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Este é o conto mais famoso de Hoffmann; foi a principal fonte da obra de Offenbach e inspirou um ensaio de Freud sobre o "estranho". Selecionar uma narrativa na vasta obra de Hoffmann é difícil: se opto por "Der Sandmann" não é para confirmar a escolha mais óbvia, mas porque este realmente me parece o conto mais representativo do maior autor fantástico do século XIX (1766-1822), o mais rico de sugestões e o mais forte em valor narrativo. A descoberta do inconsciente ocorre precisamente aqui, na literatura romântica fantástica, quase cem anos antes que lhe seja dada uma definição teórica. Os pesadelos infantis de Natanael — que identifica o bicho-papão, evocado pela mãe para fazê-lo dormir, com a sinistra personagem do advogado Coppelius, amigo do pai, persuadindo-se de que ele é o ogro que arranca os olhos das criancinhas — continuam a acompanhá-lo na idade adulta. Enquanto ele segue seus estudos na cidade, acredita reconhecer Coppelius no piemontês Coppola, vendedor de barômetros e lentes. O amor pela filha do professor Spallanzani, Olimpia, que todos consideram uma bela jovem quando na verdade é um boneco (esse tema do autômato, da boneca, também se tornará recorrente na narrativa fantástica), será perturbado por novas aparições de Coppola-Coppelius até a loucura de Natanael. NATANAEL A LOTARIO Sei bem que os deixei apreensivos ficando tanto tempo sem escrever. Mamãe deve estar zangada, e Clara decerto acredita que me entreguei a uma vida dissoluta e já esqueci o doce anjo cuja imagem está tão profundamente gravada em meu coração e em meu pensamento. Mas não é assim; penso em todos vocês a cada dia e a cada hora, e o vulto da querida Clarinha me alegra os sonhos, e seus lindos olhos me sorriem com a mesma graça com que me sorriam no tempo em que eu estava aí. — Ah, como escrever no estado de aflição em que me encontro e que tão confuso me deixa? — Algo terrível ocorreu em minha vida! — Negros presságios de um destino horrendo e ameaçador pesam sobre mim qual nuvens sombrias, impenetráveis à benevolência de um raio de sol. Vou te contar o que se passou; te-nho de contar o que vejo com tanta nitidez, muito embora me baste pensar nisso para que me aflore um riso demente aos lábios. Ah!, meu querido Lotario!, que hei de dizer para que sintas, ainda que vagamente, quanto é nefasta a influência que esse acontecimento recente passou a ter em minha vida! Queria que estivesses aqui e visses com teus próprios olhos! Mas sei que vais me tomar por um visionário su-persticioso. — Em suma, a experiência terrível que tive, e cujo resultado fatal ainda me esforço em vão para apartar de mim, é simplesmente que, há poucos dias, pre-cisamente em 30 de outubro, ao meio-dia, um vendedor de barômetros entrou no meu quarto com a intenção de vender suas mercadorias. Não comprei nada e amea-cei jogá-lo escada abaixo, o que bastou para que ele tratasse de ir embora. Talvez concluas que apenas circunstâncias muito peculiares e estreitamente ligadas à minha vida podem conferir importância a esse fato, sim, e que a mera pessoa do pobre vendedor foi capaz de despertar hostilidade em mim. De fato, é isso. Vou me esforçar ao máximo para falar, com calma e paciência, nos dias longínquos da minha infância, e expressar-me de modo que a tua inteligência aguçada tudo compreenda com clareza, em quadros límpidos e vivos. Agora que tento começar, é
Hoodoo é uma forma de magia popular que incorporou práticas das tradições africanas, da sabedoria ameríndia e da feitiçaria europeia. Nasceu no Delta do Mississippi e floresceu principalmente em New Orleans, Louisiana. A partir dos anos 1930 se espalhou para o resto do mundo à medida que seus praticantes deixavam por razões históricas o sudeste dos Estados Unidos. 1-O que é Hoodoo O Hoodoo, apesar apresentar semelhanças no nome, diferente do que muitos pensam, não é a mesma coisa que Voodoo. O voodoo é uma religião, possuem sacerdotes, divindades, cantos e danças rituais e rituais de iniciação, o Hoodoo é uma pratica magica popular afro-americana, com umas de suas bases principais sendo a magia natural, a magia simpática, ou seja, semelhante atrai semelhante que em uso mágico se refere a atrair uma coisa que se deseja por uso das leis naturais e "sobrenaturais" com o auxilio da magia e da vontade assim como dos elementos naturais e as energias neles contidas, o folclore Europeu e grimórios medievais. Possui influencia dos africanos traficados e escravizados em terras Americanas, dos índios norte-americanos e dos imigrantes Europeus, e a atualmente compartilha de muitos elementos e conceitos do Espiritismo e Catolicismo.
Com o título deliberadamente polêmico, o artigo mostra que a questão da homossexualidade continua sendo um problema entre os psicanalistas. Não havendo uma posição que faça consenso, existiria uma "invenção" da homossexualidade em psicanálise. Em Freud, a questão fica em aberto. As posições de alguns pós-freudianos mostra o impasse, dentro da teoria psicanalítica, causado pela dificuldade de estabelecer o que determina a chamada "escolha de objeto" homo ou heterossexual. Segundo o autor, uma das origens da polêmica sobre a homossexualidade deve ser procurada nos Ideais da cultura ocidental -ideais constitutivos do superego -que, baseados no imaginário judaico-cristão, determinam como a sexualidade deve ser vivida. O autor discute, também, as conseqüências dessas posições na construção de subjetividades.
Revista Estudos Hum(e)anos, 2021
RESUMO: A partir de uma análise dos "Ensaios Morais, Políticos e Literários" [1741] de Hume em seu conjunto, pretendo chamar a atenção para a importância dessa obra no contexto geral do projeto filosófico humeano de construir uma Filosofia Moral ou Ciência da Natureza Humana. Darei especial atenção à manufatura intelectual dos 'Ensaios' como exercício filosófico de observação de questões enunciadas também em outras obras de Hume, particularmente no que diz respeito aos 'common affairs of life', isto é, ao modo pelo qual os seres humanos comuns pensam, ajuízam, agem e sentem. Nesse sentido, a pesquisa que ora proponho será parte de um projeto mais longo e abrangente que, por sua vez, envolverá filosofia moral, estética e filosofia política. Dada a variedade de temas e áreas que a obra contempla, em torno de 700 páginas, intento, num primeiro momento, ater-me a alguns 'Ensaios Morais' para, posteriormente, debruçar-me sobre os 'Ensaios Políticos e Literários'. Minha proposta é restringir inicialmente o escopo da pesquisa, começando pelos 'Quatro Ensaios sobre a Felicidade: O Epicurista, O Estoico, O Platônico e O Cético', respectivamente, o homem de elegância e prazer, o homem de ação e virtude, o homem de contemplação e devoção filosófica e, no caso de 'O Cético', nenhum subtítulo. PALAVRAS-CHAVES: Filosofia; Felicidade; Paixão; Razão; Vida Comum. ABSTRACT: Based on an analysis of Hume's "Moral, Political and Literary Essays" [1741] as a whole, I intend to draw attention to the importance of this work in the general context of the humean philosophical project of building a Moral Philosophy or Science of Human Nature. I will pay special attention to the intellectual manufacture of 'Essays' as a philosophical exercise in observing issues raised in other works by Hume as well, particularly about the common affairs of life, that is, the way in which common human beings think, judge, act, and feel. In this sense, the research I am proposing here will be part of a longer and more comprehensive project which, in turn, will involve moral philosophy, aesthetics and political philosophy. Given the variety of themes and areas covered by the work, around 700 pages, I intend, at first, to stick to some 'Moral Essays' and, later, to focus on 'Political and Literary Essays'. My proposal is to initially restrict the scope of the research, starting with the 'Four Essays on Happiness: The Epicurean, The Stoic, The Platonic and The Skeptic', respectively, the man of elegance and pleasure, the man of action and virtue, the man of contemplation and philosophical devotion and no subtitle in the case of 'The Skeptic'. KEYWORDS: Philosophy; Happiness; Passion; Reason; Common Life.
UNIVERSALISMO ASSIM DIZIA O MESTRE Assim Dizia o Mestre é o terceiro volume da coleção "Sabedoria do Evangelho", da qual fazem parte Filosofia Cósmica do Evangelho, O Sermão da Montanha e O Triunfo da Vida sobre a Morte, todos de autoria do educador e filósofo, professor Huberto Rohden.
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Marcus Mareano, 2020
A CONSTITUCIONALIDADE DO UBER: ANÁLISE DOS ATOS NORMATIVOS MUNICIPAIS PROIBITIVOS, 2017