Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2014, Identidade
…
11 pages
1 file
A violência é um fenômeno social que tem se manifestado em todos os momentos da história da humanidade, desempenhando importante influência nas relações, e seu significado varia de acordo com o contexto sócio-histórico e com as normas e valores próprios de cada organização social. Principais vítimas da violência urbana, alvos prediletos dos homicidas e dos excessos policiais, os jovens negros lideram o ranking dos que vivem em famílias consideradas pobres e dos que recebem os salários mais baixos do mercado. Eles encabeçam, também, a lista dos desempregados, dos analfabetos, dos que abandonam a escola antes de tempo e dos que têm maior defasagem escolar. No presente trabalho pretende-se problematizar como este significativo contingente populacional vivencia as dinâmicas de violência e insegurança experimentadas em toda a sociedade. Como os jovens negros experimentam esse processo denominado sensação de insegurança? Como vivem a realidade de desigualdade social e econômica e as graves discriminações disseminadas em toda sociedade? Sem a pretensão de responder a tais questões, o texto trata em uma rápida exposição algumas destas questões tentando suscitar novas controvérsias. 1
Direito UNIFACS – Debate Virtual, 2019
O fim do século XIX e o alvorecer do século XX na Europa e nas Américas houve intenso debate sobre a questão racial.E, destacou-se como um dos mais expressivos grupos raciais nos EUA e no Brasil, a situação da população negra e seu papel na formação da identidade nacional, o que tornou um contumaz problema abordado por pensadores e políticos dos dois países. Registre-se ainda que a literatura não ficou insensível a este cenário. tão marcado pela influência de um discurso eugenista que enxergava a constituição do povo como um fator relevante para o progresso do país. Persistia a visão sobre o negro tanto nos EUA quanto no Brasil, como um ser inferior cuja a representação literária, por vezes, era parecida com os monstros presentes nas narrativas góticas oitocentistas. Houve idêntica discriminação 2 com a raça 3 amarela, oriental-asiática, mongoloide ou mongólica que foram termos utilizados para uma classificação de grupos humanos em antropologia, correspondente a uma raça. Aliás, a raça amarela habita as regiões da Ásia setentrional, Ásia Central, Sudeste da Ásia, com maior concentração na Ásia Oriental. Posteriormente, se descobriu que os primeiros nativos das Américas eram mesmo originários daquele continente, sendo estes, igualmente classificados como amarelos, até que a noção biológica de raças viesse a ser abandonada com o Projeto Genoma e, com isso, os indígenas passaram novamente a ser considerados um grupo humano distinto dos amarelos. A montagem do genoma é feita através da união de grande número de sequências de DNA que formam a 1 Professora universitária, pedagoga, advogada, mestre em Direito, mestre em Filosofia, Doutora em Direito, Pesquisadora-Chefe do Instituto Nacional de Pesquisas Jurídicas. Possui vinte e cinco livros publicados. É articulista e colunista dos principais sites jurídicos e revistas… 2 A discriminação racial é punida através da legislação nacional, norteada em documentos internacionais pela não discriminação. A Organização das Nações Unidas (ONU), através de recomendações, tem fortalecido, ainda mais, a legislação nacional e de diversos países em face do racismo. Desse modo, uma vez que a discriminação racial direta é facilmente detectada, existindo previsão legal para a punição de quem pratica racismo, há um maior receio da sociedade, tendo o número de atos racistas diminuído de forma considerável, porém, não pela conscientização das pessoas, mas por receio de sofrer alguma penalidade. 3 Pode-se afirmar que o termo "raça" deriva do italiano e foi encontrado desde 1180, aparecendo em francês em 14990, em espanhol em 1438 e, finalmente, em português desde 1473. Em castelhano antigo, o mesmo termo já existia para designar defeito num pano, desgaste ou enfraquecimento e, também, como defeito ou culpa, desde 1335, de onde pode advir o sentido pejorativo em algumas de suas principais acepções.
E-Compós, 2021
Discutimos o racismo na publicidade brasileira, investigando a representatividade negra em anúncios veiculados na revista Veja em 2019. Analisamos a representação das pessoas negras na publicidade pela intersecção de raça e gênero, posições de protagonismo, coadjuvância e figuração nos anúncios. O levantamento, realizado a partir da análise de conteúdo, somada a processos de heteroidentificação, é interpretado sob a perspectiva do feminismo negro, do pensamento interseccional e do consumo. Os resultados, apontam para baixos índices de representatividade, cerca de 1/3, inferior aos 53,9% de negros do Brasil, o que comprova as estratégias de invisibilização desse grupo na publicidade nacional.
Dissertatio, 2018
Apesar do racismo ser um fenômeno social amplo, seu estudo filosófico ainda está longe de constituir uma tradição de pesquisa no Brasil. Esse ensaio pretende contribuir para a superação desse estado de coisas a partir de uma análise filosófico-moral do racismo. Partindo da identificação das reações emocionais relatadas em entrevistas por jogadores de futebol brasileiros e da análise da obra Recordações do Escrivão Isaías Caminha do escritor Lima Barreto, eu identifico um conjunto de emoções comuns em contextos de ofensa racial, discuto sua natureza e avalio seu significado moral. Argumentarei que emoções como a raiva e indignação são relevantes para as vítimas de racismo para sinalizar a si mesmo e aos outros a inadmissibilidade de certas ações e comportamentos que envolvem ofensa racial; também defenderei que essas emoções podem servir como uma importante fonte de motivação para fazer algo em relação à ofensa sofrida. Por outro lado, emoções como o perdão e o arrependimento, também comuns nesses contextos, manifestam um tipo de solução pessoal com caráter político duvidoso, embora sejam moralmente importantes para evitar a vingança e promover reconciliação.
Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 2022
Este artigo descreve a natureza do policiamento sob o capitalismo racial nos EUA e defende a abolição da polícia. Ele faz um levantamento da história da polícia no país, concentrando-se principalmente nas ideias e práticas racistas contra os afro-americanos. Inclui a análise de casos recentes de assassinatos de negros pela polícia e discute os diversos movimentos por justiça racial, incluindo Black Lives Matter. A análise se baseia em uma ampla base de evidências históricas e contemporâneas e utiliza a literatura acadêmica em história, sociologia e ciência política, bem como fontes jornalísticas. Insecure: Policing Under Racial Capitalism outlines the nature of policing under racial capitalism in the USA and makes a case for the abolition of the police. It reviews the history of the police in the country, focusing particularly on racist ideas and practices against African Americans. It includes analysis of recent cases of police murders of black people and discusses the diverse movements for racial justice, including Black Lives Matter. It relies on an ample base of historical and contemporary evidence and widely utilizes both the academic literature in history, sociology and political science and journalistic sources.
2021
O texto apresenta reflexões a respeito da potencial produtividade teórica e heurística do conceito de “discursos racializados” para o campo da análise de discurso materialista. Do ponto de vista teórico, o conceito proposto ressalta a compreensão de que a tensão racial é um problema constitutivo à formação social brasileira, tendo em vista o modo de produção que a domina, fato que coloca questões para a noção de condições de produção e para o eixo de constituição discursiva. Do ponto de vista analítico, o conceito em pauta impõe a necessidade de, na mobilização do dispositivo de análise, exercer uma profunda escuta discursiva que considere as determinações históricas dos processos de racialização na sua relação com as materialidades do discursivo, refletindo, então, sobre os eixos da circulação e da formulação dos discursos. Através da reflexão empreendida no texto, chega-se à conclusão de que os discursos racializados não se limitam a discursos de ou sobre raça, podendo então interferir em outras instâncias discursivas
Contrafatual, 2022
Este ensaio comenta alguns exemplos de distorção do conceito de racismo em publicações jornalísticas no Brasil.
2020
"A branquitude (ou a brancura) não é o contrário de negritude. É oportuno lembrar que esses conceitos surgem e se enraízam nos discursos em diferentes momentos históricos, envolvendo fenômenos e propósitos diversos. Enquanto a negritude é um conceito tecido por um discurso êmico, para realçar sentidos de pertença e orgulho negro que o colonialismo destroçou, enquanto se elevou como voz regenerativa e em busca de afirmação identitária; a branquitude é um conceito elaborado a partir de um discurso ético, criado para desvelar certos processos e relações estruturais de dominação, para desmascarar a face oculta do colonialismo, como um operador sub-reptício de naturalização do branco e para transformá-lo em ideal e em universal." Do prefácio de Ilka Boaventura Leite.
2017
Apesar das nuances e interconexões entre ambas, existem basicamente duas interpretações sobre o modelo de relações raciais no Brasil: a primeira está relacionada com a dimensão harmoniosa desse modelo, seus defensores alegam que apesar da escravidão negra no Brasil, de profundas desigualdades raciais fruto desse processo e das constantes práticas discriminatórias, o modelo brasileiro seria superior àqueles implantados em países como EUA e África do Sul, paradigmáticos para estas comparações.
2013
Para muitos autores, o terrorismo, num passado recente, teve como primeiro "marco" o "atentado" ocorrido em 21 de Dezembro de 1988, na Escócia (Lockerbie). "O atentado de Lockerbie foi um ataque terrorista ao vôo 103 da Pan Am (…). O avião Boeing 747-121 partira do Aeroporto de Londres Heathrow em Londres com destino a Nova Iorque, e explodiu no ar logo acima da cidade escocesa de Lockerbie, matando 270 pessoas (259 no avião e 11 na terra) de 21 nacionalidades diferentes. Deste total, 189 vítimas eram cidadãos dos Estados Unidos da América." (Cfr. Wikipédia. [Consult. 09 Jun. 12]. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Atentado_de_Lockerbie). 11 Presidente da República à data.
As ilusões da cor: sobre raça e assujeitamento no Brasil. Beatriz, ao Marcelo, à Ana Paula, ao Dimas, ao Wallace, ao Moisés, ao Alexandre "Bolinho", e a tantos outros... À minha banca de qualificação, composta pelos professores José Moura e Ivana Stolze, que com suas sugestões e apontamentos me permitiram definir melhor o meu "campo de problematização". Aos professores de "hoje", do curso de pós-graduação em Psicologia Social da USP, em especial ao "Zeca" Moura Gonçalves Filho, à Vera Sílvia Paiva, à Leny Sato, ao Geraldo José Paiva e à Marilene Proença de Souza. E aos professores de "ontem", companheiros de viagem de outros tempos, mas que permanecem em mim pelo prazer de suas companhias. À Ana Jacó, à Heliana Conde e ao Cid Cortez. À equipe de todas as Bibliotecas pesquisadas para a realização dessa tese. Agradecimentos especiais à Michele de A. S. Moraes, Rogério Santana, Edeildo C. Correia, Sueli, Edinete e Cátia Matias. À Ângela Pinto, fiel "escudeira", que me auxiliou sempre que eu precisava e com seu jeito animado, tornava animado também os meus dias. 13 Essas definições estão presentes nos Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Mirador Internacional (1980) e no Dicionário eletrônico Aulete Digital (). Este último, por exemplo, em uma das definições desse sufixo caracteriza-o como o "tempo de exercício" de algo (cargo, função etc.). Ora, é esse sentido de temporalidade/temporariedade -que é definido pela sua duração, ou seja, por aquilo que é instável e não-permanente e que ao mesmo tempo perdura pela sua eficácia -que nos interessa enfatizar pelo o uso de termo acima descrito.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
Revista de Antropologia, 2004
Educação e Pesquisa
Comunicar, Insurgir: engajamentos metodológicos na pesquisa em Comunicação,, 2020
Horizontes Antropológicos, 2005
Cadernos de Estudos Lingüísticos, 2016
Geousp, 2020
Anais do ENELIN 2019, 2020