Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2011, Revista da Faculdade de Direito UFPR
Entrevista realizada em 19 de abril de 2011, por Thiago A. P. Hoshino e Larissa Ambrosano Packer, por ocasião do lançamento do livro “Transgênicos para quem? Agricultura, Ciência, Sociedade”, na Faculdade de Direito da UFPR. Transcrição: Winnie Lo. Revisão: Tchenna Maso.
RESUMO: A interseccionalidade enquanto categoria analítica vem ganhando cada vez mais espaço nos ambientes acadêmicos. O conceito marca os estudos que se propõem a pensar como diversas formas de opressão e exploração perpassam sujeitos de maneira específica, através de diversos marcadores sociais. Ganhando outros campos, o conceito hoje conta com capilaridade interdisciplinar e transita nas diversas áreas dos estudos que buscam compreender como os fatores raciais, sexuais, de gênero, território, entre outros, afetam a nossa sociedade, em particular as mulheres negras. Nosso objetivo é compreender o uso e apontar a importância dos estudos interseccionais no campo da Teoria da História, bem como, analisar como mulheres negras dos Estados Unidos vinham desde o início do século XX fazendo uso do termo "Tripla Opressão" que temos como base para os estudos interseccionais. Entendendo que interseccionalidade está no bojo da epistemologia negra, teremos como referencial teórico intelectuais negra, a constar Patrícia Hill Collins e Sirma Bilge (2021), Claudia Jones (1949) e Angela Davis (2016), de modo que possamos mapear o uso da interseccionalidade e sua importância nos estudos feministas.
Universidade de Lisboa por esta louvável iniciativa e, ao mesmo tempo agradecer a oportunidade de, neste fórum, poder expor uma breve visão das ameaças e riscos envolvidos no espaço do Mediterrâneo, espaço que consideramos inserido no flanco Sul da Europa e que vai da Mauritânia ao Afeganistão, passando pelo Médio-Oriente e a Turquia.
IEAPM Congress, 1998
O presente trabalho constitui uma compilação de dados e informações contidas em diversos artigos técnicos incluídos nos anais do simpósio científico RADOC 96-97 Les Radionucléides dans les Océans sobre as fontes artificiais de radioatividade introduzidas pelas diversas atividades humanas no meio-ambiente marinho. Este simpósio, organizado pelo Institut Protection e Sûreté Nucléaire (IPSN) francês e pelo Ministério de Agricultura, Pesca e Alimentação britânico , foi realizado em duas etapas: a primeira, de 7 a 11 de outubro de 1996 em Cherbourg, França, dedicada ao tema “inventários e fluxos”; a segunda, em abril de 1997, em Norwich, Grã-Bretanha, consagrada ao tema “impactos”. O objetivo do trabalho é subsidiar futuras atividades de monitoração radioecológica no País que possam vir a demonstrar-se necessárias ao Programa de Desenvolvimento de Capacitação Tecnológica em Propulsão Nuclear (PDCTPN) da Marinha do Brasil.
Ciência e Natura, 2013
O objetivo desse trabalho é estimar o fluxo de radiação que atravessa a atmosfera terrestre com uma camada de nuvens por meio de uma modelagem radiativo-condutiva, usando um método composto pela transformada de Laplace e pela decomposição de Adomian.
Revista Internacional em Língua Portuguesa
A radiação electromagnética é amplamente usada na medicina quer para diagóstico quer para terapêutica. A utilização em terapêutica pressupõe a existência de efeitos biológicos nocivos os quais são criteriosamente selecionados para causar dano onde é necessário (e.g. células cancerigenas) e proteger o restante organismo. Em diagnóstico o possível dano causado pela radiação é minimizado podendo ser usada em segurança quer para os doentes quer para os profissionais de saúde. Tendo em conta esta dicotomia do bem e do mal apresentam-se as principais caracteristicas da radiação e o seu uso na cliníca.
Pesticidas: Revista de Ecotoxicologia e Meio Ambiente, 2005
O objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis residuais de Prochloraz aplicado em mangas, na pré e pós-colheita após o tratamento com radiação. Os frutos foram submetidos à radiação gama na dose de 1,0 kGy visando verificar se a mesma induziu a degradação do fungicida. As mangas tratadas na pós-colheita foram armazenadas por 21 dias a 12 °C. Os resíduos de Prochloraz não apresentaram decréscimo durante o período de carência (21 dias) estabelecido pela Legislação Brasileira de Agrotóxicos. O armazenamento refrigerado (12 °C) e a irradiação gama também não contribuíram para a degradação do fungicida. O Prochloraz ficou retido principalmente na casca (média = 1,64 µg/g), que funcionou como barreira à contaminação da polpa (média = 0,06 µg/g). O produto de degradação, formado nas cascas das mangas tratadas na pós-colheita, foi identificado como sendo o BTS 44596. Os metabólitos, encontrados em níveis baixos, confirmaram a ocorrência de baixa degradação do fungicida em mangas. 14C-PROC...
Oecologia Australis, 2011
A evolução da resistência das pragas-alvo aos agentes de controle é uma das preocupações dos agentes envolvidos nos sistemas de produção agrícola. O manejo da resistência refere-se a um conjunto de procedimentos aplicados em áreas agrícolas com a finalidade de evitar e/ou retardar a evolução da resistência das pragas aos agentes empregados no seu controle. A evolução da resistência de insetos aos agentes de controle é de grande relevância, ligando áreas como a ecologia, a genética e a economia. Com o surgimento e o cultivo das plantas Bt, as pesquisas e trabalhos nesse campo tornaram-se cada vez mais importantes e são essenciais à manutenção da produtividade destas culturas. O manejo da evolução da resistência às plantas Bt é uma questão com vários aspectos polêmicos tanto do ponto de vista prático como teórico. A principal estratégia aplicada para "manejar" a evolução da resistência às plantas Bt é denominada de "altas doses e refúgios estruturados". Além disso, é de extrema relevância a aplicação de métodos de monitoramento das populações procurando detectar a presença ou o aumento na frequência de insetos resistentes. Nesse contexto é fundamental compreender quais princípios biológicos são utilizadas para substanciar as estratégias de manejo adotadas e quais as principais incertezas associadas à aplicação generalizada dos mesmos. O que acontecerá se a resistência não for determinada por genes recessivos ou quando os cruzamentos entre os indivíduos resistentes e susceptíveis não ocorrer de forma aleatória? Um dos pontos importantes das estratégias de manejo da resistência é o monitoramento das áreas de cultivo com o objetivo de detectar a presença de insetos resistentes. A eficiência dos métodos de monitoramento depende da sua capacidade de detectar a presença do alelo que confere resistência enquanto sua freqüência for muito baixa (em geral, inferior a 0,001). Entre esses métodos destacam-se os bioensaios de dose resposta, bioensaios de diagnóstico e triagem de F2. A compreensão de todos os aspectos envolvidos no manejo e monitoramento da evolução da resistência é essencial para entender porque nossa relação evolutiva com os insetos-praga pode ser comparada a uma "corrida ao armamento". Além disso, possibilita compreender porque o manejo da resistência é considerado um dos grandes problemas que ligam ecologia, evolução e economia na atualidade. Palavras-chave: Plantas Bt; manejo da resistência; altas doses; refúgios; monitoramento.
Resumo O "Radônio Interior' (Indoor radon) é um importante fator de risco ambiental para se contrair câncer de pulmão. A cidade de Lages Pintadas (Rio Grande do Norte-Brasil) apresenta alta incidência de câncer em relação aos municípios vizinhos. Geologicamente a região é formada por rocha metagraníticas e pegmatíticas. Neste trabalho apresentam-se os resultados de 210 detectores passivos de Radônio, distribuídos nas residências urbana do do referido município. As medições ocorreram durante dois períodos de 4 meses na estação-seca (Dezembro-Março). As habitações não possui forro, são cobertas por telhas de cerâmica, piso de cimento e/ou cerâmica.
Segurança Alimentar e Nutricional, 2016
A discussão em torno dos transgênicos, agrobiodiversidade e etnodesenvolvimento, a partir de uma perspectiva bioética relacionada à soberania e segurança alimentar e nutricional, suscita questões éticas, sociais, culturais, econômicas e políticas importantes, onde interesses diversos, conflitantes e antagônicos, de cunho ideológico, entram em confronto sobre formas de agricultura relacionadas aos transgênicos e ao agronegócio por um lado e, por outro lado, aos agrossistemas sustentáveis e à agroecologia. Partindo-se do “princípio da precaução”, há que se reconsiderar a imediata inserção do uso de transgênicos na agricultura brasileira. Modelos alternativos e sistemas sustentáveis de agricultura devem ser buscados. Para além de uma discussão estritamente biotecnocientífica, questões relacionadas à diversidade social, cultural, ambiental, étnico-racial, dentre outras, relacionadas à agricultura familiar e camponesa, dos povos indígenas, quilombolas, e comunidades tradicionais, nas áre...
Rizoma, 2018
Eduardo Zilles Borba 1 Resumo: conversamos sobre a evolução da comunicação em espaços urbanos com Francisco Mesquita, que atua junto à Universidade Fernando Pessoa, no Porto, em Portugal. Estudioso das narrativas, estéticas e materialidades dos cartazes publicitários, o professor lança um olhar crítico a questões técnicas, tecnológicas, estratégicas e socioculturais intrínsecas a estes dispositivos que revestem a paisagem das cidades. A entrevista transcorre no entendimento dos marcos evolutivos do cartaz, suas abordagens criativas, a comunicação das marcas com transeuntes, inovação em materiais e, também, pelas abordagens artísticas e sociais da publicidade como elemento que configura os centros urbanos. Recentemente, Mesquita lançou o livro "Do Paleocartaz ao Cartaz Camaleónico", obra na qual aprofunda sua reflexão acerca da evolução da publicidade exterior. Palavras-chave: comunicação visual, publicidade e propaganda, espaços urbanos, inovação. Referência na pesquisa sobre cartazes publicitários, o professor doutor Francisco Mesquita, que atua junto à Universidade Fernando Pessoa (UFP), no Porto, em Portugal, é figura conhecida no ciclo de pesquisas e debates dos países lusófonos, nomeadamente: Portugal, Brasil e Cabo Verde. Estudioso dos meios de comunicação que revestem a paisagem urbana, há décadas que o professor se dedica a compreender os caminhos técnicos e os impactos sociais das inovações na publicidade exterior. Suas reflexões passam por temas como narrativas, estéticas, materialidades, tecnologias e transformações mercadológicas e/ou socioculturais intrínsecas ao cartaz publicitário. A construção do seu pensamento acerca da comunicação nos espaços urbanos é multidisciplinar. Isto é comprovado pela variedade na abordagem de seus trabalhos investigativos, sejam eles teóricos ou empíricos, pois percorrem desde a identificação de marcos históricos da presença dos cartazes de rua em nossa sociedade até a aplicação de experimentos com Entrevista Entrevista com Francisco Mesquita Transeuntes, paisagens e mensagens em mutação com o cartaz camaleônico
SET - Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (Nº 142 - Junho 2014), 2014
Revista de Ciência Elementar
Este artigo é de acesso livre, distribuído sob licença Creative Commons com a designação CC-BY-NC-SA 4.0, que permite a utilização e a partilha para fins não comerciais, desde que citado o autor e a fonte original do artigo.
Hipócrates (460 a 370 a.C.) é frequentemente chamado de "Pai da medicina". Sem dúvida, ele foi o gigante do mundo médico da antiga Grécia, e nos interessa por duas razões: 1) Geralmente lhe atribuem o fato de a medicina se preocupar com os problemas psiquiátricos; 2) Reconheceu as diferenças de temperamento entre as pessoas e apresentou uma teoria que as explica. Earl Baughman e George Welsh avaliaram da seguinte forma sua contribuição:
Campos: Revista de Antropologia, 2004
No Brasil, ao menos desde 1999 os meios de comunicação têm veiculado notícias que atestam a presença, nas gôndolas de supermercados, de alimentos em cuja composição tomam parte organismos geneticamente modificados. Em 2000, as primeiras denúncias de presença de transgênicos em alimentos industrializados em território nacional conformariam o eixo da campanha de opinião pública conduzida pela organização ambientalista Greenpeace, “Alimentos transgênicos: no meu prato não!”, que inspira o título deste artigo. É, então, no contexto em que a presença de organismos geneticamente modificados na alimentação dos moradores de Porto Alegre entrevistados era já uma possibilidade que se desenha este artigo. Tomando por abordagem as perspectivas de análise propostas pela antropologia da alimentação, o objetivo deste trabalho consiste em, a partir do estudo das visões e comportamentos dos informantes em relação à alimentação, buscar apreender suas percepções a respeito dos alimentos geneticamente modificados.
Recebido em 10/09/2004. Aceito para publicação em 20/03/2005
Série NEAD Debate 24 Copyright 2010 MDA Z359t Zanoni, Magda Transgênicos para quem? Agricultura, Ciência e Sociedade/ Magda Zanoni ; Gilles Ferment (orgs.) ; -Brasília : MDA, 2011. 538p. (original impresso); 16x23cm 520p. (versão digital) Série NEAD Debate 24 CAPA Leandro Celes PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Pedro Lima MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO (MDA) <www.mda.gov.br> NÚCLEO DE ESTUDOS AGRÁRIOS E DESENVOLVIMENTO RURAL (NEAD) SBN, Quadra 2, Edifício Sarkis − Bloco D -loja 10 -sala S2 − Cep: 70040-910 Brasília-DF / Telefone: (61) 2020-0189 <www.nead.gov.br> Gostaria de recorrer à mitologia e citar Dédalo − que é, no meu ponto de vista, o exemplo típico do engenheiro de hoje− para ilustrar o mito do Progresso. Minos tomou emprestado um touro de Zeus e não o devolveu. Zeus, para puni-lo, infunde em Pasífae, a esposa de Minos, uma paixão pelo touro. Pasífae quer copular com o touro. Minos, que é um homem declaradamente muito aberto, concorda e chama seu engenheiro Dédalo. Este fabrica uma vaca de couro e madeira (mais ou menos do jeito que se utiliza hoje nos centros de inseminação artificial) e Pasífae copula com o touro. Dessa união, nasce o Minotauro. Novamente Dédalo é solicitado para solucionar o problema. Dédalo inventa seu famoso labirinto para ali confinar o monstro, mas o Minotauro devora alguns e algumas atenienses a cada ano. É preciso, portanto, livrar-se dele. Encarregam Teseu de matar o Minotauro, mas permanece uma dúvida: como Teseu sairá do labirinto após ter cumprido sua missão? Ariane, a filha de Minos, que está apaixonada por Teseu, pergunta a Dédalo como proceder. Dédalo indica-lhe a técnica do fio. Teseu mata o Minotauro e sai graças ao fio de Ariane, mas infelizmente esquece Ariane no caminho. Minos, furioso, acha um bode expiatório na pessoa de Dédalo, que ele encerra no labirinto com seu filho Ícaro. Para escapar, Dédalo, que declaradamente tem fé nas soluções técnicas para resolver os problemas apresentados por suas próprias técnicas, fabrica asas e foge com seu filho; mas este se aproxima muito do sol e morre, para desespero de seu pai. Esta história mostra como, a partir de uma necessidade ilegítima salva pela técnica, o recurso sistemático à solução técnica somente causa novos problemas. PIERRE-HENRY GOUYON
Natal: Pântanos, Miasmas e Micróbios, 2018
Essa publicação é uma delimitação da pesquisa apresentada na minha dissertação de mestrado defendida em 2011, na UFRN, pelo Programa de Pós-Graduação em História. A dissertação foi estimulada, especialmente, pelas discussões dentro do grupo de pesquisa Espaços na Modernidade e pela cuidadosa orientação do professor Helder do Nascimento Viana. Somados à discussão da modernidade e espaços, o tema de história das doenças, especialmente, estimulado pelo professor Raimundo Nonato Araújo da Rocha, no curso de mestrado, reativou o interesse sobre a história das ciências, tema introduzido pelo professor Roberto Airon, durante a graduação em História, na UFRN. Os aspectos mais teóricos de história das ciências desenvolvidos na pesquisa desse livro foram estimulados por discussões preciosas com o professor Carlos Alvarez Maia da UERJ. A orientação de leituras e apresentação de autores como Michel Serres, feitas pelo professor Durval Muniz de Albuquerque Jr. compoẽm, de maneira geral, a sinergia teórica que mobilizou as ideias desse trabalho. Na primeira parte do presente trabalho, Espaços e Doenças, é feita uma breve discussão conceitual e historiográfica sobre os princí- pios norteadores da pesquisa. Na segunda parte, Ares, Pântanos e Humores articularam-se as inquietações ao redor desse espaço híbrido, que atravessa desde os pressupostos hipocráticos até elementos relacionados à salubridade pública. Nesse primeiro capítulo, a relação entre os corpos, humores, eflúvios, correntes de ar, organização do espaço urbano, o medo das febres biliosas palustres e o apelo da hygiene alinham-se e compõem as inquietações acerca das regiões alagadas do “Bardo”, da “Campina da Ribeira”, entre outras formações pantanosas menos destacadas em Natal. Esse capítulo define alguns problemas acerca dos ares e os pântanos e a relação dos mesmos com os problemas da saúde pública de Natal, as prioridades higienistas da Inspetoria de Higiene, como pressupostos epidemiológicos, articularam-se e definiram os contornos desses elementos de insalubridade. O advento dos micróbios e o novo olhar da clínica, associados às práticas e discussões na saúde pública e, especialmente, na abordagem de Januário Cicco, ajudou a compor uma mudança não apenas na escala espacial (entre micro e macro) como também favoreceu uma clivagem temporal (entre o velho e o novo) e também político- epistemológica (entre o científico e o metafísico). Essa questão torna-se particularmente sensível, quando articulada aos pressupostos epidemiológicos, do início do século XX. As demarcações e práticas de saúde pública, ao mesmo tempo em que definiram novos espaços no combate às epidemias e insalubridade, fizeram parte da organização e profissionalização dos médicos. Em Gabriel Lopes (2005), foi apontado de maneira superficial o problema dos curiosos em medicina, porém, de que forma as práticas de cura se definiram em médicas e não médicas? De que maneira as normas ético-profissionais que orientam as práticas médicas definem práticas e autorizam associações e dissociações nas práticas de cura? Como os acordos, regulamentos e práticas resistem, são torcidos, quebrados ou se modificam frente aos duros testes de epidemias imprevisíveis que mobilizam corpos, muros e mudanças nos hábitos? Como as novas definições relativas à maneira de organizar as estatísticas epidemiológicas caminham lado a lado com as novas demarcações médico-sanitárias? De que forma esses novos arranjos modificaram a maneira de se entender as doenças em uma série espaçotemporal? Os questionamentos anteriores provocaram um movimento: corpos, muros e números, a terceira parte. Definiu-se, em linhas gerais, o processo que deslocou a prática dos curandeiros ou curiosos para a periferia criminalizável da prática ilegal da medicina e de que maneira essa clivagem se relaciona a uma nova configuração que define concomitantemente o moderno e o arcaico, o científico e o não científico, o fato e a crença nas práticas de cura, na medida em que uma nova organização político-científica se define. Por outro lado, tais acordos não se dão, independentemente, dos aspectos epidemiológicos. É necessário observar a elasticidade desses arranjos em situações de crise, indefinições e instabilidade até a organização dos médicos ao redor de um código deontológico comum. Da mesma maneira, diversos outros âmbitos são mobilizados pelos surtos epidêmicos, como hábitos, políticas e instituições. Também é proposto um entendimento das mudanças do sentido de espaço nas práticas epidemiológicas com a paulatina consolidação dos estudos demógrafo-sanitários, na medida em que se passa a agregar mais designações e conceitos na composição do quadro de saúde pública. Nesse capítulo, também está uma tentativa de descrever, brevemente, a emergência da prática do isolamento e sua relação com os novos parâmetros epidemiológicos. Na quarta e última parte, é feita uma breve discussão, retomando as questões conceituais sobre espaço, ciência e modernidade, que mobilizaram a pesquisa histórica, e são apontandas algumas propostas para discussões futuras.
RESUMO O conhecimento do saldo de radiação é fundamental na parametrização de fluxos de propriedades físicas na atmosfera próxima da superfície terrestre. Para alguns dias do verão, do outono e do inverno foram medidos o saldo de radiação (Rn), a radiação solar global incidente (Rs) e refletida (Rr), a 1,5 m sobre a superfície da cultura, no centro de uma parcela de 90 m x 60 m, cultivada com alfafa, cv. Crioula, semeada em linhas espaçadas de 0,30 m, em Eldorado do Sul-RS (30°05′S, 51°39′W e 46 m de altitude), em 1990. A partir das medições instantâneas, foram determinados o albedo (∝), o balanço de ondas curtas [(1-∝)Rs], o balanço de ondas longas (I), o coeficiente térmico (β), o coeficiente de transformação em ondas longas (λ), bem como ajustados modelos lineares entre: Rn e Rs; Rn e [(1-∝)Rs]. Em média, o albedo diário, obtido via média dos valores instantâneos, foi igual a 0,24, e o albedo obtido por regressão através da origem entre Rr e Rs, foi igual a 0,22. Os coeficientes β e λ foram fisicamente inconsistentes. Palavras-chave: albedo, alfafa, balanço de radiação e saldo de radiação. SUMMARY Information on net radiation is essential for parameterizing the flux of physical properties in near ground atmosphere. Net radiation (Rn), global solar radiation (Rs) and reflected solar radiation (Rr) were measured in 1990 over certain Summer, Fall and Winter days, placed 1,5 m above crop surface, at the center of a 90 m x 60 m plot grown to alfalfa, cv. Crioula, sown to rows 0.30 m apart, in Eldorado 1 Extraído da Tese de Doutorado apresentada pelo primeiro autor à Faculdade de Agronomia/UFRGS em nov/1991. 2 Engº Agrº, Dr., EMBRAPA-CNPT. Caixa Postal 569, CEP 99001-970, Passo Fundo-RS. 3 Engº Agrº,M.Sc.(Doutorando),Programa de Pós-Graduação em Agronomia/UFRGS, Caixa Postal 776,CEP91501-970,Porto Alegre-RS. 4 Engº Agrº, Dr., Bolsista do CNPq, Faq. de Agronomia/UFRGS, Caixa Postal 776,CEP91501-970,Porto Alegre-RS.
HOLOS, 2013
A cidade de Natal é denominada pelos seus habitantes de “Cidade do Sol” em razão de sua elevada luminosidade, contudo a capital do Rio Grande do Norte possui taxas de câncer de pele não melanoma acima da média das capitais do Nordeste do Brasil. Neste cenário, o presente artigo apresenta um estudo da radiação ultravioleta (UV) e índice UV em Natal e suas relações com variáveis relevantes como ozônio total, aerossóis, radiação solar global (RSG) e nebulosidade. A metodologia realizou um estudo descritivo e estatístico com aplicação da Análise de Componentes Principais (ACP) e Gráfico Biplot. Os dados foram obtidos no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Centro Regional do Nordeste (INPE/CRN), nos instrumentos TOMS-OMI/AURA e MODIS/TERRA e no Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil. Os resultados indicaram que o índice UV apresenta média anual igual a 11, classificado como extremo pela Organização Mundial de Saúde e a intensidade da UVB e índice UV no primeiro semestre do an...
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.