Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
TEOLITERARIA - Revista de Literaturas e Teologias
Se Jesus Cristo é o Messias, a redenção ocorreu desde o evento da Paixão e, por isso, não se justifica, em toda a cristandade, a reprodução da violência mimética. Mas se, de fato, o cristianismo é libertador, porque o universo cristão persiste na violência, aliás, para muito além dos limites do próprio ritual sacrificial realizado em diversas sociedades não secularizadas? Qual é a razão da reafirmação dos estereótipos – e da criação de novos estereótipos - e, com isso, da disseminação do preconceito, ambiente no qual o sacrifício cede espaço para a vingança cada vez mais ampliada, que aflui para a generalização? Em linguagem teleológica, por que, apesar da salvação por Jesus Cristo, o mal permanece no mundo? O pensador francês René Girard traz luzes acerca desta temática. A partir de sua obra, e referenciado pelas questões aqui anunciadas, o presente artigo perscruta o esquema do bode expiatório e a interpretação girardiana acerca do mal associado à violência, bem como da salvação, ...
2020
A obra de Angela Ales Bello tem como objetivo analisar a constituição do sagrado nas religiões arcaicas e complexas. Para tanto, a filósofa italiana trata de salvaguardar suas premissas na busca pela compreensão da experiência religiosa no espaço-tempo. Em primeira instância, traz o argumento que discute tal experiência, tanto no terreno de sua aceitação, quanto no movimento de sua negação, constatando que ela é algo a ser vivenciado, isto é, de vivência (Erlebnis). Em seguida, apresenta os pressupostos metodológicos para o estudo do sagrado e do religioso. Diante das possiblidades analíticas em torno da religião, Ales Bello assume o caminho fenomenológico, buscando contribuir para um repensar e aprofundar as estruturas internas do sagrado. Também atravessa o âmbito da Antropologia e da História das Religiões, de modo que a experiência humana do religare com o Sacro possa ser compreendida.
Revista de Estudos Libertários, 2020
O artigo é uma tentativa de interpretação do momento atual em que o mundo atravessa a Pandemia de COVID-19. A chave interpretativa construída pelo autor baseia-se na leitura benjaminiana que entende o capitalismo como religião, para pensar o caráter sacrificial da sociedade pandêmica. Ao final, o autor apresenta um prognóstico das formas de gestão da sociedade infecciosa que vem sendo gestadas durante este período que, na perspectiva do autor, intensificam as saídas autoritárias, conservadoras e violentas que são inerentes ao funcionamento normal do capital.
Ideias
Este artigo consiste na análise de como os trabalhadores da saúde são representados na série “Pandemia” produzida pelo Netflix. Reconhecido como um dos produtos audiovisuais mais vistos por esta plataforma nos primeiros meses de 2020, pretende-se discutir, senão a realidade mundial, ao menos como ocorre tal reprodução mediada pelas lentes das filmadoras diante deste contexto pandêmico. Assim, o gesto, o ruído, o silêncio, o deslocamento da câmera, o exercício de montagem e a aplicação da narração se relacionam mediante uma mobilização e instrumentalização das emoções humanas. Com um diálogo entre sociologia e audiovisual, o presente texto propõe discutir as possibilidades de uma série na compreensão de distintas visões de mundo.
Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, 2011
Jacob passara a chamar-se Israel, após a sua fuga das terras de Labão, quando tivera de lutar uma noite inteira com um ser misterioso, nas margens do rio Jordão. Ao terminar a luta, embora se tivesse recusado a desvendar o seu próprio nome, o adversário dissera-lhe: “O teu nome não será mais Jacob, mas Israel, porque combateste contra um ser celeste e permaneceste forte” e abençoara-o.<br /><br />
PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP
Este artigo pretende apresentar aos estudiosos de religião de língua portuguesa a riqueza das contribuições de Wilfred Smith, professor de religião comparada muito importante para pensarmos a diversidade das religiões não como um castigo, mas como uma bênção das origens. Ele propôs uma teologia fundamental das religiões do mundo, tomando por base todos os seus textos e narrativas sagradas e aprofundando a experiência transreligiosa que aí aparece. Essa interpretação é bastante adequada para falarmos das religiosidades que se reconfiguram na Aldeia Global contemporânea.
Um Presente para os deuses: o Sacrifício no Mundo Antigo, 2021
Ao longo de sua história sobre a terra, o homem desenvolveu uma divisão de sua experiência em duas esferas que se contrapõem e se complementam: as esferas do sagrado e do profano (ELIADE, 1993). Esta última pode ser entendida como o conjunto das experiências do cotidiano, dos fenômenos naturais e sociais transcorridos dentro de um tempo e espaço comuns, enquanto a primeira pertence ao universo do extraordinário, situada além do controle e da compreensão humana, normalmente vinculada a outra noção de tempo e de espaço. Este “outro mundo” – como chama Edmund Leach – é o lugar dos deuses imortais e antepassados divinizados, cuja existência se situa dentro de um tempo estático, também concebido como “eterno” (LEACH, 1978, p. 116). Naturalmente, tal divisão é demasiado esquemática pois, na prática, estas esferas se interpenetram, de acordo com as particularidades de uma determinada cultura. A noção do sagrado permeia uma série de aspectos da vida que, para nós, se inscrevem dentro da esfera do cotidiano e da ordem natural ou social. Mas, esta irrupção do sagrado dentro da esfera do cotidiano somente é possível graças ao ritual. O ritual é precisamente o elemento que promove o contato entre o mundo dos homens e o “outro mundo”, podendo ser definido como um conjunto de movimentos, posturas, gestos, sons e palavras estereotipadas, em momentos específicos da vida do individuo ou da coletividade, cuja eficácia tem caráter meramente emocional, ou seja, não existe relação causal direta entre a realização deste e os resultados que se quer produzir (RAPPAPORT, 1971, p. 62). Embora o ritual esteja relacionado aos vários campos de ação humana e possua um papel fundamental na organização das diversas sociedades, é no campo da experiência religiosa que tal fenômeno ocorre com mais ênfase e frequência. O sacrifício tematizado em cada contexto histórico-arqueológico aqui apresentado, em cada enquadramento geográfico-cronológico tratado, sempre busca, de um modo ou de outro, mostrar os traços significativos e representativos dos fazeres deliberados que provocam a comunhão entre a esfera humana e a divina. Queremos crer que o produto final que ora apresentamos ao leitor – desejoso destes saberes – alcançará as expectativas de qualidade e seriedade que nós mesmos nos impusemos. Queremos crer que o Brasil recebe um compêndio relevante sobre o sacrifício e suas derivações. Existem mesmo muitas facetas nas formas de sacrifícios entre homens e deuses. Preces, ritos, procissões, cantares, movimentos tantos que a singularidade de uma obra não poderia esgotar. Este livro, Um presente para os deuses: o sacrifício no Mundo Antigo, organizado e escrito por arqueólogos, historiadores, professores universitários e pesquisadores de importantes instituições brasileiras (USP, UNISA, PUC-SP, IPHAN, FMU, ABAMO, UNICID, UNEB e UFOP) tem a ambição de proporcionar ao leitor múltiplos conhecimentos de múltiplas formas que transcendiam na Antiguidade – Índia, Egito, Israel, Fenícia, Grécia, Roma, entre os celtas, mesoamericanos e indígenas brasileiros –, o frágil, paradoxal, e ao mesmo tempo vigoroso e necessário contrato que a humanidade sempre firmou e sempre haverá de firmar com os deuses.
Deus sobre todas as coisas. 2-Não tomarás seu santo nome em vão. 3-Guardarás domingos e festas. 2 4-Honrarás pai e mãe. Filhos Pais Superiores Marido Esposa 5-Não matarás. 6-Não pecarás contra a castidade. Violência Sexual Contra Outros 7-Não furtarás. 8-Não levantarás falso testemunho. 9-Não desejarás a mulher do próximo. 10-Não cobiçarás as coisas alheias. Bem Aventuranças 1-Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. 2-Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 3-Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. 4-Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. 5-Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. 6-Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus. 7-Bem-aventurados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus. 8-Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Manuel Sumares - Helena Catalão - Pedro Valinho Gomes, ed., Religiosidade, o seu Carácter Irreprimível: Perspectivas Contemporâneas (Publicações da Faculdade de Filosofia), 2010
"Sacrum Facere: A Cidade dos Dons Sacrificiais", in: Manuel Sumares -Helena Catalão - Pedro Valinho Gomes, ed., Religiosidade, o seu Carácter Irreprimível: Perspectivas Contemporâneas, Publicações da Faculdade de Filosofia de Braga, Braga 2010. Paper presented at the I Symposium of Philosophy and Science of Religion, in the Faculty of Philosophy (Braga) of the Catholic University of Portugal.
O processo identitário, na contemporaneidade, assume uma índole fundamentalmente diferente da identidade moderna. A identidade pluraliza-se ao mesmo tempo que se constrói de acordo com práticas simbólicas alargadas. Ela caracteriza-se, não tanto pela descoberta de si, como pela produção e invenção de si. Esta comunicação propõe-se examinar a identidade contemporânea segundo a figura do sacrifício. Examinando as afinidades entre ambos os conceitos e singularizando as modalidades sacrificiais da identidade, sugere-se que a identidade e o sacrifício partilham a mesma lógica estrutural de perpetuação da relação social. A identidade deve ser compreendida não tanto como projecto individualista e privado mas um projecto reflexivo de cariz público que faz da dimensão pessoal e da dimensão colectiva fronteiras permissivas da sua definição no indivíduo hodierno.
Psicologia Clínica, 2006
O trabalho aborda a questão do sacrifício a partir das mudanças produzidas pela introdução do objeto a na teoria de Lacan, analisando-o mais além da aliança e do intercâmbio, ressaltando sua vertente de gozo mortífero. Assim, o sacrifício é uma forma de legitimar plenamente o Outro, outorgando-lhe uma consistência que ele não tem. Desde então, discute-se a colaboração humana nos variados holocaustos dos séculos XX e XXI.
revistadeletras.ufc.br
Resumo A partir dos rituais de oferenda aos deuses na tragédia grega, esse artigo discute a paródia do sacrifício na comédia grega antiga. Aristófanes tenciona, com a paródia, fazer a crítica à degeneração dos valores político e religioso Palavras-chave: comédia-sacrifício-paródia
livro, 2012
monografia, trata do que pensam imigrantes da justiça, é parte da trilogia de livros sobre estados de espírito em sociologia (espírito de proibir, espírito marginal e espírito de submissão)
REVER: Revista de Estudos da Religião, 2021
Transcrição traduzida ao português de sua palestra em inglês, com o mesmo título, para a aula magna do PPG em Ciência da Religião da PUC-SP, ocorrida em 7 de outubro de 2021. Por se tratar de uma palestra, não há citações e outros elementos típicos da língua acadêmica escrita. Transcrição e tradução por Fábio L. Stern. * Professor da Nord universitet (Noruega). Doutor em Religionsvetenskap (Ciência da Religião)
Revista de Cultura Teológica, 2018
O método critico literário aproximará a pesquisa ao significado que Jesus deu a forma de sua morte. A revelação plena dessa consciência é explicita na ultima ceia. As etapas de seu ministério radicado no âmago das questões sobre o direito à vida, testemunhado pela ambientação social, na qual se inseriu e no profundo encontro com a pessoa que morre – pelo pecado ou pela enfermidade – reúnem a descrição clara de sua interpretação sobre a sua morte: redentora
Aufklärung: journal of philosophy, 2022
É poss vel dizer que o sacrif cio é um dos assuntos mais tratados acerca em campos como a antropologia cultural e a teologia, devido a sua presença em diversas religiões ao redor do mundo. Há um mistério que ronda o sacrif cio: por que
Revista Opinião Filosófica, 2020
RESUMO: O presente artigo trata de apresentar a análise feita pelo filósofo camaronês Achille Mbembe acerca do fenômeno do homem-bomba. Mbembe pergunta se há diferença entre o homem-bomba e um helicóptero de guerra ou um tanque, e a resposta do pensador é sim, pois o homem-bomba realiza no mesmo ato homicídio e suicídio. De acordo com Mbembe, o homem-bomba é uma representação da lógica do mártir, que ao contrário da lógica do sobrevivente, é caracterizada por relacionar a vontade de morrer com a vontade de levar seu inimigo consigo, de forma a eliminar a possibilidade de vida para todos os presentes no determinado ambiente. Ambas as lógicas estão presentes na Palestina, que é, para o filósofo, o exemplo de forma mais bem-sucedida do avanço do necropoder: tipo de terror oriundo da escravidão, porém estendido ao resto do mundo contemporâneo. O homem-bomba faz do seu próprio corpo uma arma, em que ele transforma-se em objeto maleável e significa a sua vida por meio do suicídio, que é e...
Um presente para os deuses: o sacrifício no mundo antigo. São Paulo, 2020
Capítulo da obra Uma presente para os deuses: o sacrifício no mundo antigo
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.