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Vozes tradutórias: 20 anos de Cadernos de Tradução

2016

Abstract

Criada em 1996, a revista Cadernos de Tradução, ao longo dos seus 20 anos, sempre teve a preocupação de publicar autores com as mais diferentes abordagens na área dos Estudos da Tradução. De 1996 a 1999, a revista publicou um volume por ano. Na virada do século XX para o XXI, a revista, para se ajustar às normas de auxílio do CNPq e também às de avaliação da Capes, passa a ter dois fascículos por ano. Novas mudanças estruturais acontecem a partir de 2016, com a entrada da revista para o portal SciELO, quando passa a ter 3 volumes por ano. Além disso, Cadernos sempre teve uma política de acolher números especiais e dossiês. Nessa sua trajetória, a seção "entrevistas" sempre recebeu especial atenção. Até maio de 2016, foram publicados 42 números e 36 entrevistas. Neste livro reproduzimos 33 das 36 entrevistas, porque tivemos um convidado entrevistado duas vezes em épocas diferentes, por isso escolhemos apenas a mais recente e dois entrevistados que não tradutores, que agora reunimos neste volume comemorativo dos 20 anos de Cadernos de Tradução. Não por acaso, o sucesso de Cadernos de Tradução, que pode ser comprovado pelo número de acesso à revista, através do motor de estatísticas de acesso da revista no Portal de Periódicos da UFSC (http://stat.traducao.periodicos.ufsc.br/awstats/awstats.pl) está relacionado ao florescer da área como disciplina acadêmica no final do século XX e início do século XXI. "Evolução excpecional" como destacou uma das pioneiras dos Estudos da Tradução no Brasil, e uma das primeiras entrevistadas, Maria Cândida Bordenave, ao lembrar que [...] desde os primeiros anos da década de 70 grandes transformações foram constatadas na área da tradução: a grande novidade foi a criação de cursos universitários de formação de tradutores em todo o país provocando um renovado interesse pela área, seus fundamentos, seu ensino e, necessariamente, pela sua pesquisa" (p. 25). Foi também com o espírito de abertura e pluralidade teórica e crítica que Cadernos se consolidou nacional e internacionalmente. E uma das seções que acompanha a revista desde a sua criação é a de entrevistas, com objetivo de dar voz e visibilidade ao tradutor, ao crítico e ao teórico, ou ainda ao profissional que trabalha com teoria e prática, como destacou o nosso primeiro entrevistado, Paulo Henriques Britto: "É perfeitamente possível ser excelente tradutor sem ter qualquer formação teórica na área de tradução. Por outro lado, toda prática tradutória está