2010
Aos professores do PPGAS pela troca de saberes realizada ao longo do curso. Especialmente ao professor Stephen Baines, cuja orientação forneceu excelentes sugestões de leituras e enormes contribuições à escrita deste trabalho. De grande importância também foi o auxílio do professor William Crocker, durante os momentos iniciais de construção do presente trabalho, através da disponibilização de seus dados de campo, discussões por e-mail e o envio de algumas de suas publicações sobre os Canela. Da mesma forma, agradeço a professora Beta, do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA, pela co-orientação à distância em alguns momentos durante o curso de mestrado. Tenho muito a agradecer também a todos os funcionários do DAN pelo suporte fornecido, notadamente nas figuras de Rosa e Adriana. Aos Canela pela hospitalidade e paciência. Especialmente à minha família na aldeia: minha "mãe" Juliana; todos os tios, tias, avós e primos e meu "irmão" Jorge (cabelo lisinho), companheiro nas andanças pelo cerrado à procura de bacuris. Ainda na aldeia, aos professores indígenas, e professores kupen pelo acesso a informações sobre o funcionamento da escola e disponibilidade de responderem às minhas indagações. Às enfermeiras, Eliane, Enes e Rosa por terem me recebido no posto da FUNASA, na aldeia, com imensa boa vontade. Agradeço também os funcionários do Núcleo de Apoio Canela, da FUNAI, na cidade de Barra do Corda, que permitiram a minha entrada na TI Canela bem como me deram acesso a documentos de interesse da minha pesquisa. Jonaton Alves, coordenador do projeto Põkrá-ti Canela. Cujo auxilio foi fundamental para a realização das minhas atividades de campo. Carol, colega de atividades de campo, com a qual pude dividir dúvidas in loco e discutir alguns dados obtidos. "Seu" Francisco e "dona" Cristina que me "adotaram" em Brasília. Sem a ajuda deles esses dois anos teriam sido realmente difíceis para mim. Também a Rodrigo e Virginia que foram meus "irmãos" durante esse tempo. Aos colegas de "exílio" e demais katacumbeiros pelos momentos de discussão acadêmica e também de descontração. Especialmente Sônia, André, Anninha, Pri, Róder, Odilon, Rosana e Marcel, com os quais mantive um contato mais próximo. Às novas amizades que conquistei fora da universidade, e que tornaram a minha estadia na cidade uma experiência bem mais agradável. Resumo Nessa dissertação analiso as relações entre o Estado e os indígenas, através dos espaços de contato que surgem durante o processo de escolarização nas aldeias. Para tanto, busco descrever a história da construção dessas políticas no Brasil até chegar à forma que se apresentam atualmente. E, de forma mais localizada, como a gestão de tais políticas e as mesmas são apreendidas pelos indígenas, no Maranhão. Tento mostrar as implicações da inserção da escola entre os povos indígenas através do surgimento de espaços de negociação onde, por um lado, o Estado tenta conduzir as políticas de educação sem abdicar por completo de sua soberania, e do outro, os indígenas tentam apropriar-se das escolas de maneira condizente com as suas realidades sócio-culturais. Procuro me aproximar da realidade escolar indígena atual, mais precisamente, no estado do Maranhão, tendo como recorte etnográfico os índios Canela.