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2015
A Analise do Discurso exerceu efeitos significativos na teorizacao sobre leitura e na pratica da leitura em instituicoes de ensino. Este artigo pretende discutir esses efeitos, apontando tanto para os avancos quanto para os impasses trazidos pela Analise do Discurso. Por um lado, abordar a leitura como producao de sentidos socio-historicamente determinada permite romper com a perspectiva da leitura como ato comunicativo e colocar em destaque o leitor como interprete, isto e, como produtor de sentidos socio-historicamente posicionado. Entretanto, o artigo aponta para a necessidade de que os estudos discursivos as voltas com o fenomeno da leitura se interroguem tambem sobre o lugar da materialidade linguistica do texto no ato de leitura, o que esta em consonância com o destaque dado por Michel Pecheux a materialidade linguistica nos procedimentos de analise discursiva por ele delineados.
Logeion: Filosofia da Informação, 2021
A linguagem é mais que a palavra escrita ou falada, é a direção do pensamento no contato com o contexto histórico-social no qual se está inserido. O discurso se apresenta enquanto mediação entre pessoas e realidades. A AD se apresenta como um constructo teórico-metodológico que possibilita averiguar construções ideológicas e efeitos de sentido do discurso em diferentes contextos, propiciando um olhar ampliado sobre a realidade. Objetiva-se inter-relacionar aspectos epistemológicos de Foucault e Heidegger, que possam servir como aportes ao método Análise do Discurso, e refletir sobre uma estrutura que possa ser aplicada nas pesquisas da área de CI. Para tanto, propõe-se o uso da Revisão Sistemática da Literatura (RSL) enquanto técnica, a fim de subsidiar uma apresentação mais concreta referente a aplicação da AD no campo da CI. Metodologicamente trata-se de um estudo exploratório traçado na inter-relação entre questões da Filosofia da Linguagem e aspectos metodológicos e epistemológi...
O que é a análise do discurso? Até meados do final da década de 60 havia a ciência da linguagem assentada sobre, basicamente, três fundações: havia o estruturalismo sob o curso de linguística geral de Saussure (2012) que negava o efeito sujeito e a situação da linguagem; a gramática gerativa transformacional proposta por Noam Chomsky (2007), com a abreviação ''GGT", que atribuía valor puramente biológico a linguagem; e por fim a teoria semiótica de Peirce (1993) que aventava a tríade signo, seu objeto e sua interpretação: os três sujeitos da semiose, ou ainda os conceitos de índice, ícone e símbolo. No final dos anos 1960, Michel Pêcheux (1938-1983), então pesquisador da École Normale Supérieure (ENS Paris) propõe a teoria da análise de discurso, na França. Para a proposição de sua teoria, Pêcheux baseou-se em importantes estudos realizados por Canguilhem e Althusser. ''A análise de discurso surge, então, com a discussão de questões que advogam contra o formalismo hermético da linguagem, questionando a negação da exterioridade. A linguagem não é mais concebida como apenas um sistema de regras formais com os estudos discursivos. A linguagem é pensada em sua prática, atribuindo valor ao trabalho com o simbólico, com a divisão política dos sentidos, visto que o sentido é movente e instável. O objeto de apreciação de estudo deixa de ser a frase, e passa a ser o discurso, uma vez que foge da apreciação palavra por palavra na interpretação como uma sequência fechada em si mesma.'' (Brasil, p.172) O grande rompimento que é importante destacar, é quando a análise do discurso francesa salienta o caráter histórico da linguagem, fazendo com que o campo de estudo da linguagem passe então a ser impelido a refazer uma série de reconsiderações.
Cadernos de Pesquisa, 2015
Educação & Realidade, 1995
I present Discourse Analysis (AD) theoretical and methodological view, from its foundations, that are in investigation way imagined and realised by Michel Foucault. I discuss operational forms of some AD concepts, such as interdiscoursivity, exposing a way of grasping social diversities and conflicts, from discourse interior. Theoretical discussion is permanently related to my research object: the construction of adolescence discourse, from Brazilian media in the 90' .
Os aspectos cognitivos da construção do discurso e da compreensão de textos vêm conquistando o interesse dos estudiosos nas últimas décadas devido aos avanços das pesquisas em Inteligência Artificial (IA) e em neurocências e ao rápido desenvolvimento da Linguística Cognitiva de base corporificada. Esses estudos têm evidenciado o quanto as habilidades cognitivas do leitor, tais como percepção, memória, atenção e linguagem, influenciam na compreensão de textos 1 . Segundo MacWhinney (1998), os leitores, em especial, usam mecanismos cognitivos para criarem e compartilharem perspectivas de objetos e de ações descritas linguisticamente.
Perspectivas
Neste trabalho pretendemos analisar as propostas de construção social da realidade a partir da Teoria do Discurso, na perspectiva de Ernesto Laclau e da análise do discurso de Michel Foucault. Um discurso na perspectiva de Laclau ocorre pela articulação contingente de identidades, em torno de demandas hegemonizadas por uma das identidades que configuram o sentido da realidade. Esse fechamento de sentido é sempre inacabável e, portanto, é contingente e temporário. Já para Foucault o sentido do discurso não está preso às suas condições de emergência passadas, e o que o define não é tanto um conjunto de aspectos comuns, mas um conjunto de regras de formação comuns e um marco institucional desde onde a autoridade do discurso emana. Aqui pretendemos expor os pressupostos epistemológicos dos dois autores e suas implicações na construção do político.
Brazilian Journal of Development, 2019
Análise de discurso e Análise de Conteúdo: Um levantamento de suas aplicações nas ciências aplicadas membros da Administração Discourse Analysis and Content Analysis: A survey of their applications in the applied sciences members of the Administration
DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, 2006
A partir de um histórico da Análise de Conteúdo e de uma reflexão acerca de suas implicações no contexto do behaviorismo americano do início do século XX, procuraremos neste artigo abordar o conceito de condições de produção enquanto meio de apreensão da relação entre texto e contexto. Os resultados obtidos indicam que, no que concerne à noção de condições de produção, não houve nem uma total ruptura, nem uma simples continuidade entre os trabalhos produzidos segundo a tradição da Análise de Conteúdo e da Sociolingüística, por um lado, e, por outro, a Análise do Discurso concebida por Pêcheux.
Cadernos de Estudos Lingüísticos, 2011
"... ce qui manquait et ce qui manque encore en partie, c'est une théorie non subjective de la constituition du sujet dans sa situation concrète d'enonciateur" Este trabalho correrá vários riscos mais ou menos previsíveis. Dentre eles, o de duas possíveis acusações: ecletismo e pretensão de completude. Mesmo assim, vou em frente. Da primeira acusação, defendo-me previamente, alegando que, se os objetos são complexos, as teorias não podem ser simples 1 e que teorias locais (ou teorias auxiliares) são uma tradição na história das ciências. Em outros termos, tendo que optar, prefiro evitar o reducionismo a temer a acusação de ecletismo. Quanto à segunda acusação possível, se ocorresse, eu a desconheceria, seja porque vem sempre acompanhada de associações com logocentrismo (associação que não quero evitar, pelo contrário), seja porque não considero que qualquer pretensão de conhecer mais deva ser confundida com o sonho de conhecer tudo (afinal, também pesquisadores do quilate de Lacan certamente desejaram conhecer mais do que se conhecia em seu tempo, e é de Althusser a avaliação de que Freud descobriu um continente novo para o conhecimento -apesar de Freud e Lacan serem associados muitas vezes a um desprestígio da razão). A propósito, este parece ser o momento de enunciar um truismo: exatamente porque as teorias são históricas é que estão sujeitas à história, e é fortíssima a hipótese de que a história ainda não acabou. A carruagem 2 não corre apenas para estar na história até um certo momento (modestamente, aquele em que estamos), mas também para ir adiante, embora, provavelmente, para uma direção imprevista e até mesmo indesejada, embora não por todos.
Perspectivas do texto e do discurso: conceitos e análises, 2024
LEANDRO-FERREIRA, Maria Cristina; COSTA, Isaac Itamar de Melo. Revisitando o quadro atual da análise de discurso no Brasil. In: Fragoso, Élcio Aloisio; Khalil, Lucas Martins Gama (org.). Perspectivas do texto e do discurso: conceitos e análises. 1. ed. – Campinas, SP: Pontes Editores, 2024, p. 17-40.
Análise de discurso crítica, 2 ed, 2009
A obra em questão cumpre com o objetivo que anuncia: realizar uma" revisão introdutória, mas não superficial" sobre a Análise de Discurso Crítica. Um dos méritos do livro organizado por Viviane de Melo Resende 1 e Viviane Ramalho 2 (2006) é que a ...
2015
A configuracao da area da comunicacao no Brasil parece ter uma estreita relacao com um campo epistemologico que supoe a lingua como instrumento. Nossa proposta, neste trabalho, e refletir sobre a possibilidade de uma entrada, no campo da comunicacao e, consequentemente, nos curriculos dos cursos, da analise de discurso como uma teoria de interpretacao capaz de dar suporte para o entendimento dos processos comunicativos de maneira global. A analise de discurso praticada atualmente, a partir dos trabalhos de Michel Pecheux na Franca e seus desenvolvimentos no Brasil por Eni Orlandi, concebe a lingua como material, espaco de articulacao entre a ideologia, o simbolico e o politico, onde intervem a historia. Nesse sentido, a lingua adquire um estatuto outro, deslocando-se da simples concepcao de instrumento de comunicacao. A lingua, cabe o lugar proprio de constituicao dos sentidos e dos sujeitos. Toma-la nesse lugar significa dar aos profissionais da linguagem, uma formacao capaz de faz...
Cadernos de Linguagem e Sociedade, 2010
An issue for debate among CDA proponents is whether advocating critical assumptions exempts analysts from reflecting about their own practice. The issue is raised in relation to the discussion over the term adopted in Portuguese in the 1980’s by the University of Brasília Language and Ideology Research Group: ‘análise de discurso crítica (ADC)’.
Psicologia: Ciência e Profissão, 2011
O estudo enfoca as aplicações do método análise de conteúdo (AC) em pesquisas empíricas de Psicologia, de acordo com os procedimentos técnicos identificados sob essa denominação. Apresenta, primeiramente, uma breve discussão sobre as variações de AC e uma análise dos critérios de validação científica que embasam a prática do método. Em seguida, descreve os modos mais recorrentes de utilização da AC, a partir de revisão realizada junto a 83 artigos publicados entre 2004 e 2009 em seis periódicos de Psicologia no Brasil. Os periódicos selecionados foram classificados dentro do extrato A1 e A2 na avaliação trienal de periódicos da CAPES (2007-2009), e acessados através da base de periódicos Scielo. A discussão final foi encaminhada para a avaliação do rigor metodológico vinculado à prática do método, sugerindo informações claras sobre o tipo de abordagem de AC, de execução da AC e explanação criteriosa dos passos e procedimentos técnicos adotados na análise dos dados.
Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, 2015
Este trabalho tem como objetivo analisar semioticamente a obra Elementos de análise do discurso, de José Luiz Fiorin, como um "manual de manuais", isto é, um manual didático que reúne características prototípicas da prática didática de manuais universitários e que marcou um modo de pensar e ensinar a semiótica discursiva no Brasil. Partindo da análise de textos integrados à prática editorial, como o título da obra, sua capa e a apresentação do autor, chegou-se ao inventário e à análise dos segmentos textuais concebidos pelo enunciador do manual no âmbito da prática didática, como a exemplificação e a explicação teóricas. A leitura aqui proposta busca colocar em evidência e compreender a originalidade e a atualidade dessa obra que completou 26 anos em 2015 e que desempenhou um papel estratégico na formação de várias gerações de semioticistas e analistas do discurso.
VI SEMINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO 1983 - 2013 – Michel Pêcheux: 30 anos de uma presença, 2013
Este trabalho tem por objetivo apresentar brevemente a pesquisa realizada em nível de doutorado que resultou na escrita da tese: O "althusserianismo em linguística": a teoria do discurso de Michel Pêcheux. O objetivo principal dessa investigação foi identificar os fundamentos epistemológicos da teoria pecheutiana do discurso, lançando um olhar sobre as relações entre a filosofia marxista de Louis Althusser e textos de Michel Pêcheux. Nosso ponto de partida se deu com o seguinte questionamento: o que é a Análise de discurso se a obra de Althusser existe?
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