoxicado por bombas de gás lacrimogênio, encarcerado, e até mesmo vaiado e alvo de "memes". Corpos estão em evidência nos espaços públicos e estão marcados por posições políticas que devem ser visíveis na paisagem urbana e serem reconhecidas socialmente por meio de práticas corporais, além de diferenças de cor, geração, classe, gênero e orientação sexual. Esta visibilidade espalha-se pelas redes sociais, cujos selfies propagam-se compulsivamente nas passeatas e nos passeios. Ao longo dos últimos anos, muitas manifestações ocuparam as ruas das principais cidades brasileiras, em movimentos mais pendentes para a esquerda outros mais para a direita e mostraram, por meio dos corpos dos(as) manifestantes, quais eram as suas reivindicações. Uma camiseta vermelha pode significar o apoio ao Partido dos Trabalhadores e à (ex)presidenta Dilma, o que acarreta, certas vezes, agressões verbais e físicas em determinados contextos. Uma camiseta verde-amarela [da Confederação Brasileira de Futebol-CBF], que simbolizaria simplesmente torcer para a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo, hoje pode representar uma posição política e de classe, ainda que algumas vezes com imprecisões e indeterminações.
Este artigo propõe uma reflexão sobre a reinvenção das relações corpo/cidade por meio da arte contemporânea, elegendo duas instalações coreográficas como exemplos que evidenciam tais propostas.
Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual
Em Contra-música (2004), ao elaborar uma singular figuração da cidade de Lille, o cineasta Harun Farocki põe em questão a superfície visível que hoje constitui o espaço urbano, construída com os novos recursos das tele-tecnologias. Em contraste com as sinfonias pioneiras compostas por Vertov e Ruttman, essa nova partitura contemporânea baseia-se não mais na multiplicidade dos desejos e dos gestos daqueles que percorrem e habitam a cidade, mas nas imagens que correm silenciosas nas veias de um organismo monitorado pelas câmeras que o perscrutam. Esvaziadas de sentido, reduzidas a operações técnicas ou a esquemas numéricos, tais imagens perdem a potência da invenção (cinematográfica) e acumulam-se incessantemente umas sobre as outras, produzidas pelo olhar maquínico das câmeras de vigilância. Neste artigo, buscamos compreender as peculiaridades do espaço urbano mapeado por Farocki e de que maneira seu trabalho de montagem restitui às imagens da cidade uma secreta dose de legibilidade.
55 hissa, c. e. v.; nogueira, m. l. m. cidade-corpo cássio e. viana hissa* maria luísa magalhães nogueira** Cidade-COrpO resumo A cidade, onde a vida acontece, é a expressão mais representativa dos lugares, diz Milton Santos. Mas não se trata da cidade dos mapas, ou aquela percebida do alto, ou mesmo das cidades fotografadas ou imaginárias -ainda que todas elas se refiram à cidade-terreno. É a cidade-corpo, cidade-terreno, que diz o significado dos territórios da vida. Na cidadecorpo, território de existência, lugar da construção de subjetividades, a mobilidade veloz é, contraditoriamente, na modernidade, produtora de imobilismos. É a velocidade que, ao desequilibrar, no terreno próprio da cidade, obstrui o corpo em sua condição de ser e em sua capacidade de experimentar. O caminhar pela rua -que faz com que o corpo do sujeito se deixe atravessar pelo corpo da cidade; e se transforme nela -já se torna transgressão, diante do movimento prevalente que nos retira do chão. É este corpo do sujeito que concede existência à cidade-terreno; e, com o seu vagar, passo a passo, desafia a velocidade que rouba lugares.
Revista da Universidade Federal de Minas Gerais, 2012
This paper aims at understanding the relationships between the body and the city, and between dance and architecture. While these relations have been largely neglected in urbanism and cities historiography, our premise is that the body and the city are reciprocally shaped. The city is perceived by the body in a set of interactive conditions and the body expresses the synthesis of such interaction by means of what we call urban corpographia: a kind of bodily cartography that is formulated from the standpoint of the urban experience and is embodied by whoever experiences it. The study of corpographias can contribute to foster criticism upon the current process of aestheticization and spectacularization of culture and the city, of art and the body.
Como experienciar um lugar através da memória (e) do nosso corpo? Partindo de uma revisão bibliográfica do tema e de representações artísticas recentes, nesta comunicação pretende-se abordar a corpografia urbana na pós-modernidade, através da análise dos padrões corporais de ação (movimentos e gestos do corpo), decifrando a experiência urbana de que resultaram.
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