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1993, Cadernos de Subjetividade
O que é o novo paradigma estético? Félix Guattari (F.G.): A ideia é que, na sociedade atual, todos os focos de sin-gularização da existência são recober-tos por uma valorização capitalística. O reino da equivalência geral, a semiótica reducionista, o mercado capitalístico tendem a achatar o sistema de valoriza-ção. Além disso, há uma assunção, uma aceitação deste achatamento. Digamos que é a passividade que caracteriza a atitude pós-modernista. O paradigma estético de que falo se apresenta como uma alternativa em re-lação ao paradigma científico subja-cente ao universo capitalístico. É o pa-radigma da criatividade. É evidente que o que estou querendo dizer com isso não é que se deva estetizar o mundo: primeiro, porque esta ideia de paradig-ma implica colocar entre parênteses a noção de obra de arte e, certamente, as instituições artísticas, os mercados ar-tísticos; segundo, porque esta atitude de passividade pós-modernista intervém também no género estético e, portanto, o paradigma estético não coincide com o mundo dos artistas. Então, no âmbito da psicanálise, da psicoterapia institucional, das terapias familiares, apresenta-se como impor-tante e politicamente significativa a proposta de um paradigma de criação estética, face ao paradigma científico, sistémico, estruturalista, que encontra-mos frequentemente nestas práticas.
Quem sabe) o pensamento (...) sobreviva à fala sem fim e ao silêncio assustador em que se move, tão aceleradamente, o que nos é contemporâneo" Marcio Tavares d'Amaral
Princípios (Natal, Brasili, 2012
O presente artigo pretende examinar criticamente o legado estético de Gadamer, considerando a sua atualidade euniversalidade. Aborda, de forma particular, o modo em que ascategorias estéticas tradicionais como representação e mimese são reabilitadas no contexto da sua hermenêutica. Ao mesmo tempo,resgata a noção de jogo na sua relação com o conceito derepresentação, numa meditação que passa pelo análise da obra deDuchamp. O seu objeto último é, em todo o caso, assinalar o valorteórico que a filosofia da Gadamer guarda ainda para o pensamentoestético contemporâneo.
Anais eletrônicos do XV Congresso Internacional da ABRALIC, 2017
Resumo: Desenvolvida na Europa e no Brasil a partir do final do século XIX até meados do século XX, a ficção decadente se notabilizou por sua atração pelo artificial e por aquilo que contraria as leis da natureza. Nessa ficção, a descrição de objetos grotescos, antinaturais, foi realizada a partir de uma linguagem bastante trabalhada e estetizada. Paradoxalmente, em diversas narrativas, tal esteticismo promoveu a percepção do grotesco como algo belo e refinado. Para demonstrar exemplos do grotesco decadente, esse artigo propõe a análise de Monsieur de Phocas (1901), de Jean Lorrain, de Dança do Fogo: o Homem que não queria ser Deus (1922) e de Kyrmah: Sereia do vício moderno (1924), dois romances de Raul de Polillo.
V. 43, n. 1: Guattari: máquinas e sujeitos políticos, 2020
A partir de uma apresentação do contexto político e social no interior do qual a obra de Guattari se insere, buscamos definir o debate político francês da década de 60, no campo do marxismo, sobretudo do materialismo histórico em torno da questão do sujeito da história. O objetivo deste artigo é explicitar as razões que levam Guattari a romper com o estruturalismo, representado na psicanálise por Lacan e no marxismo por Althusser. A relevância deste texto está na apresentação do conceito de máquina, que se define em oposição ao conceito de estrutura e que, unindo história e inconsciente, visa a traçar o espaço de emergência de um sujeito da história, de um sujeito político. palavras-chave: Materialismo histórico. Estruturalismo. Psicanálise e política. História.
Viso: Cadernos de estética aplicada
O ensaio apresenta algumas formas de funcionamento dos textos dos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari. Com foco nos livros escritos a quatro mãos e nas obras sobre cinema de Deleuze, apresentamos algumas pistas de como o leitor com pouca familiaridade com os autores pode se preparar para o estilo de suas escritas, experimentando uma relação mais intensa com os textos.
dObra[s], 2024
Em 1885, o escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900) publicou o artigo Philosphy of Dress no New York Tribune. Uma tradução do artigo, até então inédito em português será apresentada a seguir. O objetivo deste ensaio é analisar como Filosofia das roupas poder ser entendido como o manifesto de Wilde sobre a reforma do vestuário feminino. As proposições apresentadas no texto estão em consonância com suas ideias esteticistas, que entendem a vida como uma forma de arte – o que se daria, entre outras coisas, pela oposição ao consumo de produtos comuns resultantes do capitalismo industrial. Destaco ainda que, enquanto a defesa do artifício como forma de beleza era uma das premissas de seu pensamento esteticista, no que diz respeito ao vestuário feminino, ele argumenta, com base na compilação de ideias propagadas por médicos e estilistas, que a beleza está na “naturalidade” da peça. Também analiso o fato de que a antimoda defendida por Wilde não se limita ao campo das ideias e dos textos, mas se torna material quando começa a ser comercializada na seção de roupas artísticas das lojas de departamento Liberty de Londres em 1884. Por fim, discuto como esses trajes aparecem na pintura Private view at the Royal Academy, 1881, de William Powell Frith, de 1883, uma representação artística da vida moderna na sociedade londrina.
2023
RESUMO: O presente trabalho tem como principal objetivo, através de uma concisa exposição acerca do simbolismo anagógico e da estética luminosa do estilo gótico, estabelecer a sua relação com a Via-Pulchritudinis, caminho da beleza, retomada em documento homólogo pelo Conselho Pontifício para a Cultura em 2006. Busca-se compreender o contexto, a cosmovisão e as influências que conduziram o precursor do estilo, Abade Suger de Saint-Denis, na reforma da primeira igreja gótica, bem como o fundamento de sua visão estética e simbólica. Como a arquitetura da abadia, os ornamentos e o programa iconográfico apontam para uma estrutura sistemática de doutrinas metafísicas e teológicas, procura-se atestar a íntima relação entre a metafísica da luz, do Pesudo-Dionísio e o simbolismo da obra, principalmente através dos vitrais, que inundavam a igreja com a luz divina. Por conseguinte, tenta-se compreender a beleza e o simbolismo no pensamento medievo, presentes no estilo gótico, como esses se fundamentam desde sempre nos Sacramentos, sobretudo na Sagrada Eucaristia. Observar o seu valor perene, que se estende e se relaciona aos fiéis do contexto atual, compreendendo, assim, a via da beleza. Por fim, ressalta-se que essa via não é única, mas em harmonia com outros caminhos, ilumina e eleva o homem à Verdade. Esse trabalho despende especial atenção ao estilo gótico sabendo que, sem aspirar a recuperação da ideia de uma idade de ouro da liturgia ou arquitetura, o empenho deve estar na criação de belas e atemporais obras sacras. 1 Especialista em arquitetura e arte sacra do espaço litúrgico pela Faculdade São Basílio Magno (FASBAM).
Revista Conexão Letras
Este ensaio propõe uma aproximação entre as estéticas do cantautor e escritor brasileiro Vitor Ramil e do escritor argentino Jorge Luis Borges. O objetivo é examinar a presença de temas e traços da escritura de Borges na produção artística e ensaística de Ramil, no que se refere à representação de espaços, considerando especialmente a noção de heterotopia de Michel Foucault. Desse modo, pretende-se mostrar o quanto a estética do artista propõe uma continuidade à proposta de Jorge Luis Borges, escritor considerado precursor na representação de questões da pós-modernidade.
Cognitio-Estudos: revista eletrônica de filosofia, 2019
Tradução do artigo: SANTAYANA, George. What is Aesthetic? In: The Philosophical Review, vol. 13, n. 3, p.320-327, 1904.
Prometeus: Filosofia em Revista, 2018
O artigo tem por objetivo analisar como a estética contemporânea é produzida pela semiótica da máquina capitalista. Ao fazer isto, evidencia-se a homogênese estética relacionada às estratégias de modelização subjetiva decorrente da produção subjetiva da máquina capitalista. Buscar outro tipo de experiência estética, neste contexto, é o objetivo de uma estética esquizopolitica. Para tanto, o artigo procura definir o que é uma estética esquizopolítica, uma vez que ela se relaciona com a invenção de si mesmo enquanto afirma a microrrevolução do desejo como modo de cortar os fluxos de modelização estético-subjetivos. Parte-se do pensamento de Guattari como chave analítica e problematizadora.
Polietica Revista De Etica E Filosofia Politica Issn 2318 3160, 2013
Resumo: O artigo trata da relação entre o fim das vanguardas e o fim da arte. As propostas das vanguardas, que correspondem ao período da modernidade artística, objetivavam transformar o mundo através da arte. Nas décadas de 60 e 70 as propostas vanguardistas transformaram-se em jogos aleatórios de signos que perderam sua capacidade transformadora e crítica. Discute então as consequências disso, ou seja, que espaço ocupa a arte no chamado mundo "pós-moderno": se ela não se relaciona mais com um referente, ela está fadada a permanecer no vácuo? ou pode-se associá-la ao neo-conservadorismo? As diferenças entre as propostas das vanguardas heróicas e as da arte contemporânea são enfatizadas para que se liberte a arte pós-vanguardista dos compromissos das vanguardas e se compreenda o que pode ser essa arte nas condições atuais. Palavras-chave: arte pós-vanguarda; modernidade artística; estetização do real.
Revista Trama Interdisciplinar, 2012
Sofia
Em seu livro O Inconsciente Estético, o filósofo francês Jacques Rancière faz um elogio e uma crítica à psicanálise freudiana de acordo com os parâmetros de seu próprio livro Revolução Estética. Ao mesmo tempo em que a psicanálise veio modificar o pensamento filosófico, equiparando Logos e Pathos, nos textos estéticos Freud realizaria um retrocesso ao tomar a arte pelas intenções e pela vida do artista. Esse trabalho discute o que viria a ser o retrocesso mencionado por Rancière.
discurso, 2017
discurso Revista do Departamento de Filosofia da USP Volume 47 -n o 1-2 0 1 7 discurso Revista do Departamento de Filosofia da USP Vol. 47 -n o 1-2 0 1 7
Trata-se de discutir e entender o conceito de juízo estético nos escritos do crítico de arte norte-americano Clement Greenberg através de seus artigos e seminários da década de 1970 reunidos em Estética Doméstica, articulando-os a seus textos anteriores consagrados e a textos de comentadores. Pretende-se explicitar a relação de sua teoria estética à estética kantiana e sua colaboração para compreensão do Modernismo e da crítica de arte.
2014
Marcada pelo forte investimento na relacao entre arte e cotidiano, a obra de Beat Streuli privilegia a acao banal, o comum, o habitual e o anonimo como os elementos chaves para a experiencia com as imagens. Sua obra permite questionar a possibilidade de experiencia estetica a partir de imagens banais do cotidiano de pessoas quaisquer. Partimos da premissa de que as imagens apresentadas por Beat Streuli constituem-se como lugares privilegiados para pensarmos a relacao entre experiencia estetica e cotidiano na contemporaneidade, bem como as multiplos papeis da fotografia no campo das artes.
Revista Brasileira de Estudos Políticos, 2016
Palavras-chaes: Filosofia analítica do direito. Metodologia do direito. Teoria da interpretação jurídica. Realismo jurídico. Realismo metodológico.
Revista Mosaico
Epistemologia (compreendida, aqui, como teoria do conhecimento) e estética (compreendida, aqui, como possibilidade de estudo das experiências) são comumente considerados como separáveis um do outro, quando não incompatíveis entre si. Contudo, o que se observa nas produções de conhecimento que se desenvolvem nas humanidades é, precisamente, uma interação profunda e profícua entre os dois campos. Afinal, a obra produzida nos saberes das humanidades manifesta-se como um texto, que orienta a experiência de seus leitores de forma a produzir uma gama de conhecimentos. O presente artigo, nestes termos, procura analisar e explicitar algumas das relações possíveis entre estética e epistemologia, valendo-se da historiografia como representante das humanidades.
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