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2015
EnglishThe death drive is one of the most controversial concepts within the psychoanalytic community. Such notion, though, has had a major importance in Freudian theory and method. This text proposes a return to the birth and the evolution of this concept, as well as to its influence and its effects upon the analytic cure. Thus, it is under the sign of instinctual dualism, in which the death drive is to be taken into account, that the author interrogates herself about the clinic. portuguesA pulsao de morte e um dos conceitos mais controvertidos no seio da comunidade psicanalitica. Essa nocao, no entanto, tem sido de importância capital para a teorizacao e o metodo freudianos. Este texto propoe um retorno ao nascimento e a evolucao desse conceito, bem como a sua influencia e aos seus efeitos na cura analitica. Assim, e no registro do dualismo pulsional, no qual a pulsao de morte ha de ser levada em conta, que a autora se interroga sobre a clinica.
Revista DIAPHONÍA, 2020
Dentre as elaborações conceituais da psicanálise, a pulsão certamente ocupa um patamar de destaque e importância para o entendimento do funcionamento psíquico. Isso porque o estímulo pulsional, situado na fronteira entre soma e psique, atua como uma força incessante que requer satisfação através de modificações específicas da fonte interna emissora de estímulos. Contudo, esta formulação, durante o desenrolar das obras de Sigmund Freud, sofre alterações e desenvolvimentos diversos, tendo a presença de duas dualidades. A primeira, regida pelo princípio do prazer, descreve as pulsões sexuais e as suas conexões às pulsões de autoconservação. A segunda, entretanto, ultrapassa o princípio do prazer e descreve as pulsões de vida e as pulsões de morte. À vista disso, o presente estudo realiza uma leitura do conceito psicanalítico de pulsão – desde suas primeiras aparições até a elaboração final freudiana (pulsão de morte) – destacando suas vicissitudes no aparelho psíquico.
2016
Tradicionalmente definida como traumatica, como o que esgarca a rede representacional e alimenta a compulsao a repeticao, levando o psiquismo ao esgotamento e a dissolucao, a pulsao de morte apresenta, mais profundamente, uma outra face que e preciso sublinhar e que constitui o objeto central deste artigo. Se ela realiza um trabalho do negativo, a negatividade que ela expressa impulsiona a subjetivacao, pois sua atividade e seus efeitos sao absolutamente necessarios, entre outros, para a construcao do duplo limite psiquico (Green) e para a realizacao do primeiro trabalho psiquico verdadeiro (Rosenberg). Eis o paradoxo que pretendemos investigar: somente atraves dos desligamentos, dos vazios, das divisoes e das separacoes gerados pela pulsao de morte os processos de simbolizacao podem proliferar, se enriquecer e o psiquismo pode se complexificar. Iniciamos analisando a pulsao de morte como forca disruptiva para, em seguida, nos determos nas nocoes de ligacao e de desligamento. Finalm...
Berggasse 19, 2023
A pulsão de morte é, realmente… de morte! Ela tem sido um dos conceitos mais controversos e polêmicos da metapsicologia freudiana, com apoiadores e opositores ferozes. O livro de André Green (2010) Pourquoi les pulsions de destruction et de mort? (Por que as pulsões de destruição ou de morte?, ed. Blucher), bem como a quantidade de artigos sobre esse conceito (ou que o utilizam)-tal como indica uma das estatísticas da Psychoanalytic Electronic Publishing (PUB), com 5.302 referências-evidenciam a importância e a atualidade do conceito proposto por Freud em 1920. Evidentemente, perguntamos se a pulsão de morte [3] é um fato, um princípio universal da natureza, um tipo de verdade ou mentira sobre as dinâmicas que impulsionam a vida psíquica e a natureza humana, uma suposição metafísica, uma metáfora, uma especulação, um mito, um instrumento, um erro ou, ainda, e mais fundamentalmente, se ela é útil para resolver os problemas a partir dos quais foi proposta. Procuremos, então, dissecá-la, abordando seu entendimento de diversos pontos de vista, não todos, mas focando a atenção em Freud e Winnicott, e alguns comentadores. André Green (2010) propôs uma delimitação que, digamos assim, "puxa a sardinha" para o nosso lado, afirmando que é mais profícuo procurar compreensão da pulsão de morte no terreno da psicanálise, considerando-a uma "prata da casa", cujo sentido e referência não poderia ser encontrado noutros lugares. Para ele, a referência aos filósofos (próximos a Freud, como Schopenhauer e Nietzsche, ou, mais atual, Deleuze) é um caminho insuficiente para explicar essa concepção, avaliando que são decepcionantes, para a psicanálise, as respostas que a filosofia oferece. Ele, que tem apreço profundo pela pulsão de morte, afirma, neste sentido: "abandonemos, pois, toda esperança [de compreender a pulsão de morte] do lado da filosofia" (p. 9). [4] Ele propõe, então, que procuremos nossas respostas no campo teórico e prático da psicanálise, pois só nesse contexto semântico e epistemológico é que poderíamos encontrar seu sentido, sua gênese, seu referente e seu valor. Me proponho, aqui, a seguir parcialmente a mesma direção proposta por Green, explicitando o conceito no campo da psicanálise, mas, diferentemente dele, até mesmo contrariando-o parcialmente, começar pela filosofia, reconhecendo que nela encontramos fundamentos para compreensão da pulsão de morte, em acordo e reiterados pelo próprio Freud, para, então, abandonar as universalidades filosóficas em direção à práxis científica da psicanálise, visando analisar em que sentido Freud e Klein usaram a pulsão de morte, como conceito auxiliar especulativo, para entender e agir em determinadas situações e fenômenos clínicos. 3. O termo, em alemão, é Todestrieb (pulsão de morte), por oposição a Lebenstrieb (pulsão de vida), ambos compostos com a raiz Trieb. Em inglês, foi traduzido por instinct ou drive; em francês, pulsion; em português, instinto e pulsão. Winnicott, autor que terá um lugar central no desenvolvimento deste texto, utiliza, para esse referente, preponderantemente instinct e instinctual drive, sendo drive usado em diferentes contextos nem sempre referente aos instintos. Manterei, em geral, o uso afrancesado pulsão, visando referir-me ao Trieb de Freud, na sua especificidade. 4. As citações de obras cuja edição indicada na bibliografia é de publicação estrangeira foram traduzidas livremente pelo autor.
Psicologia USP, 2010
Com o advento do segundo dualismo pulsional freudiano, surge uma série de mudanças no entendimento da sublimação. Essa passa a se apresentar como a causa por excelência da desfusão das pulsões, o que nos leva a um paradoxo: ao mesmo tempo em que a sublimação é a base da cultura, ela é também causa da destrutividade no seio dessa mesma cultura. A pulsão de morte resultante da desfusão das pulsões, por sua vez, teria consequências tanto em cada indivíduo quanto na cultura como um todo, tal como o que se observa em relação ao primado da imagem na sociedade contemporânea. Este artigo busca discutir alguns dos efeitos da pulsão de morte desfusionada, entendida como resultado da sublimação, principalmente no que tange à sublimação implicada na criação literária.
2020
A fim de circunscrever minhas reflexoes no tema deste coloquio, que tem Pandemia em seu titulo assim como Sofrimento e Morte, proponho, como muitos colegas ja fizeram e ainda o farao, resgatar nocoes freudianas sobre a pulsao de morte e sobre a cultura. Ao mesmo tempo, trarei alguns elementos para pensar a pandemia como Acontecimento, de acordo com o aparato conceitual dado por Gilles Deleuze, em que o conceito de pulsao de morte tambem sera fundamental, entrando em novas composicoes. Se em Freud a pulsao de morte torna-se fundamental para compreender a agressividade e a repeticao, Deleuze efetua algumas torsoes conceituais para associa-la sobretudo a criacao.
Cadernos de Psicanálise | CPRJ, 2021
Quem acredita na pulsão de morte? Who believes in death drive? ______________ Octavio Souza5 * Resumo Com a noção de pulsão de morte, uma especulação ousada em que acreditou, Freud ampliou o campo da clínica ao trazer os processos de simbolização para o foco da investigação psicanalítica. Em sua posteridade, nos trabalhos de Klein, Lacan, Bion e Winnicott, a crença ou a descrença na pulsão de morte passou a ser conjugada nos termos das relações de objeto, dos paradoxos do gozo e da provisão ambiental. Na psicanálise contemporânea, o debate em torno da crença na noção se prolonga em um ambiente ecumênico que visa mais a comparação dos pontos de vista do que o embate polêmico. Palavras-chave: Pulsão de morte. Crença. Processos de simbolização. Lógica do significante. Gozo. Provisão ambiental. Uso do objeto.
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
O presente dossiê foi motivado pela comemoração neste ano de 2020 do centenário de Além do princípio de prazer. Nele, apresenta-se o que se convencionou chamar de segundo dualismo pulsional. Embrenhar-se por esse texto e construir a partir de seus
Reverso, 2024
Dificilmente se pode negar a íntima associação entre pulsão de morte e compulsão à repetição. Entretanto, isso não ocorre com um caráter acidental vinculado a tais conceitos, presente na argumentação de Freud em Além do princípio de prazer. Proponho neste artigo, resgatar a importância do caráter acidental para abordar a pulsão de morte. Porém, devido à vagueza com que a dimensão do acidente é tratada no ensaio freudiano, exploro-a por meio do conceito de contingência. Assim, sugiro que o conceito de pulsão de morte deve ser pensado na sua relação entre contingência e repetição.
Sofia, 2021
Uma das questões que possibilitou o nascimento de nosso trabalho foi como abordar o advento da pulsão de morte na teoria freudiana. Tendo em vista seu caráter fundamental na teoria psicanalítica, a escolha de um estudo teórico sobre a pulsão implica um delineamento de sua importância. Todavia, a pulsão de morte apresenta dificuldades em sua definição e, a linha da pesquisa adotada surgiu a partir da referência a essas dificuldades. Em outras palavras, propusemo-nos fazer uma pesquisa epistemológica sobre o advento da pulsão de morte. O conceito de pulsão só pode ser pensado, de acordo com a teoria freudiana, como o conjunto das pulsões de vida e de morte. Dessa maneira, torna-se difícil precisar se a pulsão é realmente um conceito científico. E, em decorrência disso, outra problemática que se faz presente na abordagem freudiana da pulsão é a proposta do dualismo pulsional. A grande questão envolvida nas definições elaboradas para a pulsão diz respeito à proposição da pulsão de morte...
Esta dissertação tem como objetivo a análise e articulação dos conceitos de trauma, repetição e pulsão de morte em Freud, embora algumas contribuições de psicanalistas pós-freudianos também sejam consideradas. A riqueza dos conceitos em questão se apresenta pelo seguinte paradoxo: ao mesmo tempo em que testemunham um limite do aparelho psíquico, lançam para o trabalho. O que motiva essa pesquisa, portanto, é justamente a indagação sobre as vicissitudes destes limites-limite do psiquismo e da representação, com o intuito de problematizá-los. Pois é preciso pensar sempre em uma dupla potencialidade do que se apresenta como limite: por um lado potência de abertura e por outro, agente de fechamento. Não queremos com isso diminuir a importância da representação no trabalho analítico como objetivo essencial, mas apontar para a importância da valorização e discriminação de modos de trabalho do psiquismo que não o trabalho representacional, buscando enfatizar a importância da negatividade para a o enriquecimento e complexificação do psiquismo. Palavras-chave Trauma; repetição; pulsão de morte; negatividade.
Revista Água Viva
Considerando o conto O imortal de Machado de Assis, objetiva-se entender como as pulsões de vida e morte entram em conflito na psique do personagem imortal. Para tanto, observam-se os conceitos de Freud e André Green tanto em relação às teorias pulsionais quanto ao conceito de imortalidade. Conclui-se que a imortalidade do personagem é fruto de um desejo narcísico que, por fim, acaba imbricando ainda mais as pulsões, e que possui ramificação pelo ato de escrita.
Pretensamente protegido pelo "Brexit", o bem-estar social se traduz, no Brasil, como manutenção de privilégios.
Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 2015
RESUMO:Pretende-se buscar na obra de Ferenczi (textos e notas publicadas em seu Diário) os indícios de seu distanciamento das orientações de Freud em relação à pulsão de morte. Com isso esperamos mostrar que com Ferenczi se inaugura uma clínica centrada nas relações precoces do Eu com seus objetos primários, abrindo caminho para repensar o papel do objeto na constituição psíquica. Para tanto, abordaremos seu conceito de introjeção, bem como suas reflexões acerca do trauma desestruturante.
Por que precisamos diferenciar a pulsão de apoderamento da pulsão de morte? Why do we differentiate the instinct to master from the death drive?
Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 2016
Resumo: A pulsão pode ser entendida como articulação de uma pressão contínua a uma forma descontínua (representante-representativo), paradoxo que constitui um impossível da representação. Três versões deste impossível são explorados: 1) o mistério cristão da Encarnação e a narrativa da Anunciação podem ser interpretados como invenções culturais visando dar conta da interseção originária Real/Simbólico; 2) os pintores do Renascimento buscaram lidar com este irrepresentável no seio da representação graças à invenção de figurae, "pan de tableau" fora do sistema representativo; 3) estes efeitos de "pan" como dissolução da forma podem ser encontrados na transferência, porém com funções diferentes conforme apareçam no início ou no fim da análise.
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2009
The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living é o título dado àquela que é, talvez, a obra máxima do artista plástico inglês, Damien Hirst (1965-). Trata-se de um tubarão-tigre, Rev. Latinoam. Psicopat. Fund ., São Paulo, v. 12, n. 3, p. 604-609, setembro 2009 conservado por imersão em formaldeído, dentro de um enorme cubo de vidro que dá à peça toda a portentosa dimensão de 4,3 metros. O tubarão foi “congelado” no centro do cubo (que funciona como uma espécie de vitrine tridimensional) em uma posição que, embora não faça ninguém duvidar do fato óbvio de que ele está morto, provoca certa estranheza, já que causa a impressão de ter sido, digamos assim, apanhado em movimento. Um pouco talvez como as pessoas petrificadas pela lava vulcânica em Pompéia, mas inquietante de um outro modo porque o tu- barão de Hirst mantém conservada, e de modo perene, a sua melhor forma física. É quase como se ainda fosse possível sentir medo pela ameaça inerente à sua pre- sença.
Em sua teorização da pulsão sexual, Freud a concebe como parcial, isto é, oriunda do órgão ou de uma parte do corpo, portanto alienada da experiência gestáltica do organismo biológico. A pulsão não se compromete com a conservação de uma unidade que desconhece. Pelo contrário, o objeto da pulsão está “meramente soldado” a ela, independente de uma potencialidade adaptativa. A pulsão, exógena ao aparato psíquico, não se subordina à regulação do prazer-desprazer. Assim, caracterizada pela errância da pulsão e por suas vicissitudes, a sexualidade humana não é tributária das leis que regem a vida e que tendem à manutenção desta. Qualquer modalidade de tratamento que visa à adaptação do homem ao meio trata o problema do humano pela chave biológica, onde comportamentos seriam orientados por caminhos pré- determinados e instintivos. Ao tomar como referência a pulsão freudiana para se pensar o homem, assume-se que não é uma ciência que pode decifrá-lo, mas um discurso talvez; uma vez que não se tratam organismos humanos, mas corpos desnaturados.
Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, 2021
O presente artigo objetiva analisar as consequências éticas da prática da distanásia, bem como suas implicações sobre a psique humana, por meio de um estudo interdisciplinar entre os direitos fundamentais eprincípios bioéticos, sob o viés psicanalítico da morte e do luto. Para tanto, a pesquisa foi realizada através do método bibliográfico, amparada por levantamento normativo. Nos resultados, verifica-se que a distanásia não se configura enquanto prática eficiente para proporcionar qualidade de vida ao paciente, sendo considerada contrária às técnicas mais avançados nas esferas de conhecimento médico e psicológico. Ao final, conclui-se que a distanásia culmina no prolongamento do sofrimento do paciente ao estender seu processo de morte.
Retomando a orientação freudiana e a ética da psicanálise, este artigo tem por visada justificar teoricamente a dissociação entre perversão e perversidade que nem sempre é clara nos discursos de psicologia. No senso comum, por exemplo, quanto à definição da perversão no dicionário, que faz pensar na maldade, na depravação, na corrupção e na malícia, é verdade, existem! A maneira como podemos tratar disso na clínica é outra questão, mas, por definição, não há regra! A perversão como conceito psicanalítico não tem necessariamente a ver com a perversidade, lugar em que tantas vezes acaba por ser alojada, mesmo em 342 ARTIGOS SONIA ALBERTI REVISTA MAL-ESTAR E SUBJETIVIDADE / FORTALEZA / V. V / N. 2 / P. 341 -360 / SET. 2005 textos atuais que se querem de vanguarda. Para o desenvolvimento do texto, parto comemorando ainda o centenário de Três ensaios para a teoria sexual (1905), de Sigmund Freud, questiono a existência de um abismo entre a sexualidade infantil e a adulta, articulo ambas com o desejo do Outro e os desígnios do supereu que, com Lacan, irão determinar a pulsão em relação com o objeto de gozo do Outro e verifico, teoricamente, a articulação entre tais referências, a castração do Outro e o mal-estar na civilização. No desenvolvimento, este artigo é uma tentativa de articular perversão, desejo e pulsão, a partir do grafo do desejo de Lacan que retomo passo a passo.
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