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2016
Este texto discute o processo de construcao de sensibilidades da midia brasileira sobre drogas e violencia. Partimos de um conjunto de visoes produzidas e veiculadas pela imprensa ”policialesca”, esta quase sempre se baseando em dados fornecidos pelas policias militar e civil. Alem de reportagens nas quais procuramos identificar os valores morais, atraves dos discursos proferidos por jornalistas para classificar suspeitos de crimes, estabelecemos o cotejamento dos dados apresentados pela midia e policias com dados oficiais de outras fontes, visando testar a veracidade das informacoes fornecidas pelos primeiros ao vincularem de maneira “automatica” a relacao entre uso de drogas ilegais e producao de homicidios. O trabalho foi desenvolvido a partir de fontes secundarias, tais como reportagens sobre criminalidade e dados estatisticos. Observou-se que nao existe uma relacao de causa e efeito direta entre o uso de drogas e violencia homicida.
Percurso Acadêmico
O presente artigo apresenta uma análise de publicações veiculadas na mídia gaúcha sobre álcool e outras drogas. Foram selecionadas publicações de maio a junho de 2009 de três jornais impressos de grande circulação pelo estado do Rio Grande do Sul, sendo eles: Correio do Povo, Jornal do Comércio e Zero Hora. Em um primeiro momento, visibiliza-se os contextos em que emergem as entrevistas a partir dos gêneros jornalísticos, sua distribuição, localização, autoria, uso de imagens e fontes citadas. Em seguida, são apresentados os conteúdos das reportagens que foram organizados em 5 (cinco) principais categorias, são elas: 1) Drogas: “entidades” de vida própria; 2) Usuários: perigosos; 3) Quem fala na mídia: os “especialistas”; 4) Campos de saber; 5) Soluções apontadas: higienismo e repressão. Ao final, apontam-se possíveis reflexões sobre a importância do diálogo entre Psicologia e Mídia na busca por instituir práticas de cuidado integral aos usuários de drogas.
Entender que a narrativa midiática é uma construção social e, que ao mesmo tempo, é um elemento que constrói a realidade, para assim, problematizar a práxis da profissão e seu modus operandi em transformação é o tema transversal dos artigos aqui reunidos. É esse pensar transversalmente que durante o processo de formação foi promovido. Um pensar que supera a compartimentalização dos saberes, permitindo o diálogo e o ‘pensar sobre o pensar’. É claro que superar a linearidade do pensamento não é simples. Esquemas hierárquicos devem ser superados, mas cada um dos autores buscou aprender e apreender esse processo, buscando a articulação entre os diversos elementos que compõem a profissão. Nesse sentido, dividimos essa coletânea em duas partes: a primeira, intitulada Jornalismo como um campus de Poder e Cultura . Os capítulos abordam desde os novos contextos interativos, a partir do uso de tecnologias vividos por populações tradicionais, à construção social de identidade cultural, em nível de Estado, no caso, o Tocantins tendo o discurso midiático como constructo social. E também as relações de poder da mídia e sua lógica de mercado e como essa característica influencia no processo de construção da notícia, os quais podem ser tanto explícitos como os contratos publicitários e empregatícios ou simbólicos, além disso, apresenta como a mídia influencia no processo político. Na segunda parte, intitulada Mídia e a Violência, traz discussões que não escapam a mídia, sobretudo ao discurso midiático pautado na espetacularização e dramatização da vida cotidiana e, assim, discute a violência no plural. Isto é, tanto a violência em sua versão midiática e televisionada, trazendo inclusive a violência de gênero, como também a sofrida por jornalistas, no exercício da profissão.
Revista Psicologia Política , 2001
Resumo: Práticas psi e Tortura no Brasil. Texto-relatório que narra alguns debates ocorridos no Comitê Contra a Tortura da ONU, em maio de 2001, quando o Brasil foi chamado para esclarecer a situação da tortura no país. São discutidos alguns temas como a presença da prática de tortura em nossa história, em especial no último período autoritário (1964-1985), a lei de 1997 que tipificou tal prática e a chamada violência "doméstica", articulando-a com a violência institucionalizada que ocorre cotidianamente em nosso país. Palavras-chave: tortura; violência doméstica; violência institucionalizada; práticas psi
2018
O discurso do comunicador Siqueira Jr., apresentador do programa “Plantão Alagoas”, da TV Ponta Verde, afiliada do SBT em Alagoas, é o objeto de análise desta pesquisa, que visa mapear e levantar a discussão, a partir de um viés crítico, sobre a construção simbólica de estereótipos perpetuada nestes espaços de midiatização da violência e sensacionalismo dentro de um dos mais antigos programas televisivos votados ao jornalismo policial de Alagoas. PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo Policial; Estereótipos; Televisão;
Por que os crimes ocorridos em bairros de classe média são noticiados com mais destaque do que os da periferia? Matérias sobre facções criminosas reforçam o poder destas organizações? A divulgação nos jornais ajuda ou atrapalha a solução de um seqüestro? Como os jornais cobrem violência e criminalidade no Brasil? E como poderiam cobrir melhor? Cerca de 90 jornalistas e especialistas respondem a estas e muitas outras perguntas em Mídia e Violência -Novas Tendências na Cobertura de Criminalidade e Segurança no Brasil. Ao longo de um ano, pesquisadores do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) entrevistaram repórteres e editores dos principais veículos do país. Nas conversas, eles falaram com franqueza sobre questões éticas e dificuldades cotidianas, contaram bastidores de reportagens e admitiram deficiências e distorções no noticiário. Uma iniciativa pioneira, o livro também reúne artigos e depoimentos de policiais e especialistas, além de apresentar os resultados da análise de 5.165 notícias. Mídia e Violência -Novas Tendências na Cobertura de Criminalidade e Segurança no Brasil é uma rara chance de entender como trabalham jornais e jornalistas. E representa uma contribuição importante para melhorar a cobertura sobre violência urbana, um dos temas mais dramáticos do país. AUGUSTO SEVERO AZIZ FILHO
INTERAÇÕES
A Apesar dos avanços que se pode perceber na Nova República brasileira, no que concerne aos direitos humanos, em que se incluem os direitos das minorias, bem como os direitos difusos, observa-se, no contexto da própria democracia, a escalada dos discursos e das propostas políticas de cunho ultraconservador, notoriamente também lastreadas em movimentos religiosos de caráter moralista. Seria este um fenômeno atípico, anacrônico e desconectado das estruturas de poder do Brasil? Ou ele é apenas uma das faces, talvez a mais reveladora, da forma como se constitui a política e a economia neste país, e que ganha, nos últimos tempos, enorme visibilidade, galgando o podium da política institucional nacional ao ter, como seu porta-voz, o próprio presidente da República? O caráter quase nada dialógico dessa forma de fazer política, arvorada na intolerância e no sectarismo, indica uma anomalia na tradição política brasileira ou demonstra, sem qualquer prurido, o caráter autoritário e violento de...
2008
Este artigo discute a questao da violencia e sua representacao na televisao, apresentando os resultados de uma ampla pesquisa de recepcao, com emprego das abordagens qualitativa e quantitativa, na busca pela atribuicao de sentido pela recepcao. O resultado da analise dos discursos dos emissores e receptores mostra-nos o cenario de uma sociedade mediatica, dependente da televisao como fonte de informacao; porem uma informacao que e elaborada conforme o entorno social e cultural. Para o receptor, o consumo e imediato, nao ha espaco para reflexao. As noticias devem ser breves e objetivas. Os programas jornalisticos apenas retratam os acontecimentos da cidade, nao sendo violentos em si. A violencia fica mais caracterizada nos programas relacionados ao entretenimento, na medida em que desrespeitam o ser humano.
2010
Nas duas últimas décadas, o debate em torno das relações entre os tribunais e a comunicação social tem estado no epicentro da discussão pública sobre o estado da justiça (e da democracia) em vários países. Esta compilação de trabalhos de especialistas ingleses, norte-americanos e portugueses pretende ser um contributo para alargar o âmbito da análise crítica e reflexão sobre os encontros e desencontros entre a justiça e os média, tendo como objectivo familiarizar o público português com outras dimensões possíveis da discussão: desde a importância das emoções no direito e na administração da justiça criminal; aos impactos da cobertura mediática de casos criminais nas representações sobre justiça, ordem social e nos chamados “julgamentos mediáticos”; passando por perspectivas mais dirigidas ao futuro da justiça e seus operadores em paisagens crescentemente mediatizadas e assentes no poder de difusão de novas tecnologias, que colocam desafios às relações entre os tribunais, a polícia e os média, procurando interrogar, inclusivamente, o papel dos cidadãos neste cenário de mudança.
Ciência & Saúde Coletiva, 2009
Mídia e drogas: análise documental da mídia escrita brasileira sobre o tema entre 1999 e 2003 Media and drugs: a documental analysis of the Brazilian writing media between 1999 and 2003 Resumo Este artigo busca analisar os conteúdos que a mídia escrita brasileira apresenta sobre drogas. Foram pesquisados artigos sobre drogas em uma revista de circulação nacional, entre 1999 e 2003, através de análise de conteúdo. Foram encontrados 481 artigos. A subcategoria "consumo" foi a mais abordada, sendo as drogas mais citadas: cocaína (21%), maconha (19%), álcool (12%) e cigarro (12%). Quanto à categoria "saúde", o cigarro apresentou 57% dos artigos relacionados aos "malefícios do uso", enquanto o álcool foi caracterizado pela ambivalência (ocorrências iguais para benefícios e malefícios) e associado à dependência (23%); no tocante à cocaína, mais ocorrências relacionaram-se ao tráfico (30%). De modo geral, a cocaína e a maconha receberam destaque da mídia, enquanto o álcool e solventes tiveram pouco destaque em comparação aos dados epidemiológicos de uso. Percebe-se que existe uma incompatibilidade entre o enfoque da mídia e o consumo de drogas no Brasil, fato que pode influenciar as crenças das pessoas sobre determinadas substâncias e as políticas públicas sobre drogas no Brasil.
Polis (Santiago), 2021
La política de “guerra contra las drogas” genera una situación de violencia generalizada en la sociedad brasileña, especialmente para quienes se encuentran en una condición de mayor vulnerabilidad económica, social y étnico-racial. A partir de datos de los últimos años sobre homicidios, muertes por intervención policial y victimización policial, delitos por trata y encarcelamiento, el artículo tiene como objetivo analizar la relación entre la violencia derivada de la política de drogas en Brasil y el racismo. Considerada desde una perspectiva biopolítica, los datos indican que la política de 'guerra contra las drogas' opera construyendo la noción de un individuo peligroso y por la selectividad criminal y letal de los negros, revelando la naturaleza racista del propio Estado, no solo al establecer quién debe vivir y quién debe morir, sino que, además produciendo la muerte, promoviendo la necropolítica.
2021
Em um levantamento realizado nos arquivos de teses e dissertações da Coordenação de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), constatei que a maioria das pesquisas que abordam a polidez linguística no Brasil segue os mesmos referenciais teóricos estrangeiros. Também foi possível observar que as pesquisas brasileiras que usam as teorias elaboradas em outras culturas e práticas sociais não conseguem descrever ou explicar de um modo satisfatório qual é o entorno moral e político que a polidez tem em nosso país; particularmente, nos usos linguísticos das pessoas que pertencem às camadas sociais menos privilegiadas economicamente e colocadas “à margem” do consumo. Nesta perspectiva, pretendo usar as ideias de “cordialidade”, “jeitinho brasileiro” e “mestiçagem” para demonstrar que a polidez e a violência são características políticas relevantes para a polidez tupiniquim, especialmente nas “vozes” das pessoas excluídas socialmente no Brasil
2010
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer meio de comunicação para uso comercial sem a permissão escrita dos proprietários dos direitos autorais. A publicação ou partes dela podem ser reproduzidas para propósito não-comercial na medida em que a origem da publicação, assim como seus autores, seja reconhecida.
Revista Transgressões
O presente artigo investiga a criminologia produzida pelos telejornais brasileiros, a chamada Criminologia Midiática, com enfoque nas discussões em torno do tráfico de drogas, delineando o conteúdo e a forma do discurso apresentado pelo programa Brasil Urgente, transmitido pela Rede Bandeirantes de Televisão. As edições do programa foram escolhidas de maneira aleatória entre os meses de setembro de 2017 e janeiro e março de 2018, para abarcar o máximo de variedade. Para o recorte específico foram escolhidas as matérias referentes a supostos delitos de tráfico de drogas, artigo 33 da Lei nº 11.343 de 2006. Dessa forma, foi possível perceber a formação de um contexto de “guerra”, a partir construção da figura de inimigo acerca do traficante de drogas, signo este construído a partir dos ditos e não ditos no programa Brasil Urgente, de maneira a violar garantias fundamentais, como a presunção de inocência, espetacularizando o processo penal.
O presente estudo pretende analisar os reflexos sociais, econômicos e eleitorais gerados pela cultura do medo na socie- dade e na política criminal brasileira, bem como quão profunda é a influência midiática nesse processo. É sabido que a popu- lação brasileira vive permeada pela incessante sensação de insegurança, ao passo que a mídia, de maneira sensacionalista, utiliza a criminalidade como produto a ser vendido aos especta- dores-consumidores, ocasionando a criação de um estereótipo da figura do delinquente e clamor social por medidas mais re- pressivas diante da criminalidade, gerando a expansão de um Direito Penal segregador e meramente simbólico, ao passo que a camada mais frágil da sociedade segue subjugada e carente de políticas públicas que atendam às suas reais necessidades.
2021
O artigo tenta compreender a percepção geral de um grupo de telespectadores sobre o programa policial Patrulha da Cidade, no Rio Grande do Norte, bem como a construção dos seus posicionamentos em torno da violência, segurança pública, justiça e direitos humanos. O objetivo busca refletir sobre os estímulos que levam os indivíduos a reproduzirem discursos de intolerância direcionados aos sujeitos que ameaçam a ordem social num tribunal midiático criado pelo programa, a partir do aporte teórico do desengajamento moral. A partir de entrevistas semiestruturadas esta pesquisa analisa as cumplicidades na construção do discurso moral da audiência a partir dos modos de endereçamento do programa.
Serie Pensando O Direito Ministério da Justiça, 2011
O presente trabalho de pesquisa teve como fio condutor uma inquietude: haveria uma discricionariedade excessiva do Poder Judiciário no estabelecimento dos valores de danos morais, capaz de comprometer a previsibilidade das decisões e o tratamento igual de casos iguais? Ou, formulando de outro modo: há segurança jurídica suficiente no sistema atual de cálculo de danos morais?
ENSAIO DEBATE: POLÍTICA BRASILEIRA DE DROGAS. RESUMO O trabalho não pretende ser mais uma crítica das políticas de drogas brasileiras; mas sim, a partir da última edição do Fórum da Liberdade de 2012 pretende debater os novos rumos de uma política criminal de drogas brasileira.
Quarentena reflexões sobre direito, política e violência, 2020
É bem verdade que não podemos julgar um livro pela capa, mas no caso desta obra, ela é inegavelmente significativa da nossa época. Change Game, de Banksy, não só representa uma nova escolha estética de quem deve ser adorado como herói, como também, ao circular o mundo pela internet, nos faz lembrar como nossas vidas estão intimamente inculadas à rede, mais agora quando nosso trabalho e interações sociais, como nunca, dependem dela. A presente obra nasce de uma inquietação em comum destes organizadores, especificamente sobre a necessidade de condensar textos de alta qualidade já publicados a respeito da pandemia do coronavírus, que versassem sobre direito, política e violência no período da quarentena. Nosso intuito, portanto, visava uma “aglomeração” virtual de ensaios críticos (já que respeitamos as medidas de isolamento), reunindo em um e-book – a ser disponibilizado gratuitamente – as contribuições de diversos autores e autoras sobre a temática. Os intérpretes do colapso sanitário que se instalou globalmente no ano de 2020 serão apresentados a seguir.
Se quisermos (...) conhecer o conhecimento, saber o que ele é, apreendê-lo em sua raiz, em sua fabricação, devemos nos aproximar, não dos filósofos mas dos políticos, devemos compreender quais são as relações de luta e de poder." Michel Foucault, em A Verdade e As Formas Jurídicas.
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