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Contemporânea Revista de Comunicação e Cultura
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O objetivo deste texto é refletir acerca de marcas de racialização em narrativas da imprensa oitocentista em Minas Gerais. Ao longo do século XIX, jornais de diferentes regiões da província trouxeram textos que, de maneiras bastante heterogêneas, dão conta dos processos de violência impostos, de movimentos emancipadores e/ou reacionários de que eram parte, bem como da luta de pessoas negras por liberdade e outros direitos. Minas Gerais registrava, nesse período, o maior número de pessoas escravizadas do Império. A escravização de pessoas negras é, portanto, um aspecto fundamental para compreendermos as relações sociais, econômicas e identitárias. Assim, ressaltamos o papel da imprensa mineira na propagação e naturalização de ideais racistas e, também, uma difusa rede abolicionista empenhada por alguns jornais e/ou estampada, ainda que sem essa intenção, em outros.
10 Domingo, dia 13: O underground abolicionista, a tecnologia de ponta e a conquista da liberdade -Eduardo Silva 29 CAPÍTULO I -O FIM DO TRÁFICO E A EXPERIÊNCIA ESCRAVA 38 Outras dimensões do Infame Comércio͗ Ɛ ƉĞƌƐƉĞĐƟ|ĂƐ ĚĞ ůŝďĞƌĚĂĚĞ ŶŽ ĐŽŶƚĞdžƚŽ ĚĂ ŝůĞŐĂůŝnjĂĕĆŽ ĚŽ ƚƌĄĮĐŽ ĚĞ ĂĨƌŝĐĂŶŽƐ Ͳ Thiago Campos Pessoa Lourenço (UFF) 39 ůĞŝ ĚĞ ϭϴϯϭ͗ ĚĞďĂƚĞƐ Ğ ƌĞƉƌĞƐĞŶƚĂĕƁĞƐ ĚŽƐ ĞƐĐƌĂ|ŽƐ ĂĨƌŝĐĂŶŽƐ -Flávia Campany do Amaral (UFF) 57 KƐ ĂĨƌŝĐĂŶŽƐ ůŝ|ƌĞƐ ŶĂ ĂƐĂ ĚĞ ŽƌƌĞĕĆŽ͗ ƚƌĂďĂůŚŽ Ğ ĞƐĐƌĂ|ŝĚĆŽ como eixo de pesquisa -Gustavo Pinto de Sousa (UERJ) 67 ŽŶŇŝƚŽƐ Ğ ĞƐƚƌĂƚĠŐŝĂƐ ƐŽĐŝĂŝƐ Ğŵ ƚŽƌŶŽ ĚĂ ůŝďĞƌĚĂĚĞ͗ ĨĂŵşůŝĂƐ ĞƐĐƌĂ|ĂƐ Ğŵ DĂŶŐĂƌĂƟďĂ ŶŽ ƐĠĐƵůŽ y/y Ͳ DĂŶŽĞů ĂƟƐƚĂ ĚŽ WƌĂĚŽ :ƵŶŝŽƌ ;h&&Ϳ 76 ĞĐŽŶŽŵŝĂ ă ŵĂƌŐĞŵ ĚŽ sĂůĞ ĚŽ WĂƌĂşďĂ͗ Ž ƉĂƉĞů ĚĂ ĐĂĐŚĂĕĂ ŶŽ ůŝƚŽƌĂů ƐƵů ŇƵŵŝŶĞŶƐĞ ʹ ƐĠĐƵůŽ y/y Ͳ Camila Moraes Marques (UFF) 95 Os usos sociais das leis de 1761 e 1773: Negociação e resistência ŶĂ ƐĞŐƵŶĚĂ ŵĞƚĂĚĞ ĚŽ ƐĠĐƵůŽ ys/// ʹ ƌĂƐŝů ĐŽůŽŶŝĂů Ͳ Ana Carolina Teixeira Crispin (UFF) 107 CAPÍTULO II -PROJETOS DE LIBERDADE 127 &ĂŵşůŝĂƐ ŶĞŐƌĂƐ͗ ^ĂŶƚĂ DĂƌŝĂ͕ ƐĠĐƵůŽ y/y Ͳ >ĞơĐŝĂ ĂƟƐƚĞůůĂ ^ŝů|ĞŝƌĂ Guterres (UFRJ) 128 WĂƚĞƌŶĂůŝƐŵŽ Ğ >ŝďĞƌĚĂĚĞ ŶŽ ŶŽƌƚĞ ĚĞ DŝŶĂƐ 'ĞƌĂŝƐ KŝƚŽĐĞŶƟƐƚĂ -Rodrigo Castro Rezende (UFF) 143 'ĞƐƚĆŽ ƉŽƉƵůĂĐŝŽŶĂů Ğ ĐŽŶŇŝƚŽ ŶŽ ŽŝƚŽĐĞŶƚŽƐ͗ Ž ƌĞĐĞŶƐĞĂŵĞŶƚŽ ĨƌƵƐƚƌĂĚŽ Ğŵ ϭϴϱϮ Ͳ Renata Franco Saavedra (UNIRIO) 164 ŶƚƌĞ Ă ĞƐĐƌĂ|ŝĚĆŽ Ğ Ă ůŝďĞƌĚĂĚĞ͗ ĐĂƐŽƐ ĚĂ ĨƌŽŶƚĞŝƌĂ ƐƵů ĚŽ ƌĂƐŝů Ğ ƐĞƵ ŝŵƉĂĐƚŽ ŶĂƐ ƌĞůĂĕƁĞƐ ĚŝƉůŽŵĄƟĐĂƐ ĐŽŵ Ž ƐƚĂĚŽ KƌŝĞŶƚĂů (1842-1858) -Rachel da Silveira Caé (UNIRIO) 178 ͞ZĞŵĞƚŽ ƉĂƌĂ Ă ŽƌƚĞ ŽƐ ƉƌĞƚŽƐ ƉŽƌ ĂĐŚĂƌ ƉĞƌŝŐŽƐĂ Ă ĐŽŶƐĞƌ|ĂĕĆŽ ĚĞůĞƐ ŶĂ WƌŽ|şŶĐŝĂ͗͟ dƌĂũĞƚſƌŝĂƐ ĚĞ ůŝďĞƌƚŽƐ ƉĞůĂ 'ƵĞƌƌĂ ;ZĞ|ŽůƵĕĆŽ &ĂƌƌŽƵƉŝůŚĂ͕ ƐĠĐ͘ y/yͿ Ͳ Daniela Vallandro de Carvalho (UFRJ) 193 >ŝďĞƌĚĂĚĞƐ Ğŵ ŵŽ|ŝŵĞŶƚŽ͘ Ɛ ĚŝƐƉƵƚĂƐ Ğŵ ƚŽƌŶŽ ĚĂ ůŝďĞƌĚĂĚĞ (São Paulo, 1886-1889) -Matheus Serva Pereira (UFF) 210 CAPÍTULO III -PROJETOS ABOLICIONISTAS 236 ĂďŽůŝĕĆŽ ĚĂ ĞƐĐƌĂ|ŝĚĆŽ ƐŽď ŽƵƚƌŽ ƉƌŝƐŵĂ͗ ŽƐ ƉƌŽũĞƚŽƐ ĚĞ ƌĞĨŽƌŵĂ ŶĂ ŝŵƉƌĞŶƐĂ ĞƐƉşƌŝƚĂ ĚĂ ŽƌƚĞ͕ ϭϴϴϭͲϭϴϴϴ -Daniel Simões do Valle (UFF) 237 /ŶƚĞůĞĐƚƵĂŝƐ͕ ĞƐĐƌĂ|ŝĚĆŽ Ğ ůŝďĞƌĚĂĚĞ Ğŵ ^ĆŽ :ŽĆŽ ĚĞůͲZĞŝ ŶŽ ĮŶĂů ĚŽ ƐĠĐƵůŽ y/y -Denílson de Cássio Silva (UFF) 257 Entre amantes da ordem e candidatos a revolucionários: escravidão, liberdade e abolicionismos na imprensa mineira da ƷůƟŵĂ ĚĠĐĂĚĂ ĚĂ ĞƐĐƌĂ|ŝĚĆŽ Ͳ Luiz Gustavo Santos Cota (UFF) 281 "Aqui abro-lhe os braços da liberdade": os rumos abolicionistas no Amazonas Imperial -Provino Pozza Neto (UFA) 302 ŽŶĚĞŶĂĚŽ ƉĞůĂ ĐŽƌ͗ Ž ƉƌĞĐŽŶĐĞŝƚŽ ƌĂĐŝĂů ŶŽ ƌĂƐŝů ĚĞ :ŽƐĠ ĚŽ WĂƚƌŽĐşŶŝŽ Ͳ Rita de Cássia Azevedo Ferreira de Vasconcelos (UFF) 321 CAPÍTULO IV -PÓS-ABOLIÇÃO: A LIBERDADE EM JOGO 338 hŵĂ ŶĞĐĞƐƐŝĚĂĚĞ ŝŵƉŽƐƚĂ ƉĞůĂ ďŽůŝĕĆŽ͗ ĂůŐƵŵĂƐ ƌĞŇĞdžƁĞƐ ƐŽďƌĞ ĂƐ ƚĞŶƚĂƟ|ĂƐ ĚĞ ƌĞŐƵůĂŵĞŶƚĂĕĆŽ ĚŽ ƚƌĂďĂůŚŽ ĚŽŵĠƐƟĐŽ na cidade do Rio de Janeiro -Flavia Fernandes de Souza (UERJ) 339 ͞WƌĞĐŝƐĂͲƐĞ ĚĞ Ƶŵ ƉĞƋƵĞŶŽ͗͟ ŶĞŐŽĐŝĂĕĆŽ͕ ĐŽŶŇŝƚŽ Ğ ĞƐƚƌĂƚĠŐŝĂ ĚĞ |ŝĚĂ ĚĂ ŵĆŽͲĚĞͲŽďƌĂ ŝŶĨĂƟů ŶĞŐƌĂ ŶŽ ƉſƐͲĂďŽůŝĕĆŽ ŶŽ ZŝŽ ĚĞ Janeiro (1888-1927) -Aline Mendes Soares (UFRRJ) 362 Wh Z/ >/d/Z EK WM^Ͳ K>/ K Ͳ Ɛ ƚƌĂŶƐĨŽƌŵĂĕƁĞƐ econômicas em Resende -RJ (1888-1940) -Maria Fernanda de Kůŝ|ĞŝƌĂ ŽƵƟŶŚŽ ZŽĚƌŝŐƵĞƐ ;h&Z:Ϳ 376 &ŽůŝĂ ĚĞ ZĞŝƐ͕ Ă DĞƚĄĨŽƌĂ ĚĂ DŝŐƌĂĕĆŽ͗ &ŽůŝĂ ĚĞ ZĞŝƐ Ğ Ă ŵŝŐƌĂĕĆŽ ĚĞ ƉƌĞƚŽƐ Ğ ƉĂƌĚŽƐ ŶŽ ƉſƐͲĂďŽůŝĕĆŽ ͲsĂůĞ ĚŽ WĂƌĂşďĂ Ğ ĂŝdžĂĚĂ Fluminense (1888-1940) -Carlos Eduardo C. da Costa (UFRRJ) 391 ŚĞƌĂŶĕĂ ĚĞ DĂŶŽĞů /ŶĄĐŝŽ͗ ƐŽďƌĞ Ă ůſŐŝĐĂ ĚĂ ƐƵĐĞƐƐĆŽ camponesa no pós-abolição -Rodrigo de Azevedo Weimer (UFF) 414 CAPÍTULO V -FESTAS DA LIBERDADE E MEMÓRIAS DA ESCRAVIDÃO 430 KƐ ƌĞŐŝƐƚƌŽƐ ŝĐŽŶŽŐƌĄĮĐŽƐ ĚĂƐ ĨĞƐƚĂƐ ĚĂ ĂďŽůŝĕĆŽ Ͳ Renata Figueiredo Moraes (PUC-Rio) 431 ͞ŝĂďŽƐ ƚůąŶƟĐŽƐ͗͟ ĂďŽůŝĕĆŽ͕ ĐƌŝŽƵůŝnjĂĕĆŽ Ğ ƌĂĐŝĂůŝnjĂĕĆŽ Ğŵ ĐĂƌŶĂ|ĂŝƐ ĚĂ ĚĠĐĂĚĂ ĚĞ ϭϴϴϬ Ͳ Eric Brasil Nepomuceno (UFF) 450 hŵ ĐŽŶĨƌŽŶƚŽ ůŝƚĞƌĄƌŝŽ͗ ĂďŽůŝĕĆŽ Ğ ĐŝĚĂĚĂŶŝĂ ŶĞŐƌĂ ŶĂ ĮĐĕĆŽ ďĂŝĂŶĂ ĚĂ WƌŝŵĞŝƌĂ ZĞƉƷďůŝĐĂ͘ Ͳ Marcelo Souza Oliveira (UFBA) 469 YƵŝůŽŵďŽƐ Θ ƋƵŝůŽŵďŽůĂƐ͕ ŚŽũĞ͗ ƐŽďƌĞ Ă ƌĞĐŽŶƐƚƌƵĕĆŽ ĚĞ ĐŽŶĐĞŝƚŽƐ ƉĂƌĂ Ž ĞŶƐŝŶŽ ĚĂ ŚŝƐƚſƌŝĂ Ͳ Ana Maria Reis de Faria (PUC-Rio) 489 ͞KƐ ƉƌĞƚŽƐ ĚŽƐ ƌĞ|ĞƐ ƉĞƌŵĂŶĞĐĞƌĂŵ ŶĂƐ ĨĂnjĞŶĚĂƐ͟ ʹ /ůŚĂ ĚĂ Marambaia no pós-abolição -Daniela Yabeta (UFF) 501 WŽůşƟĐĂƐ WĂƚƌŝŵŽŶŝĂŝƐ Ğ Ž ͚:ŽŶŐŽ ŶŽ ^ƵĚĞƐƚĞ͛͗ Ă ŵĞŵſƌŝĂ ĚĂ escravidão em lutas contemporâneas -Luana da Silva Oliveira (UFF) 510 * Doutorando em História Social pela UFF. Bolsista do CNPq. 1 A atualidade. Ouro Preto, 04 de outubro de 1881. SIA-APM. 282 :: ĂŵŝŶŚŽƐ ĚĂ >ŝďĞƌĚĂĚĞ͗ ,ŝƐƚſƌŝĂƐ ĚĂ ďŽůŝĕĆŽ Ğ ĚŽ WſƐͲ ďŽůŝĕĆŽ ŶŽ ƌĂƐŝů :: 7 D , K͕ ,ƵŵďĞƌƚŽ͘ ͞/ŵƉƌĞŶƐĂ ĂďŽůŝĐŝŽŶŝƐƚĂ Ğ ĐĞŶƐƵƌĂ ŶŽ /ŵƉĠƌŝŽ ĚŽ ƌĂƐŝů͕͟ ŝŶ >^^ ͕ Mônica Leite; e FONSECA, Silvia C. P. de Brito (orgs.). Entre a monarquia e a república: imprensa, ƉĞŶƐĂŵĞŶƚŽ ƉŽůşƟĐŽ Ğ ŚŝƐƚŽƌŝŽŐƌĂĮĂ. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2008, p. 260. 8 Idem, ibidem, p. 250. 9 /ĚĞŵ͘ ͞:ŽĂƋƵŝŵ EĂďƵĐŽ͗ ƉĂƚĞƌŶĂůŝƐŵŽ Ğ ƌĞĨŽƌŵŝƐŵŽ ŶĂ ĐĂŵƉĂŶŚĂ ĂďŽůŝĐŝŽŶŝƐƚĂ͕͟ ŝŶ Revis-ƚĂ ĚŽ /ŶƐƟƚƵƚŽ ,ŝƐƚſƌŝĐŽ Ğ 'ĞŽŐƌĄĮĐŽ ƌĂƐŝůĞŝƌŽ͘ ZŝŽ ĚĞ :ĂŶĞŝƌŽ͕ Ă͘ ϭϲϭ͕ Ŷ͘ ϰϬϲ͕ ƉƉ͘ ϭͲϮϱϴ͕ ũĂŶͬ͘ŵĂƌ͘ 2000, pp.46-47.
O presente artigo tem como principal objetivo um breve exame dos usos da imprensa como arma contra a escravidão por parte de militantes abolicionistas na década de 1880. Em um cenário conturbado e deveras complexo, a imprensa teve um papel central dentro da campanha abolicionista, constituindo-se como um dos principais "palanques" utilizados por aqueles que desejavam o fim da escravidão, fosse gradual ou imediata e sem indenização. Intentamos nesse texto identificar como os abolicionistas que atuaram no Rio de Janeiro, a Corte Imperial, e seus "colegas" da antiga capital de Minas Gerais, Ouro Preto, utilizaram a imprensa como portavoz de seus reclames pela abolição, analisando a forma como construíram sua prática discursiva, além dos embates travados entre eles mesmos nas páginas dos jornais. Palavras-chaves: Abolicionismos, imprensa, retórica.
RESUMO: Esse artigo tem como propósito fazer um levantamento dos autores e jornalistas negros do período de 1888-1950 no Brasil e, dentro do contexto do negro na sociedade brasileira da época, fazer uma análise de suas obras literárias relacionadas com o período em que viveram e correlacionando à realidade social em que estavam inseridos.
Fragmentos de Cultura, 2017
O presente artigo apresenta um mapeamento dos principais formatos culturais expressos nas publicações literárias maranhenses do século XIX. Para tanto foi feito um levantamento, com base no catálogo de jornais da Biblioteca Benedito Leite, dos periódicos literários ou artísticos do estado. Em seguida foram selecionados 10 títulos semanais para a identificação e classificação dos formatos a partir dos parâmetros da análise de conteúdo. O resultado da investigação aponta o emprego de poesias/poemas/sonetos; charadas/anedotas; conto; folhetins; cartas e notícias/notas por meio dos quais os veículos representavam em suas páginas as transformações nos espaços urbanos e o florescimento de ideias e hábitos culturais.
Formação da mentalidade abolicionista em fins do século XIX: o fim da eacravidão negra em Santos, 2018
Este trabalho investiga, por meio de revisão bibliográfica, a formação da mentalidade abolicionista na cidade de Santos e como isso influenciou a abolição da escravidão em 1886. Quais eram os interesses das elites abolicionistas santistas? Como o liberalismo chegou ao Brasil e modificou as suas estruturas? É o que tentamos responder neste trabalho.
Série-Estudos - Periódico do Programa de Pós-Graduação em Educação da UCDB, 2018
O presente artigo tem como objetivo analisar como a imprensa jornalística sorocabana foi utilizada estrategicamente para divulgar a escola protestante em Sorocaba no final do século XIX. Concentramos nossa atenção nos jornais que circularam em 1870-1894, período de maior circulação de notícias relacionadas à inserção do presbiterianismo, implantação da escola protestante em Sorocaba, e também por representar um momento marcado por um acentuado processo de politização, que atribuía à educação a responsabilidade de solidificar os ideais defendidos por republicanos, maçons e protestantes. Entre as escolas que compunham o campo educacional sorocabano, estava a escola protestante organizada pela professora Palmira de Cerqueira Leite. Após a saída da referida professora, assumiu a direção da escola o professor e pastor José Zacharias de Miranda e Silva, que, além de mudar o nome da escola, construiu aproximações com agentes sociais republicanos e maçons, que viam essa instituição educacio...
2020
O Publicador foi o primeiro jornal de publicação diária na Paraíba. Lançado em 1862 cessou sua publicação apenas no ano de 1886, sendo um dos periódicos mais duradouros do período imperial na Paraíba. O recém diário era de propriedade do tipógrafo José Rodrigues da Costa, e posteriormente de seus herdeiros. A presente pesquisa analisou e dissertou sobre o circuito de comunicação dos primeiros anos de atuação d´O Publicador. Até o momento, é possível inferir que periódico estava inscrito, não somente, no modelo de imprensa diária à época, como em uma rede de comunicação nacional e internacional, que enviava, recebia e transcrevia notícias, principalmente de periódicos do Rio de Janeiro, Pernambuco, Portugal e França. Foram identificados aspectos relativos à produção, à difusão e usos do jornal, na tentativa de compreender como a inauguração de um jornal diário impactou àquela sociedade
2020
Este artigo tem como objetivo analisar a historiografia acerca da escravidão em Mato Grosso no século XIX, com foco na região conhecida como Sant'Ana de Paranaíba, e também discutir sobre o papel da mulher escravizada nessa localidade. Salienta-se que Sant'Ana de Paranaíba estava distante dos grandes centros políticos e econômicos da época. Apesar da distância, a localidade estava inserida na sociedade escravista e na dinâmica imperial, principalmente nas intenções imperiais de conhecer e de "ocupar" o interior do Brasil. São poucos os documentos históricos que retratam o papel da mulher na sociedade de Sant'Ana de Paranaíba, e mais raros ainda aqueles que constam algo sobre as mulheres escravas. Utilizamos como fontes históricas Declarações de meia siza, cartas de alforria e a Lista do Fundo de Emancipação.
Revista Norus - Novos Rumos Sociológicos, 2019
The journalistic coverage about Brazilian feminism (1921 to 2016): public and private relationship in the narrative about activism Rayza Sarmento 1
XXVIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 2015
A Revolução Constitucionalista do Porto pode ser apontada como o momento específico em que as discussões de interesse público saem dos escritórios e salões do Palácio Real para ganhar espaço junto ao povo, nas ruas, praças, comércio etc. No Brasil, as informações acerca do que ocorria em Portugal, fugiam da esfera particular e ganhavam força nas diversas interpretações que surgiam nas ruas. Segundo Oliveira: "a circulação de publicações produzidas na Impressão Régia e na Europa e as operações mercantis possibilitavam a difusão de notícias e de versões desencontradas bem como o de projetos sobre o futuro do Império" (OLIVEIRA, 1999:109). O rei D. João deveria ou não aceitar submeter-se às exigências das Cortes Portuguesas e retornar a Portugal? Esse era o grande mote para as discussões que marcaram o cotidiano das pessoas que habitavam o Rio de Janeiro naqueles dias. Era, também, o motivo principal para a publicação de inúmeros panfletos e de outros impressos. É importante destacar aqui um panfleto publicado na Tipografia Nacional, com autoria atribuída a F. Gaille de Geine, e que foi razão para muita agitação. Baseado em seis razões, o folheto defendia a permanência da família Bragança no Brasil. Nas ditas razões estavam reunidos os mesmos argumentos de Tomás Antonio: Portugal é que precisava do Brasil, ao passo que este não tirava nenhuma vantagem da união; a partida da família real seria o prelúdio da independência; se ficasse no Brasil, o rei poderia conservar íntegra a sua autoridade, fundando aqui um império de bastante peso na política do mundo; o voo revolucionário de Portugal se afrouxaria, ficando o rei, ao passo que não se conteria, tendo os revoltados o rei em suas mãos; a melhor posição para o rei, em presença dos fabricantes de Constituição, era aquela mesma em que a providência o colocara, desviado do foco da sedição e senhor da parte mais florescente e importante do Império; em todo caso, o rei poderia a qualquer momento mudar de ideia e ir. Não precisava se precipitar. (LUSTOSA, 2000:88). Apesar do liberalismo pregado em Portugal, em que se buscava o estabelecimento de uma Constituição que decretasse o fim do absolutismo naquele país, no que se referiu ao
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História do Brasil, 2024
Patrimonio E Memoria, 2007
Dissertação de Mestrado em História - UFU, 2013
A ESCRAVIDÃO NA IMPRENSA: POLÍTICA ANTIESCRAVISTA E ESCRAVISTA NO RIO DE JANEIRO, SÉCULO XIX, 2018
PERcursos Linguísticos
Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, 2018
Estudos Feministas, 2016
TRAÇOS DE LINGUAGEM - REVISTA DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS
Comunicação Mídia e Consumo
Revista de Sociologia e Política, 2009
Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências
PerspectivasAfro, 2024
Revista Escripturas, v. 4, n. 2, p. 22-42, 2020
Patrimonio E Memoria, 2007
Verso E Reverso, 2007