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O objetivo do presente artigo consiste em discutir a relação entre o riso e a natureza humana, tal como expõe Hobbes. Essa relação problematiza o papel das paixões humanas como um elemento representativo entre a concepção de Hobbes acerca do riso e a teoria clássica do riso para a construção dos argumentos necessários à instauração de um poder comum. Para tanto, torna-se necessário demonstrar que a afecção do riso, ao conduzir a honra, a glória e a vaidade, insere-se em um instrumento de poder típico de uma sociedade de mercado no qual exige superioridade e honrarias. Sendo assim, o riso torna-se uma paixão que evidencia características típicas dos homens civilizados da época de Hobbes.
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O "Canto Secular", executado na celebração dos Jogos Seculares de 17 a.C., consagrou Horácio como um dos maiores poetas de seu tempo, assim como foi um dos principais veículos da propaganda augustana. Pretendemos uma análise das relações entre a lírica horaciana e a ética augustana, com base no cotejamento do Carmen Saecularis e dos Carmina, buscando o desenvolvimento semântico dos conceitos políticos: uirtus, fortuna e necessitas. Palavras-chaves: Poesia latina; Horácio; Política e Religião romana.
Hesíodo é um nome relativamente desconhecido fora de círculos especializados dentro dos Estudos Clássicos. Apesar disso, juntamente com seu contemporâneo mais célebre, Homero, o poeta deu aos gregos a imagem dos deuses tal qual a conhecemos hoje. Em suas duas principais obras, a Teogonia e Os Trabalhos e os dias, Hesíodo compõe e coloca em prática os mitos helenos, aplica-os ao cotidiano do homem do campo. Apesar de serem praticamente contemporâneos, Hesíodo e Homero têm em comum apenas o formato de suas obras. Os temas escolhidos pelos poetas são diferentes, assim como o objetivo e público de suas composições. Enquanto Homero falava sobre grandes guerras e heróis do passado, Hesíodo fala sobre a origem dos deuses e do cosmos e traz a força dessa origem ao mundo contemporâneo, ao mesmo tempo ensinando a moral do universo aos homens simples do campo e dando sentido e significado à experiência do homem sobre a terra com os mitos. O período em que a vida de Hesíodo transcorreu, provavelmente entre os séculos VIII e VII a.C., foi um tempo de grandes transformações para o homem grego. As invasões dóricas haviam terminado e as influências do Oriente Médio e da Ásia estavam presentes entre os helenos, ainda sem uma forma definida. Nesse contexto, tornava-se necessário reunir e adaptar todas as impressões culturais e religiosas. Hesíodo fez isso em Teogonia, ao reunir e organizar várias idéias diferentes enquanto, na primeira vez que temos conhecimento, mostra a origem da cosmologia grega. Em Os Trabalhos e os Dias, o poeta faz uso, de uma forma até então inédita, da cosmologia para compor uma obra em que fala não de heróis ou guerras distantes, mas do homem do campo do agora, não envolvido em atos legendários, e sim em atos cotidianos que assumem significado quando comparados aos mitos. Na obra, o poeta apela a Perses, seu irmão tolo, pedindo que saia do caminho do Excesso e trilhe a estrada da Justiça, ainda que isso seja mais penoso. Mircea Eliade chama esse homem, que pauta sua vida pelos mitos, de Homo Religiosus¸ designando o homem que pratica o Pensamento Mítico, conceito desenvolvido por Jean- Pierre Vernant. Esse homem entende o mundo através de sua experiência sagrada com as origens, e não do modo empírico com o qual nosso pensamento lógico acostumou-se. Mudar a forma de pensar e tentar entender os mitos da forma como eles significavam ao homem antigo é um desafio, para o qual selecionei como corpus Os Trabalhos e os Dias, por nele aparecerem os mitos voltados justamente para essa finalidade: ou seja, com os mitos explicando o mundo ao homem através da mediação do poeta. Embora não tenha pretensão de esgotar os ainda escassos estudos sobre Hesíodo em língua portuguesa nem estabelecer um consenso sobre fenômenos sociais tão amplos e complexos quanto o mito e o pensamento, este trabalho coloca-se como uma contribuição aos estudos clássicos, colocando questões quando as respostas não bastam. Palavras-chave: Pensamento Mítico, Hesíodo, mitos, interpretação.
De acordo com Antonio Negri e Michael Hardt, a modernidade é marcada por um conflito 2 "entre as forças imanentes de desejo e associação e a mão forte de uma autoridade que impõe e faz cumprir uma ordem no campo social" 3 . Para estes autores, mais do que o processo de secularização que negou a autoridade divina e superou uma concepção teológica da vida 4 e dos negócios mundanos, a gênese da modernidade pode ser definida a partir da descoberta do plano de imanência. Ou seja, da percepção, pelos homens, deste mundo como um terreno constituinte, imanente de conhecimento e de ação e da humanidade como detentora de um poder de criação. Esse movimento tem reflexo também na ordem política, com efeito, a autoridade política é refundada com base em um fator humano 5 . Essa transformação instaura uma guerra entre o processo revolucionário radical que institui o plano de imanência e uma contrarrevolução filosófica social e política, dedicada a sufocar tal movimento. A modernidade, portanto, não é monolítica, pelo contrário, ela pode ser definida como crise entre as forças imanentes e o poder transcendente que visa a restaurar a ordem 6 . O conflito se coloca na renascença e, "no século XVII, o conceito de modernidade como crise estava 1 O presente estudo corresponde ao relatório apresentado à disciplina Ciência Política, da regência do Professor Doutor Luís Pedro Pereira Coutinho, do Curso de Mestrado em Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. 2 Para uma discussão mais profunda em torno da modernidade como crise e uma aplicação deste conceito aos diferentes movimentos revolucionários modernos, da renascença italiana ao marxismo, ver: NEGRI, Antonio. O Poder Constituinte: Ensaio Sobre as Alternativas da Modernidade. Rio de Janeiro: DP &A, 2002. 3 NEGRI, Antônio e HARDT, Michael. Império. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 89. 4 MACHADO, Jónatas. Liberdade de Expressão: Dimensões Constitucionais da Esfera Pública no Sistema Social. Coimbra: Coimbra, 2002, p. 18 e seguintes. 5 NEGRI, Antônio e HARDT, Michael. Império..., p. 91. 6 NEGRI, Antônio e HARDT, Michael. Império..., p. 92. definitivamente consolidado" 7 na oposição entre as convulsões sociais que compunham o plano de imanência e o poder absoluto transcendente. Essa cisão tem expressão também no campo da filosofia política e é marcante no contraste entre Hobbes e Espinosa. Assim, de um lado temos o pensamento de Thomas
Hibridismo, cultura e gênero Nenhuma cultura é jamais unitária em si mesma, nem simplesmente dualista na relação do Eu com o Outro (HOMMI BHABHA). A identidade, seja de um indivíduo, seja de uma nação, não pode ser definida apenas por seus traços mais evidentes, dadas às influências dos discursos que constituem o constructo social. Logo, o ser individual é uma utopia generalizante com vistas à afirmação de um logos tido como verdadeiro e unânime. O gênero, por sua vez, é uma das construções discursivas mais eficientes na formação de ideologias de controle, por envolver, em seu bojo, a histórica relação de igualdade/desigualdade que existe entre o homem e a mulher. No intuito de esmiuçar o debate concernente às identidades de gênero, o artigo, que ora se apresenta, utiliza como corpora a obra amadiana Gabriela, cravo e canela (1958) e as letras de canções da Bossa Nova, a fim de refletir sobre as representações identitárias de mulheres presentes num período de notória efervescência política e cultural para o Brasil: o fim da década de 1950 e o início do decênio seguinte, responsáveis por deslocar, em certa medida, algumas estruturas arcaicas que ainda se encontravam latentes no ideário nacional. A perspectiva adotada por esta pesquisa é a do hibridismo cultural, conforme discute Hall (2008). A princípio, pode-se perguntar: o que é, afinal, o hibridismo? Como todo conceito ligado aos estudos de cultura, no âmbito pós-moderno, este também não pode ser reduzido à simples noção de diferença.
Consideramos homogeneidade e heterogeneidade como um sistema de referências aos próprios olhos, uma mistura homogênea em relação a um determinado "referencial" quando observado desse referencial específico, ela apresenta uma única fase. Uma mistura heterogênea em relação a um determinado "referencial" quando observado desse referencial específico, ela apresenta mais de uma fase.
Há nos animais dois tipos de movimento que lhes são peculiares. Um deles chama-se vital; começa com a geração, e continua sem interrupção durante toda a vida. Deste tipo são a circulação do sangue, o pulso, a respiração, a digestão, a nutrição, a excreção, etc. Para estes movimentos não é necessária a ajuda da imaginação. O outro tipo é o dos movimentos animais, também chamados movimentos voluntários, como andar, falar, mover qualquer dos membros, da maneira como anteriormente foi imaginada pela mente. A sensação é o movimento provocado nos órgãos e partes inferiores do corpo do homem pela ação das coisas que vemos, ouvimos, etc., e a imaginação é apenas o resíduo do mesmo movimento, que permanece depois da sensação, conforme já se disse no primeiro e segundo capítulos. E dado que andar, falar e os outros movimentos voluntários dependem sempre de um pensamento anterior de como, onde e o que, é evidente que a imaginação é a primeira origem interna de todos os movimentos voluntários. E embora os homens sem instrução não concebam que haja movimento quando a coisa movida é Invisível, ou quando o espaço onde ela é movida (devido a sua pequenez) é insensível, não obstante esses movimentos existem. Porque um espaço nunca é tão pequeno que aquilo que seja movido num espaço maior, do qual o espaço pequeno faz parte, não deva primeiro ser movido neste último. Estes pequenos inícios do movimento, no interior do corpo do homem, antes de se manifestarem no andar, na fala, na luta e outras ações visíveis, chamam-se geralmente esforço. Este esforço, quando vai em direção de algo que o causa, chama-se apetite ou desejo, sendo o segundo o nome mais geral, e o primeiro freqüentemente limitado a significar o desejo de alimento, nomeadamente a fome e a sede. Quando o esforço vai no sentido de evitar alguma coisa chama-se geralmente aversão. As palavras apetite e aversão vêm do latim, e ambas designam movimentos, um de aproximação e o outro de afastamento. Também os gregos tinham palavras para exprimir o mesmo, hormé e aphormé. A própria natureza impõe aos homens certas verdades, com as quais depois eles vão chocar quando procuram alguma coisa fora da natureza. Pois as Escolas não encontram no simples apetite de mexer ou mover-se qualquer espécie de movimento real mas, como são obrigados a reconhecer alguma espécie de movimento, chamamlhe movimento metafórico; o que não passa de uma definição absurda, porque só as palavras podem ser chamadas metafóricas, não os corpos e os movimentos. Do que os homens desejam se diz também que o amam, e que odeiam aquelas coisas pelas quais sentem aversão. De modo que o desejo e o amor são a mesma coisa, salvo que por desejo sempre se quer significar a ausência do objeto, e quando se fala em amor geralmente se quer indicar a presença do mesmo. Também por aversão se significa a ausência, e quando se fala de ódio pretende-se indicar a presença do objeto. Dos apetites e aversões, alguns nascem com o homem, como o apetite pela comida, o apetite de excreção e exoneração (que podem também, e mais propriamente, ser chamados aversões, em relação a algo que se sente dentro do corpo) e alguns outros apetites, mas não muitos. Os restantes são apetites de coisas particulares e derivam
Dialectus 33, 2024, 102-120, 2024
Resumo: O estudo discute o temor como reação de heróis à presença epifânica dos deuses, analisando três cenas de encontros do tipo que encontramos em várias obras da poesia grega antiga, em variados contextos e circunstânciase com variadas consequências. Tais cenas são as seguintes: na epopeia, na Ilíada, o encontro entre Helena e Afrodite no canto III, no qual o disfarce de serva anciã conhecida da espartana logo se desfaz no reconhecimento da real identidade do deus. No Hino homérico a Afrodite, a revelação de Afrodite a Anquises, após a sedução dele pela deusa. E na mélica de Baquílides, no Ditirambo 17, o encontro entre o jovem Teseu e as Nereidas, que se dá no saguão da casa de Posêidon. Nessas cenas, busco pensar o que causa temor, como essa reação emerge, e o impacto para o mortal (Helena, Anquises, Teseu)e para o andamento da obra em que ocorrem.
Basara, antes de ser entendida como estética, é entendida pelos artistas contemporâneos japoneses como o espírito que demonstra exuberância e luxo. Foi um modo de vida dos daimyo no século XIV, os quais não se importavam em usar as riquezas econômicas das províncias para sustentar suas extravagâncias. Inspirados na história dos daimyo surgiram o Sengoku Basara e o Basara. O primeiro é título de uma história em shônen mangá, ou seja, quadrinho direcionado ao público masculino, e o último, Basara foi publicado em shôjo mangá, quadrinho voltado para o universo feminino. Por atingirem públicos divergentes, suas narrativas e poéticas visuais são diferentes. A pesquisa proposta visa analisar as diferenças tanto narrativas quanto visuais, e identificar a estética/espírito Basara nesses mangás. Para o desenvolvimento da pesquisa, foram feitas leituras dos dois tipos de mangá, bem como uma busca teórica a respeito do termo Basara na história do Japão e seu uso pelos artistas contemporâneos japoneses.
Rochas são agregados naturais de um ou mais minerais (mono ou pluriminerálicas)
RESUMO: Faz uma abordagem a respeito da relação entre Niso e Eurialo. Como objetivo de verificar que a questão do comportamento sexual entre homens sempre esteve presente na história da humanidade. E evidência o envolvimento entre homens, indicando os soldados que faziam parte de um modelo pederástico. Em certos casos passava a ter uma função pedagógica noutros casos uma forma de hierarquização de poder, que se tratará da Roma antiga. Palavras-chave: Homossexualidade. Niso. Euríalo. Eneida. Pederastia INTRODUÇÃO Neste artigo procurei como objetivo evidência superficialmente o comportamento de afeto entre homens na antiga Grécia e Roma antiga, especificamente a relação de Niso e Euríalo. Desse modo me importa fazer do passo da obra de Virgílio que celebra a relação entre dois guerreiros troianos, Niso e Euríalo assumidamente unidos por laços amorosos. O forte vínculo entre os dois já é evidente no canto V, mas é apenas no desenrolar da epopeia virgilíana no canto IX que eles assumem um destaque emotivo da parte de Niso por Euríalo. Sedentos por glória acabam por articular uma missão, mesmo assim falharam na missão, buscando atravessar os campos dos rútulos, sendo que Niso estava disposto a tudo quando Volceno enterrou a espada no peito de Euríalo. Uma prova mal sucedida pelos sentimentos de um homem pelo outro. Um gesto de amor, paixão ou amizade? HOMOSSEXUALIDADE [Segundo POLLAK (1987,pg.54-76) todo enfoque científico sobre o tema causa problema. A própria definição de homossexualidade está na origem de um conflito que tem como efeito a polarização de hipóteses]. Segundo esse autor podem-se diferenciar-se teorias que constroem a homossexualidade como norma completa da normalidade e outras que tratam todas as declarações sexuais no mesmo nível. Os comportamentos não heterossexuais segundo as palavras do autor eram vistas como desvios, isto é, perversão, enquanto outras teorias o consideravam como caminhos diferentes. Segundo Philippe Ariés: Alguns livros sugerem que a homossexualidade, seria uma invenção do séc. XIX. Isso não significa que antes não havia homossexuais, mas conheciam-se apenas comportamentos homossexuais, ligados a determinadas faixas etárias ou a determinadas circunstâncias, que não excluíam, nesses mesmos indivíduos, praticas heterossexuais concorrentes (ARIÉS,1987,pg.80)
Phoinix, 1995
As REALEZAS EM HOMERO: GÉRAS E TIMÉ Proj. Neyde Theml-UFRJ / LHIA As realezas narradas nos poemas homéricos, com suas instituições, símbolos de poder e ideologias, possuem três dimensões: poética, fictí-cia e histórica. Esta divisão é puramente formal, pois de uma certa ma-neira as dimensões poética e fictícia são históricas, no sentido de que o real e o imaginário se entrelaçam formando representações da realidade que, na maior parte dos casos, são compreendidas por aqueles que ouvi-ram os poemas. A dimensão histórica dos poemas, nesta tripartição formal , pode ser compreendida através de uma análise crítica: da significa-ção, da função e das representações da poesia numa "sociedade de co-municação oral". A poesia, neste caso, preserva, bem ou mal, o passado da sociedade. Numa" sociedade de comunicação oral", a palavra do aedo é o passado, o presente e o futuro. A palavra incorpora a verdade; aquilo que é dito materializa-se; as palavras passam a representar concretamen-te as coisas, compondo as referências existenciais básicas para se viver em sociedade. Os poemas homéricos, ainda em sua dimensão histórica, inserem-se no conjunto de fenômenos de mudança da sociedade durante o VIII século a.c., quando a expressão da língua e da fala tiveram como resul-tado inovador a forma épica. Mas os poemas, na forma que iremos tra-balhar, representam documentos ricos, em que o aparecimento histórico do épico significa exclusivamente mais um dado. Como historiadores procuramos, mediante uma nova abordagem aos textos, respostas para questões pendentes da História da Antigüidade grega. Se analisarmos e compararmos os textos de Homero nos níveis: do contexto social em que foram elaborados, do contexto dos acontecimentos narrados no interior dos textos, do sentido e interpretação dos poemas pelos antigos gregos, e fizermos uma comparação formal com documentos de natureza diferen-te da poética, verificamos que o historiador ainda poderá encontrar no-vos objetos de pesquisa. Propomo-nos a reler Homero com o objetivo de construir modelos históricos de realeza e perceber as relações de honra e privilégio. Não iremos aqui discutir a questão da veracidade dos poemas ou o grau de certeza que eles poderão fornecer ao historiador. Parece-me que qual-147
Os rituais são cerimônias constituídas de gestos simbólicos repetitivos, carregados de intencionalidade. Podem ser religiosos e não-religiosos, e estão presentes em todas as culturas. Os rituais religiosos permitem aos adeptos nas diferentes tradições religiosos adentrar no mundo divino e pela fé trazê-lo à realidade humana. O rito é a práxis do mito. Por meio da linguagem ritualística os seres humanos rememoram e atualizam mistérios, acontecimentos importantes de um passado distante, geralmente explicado por meio da linguagem mítica. O ritual em uma determinada tradição religiosa é a possibilidade de o adepto entrar em comunhão com a fonte primordial de força e energia que jorra das origens. Os rituais religiosos são realizados com distintas finalidades, podem ser de iniciação ou passagem, litúrgicos, comemorativos ou festivos, propiciatórios, mortuários, divinatórios, de cura, entre outros. No Ensino Religioso, o conhecimento sobre as expressões ritualísticas objetiva subsidiar os estudantes para o entendimento e a compreensão deste universo simbólico em vistas da superação dos preconceitos e a construção do respeito às diferenças no convívio social.
Museu do Teatro Romano 17 de Outubro 2020 Retomando a acção desenvolvida no Museu Nacional dos Coches, organizada pelos Amigos do Museu Nacional dos Coches com a colaboração da Associação Clenardus, e para o Museu do Vinho, Bucelas. 2019. Esta conferência integra-se no âmbito de trabalho prático de recolha, realizado por Filomena Barata para o curso de doutoramento “A Comunicação nos Museus. Mitologia nos Museus, Palácios e Jardins”. Universidade de Évora e fará parte dos seus anexos.
O texto é uma investigação histórica acerca da crença humana nas divindades na antiguidade, culminando no produto acabado e universal, representado pelo Deus cristão medieval a partir do qual Agostinho de Hipona explica a liberdade e a graça de que dispõe o ser humano no sentido de administrar o mundo criado por Ele.
Revista Escritas do tempo 5:13 (2023): 130-155 , 2023
Resumo: O inquisidor Heinrich Kramer (também conhecido como Institoris, c. 1430-1505), sem dúvida o mais infame teórico da bruxaria da era pré-moderna, foi também um dos mais prolíficos polemistas anti-heréticos de sua época. Ele dedicou a maior parte de sua longa vida à repressão dos grupos religiosos dissidentes, bem como à extirpação da bruxaria. O artigo argumenta que a apresentação de Kramer das bruxas e dos homens hereges como grupos distintos que participavam da conspiração com o Diabo para minar a cristandade marcou um importante ponto de virada no discurso demonológico. O entendimento de Kramer sobre os papéis análogos de bruxas e hereges esteve intimamente ligado ao seu entendimento do gênero sobre a natureza da heterodoxia religiosa e da bruxaria diabólica. Esse entendimento generificado, propõe o artigo, foi geralmente aceito por católicos e protestantes nos dois séculos seguintes. Embora as mulheres às vezes fossem acusadas de heresia e os homens fossem processados por bruxaria, a maioria das pessoas executadas por heresia na era das Reformas foi do sexo masculino, enquanto as principais vítimas da caça às bruxas do início da era Moderna eram mulheres.
O artigo aborda os vários significados da expressão convencional cabra, dentre os quais aqueles que se referem à visão de um cabra violento a partir das contribuições da Teoria da Metáfora Conceptual, especialmente das Metáforas Animais, e da Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados. Para tanto, apresentamos e analisamos nossos corpora constituídos por dados documentais, a exemplo das definições acerca da expressão convencional cabra verificadas em Cascudo (2009) e Freyre (2004) e por dados coletados por meio da aplicação de três questionários junto a 93 respondentes nos anos de 2010 e 2013. Palavras-chave: Expressão convencional cabra. Modelos cognitivos idealizados proposicionais do tipo de categoria radial. Metáforas animais.
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