Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2020
Nota dos editores: Este texto foi produzido a partir das discussões ocorridas no âmbito do Grupo de Pesquisa em Semiótica e Culturas da Comunicação (GPESC). Uma versão foi publicada em julho de 2020 no dossiê Semiótica da Comunicação, da revista Semeiosis, e outra versão integra a primeira parte do livro Semiótica Crítica e as Materialidades da Comunicação publicado também em 2020 pela Editora UFRGS.
Intexto
A aventura crítica da semiótica percorre as principais teses sobre a semiótica e a comunicação conforme trabalhadas na primeira etapa da pesquisa Semiótica Crítica, denominada Por uma teoria das materialidades na comunicação. Nela, o Grupo de Pesquisa Semiótica e Culturas da Comunicação procurou discutir as potencialidades e limites de uma perspectiva comunicacional não somente fundamentada nos trabalhos fundadores da semiótica (Saussure, Peirce) e desenvolvida em seus modelos estruturalistas (como em Jakobson, Barthes, Hjelmslev e Lotman), mas também revisitada pelos textos que operaram uma desconstrução do estruturalismo pelo interior dos postulados deste próprio estruturalismo (Derrida, Kristeva, Deleuze, Guattari). O artigo apresenta esta proposta pelos modos como a pesquisa trabalhou com dez desconstruções ligadas a conceitos e problemas teóricos centrais ao debate das materialidades da comunicação: semiótica, comunicação, materialidades, presença, fenômeno, representâmen, meio...
Revista de Economia Política, 2008
The adventure of the critic. The aim of this paper is to reply the critical observations made by Fernandes, Rego and Gala in this number of Revista de Economia Política about a paper of mine, also published in this same journal in January 2006, which deals with the relationship between Economics and Rethoric and its unfolding in Brazil. Answering these critical observations I have tried to show that: a) it is not easy, as they do, to associate Habermas's project to the defense of the approach of Rethoric in Economics; Habermas himself has a lot of objections to the association of his project with Rorty's pragmatism which seems to be the strongest McCloskey's influence; b) it is not true that my considerations have a kind of epistemological immunity and that they are not liable to contestations; if it seems so it is because the nature of the materialistic approach itself. At the end I observe that my carpers didn't reply my observations about the unfolding of the rethorical project in Brazil and that this is, at some measure, surprising, because they are central personages in it.
2020
This article aims to analyze the semiotic production of the hero in the character Goku of Dragon Ball. To this end, we will also make use of the Jungian conceptualization of archetype, which, in turn, supports the four points of the basic needs of archetypal constitution on which we will employ semiotic analysis to understand the valence of the main traits inherent in Goku's action. The conflagration of Goku's ascending path brings with it an adventure whose effects will necessarily be perceived in the semiosis configuration of his sense composition. From this perspective, in a secondary way, we also seek to understand how semiotics carries its own potential for actualization. Therefore, in this combination of knowledge, we aim to know both the interiority of the semiosis present in the narrative of this actor and its performance relationship with the exteriority of the collective unconscious.O presente artigo tem por objetivo analisar a produção semiótica do herói na person...
2019
O texto intercruza processos de comunicação e linguagem para abordar mediações pedagógicas de Língua Portuguesa relacionadas à construção de sentidos e à produção de textos. A semiótica do sensível (GREIMAS, 2002) é articulada à visão Sociointeracionista do conhecimento (VIGOTSKY, 1995) para fundamentar uma experiência didática com a leitura de poemas no âmbito do Ensino Fundamental. É sugerido que a interpretação e a escrita de textos constituem processos subjetivos e complexos, que transcendem a cognição e a apreensão de regras gramaticais, ativando uma semiótica discursiva e uma gramática de emoções forjadas pelos signos culturais.
Sabemos que, sem teorias, a Pinta, a Niña e a Santa Maria não se teriam feito ao mar. É a teoria que sustenta a livre decisão. Tunga A gente é cria de frases. Manoel de Barros Resumo Mostra-se como a semiótica francesa, a partir da teoria enunciativa de Benveniste, integra a enunciação na teoria geral da significação que tenta construir. Abstract This article demonstrates how the French semiotics, built upon Benveniste's enunciative theory, integrates enunciation into the general theory of signification it attempts to establish.
Tabuleiro de Letras, 2021
O presente artigo tem por objetivo analisar a produção semiótica do amigo na personagem Kuririn de Dragon Ball Z. Para alcançar esse objetivo, recorre-se ao uso da conceituação junguiana de arquétipo que, por sua vez, dá suporte aos quatro pontos das necessidades básicas de constituição arquetípica (MARK; PEARSON 2001) sobre os quais se empregam a análise semiótica para compreender a valência dos principais traços inerentes à formação do amigo em Kuririn. Nesse sentido, retoma-se tanto a metodologia qualitativa quanto às considerações de Soares (2020) para nortear o traçado desta investigação. Para tanto, este artigo organiza-se da seguinte forma: em um primeiro momento, descreve-se e interpreta-se a arquitetura semiótica de Kuririn à luz do funcionamento arquetípico do amigo no que se refere às quatro fases constituintes da narrativa (PLATÃO; FIORIN, 1993). Posteriormente, com base na relação entre os quatro pontos das necessidades básicas de constituição arquetípica, investiga-se a composição da narratividade semiótica de Kuririn. Por fim, são concebidos alguns comentários apreciativos e estimadas as possíveis contribuições de cujo produto pode advir o trajeto aqui percorrido. Palavras-chaves: Semiótica; arquétipo; amigo; Kuririn; Dragon Ball Z.
Estudos de Religião, 2015
No presente estudo se examinam as artérias fundamentais que consolidaram a noção de texto como problema semiótico da cultura, a saber: tradução, modelização e espaço semiótico da semiosfera. Toma-se como hipótese a noção lotmaniana de espaço semiótico como a articulação fundamental responsável pela dinâmica dos sistemas culturais, o que libera a noção de espaço dos limites estabelecidos pelos lugares e continências. Para isso, são examinados textos da cultura cuja dinâmica de modelização do espaço se reporta a tradições culturais nem sempre em evidência no Ocidente.
Basta um olhar atenta ao redor para reconhecer a ação das imagens. Elas passeiam -plebéias[ mas altivas -por todas as cidades. Imagens simulam situações possíveis que são úteis para as realizações científicas. Nossa identidade depende do retrato na carteira que afinal nos certifica, autoriza e constrói. Além de muito mais.
Resumo: Este trabalho pretende refletir alguns dos aparatos conceituais que permeiam parte da pesquisa transdisciplinar Criminalidade e Espaço Urbano, as Transversalidades da Violência, desenvolvida na Unisinos, que tem, entre os seus focos, os processos midiáticos. Postula-se que a violência possui uma dimensão semiótica que estaria vinculada à própria gênese dos signos na espécie humana e no desenvolvimento e conflitos de ordens no espaço da semiosfera. Procura-se entender a dinâmica destas semioses muitas vezes explosivas e verificar certas operações midiáticas na qual esta dimensão é atualizada e ritualizada. Busca-se maior compreensão das lógicas destas processualidades e as possibilidades de inserção afirmativa das comunidades mais vulneráveis.
Estudos Semióticos, 2022
Memória e resistência. Semiótica apesar dos tempos adversos * Ivã Carlos Lopes i Eliane Soares de Lima ii Carolina Lindenberg Lemos iii Com esta edição de abril de 2022, a revista Estudos Semióticos alcança a marca dos quinhentos trabalhos publicados desde seu número inaugural em 2005. Aos olhos de quem atua em áreas mais povoadas ou cuja dinâmica de publicações é mais ligeira, como nas ciências biomédicas, pode parecer pouco, mas, para a semiótica, que faz parte das ciências do texto e da cultura, e que até o presente ainda não conta com uma quantidade muito grande de pesquisadores, nem no país, nem no exterior, é um marco ponderável. Desde seus inícios bastante modestos, quando veiculava essencialmente artigos de pós-graduandos da Semiótica e Linguística Geral da FFLCH-USP uma vez por ano, até o momento atual, o periódico foi conquistando uma base mais ampla em termos de autores, de correntes teóricas e grupos de pesquisa, nacionais e internacionais, representados, assim como de público, pouco a pouco se aprimorando como meio de difusão das investigações desse campo. E, se há algo a celebrar, não será por algum fetichismo das performances quantitativas, tão comum no mundo acadêmico hoje em dia, mas sobretudo pelo marco simbólico em nossa trajetória; somos semioticistas e, como tais, não desprezamos o simbólico. Estamos em D; já pensamos em M.
Editora da UFRGS, 2020
Assim, uma pedra pode funcionar como rocha, como peso para um papel, como uma arma, dependendo do agenciamento em que se insira. O desafio para a semiótica da terceira fase é descrever tais agenciamentos em seus processos de desterritorializações e de reterritorializações com vistas à compreensão da máquina abstrata que os enforma. São dez as desconstruções propostas neste livro. Essas desconstruções, embora não exaustivas, dão forma a uma problemática contemporânea a ser enfrentada pelos estudos semióticos. Por enquanto, essa semiótica, entrevista por Ciro Marcondes a respeito dos trabalhos de Foucault, Derrida e Deleuze/Guattari, não ousa dizer seu nome. Por nossa conta, demos-lhe o apelido de Semiótica Crítica.
Nesta comunicação realço algumas das razões pelas quais o ponto de vista da semiótica social (Hodge e Kress, 1988; Martins, 2002) é fundamental para uma investigação crítica da comunicação humana.
XXI Congresso Brasileiro das Ciências da Comunicação, 1998
O objetivo é o de enfocar a noção de linguagem e o modo particular como o telejornal produz imagem e representa o cotidiano. Algumas discussões serão destacadas a saber: como o acontecimento se transforma em notícia? Quais os tipos de signos usados para transmitir os fatos e produzir linguagem? Pretendemos chegar ao entendimento de como um jornal eletrônico feito para a tv se organiza e visualiza os fatos. Isso quer dizer que todos os elementos em cena no transcorrer de alguns programas são vistos e estudados de modo relacional na produção de significados. Cada signo de acordo com o ambiente televisivo transforma e transfere para todos os demais suas características.
INTERIN, 2023
O artigo pretende discutir a crueldade de Antonin Artaud a partir de um viés comunicacional, recuperando suas problemáticas sobre o signo, a linguagem e o corpo para encontrar meios de analisar o filme {TRANSMISSÃO} (2020), de Luiz Päetow. Percorremos o teatro da crueldade enquanto uma proposta a ser expandida e cuja força encontra atualizações e expansões em distintas mídias e na contemporaneidade. Ao configurarmos uma crueldade semiótica artaudiana, observamos no filme a produção de corpos que não visam representar e significar, mas que irrompem sensações por sua materialidade crua. Na primeira cena, analisamos uma relação estritamente violenta a partir da câmera que invade a boca do ator mostrando um avesso do órgão. Já na segunda cena, vemos como a linguagem é operada pela dissociação entre a materialidade da fala e o significado das palavras.
Anais do VI Seminário Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos, 2024
O texto propõe uma articulação entre a forma especulativa do ensaio e os fundamentos da semiótica.
O presente estudo introduz o objeto de uma pesquisa sobre as linguagens da comunicação científica, em que os processos construtivos estão longe de se limitar ao contexto de uma única classe de signos. Porque credita à leitura a atividade fundamental da operação que coloca em interação uma diversidade de signos e de códigos culturais, propõe discutir o conceito de leitura como gesto semiótico. Nesse sentido, leitura é definida como interpretação cultural, no contracampo da leitura como decifração de um código único, tornado atividade por excelência da cultura letrada. A leitura como gesto semiótico exige de nós aquilo que temos denominado alfabetização semiótica e uma capacidade de ler com a cabeça levantada: da página para a tela da memória, do homem e da cultura.
Estudos Semióticos, 2022
A pesquisa partiu do pressuposto de que os games – ou jogos eletrônicos – têm em sua recepção a possibilidade inerente de proporcionar àquele que o experimenta – o gamer – uma vivência que vai além do simples entretenimento. Qualidades como a contemplação, o acaso extático, as relações de identidade e até mesmo o aprendizado e o autoconhecimento são possíveis consequências do ato de jogar, a depender principalmente de dois fatores: o objetivo primeiro dos desenvolvedores quando propõe seu game e a relação que o próprio gamer – “usuário final” – tem com o gameplay. Para esta pesquisa, foram selecionados 3 games desenvolvidos para consoles – mais especificamente, para o PlayStation 3, da Sony. A escolha de cada game foi determinada pela análise semiótica de sua recepção, onde cada um deles tem um aspecto predominante diferente. O primeiro é Flower, game cuja predominância de recepção se encontra na primeiridade, no acaso, no icônico. O segundo é Eyepet, que se encontra na secundidade, em sua relação com a realidade, sua indicialidade. O terceiro é Heavy Rain, game predominantemente narrativo e, portanto, no domínio das leis e do arbitrário, o simbólico. Através da análise de cada um dos games selecionados, busca-se refletir acerca das possibilidades de recepção que suas jornadas permitem. O objetivo é demonstrar que essas possibilidades de recepção permitem experiências únicas a cada indivíduo, que podem variar desde a satisfação contemplativa de um cenário bem resolvido a uma reconstrução de identidade por parte de um personagem-herói bem elaborado.
2021
O presente artigo apresenta uma reflexão sobre o filme “O livro de Eli” à luz de teorias vinculadas à Semiótica. O trabalho levanta as seguintes questões: de acordo com a mensagem do longa-metragem analisado, a leitura (de livros), mais especificamente uma leitura ponderada da Bíblia, sem fanatismos, seria capaz de gerar uma sociedade de paz? Além disso, o que é possível inferir com o significado dos signos apresentados no filme? Para tanto, este estudo problematiza acerca da importância dos livros e da leitura na sociedade contemporânea para, em seguida, desaguar em uma apreciação crítica da mencionada obra a partir de instrumentos obtidos na produção de Charles Peirce e Algirdas Greimas. Como resultado, o presente estudo demonstra algumas estratégias dos produtores da mencionada obra cinematográfica no sentido de enfatizar aspectos inter-relacionados ao poder, à leitura e à fé
Resumo: Durante muito tempo o conceito de narratividade esteve no pináculo da teoria semiótica erigida por Algirdas Julien Greimas. No entanto, com a incorporação de novas problemáticas e, principalmente, sob a alegação de que a esquematização narrativa não daria conta de uma descrição exaustiva e mais adequada às singularidades dos conjuntos significantes não verbais, das práticas e das interações mais próximas do vivido, o sistema da narratividade foi paulatinamente deixando de ser uma preocupação teórica para os semioticistas. Com o propósito de prestar uma homenagem ao mestre lituano, este artigo se volta para a presença da narratividade nos desenvolvimentos da semiótica atual. Os objetivos são destacar a centralidade desse conceito dentro do modelo teórico de Greimas, examinar os desdobramentos da passagem de uma narratividade stricto sensu para uma narratividade lato sensu e, sobretudo, ressaltar seu alcance teórico, para além de sua função como ferramenta de análise circunscrita ao percurso gerativo do sentido ou como conceito emblemático da semiótica dita clássica. Assume-se, ao final, a narratividade como metaesquema, como um dispositivo de transposição do sentido, que pode ser mobilizado em diferentes níveis, dependendo da visada teórica ou analítica do semioticista, nos vários modelos da semiótica herdeira de Greimas.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.