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2008
Revista Digital do LAV, 2021
Neste artigo, discute-se a brincadeira das crianças como processos não padronizáveis, visto que, em movimentos criativos, inventam tanto brinquedos como brincadeiras inusitadas nos centros de educação infantil. Problematiza-se, assim, os modos pelos quais as crianças atualizam o plano da virtualidade, abrindo-se para outros mundos a serem habitados. Como estratégia metodológica, adota-se a pesquisa cartográfica, acompanhando processos ocorridos no cotidiano escolar. Ao longo desta investigação, argumenta-se que o fabular envolve ‘artistagens’ e encontros entre corpos, deslocando o pensamento ordinário para o extraordinário. Conclui-se que as crianças, ao fabularem, estimulam outros modos de existir e (re)existir na vida devido a sua força inventiva.
2011
O artigo discute parte dos resultados de pesquisa de doutorado (PIMENTEL, 2011) e tem por objetivo analisar algumas estrategias usadas pelas criancas para lidar com a cultura (GOUVEA, 2007; SARMENTO e GOUVEA, 2008). Para compreender a dimensao da linguagem e a relacao significante-significado, aborda a funcao simbolica analisada por Piaget (1956), percebendo com Bakhtin (1993) que nao e possivel descartar as condicoes de producao de sentidos como uma luta de forcas. Considerando as condicoes materiais e as relacoes interpessoais para a producao do conhecimento, as analises do que foi observado em pesquisa sao pontuadas por implicacoes pedagogicas sobre leitura de livros de literatura infantil.
Produção de novos saberes do curso de pedagogia da UNISUAM: discussões e práticas de ensino na contemporaneidade, 2022
Num momento em que, na nossa sociedade, se assiste continuamente a paradigmas verdadeiramente excepcionais de verdade e mentira, evidencia-se, dada a escassez de estudos relacionados, a necessidade de compreender e acompanhar a leitura que os mais novos fazem destas questões. O trabalho agora apresentado tem como problemática geral, As concepções que os jovens têm sobre a Mentira e procura, através de uma metodologia qualitativa, responder ao seguinte problema de investigação: Quais as concepções que os jovens têm acerca da Mentira, consoante o género e em diferentes momentos do seu percurso escolar? Pretende-se, através da aplicação de entrevistas estruturadas a um conjunto de alunos de diferentes anos lectivos, clarificar a sua visão de mentira, perceber o papel que pais, escola e pares, têm nesta dinâmica e compreender de que forma esta pode ajudar a esclarecer a origem de determinados valores morais. Os dados recolhidos, depois de analisados e confrontados com bibliografia relac...
Cadernos Cedes, 2022
O número temático "Crianças, Infâncias e Pandemia" surge numa conjuntura histórico-cultural profundamente marcada pela pandemia da Covid-19, que afeta há mais de dois anos todo o globo, obviamente de formas desiguais, sem que se tenha ainda clareza de sua extensão e seus efeitos futuros. A pandemia da Covid-19 constitui um fenômeno social contemporâneo inédito, pela radicalidade de sua circulação, de contágio e da intensidade dos seus efeitos. Num mundo globalizado, ainda que tais efeitos atravessem fronteiras, a experiência da pandemia mostra-se significativamente diversa, de acordo com as condições sociais e as políticas nacionais e locais de enfrentamento. Verifica-se que a pandemia intensificou a concentração de renda, penalizando especialmente as populações mais pobres, tanto no número de óbitos quanto na piora da qualidade de vida. As condições estruturais, em que se destacam o efeito das desigualdades socioeconômicas, étnico-raciais e de gênero, informam como esta experiência é vivida pelos distintos grupos sociais e indivíduos. A esses aspetos achamos importante acrescentar a dimensão geracional que, considerada intersetorialmente, coloca as crianças em situações especiais de risco. Nesse sentido, apesar de, num primeiro momento, terse desvalorizado o impacto dessa pandemia na vida das crianças, dado que os efeitos imediatos em termos de saúde não pareciam significativos, à medida que a situação pandêmica se foi alastrando, no espaço e no tempo, os efeitos nesse grupo geracional começaram a surgir. Destacam-se a alteração radical do cotidiano infantil, das relações com espaços públicos e privados, do acesso às redes de proteção, da convivência intra-e intergeracional, como também dos direitos à educação, ao lazer e à participação. Observa-se que, nesse contexto, as políticas públicas e as práticas sociais dirigidas à infância têm sido formuladas sem a escuta das crianças, inclusive por constituírem o grupo etário com menos canais institucionalizados de participação política. A interrupção ou continuidade (por meio do ensino remoto) dos processos de educação escolar e o funcionamento dos espaços de lazer e cultura foram sendo definidos por médicos, políticos e educadores, sem que tenha sido feita uma escuta das crianças, quer sobre suas demandas, quer sobre sua avaliação dos efeitos dessa radical transformação de seu cotidiano. Observa-se a repetição de uma menorização da criança, reduzida a objeto e não a sujeito de ações voltadas para seu bem-estar. Por outro lado, ao longo desse período que temos vivido em situação pandêmica, tem sido extremamente significativo o esforço que a academia tem feito no sentido de realizar pesquisa que permita registar e caracterizar esse fenómeno. Surgiram números temáticos de revistas especializadas-de que são exemplo a Revista Sociedad e Infancias de 2020, que, no seu Volume 4, "Las infancias en el foco de la investigación y vivencias infantiles de la pandemia", reúne um conjunto de trabalhos de autores portugueses, brasileiros, espanhóis e da América Latina, trazendo-nos uma
Saber & Educar, 2010
Começa a se alegrar. E toda aquela infância Que não tive me vem, Numa onda de alegria Que não foi de ninguém. A(s) reconstrução (ões) da (s) imagen(s) produzida (s) sobre a Infância e sobre as crianças continuam a assumirse como desafio actual e necessário, à consideração de uma criança-cidadã, sujeita de direitos e deveres, e competente para o seu exercício. O modo como estas imagens influenciam essas possibilidades é visível em diferentes contextos de vida quotidiana da criança sendo, a escola, local por excelência de exercício democrático e de aprendizagem dos direitos das crianças. Os professores, por sua vez, constituem-se como agentes centrais na promoção, defesa, e leitura crítica dos direitos da criança, nomeadamente, o de expressar a sua voz pelos seus próprios meios e de participar activamente na comunidade educativa.
Educacao Realidade, 2006
RESUMO-Contos de fadas e infância(s). Neste artigo buscamos discutir como os contos de fadas produzem modos de ver, descrever e compreender a infância, prescrevendo formas de ser criança. A escolha dos contos de fadas pautou-se no fato de que eles marcam o começo da leitura infantil, sendo que, no decorrer deste artigo, apontamos alguns detalhes, acidentes, acasos, assim como regularidades que acompanham essas obras. Discutimos como os contos de fadas articulam as produções discursivas sobre a infância-tanto de culpa e irracionalidade quanto de inocência-no sentido de tomá-la governável, ou seja, agindo no disciplinamento e controle dos corpos infantis, entrelaçando-se, assim, com um projeto pedagógico. Ao mesmo tempo, a arte traz consigo possibilidades de ruptura, transgressão e resistência, trazendo a experiência de estranhamento, de como as coisas ainda não são. Palavras-chave: contos de fada, infância, produções discursivas. ABSTRACT-Fairy tales and childhood. This paper discusses the procedure fairytales use to produce ways of seeing, describing and understanding childhood, prescribing ways ofbeing children. The decision of studying the fairy-tales was made based on the fact that these are the spotlight for children's literature. In this paper we have highlighted accidents, coincidences as well as regularities that appear in this literature. We discuss the ways in which fairy tales articulate the discursive production on childhood (ofblame and irrationality, as well as of innocence) as a way of governing it. By doing so, fairy tales discipline and control children's bodies and become a pedagogical project. We claim, nonetheless, that art brings the possibility of rupture, transgression and resistance, allowing for the experience of strangeness, of "things that did not yet become".
2015
Ensinar numero para criancas e uma tarefa dificil, uma vez que o educador necessita de sensibilidadepara detectar as necessidades no aprendizado do aluno no processo de conservacao do numero, ou seja, que oaluno compreenda que o arranjo diferenciado na colocacao de objetos sobre a mesa nao altera a quantidade. Asmaneiras de ensinar, atraves da busca pela construcao do conceito de numero pela crianca, devem respeitar umaordem hierarquica de desenvolvimento que toda crianca possui. Essa ordem passa pela natureza do numero quese desenvolve sob tres tipos de conhecimento: conhecimentos fisicos – conhecimento das propriedades que estaonos objetos na realidade externa, e podem ser conhecidas pela observacao; conhecimento logico matematico – conhecimentoda existencia de diferenca entre dois objetos, criada mentalmente pelo individuo; conhecimento social– convencoes criadas, como as palavras um, dois, tres, assim como o ato de dizer bom dia. Todo esse ensinamentotem como objetivo dar autono...
Veritas (Porto Alegre)
SÍNTESE - O texto visa contribuir ao debate sobre a relação entre a questão "o que é Filosofia" e o ensino/aprendizado de Filosofia com crianças, tecendo considerações acerca da metodologia de ensino.
Veritas (Porto Alegre)
SÍNTESE - Este texto visa contribuir ao debate sobre as condições para filosofar com crianças. Sugere que o aprendizado da relação é passivei a partir do resgate da nossa história pessoal e do exercício da admiração, o que se efetiva na relação com crianças. Tal aprendizado, configurando já uma postura filosófica, possibilita a reconstrução do dizer e do pensar, da relação entre o dizer e o pensar, do comunicar. Há uma perspectiva ética, à base do filosofar com crianças, a qual relaciona a nossa história pessoal com a História.
Revista Sinalizar, 2016
Os contos de fadas sempre encantaram as crianças e, ainda hoje, continuam a seduzi-las. Esses contos possibilitam reflexões sobre os problemas interiores de seus leitores e auxiliam a construção da subjetividade infantil. As adaptações dessas histórias para a Libras, Língua Brasileira de Sinais, levam às crianças surdas, não apenas o prazer da fruição dos contos de fadas, mas também os benefícios psicológicos advindos dessas narrativas. Com o suporte teórico dos postulados apresentados por Bruno Bettelheim e Joseph Campbell, em textos fundadores sobre o mito e o conto de fadas, o objetivo deste trabalho é trazer algumas reflexões sobre a importância dos contos de fadas, adaptados para Libras, na educação e a formação da subjetividade das crianças surdas.
ORG & DEMO
No dia oito de março de 2020 o chefe do Executivo de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul assinava o Decreto Municipal nº 7.434, proibindo o acesso ou permanência de crianças em locais públicos durante o estado de calamidade pública que se alastrava pelo Brasil devido à pandemia de Covid-19, este é só um exemplo de um movimento mundial de invisibilidade infantil fantasiada de proteção. Mesmo nesse contexto, as crianças não foram priorizadas no esquema vacinal nos âmbitos municipal, estadual, federal e nem internacional. Este artigo tem como objetivo discutir questões relacionadas às crianças e suas infâncias através da lógica da decolonialidade, concedendo especial atenção à tutela e controle da infância em contexto de pandemia e confinamento, um estado exceção para as crianças privadas da ida às escolas e aos contextos de socialização de rua. Discutiremos brevemente, também, os conceitos acerca da governamentalidade analisados na obra de Michel Foucault: a soberania, o poder...
2004
Os A. identificam o afecto como expoente e expectativa do desenvolvimento infantil. Feita uma analise historica referente aos determinantes cientificos que garantem a construcao do afecto, os A. sustentam uma terceira via susceptivel de explicar o porvir em desenvolvimento, baseado no modo como cada crianca interpreta as suas proprias experiencias, as suas relacoes e as suas transaccoes emocionais. Nesta coerencia, os A. concluem que o bebe gosta de aprender atraves de emocoes, nomeadamente quando elas sao mediadas por quem lhe e significativo. E neste contexto, concluem os A., que o afecto sera o termometro da competencia dos profissionais responsaveis pela crianca, no nosso tempo.
2010
The aim of the current study was to understand what children in the regular elementary school recognize as a lie. To achieve this, we carried out a qualitative and interpretative investigation where, through an open questionnaire with four stories adapted from previous work by Piaget (1932), the data collected allowed us
Lançamos mão de uma "visão caleidoscópica", isto é, lançamos o nosso olhar cambiante sob os diferentes cenários que um(a) professor(a) iniciante pode vivenciar. Mas, nessa teia de dimensões da atuação docente, precisamos sublinhar que não é possível abarcarmos os inúmeros contextos que podem marcar esse momento da vida profissional, afinal reconhecemos que o "fazer-se docente” se dá atravessado por várias intersecções em espaços diversos, situados e concretos. Portanto, caros leitores e leitoras, neste livro vocês terão a oportunidade de estar em contato com algumas discussões, por exemplo, modos de ser professor(a) de bebês e crianças, reflexões sobre o desenvolvimento profissional docente, relatos que convidam a pensar sobre as experiências de estágios na formação inicial, reflexões sobre a constituição da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, experiências na atuação de um projeto artístico pedagógico, experiências como alfabetizadora, experiências que propiciam pensar a ação pedagógica por meio da documentação pedagógica, experiências que narram o processo de tornar-se um(a) professor(a)- pesquisador(a), ser um(a) professor(a) negro(a), gordo(a), ideias que mobilizam a indagar sobre muitos inícios e/ou ingressos da/na carreira. Dessa maneira, este livro é composto por escritos de pesquisadores(as) da área da educação, tanto dos(as) que se dedicam a estudar o campo de formação de professores(as) e práticas pedagógicas, quanto dos(as) que investigam com as crianças e sobre as infâncias. Ao todo, a obra reúne doze textos, sendo um deles internacional.
Revista de Estudos Aplicados em Educação, 2020
Encontrar em meio a floresta amazônica a alteridade da infância, é nesse movimento que este artigo se situa enquanto resultado de uma pesquisa desenvolvida no Mestrado em Educação. A infância que nos acolheu é composta por crianças ribeirinhas-amazônidas que vivem às margens de um rio produzindo experiências infantis singulares e afirmativas da vida e frequentam uma Instituição de Educação Infantil. Essa infância é concebida neste texto enquanto potência criativa e agenciamentos coletivos de enunciação. Inspiramo-nos no método cartográfico desenvolvido pelos filósofos Deleuze e Guattari para produzir mapas rizomáticos que nos levaram às narrativas infantis ribeirinhas. As narrativas infantis são as potências deste texto na medida em que rompem com paradigmas que a história moderna nos acostumou em relação aos lugares reservados às crianças e às infâncias. Nossas inquietações se traduzem na seguinte questão: Como as crianças reverberam e criam táticas de resistências diante de tantos...
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