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2016
Nadja, written by the French author Andre Breton, holds the position of having implemented the aesthetics and semantics proposals of the Surrealist Manifestos, especially the 1924’s, which is a kind of foundation document of the movement. The inspired Breton’s peroration, in the artistic plan, states itself against descriptive and stilted novels, which are based on the idea of illusion of representation, and, on the social plan, challenges the perception of reality as an suprasensible truth by the idea of work and progress, excluding the crazy person from the social enviroment and locking him up in a real Kafkaesque hell, materially and conceptually. In a kind of otherness, Nadja’s protagonist, a Nietszche reader, will be a flaneur, widely aware; it will be up to him to decide whether and how the free association, the childlike simplicity, and the coherency in the madness should be (re)considered. These ideas are the determinants of a new perception of the world to Breton, and even ...
2016
This paper aims to understand the role of the photographic illustrations in Nadja, by Andre Breton (1998, 2007), that is, to analyze how they complement the narrative according to the principles of Surrealism. The purpose of this analysis is to note especially the importance of the plastic arts in the narrative based on the Manifestos of Surrealism, by Breton (1985), and on other theorists who discuss the subject. The photographic reproductions – registered in portraits, places, objects, works of art, documents, drawings, and posters – establish strong reflections between the writing process and the presence of these images.
2016
In a context of extreme rationalization and utilitarianism, that of the first decades of the twentieth century, the surrealist vanguard emerges as a way of endurance, seeking to perform and to find in art a place of fantasy and freedom which the modern world does not allow individuals to fully and autonomously live in. This pursuit for the meanings of life and the world, a trait of the problematic individual in conflict with his surrounding reality, as asserted by Georg Lukacs, is manifest in the figure of Andre Breton, narrator and representation of the author himself in Nadja. In the beginning of the novel, he wanders aimlessly around the streets of Paris hoping to find in the big city – the greatest symbol of modernization – the sensory, the poetic, the essential, and the liberating experiences idealized by the surrealist art. Thus, the novel represents, on the one hand, the surrealist ideal of a poetic existence and a vital poetry in capturing the delicate and stormy relationshi...
Fronteiraz, 2020
RESUMO Este artigo traz uma leitura interdisciplinar de Nadja, romance escrito por André Breton em 1928, a partir das concepções de realidade propostas pelos surrealistas e pela psicanálise. No surrealismo, através da crítica ao realismo, surge o conceito de surreal, com o qual artistas passaram a se exprimir em produções artísticas e em uma conduta particular de vida no pós-guerra. Na psicanálise, Freud foi levado a superar a dicotomia entre interno/externo, assim como entre normal/patológico, implicando, com isso, uma nova concepção de realidade, que posteriormente foi reformulada por Lacan sob o conceito de real. Esta leitura traz como decorrência a denúncia ao conformismo e a superação das falsas dicotomias, ensejando, tanto com a psicanálise quanto com o surrealismo, uma transformação na práxis do sujeito.
2016
This article aims to investigate the relations between Surrealism and the feminine by analyzing the representation of women in Andre Breton’s literary work Nadja (1928). The theoretical framework will be Sandra M. Gilbert and Susan Gubar’s The Madwoman in the Attic: the Woman Writer and the Nineteenth-Century Literary Imagination (1979).
Non Plus, 2012
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo mostrar como alguns dos conceitos mais importantes do surrealismo aparecem em Nadja, de André Breton, através de suas personagens, que em alguns momentos parecem reinventar ao modo surrealista o mito da Esfinge e de Édipo. Nadja, a protagonista do livro, com toda a sua inconstância, é a guia do autor-narrador que, fascinado pelos questionamentos dessa pitonisa, segue-a por uma aventura pela cidade de Paris. Assim, a jovem o conduz para o interior dos labirintos enigmáticos em que a cada curva aparece uma esquina da movimentada capital francesa do início do século XX, e a cada acontecimento, um acaso objetivo que o remete à pergunta feita desde a primeira página do livro: "Quem sou eu?".
RUS (São Paulo)
Dostoiévski, um dos maiores escritores russos, autor de obras como Os Irmãos Karamázov (1879), de acordo com Freud, foi “o mais grandioso romance já escrito”. Aline Bei, por sua vez, desponta no cenário da literatura a partir de seu primeiro romance, O Peso do Pássaro Morto (2017). A despeito da fama, do espaço geográfico, do contexto histórico e dos quase dois séculos que os separam, é possível estabelecer uma fronteira entre os dois autores? Pois é precisamente este o objetivo deste artigo, que procurou comparar as obras Niétotchka Niezvânova e Pequena Coreografia do Adeus, dos respectivos autores, a fim de demarcar um terreno onde as similaridades e as diferenças possam ser identificadas e alinhavadas à luz do conhecimento freudiano. Tomando-se as experiências singulares e as idiossincrasias das protagonistas Niétotchka e Júlia, este artigo buscou aprofundar algumas questões de especial interesse para os estudiosos da psique, demonstrando que, independentemente da época e do cont...
Em 1985, o crítico e poeta José Paulo Paes declarou: "Do surrealismo literário no Brasil quase se poderia dizer o mesmo que da batalha de Itararé: não houve" 1 . Isso, no ensaio "O surrealismo na literatura brasileira" da coletânea Gregos e Baianos (Brasiliense), onde comentava escritores que podiam ser associados a esse movimento: o narrador Adelino Magalhães (1887-1963), catalogado como impressionista e que, cronologicamente, seria precursor; Prudente de Morais Neto (1895-1961), jornalista que dirigiu a revista modernista Estética com o historiador Sergio Buarque de Holanda; e o poeta Sosígenes
Vocábulo, 2016
O presente artigo propõe uma abordagem do romance português A Torre da Barbela (1966), de Ruben A., a partir da comprovação de traços da estética surrealista, em cujo movimento o romance está inserido. A escolha do corpus resulta da dificuldade classificatória, até então, tanto do autor quanto de sua obra; ou seja, parece não haver escola literária capaz de abrangê-los em todos os seus limites. No entanto, a riqueza da estética surrealista, em sua totalidade, parece possibilitar inserir o romance de Ruben A. no surrealismo a partir de traços presentes neste estudo. A leitura aqui oferecida possui maior foco na tentativa de modificação da realidade das personagens que configuram a narrativa e a existência de realidades paralelas, as quais são resultado de uma somatória de tudo o que se passa em seus sonhos e respectiva realidade. A abordagem em questão tem afinidade com a ideia de suprarrealidade (somatória do estado de vigília com os sonhos), proposta por André Breton (1896-1966)fundador do Surrealismo na França e um de seus maiores teóricos.
A torre da Barbela, de Ruben A.: aspectos do surrealismo (Atena Editora), 2021
O enredo de A Torre da Barbela (1966), de Ruben A., traz uma riquíssima narrativa sobre uma Torre que, no tempo em que transcorre a narrativa, se tornou monumento nacional. Nela vive um caseiro que também é seu guia e recebe turistas diariamente. Contudo, o que o senso comum desconhece é a realidade noturna do local: durante as noites, oito séculos de gerações da família Barbela saem de suas valas e habitam a Torre. Sobre esse tecido narrativo, entra a estética surrealista a partir, principalmente, dos conceitos de suprarrealidade e eu autêntico, uma análise do narrador, pensando nas suas diferentes instâncias, das relações entre a realidade e a ficção e da face histórica do romance, bem como a sua face como alegoria de Portugal. O presente trabalho propôs, em um primeiro momento de sua extensão, analisar os aspectos da estética surrealista no romance português A Torre da Barbela (1966), de Ruben A. Além disso, propôs-se uma breve análise acerca do narrador desse romance, seguida de uma discussão das relações entre realidade e ficção presentes em seu tecido narrativo. Para a presente análise, foi imprescindível a leitura de Carlos Gomes (1995), sobretudo de André Breton (1924-19299) e de Alejo Carpentier (1928). Para a análise do narrador, foram utilizados, principalmente, os autores Maria Célia Leonel (2000), Wayne Booth (1980) e Oscar Tacca (1983). Quanto às relações entre realidade e ficção, foram analisados os conceitos propostos por Wolfgang Iser (1996) e Roland Barthes (1972). Já para a discussão final acerca da face histórica do romance, foram analisadas as observações propostas no ensaio de Maria de Fátima Marinho (2012). A partir dos objetivos traçados, os aspectos surrealistas no romance de Ruben A. foram analisados, chegando a conclusão de que ele é regido tanto pelas revoltas surrealistas quanto pela suprarrealidade proposta por Breton. Além disso, o personagem Cavaleiro foi analisado a partir do eu autêntico de Carpentier. No estudo do narrador, foi possível notar as instâncias narradoras que regem o romance e a ironia típica de seu autor empírico. Acerca das relações entre realidade e ficção, foi possível analisar a tríade proposta por Iser em três realidades diferentes: social, sentimental e emocional. Já acerca das considerações propostas por Barthes, observou-se que a narrativa segue o estilo descritivo da Idade Média. E, enfim, a partir da discussão de Maria de Fátima Marinho, foi possível analisar a face alegórica do romance. Foi possível concluir, no presente estudo, que o romance de Ruben A. é regido pela estética surrealista, bem como é possível de ser analisado a partir da tríade real-fictício-imaginário. Observou-se, ainda, que a narrativa segue o modelo de descição da Idade Média, o que foi analisado como complemento da referência a essa época feita pelo personagem Cavaleiro. Além disso, foi possível analisar a narrativa de Ruben A. como uma riquíssima metáfora de Portugal.
s é r i e l u z e a r t e UM BALAIO DE GATO DO TAMANHO DO MUNDO. ASSIM PODERIA SER DEFINIDO O MUNDO
André Breton, Nadja e Gérard de Nerval: estranhas relações
Revista CONTINGÊNCIA, 2010
This article intends to contextualize the André Breton's interest in the madness, to present the impasses between psychiatry and poetry and to analyze how the relationship between art and madness figures out in his speech. So, it was selected some passages of his career which is believed that will be more significant for the purpose of this study. The study begins with the first Breton's experience with spiritual's disturbing, in a psychiatric center in Saint-Dizier, in 1916, when he was a medicine student, in military service, sharing with his friends by letters, like Paul Valéry, Apollinaire e Fraenkel, his desire to put away his -poetry obsession‖ and dedicate himself to the psychiatry study. Next, will be described, in Nadja, work of 1927, his return to poetry and his criticism of psychiatry. After all, will be discussed: his participation, 1948, in the foundationalong with Jean Dubuffet, Michel Tapié, Jean Paulhan, Georges Limbour, between othersof Compagnie d"Art Brut, whose the propose was to collect, conserve and study artistic madness and other marginal figures; and the reason of his resignation after two years, which resulted in a complaint (barely known), between him and Dubuffet, surrounding the term "art brut", rather, surrounding the relationship between art and madness. Letters and writings wrote by Breton in that period, and analyzed in this study, reveal, if not, the permanence of the impasse between psychiatry and surrealist poetry, a controversial posture, to admit the existence of a psychopathological art. do Centro Neuropsiquiátrico de Saint-Dizier, que o incentivou a ler as obras escritas por psiquiatras como Charcot, Gilbert Ballet, Maurice Fleury, Constanza Pascal e Régis; descobriu o pensamento de Freud 2 e reagiu com entusiasmo às leituras, embora manifestasse, nas cartas ao amigo Fraenkel, também estudante de medicina, indignação diante de explicações que ele julgava rasas. Todas essas leituras desviaram e afastaram, por algum tempo, seu amor pela poesia.
Literatura e Sociedade, 2007
Resumo O ensaio investiga os pressupostos filosóficos e críticos de dois modos de conceber a representação literária dos sonhos, contrapondo as obras de André Breton ao livro de protocolos oníricos de Adorno, com o objetivo de refletir sobre o sentido do surrealismo e as relações entre arte, sociedade e psicanálise. Palavras-chave Theodor Adorno; André Breton; surrealismo; sonhos; Sigmund Freud.
Lettres Françaises, 2010
RESUMO: Este artigo tem o objetivo de tecer comentários sobre a importância do espaço na obra Nadja de André Breton. As narrativas surrealistas são apresentadas como seqüência de segmentos que tratam de passeios, e o lugar paradisíaco eleito pela narrativa poética de Breton é a rua. Em Nadja, a rua é o grande espaço erótico do encontro maravilhoso. Retomando Baudelaire, Apollinaire e Proust, os surrealistas dão à rua, em particular às ruas parisienses, um valor poético. Enquanto os românticos buscavam seu alimento nos bosques, nas montanhas, nas costas do oceano, o Surrealismo busca em Paris as impressões e cenários que compõem seu universo imaginário.
2009
Published in 1975, Voyages de l’autre cote, by Jean-Marie Gustave Le Clezio, critically recovers some ideals of the surrealist vanguard in the image of the character Naja Naja that is explicitly associated with the main character of Nadja (1928), by Andre Breton. Similar to the surrealists, Le Clezio subverts man’s relation with the world by suppressing the daily, utilitarian and practical aspect of life. The author breaks with the surrealist ideas due to his belief that the absolute does not need to be searched in any abstract reality, because it is concretely present in the core of the real. Thus, Le Clezio takes as his own the surrealist vanguard, updating his desires in the context of the contemporary literature. Keywords: Le Clezio. French literature. Contemporary literature.
Dedalus: Revista Portuguesa de Literatura Comparada, 2004
2013
Listening to the hysterical women, Freud founded Psychoanalysis. Later on, Lacan presents the hysteric's discourse as condition for the analytical process. The hysteria raises aesthetic questions in the artistic field as it does in Psychoanalysis. The purpose of this essay is to seek connections between the hysteric’s discourse and the aesthetics of hysteria of Surrealism in the literary work Nadja (1928) by Andre Breton. Nadja, as a divided subject, $, can be seen in the position of agent in the discursive articulation that Breton constructs in his book. At the same time, Breton as a character in the book assumes the position of the Other, the master signifie r, whom she addresses. Nadja, in the position of the divided subject, $, seduces Breton and encourages him to wonder about her enigma. Such an analysis of a literary character as Nadja can raise interesting questions about the hysterical discourse and thus about the clinical work
Abusões, 2017
A aventura surrealista é aquela da busca pela liberdade; ela não deve ser tomada como um fim em si mesma, mas como um ponto de partida para o homem, uma iniciação que pretende devolver ao homem tudo aquilo que o império da razão e da lógica nos fez perder; em outras palavras, o Surrealismo se propõe a reencantar a vida. Para tanto, propõe arrancar o homem de si mesmo, recuperá-lo naquilo que nele há de mais profundo e obscuro e despertá-lo para a experiência singular do maravilhoso, numa realidade revelada por meio da descoberta do seu ser múltiplo e da afirmação de sua inquietude. Nessa aventura, a imaginação desempenha um papel fundamental e é uma das vias de acesso ao maravilhoso. Destarte, este artigo visa apresentar como a liberdade, a imaginação, o fantástico e o maravilhoso estão intrinsecamente ligados e, ao fazêlo, esclarecer a própria noção surrealista do maravilhoso.
Uniletras, 2011
Resumo: O presente artigo centra-se no conto "Nízia Figueira, sua criada", de Mário de Andrade (1893-1945), Diferente das demais narrativas, em que as personagens adquirem experiência e maturidade sexual e passam de um estado de felicidade para o de infelicidade, Nízia vive uma existência inautêntica, ao permanecer em um estado de inércia, imobilismo e apatia diante das transformações sociais, políticas e econômicas que configuram a cidade de São Paulo da década de 1920. Sigmund Freud relaciona a pulsão de vida com a infelicidade, a busca incessante de satisfação. Por outro lado, a pulsão de morte equivale à felicidade, advinda da satisfação repentina de necessidades primárias do sujeito. No caso do conto em análise, há uma permanência da protagonista em um estado miticamente pré-social, anterior à alteridade. Nízia permanece limitada a uma redoma, representada pelo espaço da chácara onde vive com a criada, a quem chama de prima. O modelo semiótico da tensividade, proposto por Claude Zilberberg e divulgado no Brasil por Luiz Tatit, permite a descrição dos estados de tensão (ou pulsão de vida) e relaxamento (ou pulsão de morte) na passagem do não saber para o saber, responsável pela construção das identidades sexuais das personagens. Nessa perspectiva, o presente artigo propõe uma análise semiótica das categorias discursivas (pessoa, tempo e espaço), no quadro das modalidades tensivas, em articulação com os conceitos psicanalíticos de pulsão de vida e pulsão de morte. Palavras-chave: Mário de Andrade. Alteridade. Modalidades tensivas. Pulsões. Duplo.
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