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2014, Novos Olhares
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Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 2018
O evento ocorreu entre 16 e 19 de maio de 2017. Starhawk e Ailton foram convidados como conferencistas, assim como quatro antropólogos: Tânia Stolze Lima, Marisol de la Cadena, Stefan Helmreich e eu. Os últimos três trabalham nos Estados Unidos. Este texto foi escrito originalmente como um relato para acadêmicos anglófonos. 2 O comitê organizador foi composto pelos antropólogos Stelio Marras, Renzo Taddei, Joana Cabral de Oliveira, Marisol Marini e André S. Bailão, assim como por Jamille Pinheiro, uma jovem pesquisadora na área de Letras e tradutora prolífica, responsável ou corresponsável pelas edições brasileiras de trabalhos de
Oficina do Historiador, 2016
História e Cultura, 2016
Texto de apresentacao do Dossie Autoritarismos e Conservadorismos Politicos - N.5, V.3, 2016 (Especial).
43o Encontro da ANPOCS, 2019
O ideal cosmopolita possui raízes tão antigas quanto o pensamento cínico do grego Diógenes (Beitz, 1999) ou a filosofia do estoicismo, que teria popularizado o termo (Miller, 2007 e Held, 2005). Em ambos os casos, refere-se a uma noção específica de imparcialidade: aquela decorrente da perspectiva internacionalista, que procura olhar as questões humanas de um ponto de vista global. Na abstração proposta por tal ideia originária do cosmopolitismo, a humanidade pode ser bem compreendida como uma comunidade integrada, cujas divisões (entre nações, etnias, classes ou gêneros) estariam relacionadas a um trato comum compartilhado por todos e todas a ela pertencentes. Em uma acepção mais restrita e atinente aos debates sobre democracia e justiça no plano transnacional, o cosmopolitismo corresponde a uma vertente teórica determinada, que tem implicações tanto morais quanto políticas. Em sua formulação moral, defende a existência de uma base de princípios fundamentais a partir dos quais as instituições sociais podem ser justificadas ou criticadas. De acordo com esse raciocínio, diretrizes morais associadas ao igualitarismo de matriz liberal oferecem um referencial normativo adequado à consideração imparcial dos direitos de todo cidadão do mundo, independentemente de sua posição relativa na distribuição de oportunidades decorrente das repartições geopolíticas do globo. Tem-se aqui o lastro de uma particular concepção de justiça internacional. Diferentemente, a visão política ou institucional do cosmopolitismo reivindica arranjos de poder em escala internacional que contemplem a progressiva submissão dos poderes estatais a autoridades de organismos ou agências supranacionais de alguma espécie. Trata-se de uma interpretação acerca do balanço de poder na arena internacional que pode ou não partilhar daquela formulação moral. Uma vez que aquele posicionamento moral não resulta necessariamente na defesa propriamente política do cosmopolitismo, é produtivo fazer a separação analítica de cada uma dessas implicações. De acordo com Beitz (1998) do cosmopolitismo não necessariamente resultam recomendações quanto à estrutura política mais apropriada para as relações internacionais. Seria profícuo, nesse sentido, apartar a reflexão sobre as condições de supranacionalidade na arena internacional e sobre as interpretações quanto à divisão de autoridade vigente nesse campo - que são objeto próprio à ciência política – das premissas igualitárias articuladas pelo ideário cosmopolita, o qual pode ser plenamente compatível com a ordem westfaliana dos Estados como as principais unidades de organização política internacional. Em que pese a relevância dessa distinção analítica entre o exercício de fundamentação das bases morais do cosmopolitismo, por um lado, e a discussão das condições institucionais de democratização da ordem internacional, por outro, é recorrente que autores da teoria política venham desenvolvendo concepções de justiça internacional a partir de diagnósticos particulares da relação entre os Estados – como o faz, de certo modo, Rawls (1999) – e que, em contrapartida, visões morais do cosmopolitismo como a de Held (1995) tenham servido ao propósito de elaboração de propostas especificamente políticas, relacionadas à internacionalização de um projeto democrático por elas sustentado. Em vista disso, é necessário que as questões normativas de natureza moral que instruem a perspectiva cosmopolita sejam tratadas a partir de um filtro “político”, de forma a que não se restrinjam a uma posição idealista meramente utópica. A primeira seção deste texto procurará apresentar a estrutura central do argumento cosmopolita e as premissas comuns que mobilizam autores voltados para a defesa desse ideal. Ao se discutir as consequências dessa abordagem para questões de justiça global, pretende-se inicialmente colocá-la em contraste com adversários no campo do próprio igualitarismo liberal, no intuito de explorar as consequências desse debate para a disputa em torno da extensão dos direitos humanos que exigem reconhecimento internacional. A noção de direitos humanos será apresentada como um componente fundamental da ideia de legitimidade política internacional – a qual será, por seu turno, contraposta aos critérios de legitimidade próprios à justificação do poder político no âmbito interno dos Estados nacionais. Como desenvolvimento do embate entre os cosmopolitas e os igualitários denominados humanitaristas, a segunda seção irá problematizar, em contraponto, o papel da responsabilidade nacional na criação de arranjos institucionais que contemplem mecanismos de justiça compatíveis com o reconhecimento das relações específicas de solidariedade, culturalmente compartilhadas por comunidades políticas, bem como seus deveres correspondentes. Dessa perspectiva, as noções de filiação e identidade oferecerão limites às diretrizes cosmopolitas, mas também auxiliarão na formulação de ajustes que exijam a adaptação de sua matriz moral a uma visão politicamente instruída das relações internacionais. Em um terceiro momento, valendo-se dessa reformulação da base moral do cosmopolitismo, a seção seguinte envidará esforços em formular uma perspectiva internacionalista que valorize a aproximação entre “comunidades de destino” (Held, 2002) superpostas na esfera internacional. A estratégia para lidar com as diferenças de pertencimento que demarcam as particulares relações especiais de poder e de afinidade transversais ao Estado – e que são elementos vitais na desigualdade de distribuição de recursos materiais e simbólicos em escala global – exigirá um tratamento que procure preservar um lastro de igualdade e dignidade humanas compartilhadas, na possibilidade de respeito à autonomia expressa no diálogo entre as múltiplas perspectivas relevantes (Held, 2005, Benhabib, 2007a).
Argumentos, 2023
Elites e Instituições", tem como objetivo principal a apresentação de pesquisas que se inserem dentro da temática de estudos das elites e as suas relações com diferentes instituições sociais. Para além das pesquisas em si mesmas, o dossiê também tem como objetivo a divulgação dos próprios autores, que se dedicam a pesquisar este tema e, em sua maioria, ainda estão em processo de formação, cursando doutorado, ou de inserção no campo acadêmico, como professores. A própria temática dos estudos das elites, como podemos nomear de modo genérico, não ocupa mais um lugar central nas ciências sociais, como já ocupou em outros tempos, principalmente na sociologia política e ciência política. Assim, temos um grupo reduzido de pesquisadores, reunidos em torno de alguns orientadores em determinadas universidades. Uma parte desse abandono de se tomar as elites como tema empírico, deve-se ao caráter normativo que o termo carrega de duas formas. Pertencer a elite, pode ser considerado uma condição de prestígio, de elogio, por ocupar uma posição de destaque em um meio social ou instituição. Da mesma forma, que pode ser considerada de forma
Oficina do Historiador, 2016
Em Construção, 2021
Este Dossiê buscou reunir produções que se propõem a forjar um outro pensamento e ação-política, contra colonial, antirracista e anti cisheteronormativa. Aqui estão reunidos artigos, ensaios e entrevistas que demonstram justamente a necessidade de elaborarmos narrativas que nos permitam, tanto entendermos o mundo em devastação, quanto construirmos um novo caminho. Todavia um novo caminho, não a partir dos escombros deixados pelo colonialismo, mas a partir do resgate daquilo que nos foi arrancado: a nossa própria história.
Ficções cosmopolitas: comunidades globais imaginadas na literatura brasileira do início do século XXI Cosmopolitan fiction: imagined global communities in 21st century brazilian contemporary literature Resumo: Os espaços geográficos pelos quais circula parte significativa dos personagens da ficção brasileira de princípios do século XXI são urbanos e internacionais. A publicação da coletânea de contos Granta em português – Os melhores jovens escritores brasileiros demonstra haver na escrita dos novos autores brasileiros a consolidação de um cosmopolitismo que, ainda quando visto a partir do que Silviano Santiago denomina o " perde-ganha da vida cosmopolita " , isto é, das tensões com as histórias locais, celebra a ideia de uma " cidadania mundial ". Essa ideia, por vezes desconsidera a quem se nega o direito a essa cidadania, ancorada agora mais na possibilidade de se percorrer e consumir espaços internacionais, que no humanismo cosmopolita socrático-kantiano. Se a nação é uma comunidade imaginada, como aponta Benedict Anderson, a comunidade global presente nas narrativas escritas por jovens escritores brasileiros também é uma forma de imaginar pertencimentos.
Revista e-curriculum, 2012
Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto
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PERcursos Linguísticos
ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste, 2017
Monções: Revista de Relações Internacionais da UFGD, 2014
GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia
Revista Rebeca, 2024
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