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This work aimed to observe the writing space and constant preoccupation with language elements that become relevant in the reading of Bouvard et Pécuchet, by Gustave Flaubert, intending to start a discussion on the problems of space and reading created by the book. Therefore, the first chapter intended to observe the text of Flaubert as a writing, tried to analyze the questions raised by this, as the problem of representability, language, the cliché and the library, analyzing as well the death of the author and the book. In the second chapter, in turn, there was the analysis of the issue of repetition and, in order to discuss this topic, we used the concept of mise-en-abyme and added to it the tension between repetition and difference. From this tension, we extended the debate over the cliché, library, language, as well as the issue of bêtise work, knowledge and problem duplication of characters. Finally, all these discussions culminated, in the last chapter, in raising issues about the space of the reader in Flaubert's novel.
eLyra, 2022
Resumo: A partir da definição de Haroldo de Campos da plagiotropia em O Arco-íris Branco (1997), das reflexões de Jerome McGann sobre a textualidade em The Textual Condition (1991) e de Manuel Portela sobre a intertextualidade em Literary Simulation and the Digital Humanities (2022), o presente trabalho pretende pôr em paralelo os processos de escrita de Fernando Pessoa, Jorge Luis Borges e Enrique Vila-Matas por meio da relação leitura-escrita. A plagiotropia (do grego, plágios, oblíquo, que não é em linha reta) seria, para Campos (1997: 49), a derivação oblíqua ou ramificada que descreve "o desenrolar do processo literário como releitura 'polifónica' , antes por desvios do que por traçado reto, da tradição. Uma 'semiose ilimitada' (Peirce) ou 'infinita' (Eco), em que cada novo texto funcionaria como interpretante do fundo textual anterior, ao mesmo tempo em que o deslocaria para um novo plano produtivo". Para McGann, os textos, além de variarem no tempo, variam de si mesmos quando se envolvem com os leitores que antecipam. Para Portela, a intertextualidade é a condição geral da textualidade enquanto possibilidade de leitura e possibilidade de escrita. Com base nos marcos teóricos e no corpus, pretende-se mostrar a escrita a partir e depois de outros textos.
2018
Este trabalho tem como objetivo resenhar criticamente o livro "Escrever e argumentar", uma das obras mais recentes publicadas por duas das pesquisadoras com maior tradição no Brasil na área da Linguística do Texto (LT): Ingedore Grunfeld Villaça Koch e Vanda Maria Elias. De forma geral, o livro aqui resenhado é sistematicamente conduzido por discussões teóricas, muitas retomadas de trabalhos anteriores das próprias autoras, e por propostas de atividades a serem aplicadas em sala, uma de suas grandes contribuições. "Escrever e argumentar" insere-se num cenário editorial profícuo do país, em que houve um sensível aumento de trabalhos voltados para a relação Texto e ensino de Língua Portuguesa, bem como o lançamento de livros que visam a introduzir novos leitores nos estudos linguísticos das mais diversas áreas. O livro, publicado pela editora Contexto em 2016, é composto por dez capítulos um de introdução e mais nove de "desenvolvimento"bem divididos e em clara progressão temática. Em um primeiro momento, Koch e Elias (2016) debatem, de maneira bastante geral, os conceitos-chave explorados na obra; posteriormente, elas optam por retomar grandes temas da LT, como intertextualidade, progressão textual e articulação textual e relacioná-los com a tipologia argumentativa; por fim, discutem estratégias que possam colaborar com a construção de um texto argumentativo, debatendo, no último capítulo, a noção de coerência atrelada à argumentação. Na introdução do livro, as autoras defendem que a argumentação não está ligada apenas ao ensino formal, pois, segundo elas, argumentamos muito antes de entrar na escola ao conversarmos, brincarmos, opinarmos, etc. Mas, se "argumentar é humano" (KOCH; ELIAS, 2016, p. 9), por que há necessidade de refletir sobre tal questão? As
2016
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESEste estudo apresenta algumas reflexões sobre as possibilidades de leitura e escrita a partir da noção de multiletramentos. Esta orientação propõe formas inovadoras para o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem de língua considerando as diferentes maneiras de manifestação da linguagem (surge a noção de multimodalidade textual), principalmente as trazidas pelas mídias digitais. Assim, ler e escrever nesta perspectiva aponta para as reflexões sobre as novas estratégias e recursos que dinamizam a construção do conhecimento sobre a linguagem e considera o aluno protagonista de tal construção, aliada, segundo Rojo e Moura (2012), à compreensão de “multiplicidade cultural” e “multiplicidade semiótica”. Aportamos nossas ideias, principalmente, em Rojo e Moura (2012), Rojo (2013) e Rojo e Barbosa (2015) para embasar o desenvolvimento deste texto. Buscamos também, as contribuições de Bakhtin(1953), Marcuschi (2008) e Koc...
Revista do SELL, 2019
Propomo-nos, neste trabalho, tecer considerações sobre o processo de leitura e de escrita na Educação Básica, ancorados na perspectiva discursiva pêcheuxtiana. Consideramos que essas práticas discursivas no espaço escolar, no processo de leitura-interpretação de textos, constitui-se pelo efeito do imaginário de que o sentido se fecha na materialidade linguística, apostando, assim, na unicidade da significação. Entretanto, para a Análise de Discurso francesa (AD), aporte teórico-metodológico ao qual nos filiamos, a linguagem é opaca, sendo a sua incompletude constitutiva. Assim sendo, considerando a equivocidade da materialidade linguística, embora haja esta ilusão do efeito de unidade e de transparência do sentido, todo e qualquer texto abre espaço para a dispersão. Para pensarmos no processo de leitura e de escrita nas aulas de língua portuguesa, analisamos a abordagem teórica apresentada pelo livro didático e as respostas produzidas pelos sujeitos-discentes a partir de uma atividade de leitura e de produção de texto escrito. Em nossas considerações analíticas, observamos que o livro didático apresenta teorizações a respeito da AD, e nas respostas do exercício eleito para análise, encontramos pontos de deriva que diferem da sugestão de resposta direcionada ao professor.
2011
No quadro de um estudo mais vasto sobre as funcoes da leitura e da escrita na aprendizagem das disciplinas escolares, para la da de Lingua Portuguesa, e objetivo deste texto apresentar e discutir os resultados de uma fase exploratoria que consistiu na inquiricao por questionario a professores de Portugues, Linguas Estrangeiras, Historia e Geografia, Ciencias e Matematica de duas escolas do 2.o e 3.o ciclo do Ensino Basico, da zona de Braga, Portugal. O tempo dispensado com o ler e o escrever, a natureza destas atividades, as suas finalidades, os generos e os recursos textuais dominantes envolvidos na aprendizagem destas varias disciplinas, em contexto sala de aula e fora dela, sao as dimensoes que aqui estarao em destaque. Os resultados confirmam conclusoes de outros estudos, nomeadamente quanto a fraca presenca, nos sistemas escolares europeus, da integracao efetiva da leitura e da escrita na aprendizagem dos conteudos disciplinares. Apontam ainda para uma pedagogia centrada no man...
Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, 2016
MARQUES, Fernando Carmino, "Pierre Hourcade e a descoberta de Fernando Pessoa: novas cartas e outros escritos" (2016). Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, No. 9, Spring, pp. 399-494. Brown Digital Repository. Brown University. https://doi.org/10.7301/Z0F769ST Is Part of: Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, Issue 9 Pierre Hourcade e a descoberta de Fernando Pessoa: novas cartas e outros escritos [Pierre Hourcade and the discovery of Fernando Pessoa: new letters and other writings] https://doi.org/10.7301/Z0F769ST ABSTRACT This article intends to focus on and highlight the historical contribution of Pierre Hourcade to the knowledge and dissemination of the poetic work of Fernando Pessoa abroad, particularly in French-speaking countries. Hourcade, who had the privilege to share life experiences in Lisbon with the Portuguese poet, to whom he became a friend, between 1930 and 1935, was not only his first translator but also a pioneer by stating, in several articles published since 1930, that Pessoa was the most important of the Portuguese poets and one of the most outstanding in world poetry. Because of his relationship with Fernando Pessoa, Pierre Hourcade's view of him as a man and as an artist is of high relevance as a reference in Pessoa's poetic universe. RESUMO Este artigo tem por finalidade assinalar o contributo histórico de Pierre Hourcade para o conhecimento e a divulgação da obra poética de Fernando Pessoa no estrangeiro, nomeadamente nos países de língua francesa. Hourcade, que teve o privilégio de conviver em Lisboa com o poeta, de quem era amigo, entre 1930 e 1935, foi não somente o seu primeiro tradutor mas também um pioneiro ao afirmar, em vários artigos, publicados desde 1930, que Pessoa era o mais importante dos poetas portugueses e um dos maiores nomes da poesia mundial. Pelo seu relacionamento com Fernando Pessoa, a visão de Pierre Hourcade sobre o homem e a obra constitui uma referência imprescindível no universo pessoano. BIBLIOGRAFIA BOURDON, Albert Alain (2005). “Aux Origines de l’Institut français au Portugal. Les relations culturelles entre la France et le Portugal au début du XXème siècle”, in Lisbonne Atelier du Lusitanisme Français. Paris: Presses Sorbonne Nouvelle, pp. 43-53. BRECHON, Robert (2005). “Armand Guibert et Fernando Pessoa”, in Lisbonne Atelier du Lusitanisme Français. Paris: Presses Sorbonne Nouvelle, pp. 89-93. GALHOZ, Maria Aliete (2007). “O equívoco de Coelho Pacheco” (2007), disponível em linha: http://purl.pt/13858/1/volta-textos/equivoco-coelho-pacheco.html HOURCADE, Pierre (2016). A Mais Incerta das Certezas: itinerário poético de Fernando Pessoa. Edição e tradução de Fernando Carmino Marques. Lisboa: Tinta-da-china. ____ (1978). “À descoberta de Fernando Pessoa” [1959], in Temas de Literatura Portuguesa. Lisboa: Moraes editores, pp. 155-169. Este artigo é a transcrição adaptada da palestra proferida no Teatro da Trindade, em Lisboa, durante uma sessão comemorativa do 24.ºaniversário da morte de Fernando Pessoa. cf. “Ainda a propósito de Fernando Pessoa”. ____ (1978). “Ainda a propósito de Fernando Pessoa” [1951], in Temas de Literatura Portuguesa, pp. 136-155. O artigo é a tradução portuguesa de um artigo publicado no Bulletin des études portugaises, vol. XV, Coimbra: Imprensa da Universidade, 1951, pp. 151-181. ____ (1978). “O Ensaio e a Crítica na Presença” (tradução de Luiza Neto Jorge), in Temas de Literatura Portuguesa. Lisboa: Moraes Editores, pp. 197-224. ____ (1963). “Descubrimiento de Fernando Pessoa” in Artes y Letras, n.º 2 (número dedicado a Fernando Pessoa), Universidad de Nuevo Leon, Junho, pp. 37-56. ____ (1936). “Uma Carta de Pierre Hourcade”, in Presença, n.º 27, Coimbra, junho-julho, p. 12. ____ (1933). “Brève Introduction à Fernando Pessoa”, in Cahiers du Sud, n.º 147, Marseille, janeiro, pp. 66-73. ____ (1931). “Panorama du Modernisme Littéraire en Portugal”, in Bulletin des études portugaises et brésiliennes. Coimbra: Imprensa da Universidade, vol. I, pp. 69-78. ____ (1930). “Rencontre avec Fernando Pessoa”, in Contacts, n.º 3, Paris, pp. 24-44. PESSOA, Fernando (2016). Obra Completa de Alberto Caeiro. Edição de Jerónimo Pizarro e Patricio Ferrari. Lisboa: Tinta-da-china. ____ (1998). Cartas entre Fernando Pessoa e os Directores da Presença. Edição e estudo de Enrico Martines. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda. ____ (1973). Novas Poesias Inéditas. Direção, recolha e notas de Maria do Rosário Marques Sabino e Adelaide Maria Monteiro Sereno. Lisboa: Ática. ____ (1962). Antología. Selección, traducción y prólogo de Octavio Paz. México: Universidad Nacional Autónoma de México. ____ (1960). Fernando Pessoa. Présentation et traduction d’Armand Guibert. Paris: Pierre Seghers. “Poètes d’aujourd’hui”, n.º 73. ____ (1957). Cartas de Fernando Pessoa a João Gaspar Simões. Introdução, apêndice e notas do destinatário. Lisboa: Europa-América. ____ (1956). Poesias Inéditas (1919-1930). Nota prévia de Vitorino Nemésio e notas de Jorge Nemésio. Lisboa: Ática. ____ (1955). Poesias Inéditas (1930-1935). Nota prévia de Jorge Nemésio. Lisboa: Ática. ____ (1945). Cartas a Armando Côrtes-Rodrigues. Introdução de Joel Serrão, Lisboa: Confluência. SIMÕES, João Gaspar (1979). “Temas de Literatura Portuguesa”, in Diário de Notícias, 18 de janeiro, pp.18-19.
Saber ler é, atualmente, condição essencial para aceder ao conhecimento e saber ler textos expositivos, o texto que, por excelência, permite o acesso aos saberes na escola é, sem dúvida, um grande desafio para alunos e professores (Colomer & Camps, 2002; Duke & Pearson, 2002; Sousa, 2015). Também a escrita é perspetivada como propiciadora de conhecimento. Promove-se a função epistémica da escrita ao gerar conhecimento quando se escreve, ao fazer novas descobertas a partir do que se escreve, transformando o conhecimento (Carvalho & Barbeiro, 2013). Nesta comunicação, pretendemos dar conta de um projeto que está a ser desenvolvido num agrupamento de escolas da região de Lisboa e que tem como principal objetivo o desenvolvimento de estratégias de construção de conhecimento a partir da leitura e da escrita de textos expositivos. Trata-se de um estudo semi-experimental, com grupo experimental e grupo de controlo, organizado em dois eixos distintos: a leitura e a escrita. Com esta investigação pretendemos relançar a discussão acerca da importância deste tipo de trabalho desde o primeiro ciclo, pois acreditamos que, tal como é referido por Duke e Bennett-Armistead (2003), a inclusão de textos expositivos nos primeiros níveis da escolaridade prepara as crianças para os desafios de leitura e de escrita dos níveis de escolaridade seguintes. É importante que o “ler para aprender” e o “escrever para aprender” façam parte do processo de aprendizagem das crianças desde o início e ao longo de toda a escolaridade.
Revista Anpoll, 2012
uando abrimos um livro, temos sempre expectativas. Na obra Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sócio-discursivo, duas delas se manifestaram: a quali dade da tradução e a organização interna do conteúdo. Tanto a pri meira quanto a segunda vão se confirmando linha a linha. Percebese, por um lado, um extremo cuidado da parte dos tradutores e, por outro, um rigor metodológico, que o autor persegue desde o sumário. Bronckart inicia sua obra observando que Le fonctionnement des discours. Un modele psychologique et une méthode d'analyse (Bronckart, 1985) suscitou desenvolvimentos em análises "das carac terísticas lingüísticas e paralingüísticas de diversos subconjuntos de textos franceses" e em várias outras línguas como o português, além de proporcionar estudos sobre aquisição, baseados "no desenvolvi mento do domínio, pela criança, das operações de planificação e de textualização" e de servir de "referência para a elaboração de uma nova abordagem da didática dos textos". Esses desenvolvimentos, contudo, fizeram com que apareces sem "lacunas, imprecisões e até mesmo erros de apreciação" no qua dro teórico. Levando em conta esses aspectos, propõe "apresentar um quadro teórico, mais completo e mais explícito, que trate, ao mes-Pós-graduando do LAEL/PUC-SP.
Línguas & letras, 2010
Até o início do século XX somente os textos escritos documentavam a língua. A partir da análise de documentos não literários dos séculos XVII a XX, pretende-se mostrar como a escrita reflete fatos de fala. Duas séries de fenômenos serão especialmente enfocadas: a representação gráfica das vogais átonas e aquela das fricativas sibilantes (palatais e não palatais). Tem-se como finalidade alertar para os problemas relativos à interferência da fala na escrita, traçando um paralelo entre a escrita do falante comum, de mão inábil, contaminada pela sua fala e a escrita padrão. PALAVRAS-CHAVE: Textos não literários, Escrita de mãos inábeis, Interferência fala/escrita.
Leitura: Teoria & Prática
Leituras Plurais, Escritas Equilibristas é o tema escolhido para o 22º Congresso de Leitura do Brasil, que será realizado no mês de julho de 2020. Por meio dele, a Associação de Leitura do Brasil deseja fomentar discussões e reflexões acerca das Leituras Plurais que nascem das Escritas Equilibristas, malabaristicamente manejadas em meio a tantas adversidades. Assim, já adiantamos nosso convite àqueles que desejarem dialogar e compartilhar conosco suas experiências e pesquisas com leitura e educação, em movimentos de criação nas interfaces palavra, imagem, corpo e som. Em tempos de corda bamba, o 22° COLE abre espaço à esperança equilibrista, que dança e traz o apelo de que inevitavelmente temos (e devemos) que continuar. Nesta edição de n° 77 da revista, apresentamos o dossiê Raymond Williams: leituras, organizado por Alexandro Henrique Paixão a partir do VI Colóquio de Pesquisa Educação e História Cultural-Por que ler Raymond Williams no século XXI? Crises, dilemas e desafios teórico-práticos na contemporaneidade, realizado pelo
O presente estudo tem como objetivo discutir uma asserção presente no livro de Bernard Cerquiglini, Éloge de la Variante, concernente à possível influência do naturalista Georges Cuvier sobre o filólogo Gaston Paris. Afirma-se que Georges Cuvier influenciou Gaston Paris ao declarar em seu livro Recherches sur les ossements fossiles de quadrupèdes a certeza de se poder reconstituir a ossada de um animal extinto há milhões de anos a partir do achamento de um único osso seu. Essa restituição da ossada a partir de um fragmento que dela faria parte teria analogia com o método filológico parisino de constituição do texto crítico a partir de um conjunto de testemunhos mais ou menos corroídos pelo tempo e pelo processo transmissional. Cada testemunho, desse modo, seria um análogo do osso de um animal extinto, a partir do qual se poderia remontar ao Ur-text.
Alea: Estudos Neolatinos, 2005
RESUMO Discute a leitura crítica na universidade, começando pela varredura ou pré-leitura, para exploração de elementos contextuais da história, do tempo e do espaço de um documento, sugerindo procedimentos específicos neste sentido. Aborda o desenvolvimento de competências de escrita pelo adulto, tomando como exemplo detalhado a produção de um memorial. Introdução Não é de se estranhar que muitos estudantes, especialmente os recém-chegados à universidade, não consigam assimilar boa parte daquilo que lhes é indicado como leitura para várias disciplinas ao mesmo tempo. Além de terem recebido uma formação deficiente cujas raízes estão na escola fundamental, é comum terem que trabalhar com textos sem contextos, que compõem a cultura da xerox de nossas faculdades. São capítulos de livros que pressupõem compreensão de partes anteriores da mesma obra; textos que pressupõem domínio do jargão da área; obras mal traduzidas ou que exigem conhecimento da cultura original do autor, cópias sem indicação dos títulos dos livros de onde foram tiradas, do autor ou autores, das datas de publicação, dos prefácios, sem as páginas finais de referências. Alguns professores não cobram leituras precisas, satisfazendo-se com muito pouco. Afinal, mandar xerocar e ler é muito fácil. Para completar o quadro, além da xerox solta ainda encontra-se arraigado o hábito das apostilas, consolidado nos cursinhos pré-universitários. Geralmente são colagens mal feitas de recortes de autores comuns na disciplina, para serem memorizadas sem questionamento. Carvalho & Silva (1996) nos ensinam que ler para aprender envolve várias operações cognitivas: distinguir o que é conceito, argumento, pressuposto, fato, opinião; verificar se as relações entre argumentos e conclusões são pertinentes; comparar o tratamento do mesmo assunto em diferentes autores; comparar suas próprias idéias com as do autor e tirar conclusões. O leitor ou leitora torna-se mais eficiente à medida que lê mais, de maneira mais ativa e inquiridora. Todo leitor não só recebe sentidos do texto, mas também lhe atribui sentidos, dialogando sem perceber com o autor. Interpreta o texto e
Cadernos De Educacao, 2013
Ler e escrever são atividades iniciadas antes do processo de alfabetização, que continuam sendo desenvolvidas durante todo o ensino formal. Desde os primeiros contatos com o mundo letrado, o ser humano passa a fazer hipóteses sobre leitura e escrita, que serão confirmadas ou não em experiências futuras de letramento. Em um primeiro momento, o ensino da leitura e da escrita pressupõe codificação e decodificação de grafemas e fonemas. Porém, ler e escrever fluentemente pressupõe muito mais do que codificar e decodificar, exigindo que haja um trabalho consciente envolvendo habilidades cognitivas de leitura e escrita. Este artigo tem como objetivo abordar aspectos linguístico-cognitivos da leitura e da escrita, consciência fonológica e ortografia, que estão relacionados ao ensino formal da lecto-escrita realizado em sala de aula.
2015
Escritura e Militância na Literatura Argentina dos 70' André Queiroz Resumo: Trata-se de buscar a intercessão entre literatura e militância nos anos de exceção quando do cruzamento de dois períodos de ditadura cívico-militar em Argentina: a chamada "Revolução Argentina" (1966-1973) e o "Processo de Reorganização Nacional" (1976-1983). Rodolfo Walsh, Haroldo Conti e Francisco "Paco" Urondo encarnam a materialização do intelectual engajado e comprometido (Sartre) com um processo de radical transformação do estado de coisas em América Latina, e mais especificamente, em Argentina. Palavras-chave: Literatura; militância; luta armada; Estado de exceção; terrorismo de Estado
Outros Tempos – Pesquisa em Foco - História, 2014
: entre o tempo da escrita e o da publicação 1 FRANÇOIS-AUGUSTE BIARD'S DOIS ANOS NO BRASIL: time lapse between writing and publication DOS AÑOS EN BRASIL, DE FRANÇOIS-AUGUSTE BIARD: entre el tiempo de la escritura y la publicación. Resumo: Em 1945, a coleção Brasiliana, da Companhia Editora Nacional, publicou o livro Dois anos no Brasil, de autoria de François-Auguste Biard, pintor francês que tinha estado no país quase um século antes. O texto, um relato de sua viagem pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo e Pará, havia já sido publicado na França e na Itália em meados do século XIX. Pretende-se aqui, investigar a distância entre o tempo da escrita e o tempo da publicação do texto, buscando compreender as razões que levaram ao ato editorial que o incluiu numa coleção que tinha como objetivo tornar-se uma metáfora do Brasil. Palavras-chave: Coleção Brasiliana. François-Auguste Biard. Viajantes século XIX. Abstract: In 1945, Companhia Editora Nacional's Brasiliana collection published Dois anos no Brasil, by François-Auguste Biard, a french painter that had been in Brazil almost a century earlier.
Cadernos de Estudos Lingüísticos
O presente artigo focaliza a inter-relação entre a entrada da criança no mundo das letras e a involução que o afásico experimenta no que diz respeito à leitura e escrita, a partir da teorização proposta pela Neurolinguística Discursiva, chamando a atenção, em especial, para o ajuste que o falante (criança ou afásico) faz ao ler palavras depois de escrevê-las, para que a escrita que propôs se ajuste à fala que lê, diferente de como diz a palavra sem a escrita como apoio. Para tanto, analisamos dados de escrita de uma criança e de dois afásicos, que se encontram em momentos diferentes em relação à retomada da escrita, com base em uma metodologia heurística que busca descobrir o que está encoberto pelas dificuldades escolares e pela afasia e o que se desponta nessa descoberta. Os resultados mostram caminhos comuns que crianças e afásicos tomam e, assim, contribuem para uma maior compreensão tanto do processo normal de aquisição e uso da escrita quanto de processos patológicos que ocorr...
Derecho y Cambio Social, 2014
Oh, tú, al que el gusanillo de escribir atormenta como un demonio y que darías todas las minas del Perú por un grano de reputación: abandona el vil rebaño de autores vulgares que corren tras los demás o que hozan en el polvo de la erudición, abandona a los pesados sabios cuyas obras parecen llanuras interminables sin flores ni fin. O no escribas nada, o toma otro camino: sé grande
RESUMO: Esta pesquisa empírica tem o objetivo de analisar o processo de desenvolvimento da escrita do gênero resenha, espécie resenha crítica, atendo-se não apenas aos aspectos formais como também aos sociorretóricos e discursivos do gênero. Neste sentido, utilizou-se uma amostragem de 20 resenhas produzidas em uma das disciplinas do curso de graduação em Direito e suas respectivas reescritas, portanto, 40 textos que formam o corpus analisado. Optou-se por uma análise quali-quanti haja vista a pretensão de mensurar o desenvolvimento da escrita de tal gênero. Após a pesquisa, é possível considerar com base nos dados empíricos, que além dos aspectos formais, comuns de serem melhorados pelos estudantes, quando solicitada a reescrita de um texto, os movimentos retóricos prototípicos também foram mais bem atendidos em todos os exemplares de textos analisados, imprimindo-se, de forma significativa, qualidade aos texto, evidenciando assim a validade de se trabalhar o processo de escrita e não apenas de se visar o produto final.
Porto Alegre: Artmed, 2002
Fundamental I ( ) Fundamental II ( ) Médio ( ) Médio Profissionalizante ( ) Profissionalizante ( ) Graduação ( X ) Pós-graduação ( ) I. Dados Identificadores Curso PEDAGOGIA Disciplina METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Professor Iara Maria Augusto Costa / Miriam Fernandes Titulação Especialistas Semestre / Módulo 6º semestre Período noturno Série / Ano 2009 Carga Horária Semanal: 4h Semestral: 80h Anual:80h II. Ementa A disciplina proporciona, ao futuro pedagogo, o estudo dos fundamentos teóricometodológicos para o ensino da Língua Portuguesa, de forma que, munido de conhecimentos teóricos e práticos, diretrizes ética e instrumental didático-metodológico, esteja capacitado a obter sucesso no desempenho de sua função, dando ênfase ao "como se aprende" e implementando uma ação social e cultural. Para isso propõe alternativas para o ensino aprendizagem da língua materna, de forma que o aluno adquira habilidades relativas à utilização de recursos e técnicas de desenvolvimento das linguagens oral e escrita nas atividades de construção do conhecimento da língua, como: leitura, produção e interpretação de textos, análise lingüística e avaliação.
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