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Neologismos metafóricos sob a ótica da semântica cognitiva

2016

Abstract

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2016.Esta pesquisa analisa o papel da metáfora em neologismos semânticos de língua portuguesa brasileira e pretende identificar a incidência dos fatores culturais e universais nessas metáforas. O corpus é formado por neologismos semânticos captados pelo Projeto BaseNeo (Universidade de São Paulo). Tomamos como a base a Teoria Cognitiva da Metáfora, a partir de Lakoff e Johnson (1980), Lakoff (1987), Lakoff e Turner (1989) e as discussões posteriores sobre universalismo, cultura e polissemia metafórica, conforme abordagem de Dancygier e Sweetser (2014), Kövecses (2005, 2010), Bowdle e Gentner (2005), Lakoff e Johnson (1999), Grady (1997), Johnson (1997), Moura (2007, 2008) e Moura e Zanotto (2009). Consideramos a metáfora como processo multidimensional, em que operam simultaneamente fatores conceptuais, linguísticos, neuro-corpor...

Key takeaways

  • Sob o ponto de vista defendido nesta pesquisa, as metáforas são o observatório pelo qual é possível identificar os modelos culturais de uma língua.
  • Além disso, a metáfora imagética, ao contrário das outras metáforas, não mapeia estrutura conceptual, o mapeamento é estritamente imagéticoos domínios alvo e fonte são imagens mentais.
  • Ela está combinada com outra metáfora conceptual, ACONTECER É ROLAR, cuja projeção é organizada pelas metáforas primárias UM EVENTO É O MOVIMENTO DE UM OBJETO e MOMENTOS NO TEMPO SÃO OBJETOS EM MOVIMENTO EM UM CAMINHO (GRADY, 1997).
  • A projeção decorre da metáfora FAZER GOL É MATAR, mas não somente dela.
  • Embora metáforas do tipo O MATERIAL NECESSÁRIO PARA UM PROCESSO É COMIDA e DESEJAR É TER FOME, sejam mais universalistas (GRADY, 1997;COSTA LIMA, 1999), os conceitos relacionados aos alimentos não o são.