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2009, Revista Santa Catarina Em Historia
Resumo: Este artigo procura refletir sobre como a ascensão fascista, acontecida no fim do mês de outubro de 1922 na Itália, foi registrada pela imprensa florianopolitana. Especificamente, utilizo como fontes os jornais Republica e O Estado. Também é analisado como estes mesmos jornais se referiram ao primeiro aniversário da ascensão fascista. O artigo faz uma breve discussão sobre a utilização de jornais como fontes primárias e os cuidados para fazer o uso dos mesmos. Palavras-chave: Jornais; Representações; Fascismo; Florianópolis Abstract: This article reflects on how the rise of fascist, held at the end of October 1922 in Italy, was reported by the florianopolitana press. Specifically, I use as sources the newspapers Republica and O Estado. It was also examined how these same newspapers have referred to the first anniversary of the fascist rise. The article is a brief discussion on the use of newspapers as primary sources and the care to make use of them.
2021
Como parte do projeto "Para uma História do Jornalismo em Portugal", financiado pela FCT, este artigo apresenta uma história cronológica e narrativa das revistas de informação geral surgidas em Portugal durante a Monarquia e a I República. Sendo uma temática ainda sub-representada nos estudos de jornalismo, o objetivo deste artigo é contribuir para um maior entendimento deste campo de pesquisa, mais especificamente, das revistas em Portugal. Para isso, realizamos uma análise qualitativa recorrendo a arquivos e discutimos como estas publicações evoluíram ao longo do tempo e como a contextualização histórica e social da época influenciaram estas transformações. Entre as primeiras revistas ilustradas portuguesas de informação geral a orientarem-se mais relevantemente para a cobertura da atualidade no final da Monarquia destacam-se a revista O Ocidente (1878-1915), a Ilustração Universal: Revista dos Principais Acontecimentos de Portugal e do Estrangeiro (1884-1885), a Branco ...
Revista Estudos em Jornalismo e Mídia, Nº 9, Vol. 2, 2012
Neste artigo, fazemos uma incursão pela Imprensa durante o processo revolucionário português (1974)(1975), analisando em particular a realidade do diário de maior tiragem da época, o Diário de Notícias. Concluímos que este jornal, através do seu conteúdo e das polémicas em que se envolveu, contribuiu para acentuar a instabilidade vivida no país neste período.
Leituras em Jornalismo, 2016
Estudos sobre a história do jornalismo muitas vezes situam o início desta atividade intelectual numa data fixa, deixando vazias as implicações sociais, econômicas e culturais que caracterizam o surgimento e disseminação da palavra impressa. O objetivo deste texto, a partir de uma investigação sobre as Gazetas produzidas por Estados de Antigo Regime, sobretudo a Gazette de France, de 1631, é perceber sua contribuição para a difusão da curiosidade intelectual e do mercado editorial. Ainda que seja uma forma importante de produção periódica, ela não era propriamente um livre exercício reflexivo. Era uma tentativa de fornecer unidade aos eventos, tornando-os mais próximos da história já conhecida e bloqueando a novidade relativa a um futuro que aparecia como incerto. ABSTRACT: Studies on the history of journalism usually place the beginning of this intellectual activity at a fixed time, often leaving empty the social, economic and cultural implications that characterize the emergence and spread of the printed word. The objective of this text, from an investigation into the Gazettes produced by members of the Ancient Régime, particularly the Gazette de France, 1631, is to investigate its contribution for the dissemination of intellectual curiosity and publishing practices. Although it was an important form of regular production, it was not exactly a free reflective exercise. It was an attempt to provide unity to the events, making them closer to the story already known and blocking news on a future that appeared as uncertain.
Revista Brasileira de História da Mídia, 2018
The journalists in the Portuguese revolution (1974-1975) The revolutionary process that followed the dictatorship‟s fall, on the 25th of April 1974, radically altered the media and journalism in Portugal. In this article, we seek to analyze the evolution of the journalists‟ employment situations and the journalistic activities between 1974 and 1975, in an attempt to portray the Portuguese journalist at the time. We observe that a “revolutionary” or “militant” type of journalism emerges, in a period of intense fights for the definition of the type of political system to be implemented in the country. At the same time, several achievements are made in terms of employment rights and conditions, as a result of the fights and claims from workers of the journalistic companies.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação deve ser reproduzida, alojada em sistemas de troca de dados, ou transmitida, em qualquer formato ou por qualquer motivo, eletrónica, mecânica, fotocópia, gravação, e demais, sem a autorização dos autores.
No início da década de 1840, em pleno período da ditadura cabralista em Portugal, ao analisar um drama e sua recepção pelo público português, o escritor Rebelo da Silva escreve na Revista Universal Lisbonense que "as paixões políticas refervem, e transpiram nas obras de arte" (23/11/1843, p. 165). É o período de produção de Eurico, o presbítero, das Viagens na Minha Terra, e de ascensão de jovens romancistas portugueses. O que se destaca no conjunto de narrativas publicadas nesse periódico nos volumes sob redação de António Feliciano de Castilho (1842-1845) são a busca por novas formas literárias e a força das paixões políticas que influenciam na escrita desses romances.
2015
A Revolucao Portuguesa de 25 de abril de 1974 significou o inicio de um novo ciclo para os meios de comunicacao social, que se traduziu numa serie de transformacoes registadas na producao noticiosa. A abolicao da censura e o estabelecimento da liberdade de expressao geraram mudancas drasticas no conteudo de noticias, tendo a abundância de acontecimentos considerados como valor-noticia conferido ao fluxo informacional um ritmo sem precedentes. Estas novas dinâmicas levaram a uma transformacao de conteudos e de formatos. Este e um estudo preliminar sobre as primeiras paginas do Diario de Noticias e do Diario de Lisboa, durante o Processo Revolucionario em Curso (PREC), para entender o impacto destes novos fatores em termos da cobertura jornalistica na imprensa. A metodologia utilizada passa por uma abordagem quantitativa, com base numa grelha de categorias. Para alem da recolha de dados, o estudo recorre a bibliografia e documentacao disponiveis, como relatorios oficiais, legislacao,etc.
Revista Mátria XXI, nº 11, p. 565-592, 2022
Nesta comunicação analisam-se alguns aspetos das condições materiais da vida quotidiana da população portuguesa no período da Primeira Grande Guerra e nos anos imediatamente a seguir ao seu temo. Caracterizam-se algumas evoluções mais significativas decorrentes dos impactos económicos e sociais causados pelo conflito: carestia, aumento dos preços, alterações dos regimes alimentares, emergência dos novos pobres e dos novos ricos.... No pós-Guerra a carestia dá lugar à abundância e a uma esfusiante alegria de viver, assistindo-se a mudanças significativas nos padrões do gosto e da beleza feminina, da vida boémia e elegante, expressos, entre outros aspetos, na apropriação da noite, na multiplicação de clubes noturnos e de casinos, em novos consumos, na emergência da garçonne, a “cabelos à Joãozinho” na terminologia portuguesa, símbolo da modernidade e indicador simbólico dos années folles, a qual rompe com o conceito tradicional de feminilidade identificado pelo estereótipo da mãe, esposa e dona-de-casa.
Tal como no resto do país, o período da I República foi muito profícuo para a Imprensa no Distrito de Leiria. A partir de uma inventariação exaustiva dos títulos lançados no distrito durante os 16 anos que durou o novo regime - que ultrapassou a centena -, os autores analisam a evolução desse movimento e a emergência de novas tendências editoriais, algumas delas decorrentes das transformações da sociedade da época (turismo, desporto, espectáculos, sindicalismo, etc.). Constata-se, sem surpresa, que os periódicos inventariados são maioritariamente de âmbito concelhio, sendo Leiria, Caldas da Rainha, Pombal e Nazaré os concelhos com maior número de títulos identificados. Por outro lado, se, inicialmente, os jornais são marcadamente doutrinários, o pendor informativo acaba por ser preponderante, sobretudo depois da I Grande Guerra. No entanto, tal como no resto do país, nem sempre a vida foi fácil para a Imprensa regional, nomeadamente no que diz respeito à liberdade de opinião e informação. Em vários momentos, as medidas censórias dos governos republicanos atingiram os jornais de província, principalmente os católicos e/ou monárquicos, mas não só, levando mesmo alguns ao encerramento. Globalmente, este trabalho confirma a importância que a Imprensa Periódica deste período teve para as dinâmicas concelhias e interconcelhias, assumindo-se como tribuna e instrumento das elites locais, quer para a ascensão ao poder autárquico, quer na promoção de um desenvolvimento há muito ansiado.
2021
A imprensa portuguesa sai do periodo revolucionario de 1974-75 com o Estado a deter total ou parcialmente os principais diarios de circulacao nacional. Contudo, persistiram ou foram lancados jornais novos, de circulacao nacional ou regional e local. Em termos de periodicidade e audiencia, havia diversidade de publicacoes, englobando diarios e semanarios de implantacao geografica variavel. Os diarios de maior tradicao e circulacao permaneceram cerca de uma decada no sector publico. Este ciclo, caracterizou-se pela preponderância de noticias de politica na agenda, que pode ser entendida como a continuidade do combate politico nas redacoes verificadas apos o 25 de Abril. Outra das linhas de evolucao da imprensa para este periodo foi a de uma crise acentuada, marcada pelo decrescimo das tiragens, o desaparecimento de varios titulos e a sustentacao global dos jornais atraves de uma politica de subsidios (Carvalho, 1986). No final dos anos 80, gradualmente, na imprensa e o campo dos media...
Revista Media & Jornalismo, Nº 23, 2013
re s u m o Neste artigo, analisamos os contextos político e mediático em que surgiu o Jornal Novo (em abril de 1975) para, assim, melhor entendermos as suas particularidades e os seus objectivos enquanto actor relevante nesse ano. Concluímos, através da análise do seu conteúdo, que o Jornal Novo tomou posições claras contra o controlo dos média, sendo um activo defensor da liberdade de imprensa num momento particularmente complexo da revolução portuguesa, o «Verão Quente» de 1975. Palavras-Chave: Jornal Novo; revolução; Controlo dos Media; Censura; liberdade de Imprensa.
Resumo: A imprensa pernambucana, em especial a recifense, viveu no século XX momentos de euforia, com a abertura e expansão de jornais dos mais diversos segmentos sociais, bem como momentos de terror, com a censura e as perseguições impostas a jornalistas e aos jornais pelos regimes de exceção, a exemplo do Estado Novo e da ditadura militar. Dos quase 100 jornais diários e semanários, de diferentes linhas editoriais, que circularam no Recife nas primeiras décadas do século XX, apenas dez conseguiram chegar ao ano de 1940, entre eles o jornal mais antigo em circulação hoje na América Latina, o Diário de Pernambuco. Essa história de ganhos e perdas é, também, uma história de luta, tanto pela liberdade de imprensa quanto pela defesa dos direitos civis. O objetivo da nossa pesquisa foi não só registrar os jornais impressos que circularam no Recife no século passado, mas, sobretudo, resgatar parte do percurso de uma história marcada, sobretudo, pela resistência.
2017
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Licenciatura, no curso de História, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.A Ação Integralista Brasileira, partido político de inclinação conservadora, de alcance nacional, utilizou-se da imprensa como um dos principais instrumentos de divulgação e arregimentação às suas fileiras. Criada em 1932 e extinta em 1937 pelo então Estado Novo; no qual, fora instaurado em 10 de novembro de 1937, por meio de um golpe articulado por diferentes setores, inclusive por nomes representativos do Integralismo. Embora, haja vista esta cooperação, os integralistas não foram reconhecidos pelo regime, que do mesmo modo, extinguiu qualquer organização partidária que representasse algum perigo a este novo projeto de Nação. Desta forma, a pesquisa analisou o comportamento do jornal Flamma Verde, órgão vinculado à antiga AIB, que era editado em Florianópolis, e esteve em circulação em Santa Catarina desde setembro de 1936, até ...
Atas do II Congresso da Confibercom , Comunicação ibero-americana: os desafios da Internacionalização , 2014
O 25 de Abril representou para os meios de informação um conjunto de transformações de vária ordem que levaram a mudanças drásticas. Genericamente, todos os meios de comunicação foram afectados pelos acontecimentos políticos. O derrube da ditadura provocou a abolição do exame prévio, bem como a politização e radicalização política transversais a todo o período. A liberdade de expressão levou à alteração dos conteúdos noticiosos e a abundância de acontecimentos noticiáveis imprimiu um ritmo inédito à informação. O objectivo deste estudo é uma análise inicial de alguns destes elementos de transformação durante processo revolucionário, bem como o impacto que tiveram nas primeiras páginas de três diários portugueses. Trata-se de uma primeira abordagem cuja metodologia passa pelo estudo da documentação disponível, bem como no estudo das primeiras de três diários, num quadro de análise definido e para o período entre o 25 de Abril e 1º de Maio de 1974.
RIBEIRO, Gladys Sabina. A radicalidade dos exaltados em questão: jornais e panfletos no período de 1831 a 1834. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 25., 2009, Fortaleza. Anais do XXV Simpósio Nacional de História – História e Ética. Fortaleza: ANPUH, 2009. CD-ROM.
Media & Jornalismo, 2019
O objetivo deste artigo é compreender os desafios que a imprensa portuguesa enfrentava no fim do Estado Novo, explorando o fator procura. Depois de um enquadramento teórico no âmbito da economia dos media, propõe-se contextualizar o consumo de imprensa, relacionando-o com o atraso económico e social do país face à Europa Ocidental e América do Norte.
História, cotidiano e memória social – a vida comum sob as ditaduras no século XX Resumo: O artigo analisa as representações políticas divulgadas pelo jornal Estadão no período mais agudo da ditadura, a fase entre o AI5 e o começo da distensão do governo Geisel. O objetivo é compreender as estratégias do jornal diante da ditadura militar que, de acordo com a análise apresentada neste texto, variaram entre a adesão e a acomodação. No período em foco, o Estadão batalhou para trazer a ditadura mais perto dos valores liberais e para isso lançou mão tanto de recursos verbais como visuais, assumindo riscos que acabariam provocando a censura prévia. A parte final do artigo aborda a estratégia do jornal no debate sucessório do governo Médici, quando pressionou para que o novo presidente iniciasse um processo de institucionalização ou normalização, o que nos termos do periódico significava fortalecer as instituições liberais sem romper com o poder militar. Abstract: The article analyses the political opinions published by the newspaper O Estado de São Paulo during the phase between the AI5 and Geisel's distension, which was the harsher period of the Brazilian dictatorship. The aim is to understand the periodical's strategies towards the dictatorship, which varied between adhesion and accommodation according to the analysis presented here. During the period on focus, Estadão worked to bring the dictatorship closer to liberal positions and, for that purpose, the newspaper used both verbal and visual resources. Following this path the newspaper assumed risks that, in the end, provoked the state censorship. The article's last section approaches Estadão's strategies during the debates concerning Médici's succession, when the newspaper made pressure on behalf of a process of normalization or institutionalization, which meant for Estadão strengthening the liberal institutions without breaking with the militaries. Resumen: El artículo analiza las representaciones políticas publicadas por el diario O Estado de São Paulo durante el periodo entre el AI5 y la distensión de Geisel, que fue la etapa más dura de la dictadura brasileña. El objectivo es comprender las estrategias del diario hacia la dictadura, que van desde la adhesión hasta la acomodación. Durante el período en analisis, el Estadão trabajó para traer la ditadura más cerca de los valores liberales y para ello utilizó recursos verbales y visuales. Siguiendo ese caminho el diario tomó riesgos que eventualmente provocaron la censura previa estatal. En la parte final del artículo se analiza las estratégias del diario durante los debates de la sucesión de Médici, cuando Estadão presionó a favor de un proceso de normalización o institucionalización de la dictadura, lo que significaba para el diario fortalecer las instituciones liberales sin romper con el poder militar.
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