Transição Agroecoló gica e Ação Social Coletiva 1

Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 2020

O presente trabalho buscou descrever os avanços, benefícios e dificuldades da transição agroecológica do sistema de produção de frutas e hortaliças em cooperativa de agricultores familiares de Itapuranga, Goiás, Brasil, bem como os custos de implantação do cultivo convencional e agroecológico e a rentabilidade auferida com a prática agroecológica. Para a realização dessa pesquisa, utilizou-se o delineamento de uma abordagem de pesquisa qualitativa exploratória. Como instrumento de coleta de dados foram utilizados questionários estruturados e entrevistas não estruturadas. De acordo com os resultados é perceptível a satisfação dos que trabalham com as práticas agroecológicas, os que investiram em mão de obra, bem como em assistência técnica. Os agricultores que possuíam mais de 15 hectares de terras concordam que suas receitas aumentaram embora tivessem dificuldades para dar continuidade aos projetos devido à ausência do apoio técnico após sua finalização. Durante a execução, a assist...

Cadernos de Agroecologia, 2020

Eixo temático 6: Construção do conhecimento agroecológico e dinâmicas comunitárias Resumo: Apresenta-se o processo de transição à agroecologica experimentado por famílias da Comunidade Cana Verde no Sudoeste Goiano. A pesquisa está contida na agenda do curso de mestrado do primeiro autor sob a orientação da segunda autora. São analisados desafios em diferentes escalas do processo produtivo ancorados nos princípios e nas práticas do paradigma agroecológico. Tal processo teve início intermitente em 2016 e se mantem até a atualidade (2019). Os resultados dessa investidura evidenciam aspectos internos à unidade de produção que possibilitam a transição agroecológica e fatores conjunturais, externos, oriundos do avanço do agronegócio nos arredores da Comunidade, que dificultam a transição. São apresentados e discutidos resultados de natureza qualitativa, técnica e quantitativa na avaliação do processo de transição daquelas famílias à agroecologia.

Estudos Sociedade E Agricultura, 2013

Transição agroecológica e inovação socioterritorial5 Introdução A agroecologia é muitas vezes apresentada como um modelo "alternativo" capaz de conciliar produção agrícola, melhor conservação dos recursos renováveis e fortalecimento da agricultura camponesa. Entretanto, a agroecologia, que se nutre de algumas disciplinas científicas, ganha corpo a partir de um campo de conhecimento contextualizado, pois se baseia na valorização dos saberes locais, nas experiências das comunidades de base e na aná

Revista Brasileira de Agroecologia

Os agricultores e agricultoras familiares, que integram a Associação dos Produtores Agroecológicos de Cunha – Amigos da Terra, APAC, no município de Cunha-SP, diante da pandemia da COVID – 19, decidiram interromper voluntariamente, antes do Decreto Estadual, o seu principal canal de venda direta, a feira. Passaram a comercializar cestas agroecológicas com o intuito de manter a comercialização de seus produtos no período da pandemia. Por meio desse estudo, buscou-se analisar essas mudanças, principalmente no que se refere às dimensões econômicas e sociais, em especial às dinâmicas de solidariedade e cooperação, tendo como foco a reorganização da comercialização de produtos agroecológicos dos agricultores e agricultoras, durante o isolamento social. Os resultados mostram que o faturamento cai, mas crescem as práticas coletivas. A comercialização das cestas trouxe resultados econômicos positivos no faturamento, porém não retoma os patamares de faturamento...

Revista Brasileira De Agroecologia, 2009

Resumo O presente trabalho descreve e analisa as ações de promoção de práticas agrícolas de base ecológica desenvolvidas pelo CCA/UFSCar no assentamento Monte Alegre. Após quatro anos de atividades, pode-se apontar alguns resultados que impactaram positivamente a agricultura praticada pelos assentados, com a adoção de caldas, biofertilizantes, germoplasma adequado e adubação verde. Existe uma demanda no assentamento por ações deste tipo, indicando que, apesar de lenta e complexa, a transição agroecológica é viável e possível.

Revista Campo-Território

Este trabalho apresenta experiências agroecológicas que estão sendo desenvolvidas em diversas propriedades de Goiás e do Distrito Federal, fruto de uma viagem dos coordenados, estudantes e bolsistas do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Agricultura Familiar - NEAF, da Universidade Federal de Goiás, Campus de Jataí, ocorrida no primeiro semestre do ano de 2010. A visita teve como principal objetivo visualizar experimentos de agroecologia que estão sendo desenvolvidos na Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio do Descoberto/GO, além de visualizar as mudanças ocorridas em algumas propriedades que passaram ou estão passando pelo processo de transição agroecológica. Os resultados das visitas apontam para a possibilidade de se implantar sistemas na mesma perspectiva na Microrregião Sudoeste de Goiás.

Cadernos De Agroecologia, 2013

A demanda por alimentos mais saudáveis requer mudanças nos sistemas produtivos. A transição agroecológica pode ser considerada um processo de transformação social, mas exige do agricultor informação e conhecimento das variáveis envolvidas neste processo. Neste contexto uma organização cooperativista congrega pessoas em torno de um ideal comum. Considerando estes fatores, o trabalho se propôs a conhecer os motivos que influenciaram os associados de uma cooperativa agropecuária gaúcha de agricultores familiares na mudança de sistema produtivo. Para tanto, entrevistaram-se 19 cooperativados. Verificou-se que preservar a saúde foi o principal motivo da mudança do sistema produtivo e que a tomada de decisão na propriedade é feita baseada na opinião da família. Palavras-Chave: agroecologia; tomada de decisão; mudança; cooperativismo; agricultura familiar.

Transição Agroecologia e Percepção dos agricultores_ Jonas Débréus , 2024

Este trabalho está a ser realizado no contexto da transição agroecológica como um desafio face a evolução da agricultura. O objetivo geral deste trabalho é compreender como os agricultores da região Pont-Tamarin em Gonaives no Haiti percebem a transição agroecológica através das suas práticas de cultivo na agricultura. Por esta razão adotou-se um método de revisão integrativa baseado em várias pesquisas realizadas na área de estudo para tratar o termo de pesquisa. Como resultado, Os agricultores a Pont-Tamarin adoptaram diferentes práticas para fazer face aos problemas com que se têm confrontado (pragas, doenças da plantas). A maioria destes agricultores utilizam produtos fitossanitários químicos não controlados. Esta situação continua a ser um desafio a ultrapassar no paradigma da transição agroecológica a Pont-Tamarin.

A fazenda Santa Maria está localizada no município de Porto Seguro - BA e compõe o conjunto de áreas abarcadas pelo projeto "Assentamentos Agroecológicos na região do Extremo Sul da Bahia" (PPDARAF - ESALQ / USP), o resultado prático de um processo de articulação multi- institucional e pioneiro no país, envolvendo os movimentos sociais de luta pela terra e as empresas do setor florestal da região do Extremo Sul da Bahia. O projeto inicialmente desenvolveu um diagnóstico socioambiental, buscando subsidiar o planejamento produtivo dos futuros assentamentos. O presente trabalho tem como objetivo apresentar os dados parciais deste diagnóstico, em especial àqueles relativos à questão de segurança alimentar das famílias e das práticas agrícolas do pré assentamento Unidos Venceremos. Cabe ressaltar que a área de estudo faz divisa direta com o Parque Nacional do Pau Brasil (PNPB), estando em sua zona de amortecimento. Tal fato traz para o processo de criação do assentamento uma proposta diferenciada com relação as possibilidades de modelos produtivos e requer a formulação de um projeto de desenvolvimento sustentável (PDS). No que se refere à metodologia adotada pelo diagnóstico, foram realizadas assembleias junto às famílias para a apresentação dos passos da pesquisa. Foi realizada uma revisão bibliográfica e, além da aplicação de um questionário, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e visitas às áreas de produção de cada família do pré assentamento. Foram entrevistadas 74 famílias que encontram-se distribuídas em aproximadamente 432,19 hectares. Há uma significativa e diversificada produção de alimentos. Além de produtos para o autoconsumo, as famílias possuem uma significativa produção de hortaliças que são comercializadas nas feiras da região. No entanto, trata-se de uma produção agrícola convencional, baseada no uso de maquinários, de adubos químicos e agrotóxicos. Os resultados coletados apontam para a necessidade do desenvolvimento de ações que envolvam um planejamento produtivo efetivo voltado para a transição agroecológica adaptada às noções de conservação da agrobiodiversidade local.