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2021, Revista de Estudos Orientais
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Composto no século XII na Sicília muçulmana pelo letrado mequense Muhammad Ibn Zafar (1104-1169), o "Consolo dos Poderosos" se insere na longa linhagem, fundada por Ibn Almuqaffa' no século VIII, de tratados políticos que se apresentam na forma de aconselhamentos aos reis e potentados para os quais foram escritos. Tais tratados eram acompanhados de amthal, "exempla", que podiam adquirir a forma de anedotas históricas ou semi-históricas, e, mais raramente, de fábulas. No presente trabalho, são traduzidas as fábulas constantes do capítulo quarto (ou "consolo quarto") desse trabalho, o único espelho de príncipes em árabe produzido na Sicília.
2011
Nas ciências sociais, é possível se deparar com diversas concepções de poder, de modo que encontrar uma definição abrangente para esse fenômeno se revela tarefa particularmente difícil. O filósofo Friedrich Nietzsche, como se sabe, vê na vontade enquanto "vontade de poder" a força motriz originária do homem. Conforme Nietzsche, os filósofos estão especialmente predestinados a aplicar sua vontade criativamente, pois: "seu 'conhecer' é criar, seu criar é uma legislação, sua vontade de verdade é -vontade de poder" (Nietzsche, [1886, p. 145). Aquele que com êxito manifesta a vontade de poder é "o destoante, o homem para além do bem e do mal, o senhor de suas paixões" (ibidem, p. 147). É no indivíduo, portanto, que Nietzsche vê a origem do potencial para o exercício do poder, o que já nos sugere a questão sobre seu fundamento subjetivo. Ao mesmo tempo se mostra interessante investigar até que ponto esse indivíduo, em sua constituição, é determinado por estruturas de poder socialmente instituídas.
Revista Perspectiva Filosófica - ISSN: 2357-9986
O artigo tem o objetivo de verificar a possibilidade de estabelecer um diálogo entre os discursos apresentados no conto “Famigerado”, do escritor mineiro João Guimarães Rosa, e a perspectiva de Górgias de Leontini sobre o lógos, conforme o apresenta no Elogio de Helena. Para alcançar o objetivo proposto pelo estudo, iniciamos com a indicação das ambiguidades presentes no conto de Guimarães Rosa. Em seguida, essas indicações nos permitiram perceber as ambiguidades presentes igualmente na teoria exposta no Elogio de Helena, tomando lógos ora como discurso, ora como palavra, sempre na condição de um senhor poderoso. Essa constatação nos levou ao último movimento do estudo, no qual pudemos associar as perspectivas sobre os lógoi propostas por Górgias e aquelas do discurso e das palavras que compõem a trama do conto rosiano em apreço. Deste modo, o desenvolvimento da discussão por nós proposta ao longo deste artigo aponta para afirmativamente a possibilidade de diálogo entre os textos es...
2017
Nestes tempos de crescimento dos Tratados de Livre Comercio na America Latina e Caribe, e patente a realidade de expropriacao e acumulacao da terra em poucas maos (latifundios) e de fome que envolve paradoxalmente a maioria das populacoes excluidas das possibilidades de uma alimentacao sadia e suficiente para seu desenvolvimento completo. E uma preocupacao do capital transnacional o apoderar-se da terra para implantar a monocultura comercial para o abastecimento de biocombustiveis de maquinarios e carros, embora estomagos humanos permanecam vazios. Embora o momento seja irrefreavel, da outra ponta da historia somos chamados e chamadas a fazer uma releitura biblica e teologica dessa realidade dramatica que vivemos por conta dos interesses economicos vorazes sobre a terra e os alimentos. Este artigo tenta se aproximar desse cenario que as primeiras comunidades cristas enfrentaram, cujos testemunhos ficaram estampados nas parabolas de Jesus.
FABULOSO DIREITO: METÁFORAS DO PODER EM “O CONTO DOS CONTOS”, IN ANAMORPHOSIS, V. 6, N. 1 (2020), PP. 63-78, 2020
RESUMO: A contribuição analisa a relação entre conto de fadas e discurso jurídico, entre direito e teatro. Como case study, concentra-se em O conto dos contos, de Giambattista Basile, texto clássico da tradição italiana, e no conto Le tre corone, em que se evidenciam conteúdos jurídicos e políticos. O ensaio sustenta a tese de que as fábulas são dispositivos narratológicos nos quais se condensam valores e arquétipos do inconsciente coletivo de determinadas comunidades, situadas no tempo e no espaço. Por esse motivo, elas são de grande interesse para a cultura literária do Direito.
Novos Rumos Sociológicos
O artigo efetua uma análise da política no Amazonas, no século XXI, a partir do conceito de coronelismo, conforme delimitado por Vitor Nunes Leal. A ênfase dinâmica e relacional do conceito é acentuada, pois ele difere do mandonismo local dos prefeitos do interior, dependentes dos poderes estadual e federal. A reciprocidade entre o controle eleitoral efetuado pelos prefeitos e sua dependência dos recursos oriundos de outros entes configura essa relação. A carência das cidades, aliada aoisolamento geográfico e à história da colonização da região, favorece o exercício do poder local. Porém, a ausência de recursos próprios torna esses prefeitos dependentes do governador e do presidente, atualizando noções como a de coronelismo e personalismo como formas vigentes de poder nessa região. Toda uma rede de compromissos, envolvendo deputados, senadores, vereadores e prefeitos percorre o interior amazonense, configurando uma forma singular de gestão pública e política. O acesso às autoridades...
Principia, 2012
Salema (UFRJ) RESUMO: As fábulas de Fedro são surpreendentemente instigantes, ainda na atualidade, porque tratam de temas universais, focalizando questões que envolvem o próprio homem como um ser social. A análise de três fábulas fedrianas-Ouis, canis et lupus; Leo senex, aper, taurus et asinus; Vulpes et ciconia, mostrará de que modo o fabulista se serve das palavras para difundir ideias e defender princípios morais por meio de discursos que transmitem muito mais do que se depreende numa simples e desatenta leitura. Palavras-chave: Fedro, fábula, discurso. INTRODUÇÃO Este trabalho versa sobre as seguintes fábulas de Fedro 1 : Ouis, canis et lupus; Leo senex, aper, taurus et asinus; Vulpes et ciconia. Propõe-se a realizar uma análise estilístico-literária desses textos, apresentando um breve estudo acerca do discurso. A presente pesquisa tem por objetivo maior realizar interpretações, expor os aspectos estilísticos e literários e explorar os sentidos explícitos e implícitos presentes no discurso das composições estudadas. Será necessário, a priori, expor muito brevemente a respeito das circunstâncias históricas e sociais em que o autor produziu essas composições. Essas observações são consideradas relevantes para esse estudo, uma vez que o discurso, produzido num dado contexto, é moldado ou ajustado, de certa maneira, conforme as estruturas sociais de uma determinada época. Com a finalidade de facilitar a compreensão desses textos, convém apresentar de antemão algumas informações a respeito desse gênero literário-a fábula-bem como dar a conhecer os dados biográficos de Fedro, cujas produções são objeto de estudo deste trabalho. A Fábula A Fábula inclui-se no gênero Narrativo e pode ser considerada uma variante do Conto. Tradicionalmente, conceitua-se como sendo uma narrativa de breve extensão que 1 Ver bibliografia se propõe a explicar as atitudes ou situações que se mostram na vida cotidiana, defendendo e difundindo princípios morais. Em geral, o texto fabulístico apresenta uma característica muito peculiar: seus personagens podem ser animais, plantas e até objetos, aos quais são atribuídas virtudes e/ou vícios humanos. O assunto de que trata, geralmente, está relacionado aos comportamentos humanos e sociais. Vale observar que não se pode determinar a data exata do seu aparecimento, bem como a região na qual se originou, visto que sua origem se deu na pré-história, quando a escrita ainda não tinha sido inventada. Não obstante, afirma-se que esse tipo de narrativa se sistematizou em terras helênicas, sendo Esopo o seu maior representante. Inicialmente, sabe-se que a fábula-considerada uma das primeiras manifestações literárias narrativas-era transmitida oralmente para as pessoas adultas com o propósito de instruí-las. Seu maior intuito era instruir e entreter o povo, abrangendo assuntos ligados aos comportamentos do homem em sociedade. Desta forma, sua estrutura textual e o seu vocabulário também deveriam condizer com a situação sócio-cultural desse público. Assim, constando de uma estrutura textual de fácil compreensão e de um vocabulário popular e mais habitual, considerava-se a fábula um gênero de menor prestígio, em relação a outros tipos de composição. A épica e a lírica, por exemplo, apresentavam assuntos mais elevados e, portanto, dispunham de uma linguagem mais complexa e apurada. Fedro Apresentar-se-ão agora as informações a respeito de Fedro, que embora sejam escassas, são de grande valia para esta pesquisa. Sabe-se que L. Gaius Julius Phaedrus ou Phaeder foi um escravo de origem trácia que se tornou liberto pela família de Augusto, ao chegar a Roma. Escreveu cinco livros, totalizando aproximadamente cem composições que foram publicadas na era de Tibério e Calígula. É provável que Fedro tenha escrito ainda um apêndice com trinta e duas fábulas. As suas composições
Ministerio, 2021
mundo está repleto de problemas graves que afetam a todos, inclusive os menores. Crianças em nossas igrejas, matriculadas em nossas escolas e vivendo em nossas comunidades podem estar sofrendo com dores e perdas resultantes de situações como a pandemia do coronavírus, o divórcio de seus pais, a mudança para uma nova casa, os impactos do desemprego na família, a morte de um ente querido ou até violência doméstica. Assim como os adultos, elas precisam de cura. Superar essas di culdades é possível, e este artigo apresenta uma lista de atividades que podem ser realizadas para ajudar as crianças a se recuperar da ansiedade, do luto, estresse e medo que possam ter experimentado. Durante Seu ministério terrestre, Jesus deixou bem claro o quanto Se preocupa com o tratamento dado às crianças. "Então trouxeram algumas crianças a Jesus para que as abençoasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-Se e disse-lhes: 'Deixem que os pequeninos venham a Mim; não os impeçam, porque dos tais é o Reino de Deus. Em verdade lhes digo: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.' Então, tomando as crianças nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava" (Mc 10:13-16).
Em agradecimentos públicos incide sempre o risco dos lapsos ou a impossibilidade de falar de todas as pessoas, ainda mais quando não é pequeno o número daqueles que contribuíram para a realização do trabalho. Assim, inicio agradecendo ao professor Luis Nicolau Parés, que dedicou horas do seu tempo à orientação, leitura e releitura deste trabalho, tornando-se imprescindível para sua realização, sobretudo, pela discussão das mais diversas questões, pela amizade e respeito à liberdade de escolha dos meus próprios caminhos.
História (São Paulo), 2017
Os intelectuais constituem grupo de abundante produção escrita, reflexo da produção de projetos políticos e filosóficos. Embora de restrita dimensão numérica, organizam-se de forma complexa e fragmentada, em pequenos grupos. A especificidade na relação de sociabilidade e na partilha de projetos políticos são elementos agregadores dos intelectuais em seus distintos grupos. Diante desta constatação, o presente artigo tem como proposta a análise das obras e concepções de alguns intelectuais conservadores e/ou de extrema-direita, inseridos entre os finais do século XIX e primeiras décadas do XX, no intuito de destacar, por meio de exames, as posições distintas entre eles, ainda que se considere entenderem-se e serem vistos como intelectuais, e se posicionarem em correntes reacionárias em relação à democracia e ao liberalismo.
Os Donos do Poder, 2021
O lançamento do livro, no qual Faoro apresenta as bases interpretativas do patrimonialismo sem os detalhamentos históricos que seriam incorporados na edição seguinte, ocorreu num período caracterizado por forte efervescência democrática e grandes discussões políticas. Uma época também marcada pela crença de que a industrialização iniciada em 1937 com o Estado Novo, fundada numa política de substituição de importações e acelerada na década de 1950 pelo Plano de Metas do governo Juscelino Kubitschek, poria fim aos resquícios do passado colonial do país. Um tempo em que houve um acirrado debate entre cientistas sociais, economistas e historiadores do eixo Rio de Janeiro-São Paulo sobre industrialização tardia, relações entre centro e periferia, subdesenvolvimento e dependência. Pouco mais de uma década e meia depois, quando a democracia fora suprimida por uma ditadura militar e o Estado aumentara seu intervencionismo na economia, com base em ambiciosos planos nacionais de desenvolvimento, Os donos do poder, revisto e extremamente ampliado com pormenores históricos e a inclusão do período de Getúlio Vargas, foi republicado em 1975 graças a um convênio da editora original com a Editora da Universidade de São Paulo (Edusp). Com 4 mil exemplares, a primeira edição tinha 271 páginas e 140 notas bibliográficas. Já a segunda incluía dois novos capítulos, 1335 notas bibliográficas e cerca de quinhentas páginas a mais. Ela alcançou enorme sucesso de público e crítica, a ponto de ter sete tiragens, tornando-se um clássico da formação do pensamento social brasileiro.
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Scripta Uniandrade, 2020
Linha Mestra, 2019
Moringa - Artes do Espetáculo, 2020
Blucher Chemical Engineering Proceedings, 2017
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, 2011
VESTÍGIOS, 2023
Extensão em Foco, 2008
Revista Caribeña de Ciencias Sociales, 2019
aPátria - Jornal da Comunidade Científica de Língua Portuguesa | ISSN 2184-2957, 2020
Paranoá: cadernos de arquitetura e urbanismo, 2016
Tempos Históricos, 2008