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MARTINS, L. B. . Contrabandistas, Piratas, Corsários e outros. Insight Inteligência (Rio de Janeiro), v. 40, p. 128, 2008.
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EMPRESÁRIOS 128
não são apenas uma localização geograficamente múltipla e historicamente determinada, são, antes de tudo, do meu ponto de vista, um espaço conceptual significativo que induz a repensar, porventura de modo radical, muitas das cartografias teóricas e culturais da experiência colonial e imperial portuguesa. Na figura do(s) Atlântico(s) Sul projectam-se, de facto, traços profundos do que foi o ultramar do ponto de vista da subjectividade portuguesa na época moderna. Espaço complexo e difícil de circunscrever, desde logo pela sua composição terrestre e marítima, o Império, por inúmeras circunstâncias que não cabe aqui examinar em pormenor, foi sempre marcado por assimetrias, contradições, distorções-contin-gentes e tácticas-que minaram na raiz a co-extensividade entre espaço e poder. Esta circunstância serviu de fundamento à construção imaginária, simbólica, idea-lizada de um império de dimensões universais a que correspondia uma soberania territorial bem mais exígua. O(s) Atlântico(s) Sul confirmam, assim, a modernidade do processo eminentemente simbólico de construção de um edifício imperial, que podemos sintetizar como uma não coincidência entre corpo político e corpo bioló-gico, entre povo e população do sistema metrópole-colónia (Vecchi, 2006: 181), e que muito deve ao movimento complexo bifronte de desterritorialização e reterritorialização simbólicas combinadas. Neste sentido, é compreensível que o(s) 1 Uso o termo simultaneamente no singular e no plural não só para evidenciar a sua complexidade incontornável através de uma forma linguisticamente congruente. Numa primeira versão do texto, tinha usado o termo em registo conceptual no singular, mas a redução à unidade da constelação de multiplicidades envolvidas era uma operação que sacrificava quase por inteiro a genealogia dispersa do(s) Atlântico(s) Sul. Julgo que a coexistência de singularidade e pluralidade que a forma escolhida proporciona consegue dar conta, mesmo que de maneira icónica e numa fase ainda incipiente de aglutinação do conceito, da aporia implícita na opção histórico-conceptual do(s) Atlântico(s) meridionais.
História, Histórias, 2013
Contratos e contratadores do Atlântico sul na segunda metade do setecentos.
O artigo procura mostrar como se construiu a hegemonia portuguesa no contrabando de escravos para o Rio da Prata durante a primeira metade o século XVIII. Na década de 1730 iniciou-se uma nova conjuntura, marcada por mudanças no contexto político e nova guerra anglo-espanhola que interrompeu as operações da South Sea Company no rio da Prata. Isso abriu caminho para o predomínio português, sendo que os traficantes luso-brasileiros passaram a tomar conta paulatinamente do negócio negreiro estabelecendo as conexões atlânticas necessárias para formação de uma rede de agentes envolvidos no comércio ilícito de cativos. O contrabando trans-imperial de escravos conectou os traficantes luso-brasileiros que operavam na Colônia do Sacramento aos dois principais portos negreiros da América portuguesa (Rio de Janeiro e Salvador).
Anos 90, 2017
O artigo procura mostrar como se construiu a hegemonia portuguesa no contrabando de escravos para o Rio da Prata durante a primeira metade o século XVIII. Na década de 1730 inicia-se um nova conjuntura, marcada por mudanças no contexto político e nova guerra anglo-espanhola que interrompeu as operações da South Sea Company no rio da Prata. Isso abriu caminho para o predomínio português, sendo que os traficantes luso-brasileiros passaram a tomar conta paulatinamente do negócio negreiro estabelecendo as conexões atlânticas necessárias para formação de uma rede de agentes envolvidos no comércio ilícito de cativos. O contrabando trans-imperial de escravos conectou os traficantes luso-brasileiros que operavam na Colônia do Sacramento aos dois principais portos negreiros da América portuguesa (Rio de Janeiro e Salvador).
2015
Trabalho de Conclusão de Curso (especialização)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, 2015.Nos últimos anos, o Atlântico Sul adquiriu maior relevância no cenário internacional. A existência de reservas de hidrocarbonetos trouxe a atenção de atores extrarregionais para a região. O Brasil busca incrementar a cooperação em defesa com países da costa ocidental do continente africano. Neste particular procura estabelecer uma maior influência na região, a fim de criar uma mentalidade sulatlântica. Ao perseguir este objetivo, não vislumbra a interferência de atores extrarregionais, notadamente de países membros da OTAN. No entendimento do governo brasileiro, tal interferência coloca em risco a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS). Concomitantemente, o governo brasileiro procura reaparelhar e modernizar suas forças armadas, notadamente a Marinha, com seu principal programa: o PROSUB. O protagonismo alcançado pelo Brasil confronta interesses antagônic...
RESUMO: Nesse artigo proponho descrever o processo histórico no qual o discurso da fetiçaria e o feitiço se transformou no discurso do fetichismo. Primeiro, vamos analisar o discurso da feitiçaria no mundo lusófono. De-pois, vamos contrastar esse discurso com a formação da Mandinga, termo africano que gerou uma forma de feitiçaria extremamente popular no Atlân-tico lusófono no século XVIII. Depois veremos como o termo português feitiço se transformou no discurso do fetiche, e do fetichismo, na África Oci-dental. Apresentando as transformações do discurso da feitiçaria no Atlânti-co, a minha proposta é tentar superar as descrições da história atlântica em termos de diáspora, separando a África como origem e lugar do passado, em oposição às Américas, ou ao Brasil, como lugar do presente e da recriação. A feitiçaria, a bruxaria, a magia no passado têm sido descritas por antro-pólogos e historiadores como tradições pré-modernas, sendo a moder-nidade ocidental baseada, pelo contrário, na ciência e no racionalismo. Mas uma crítica radical da modernidade burguesa pode chegar a defender que, na verdade, a nossa modernidade ocidental também é mágica; se bem que a magia da modernidade seria de um tipo específico: a ma-gia do capitalismo, a ilusão de que o valor econômico é capaz de produ-zir mais valor econômico, escondendo o trabalho humano que seria o 04_RA_Art_Sansi.pmd 24/07/2009, 11:26 123
2017
Desde as origens do Brasil, o Exercito Brasileiro voltou suas atencoes prioritariamente para a fronteira terrestre e a Amazonia. Na conjuntura atual, o Brasil tem buscado mudar seu foco do eixo Estados Unidos da America (EUA) - Europa para o seu entorno estrategico, que compreende nao apenas os paises da America Latina, mas tambem os paises da costa atlântica da Africa.
Faces de Clio
O artigo propõe uma discussão sobre circulação de pessoas e mercadorias por meio das rotas mercantis que convergiam para a Ilha da Madeira, demonstrando a inserção desse espaço geográfico em relações diretas e indiretas com outras partes do mundo, na primeira metade do século XVIII. Este recorte temporal foi escolhido por ser o momento de afirmação do vinho madeirense no mercado global. Corroboramos nossa hipótese a partir de um estudo de caso, analisando a trajetória de um dos mais atuantes capitães de embarcação do período analisado: o capitão João de Abreu. Além de aspectos geográficos como as correntes marítimas e os regimes de vento, o vinho que era um produto com bastante demanda nos mercados do período, e as estratégias e rotas empregadas pelos capitães que comerciavam o produto no período nos auxiliaram a analisar a Madeira em uma perspectiva global.
CADERNOS DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS, 2021
No século XXI, o Sudeste Asiático se encontra em uma delicada posição entre os locais onde mais são registrados ataques envolvendo piratas, ao passo em que um terço das trocas realizadas no mar através de navios passam por essa região. O objetivo deste artigo é fazer uma análise da pirataria no Sudeste Asiático, sobretudo nos recentes séculos XX e XXI, expondo os problemas debatidos por diferentes autores para compreender a ascensão recente da pirataria na região, como também os aspectos específicos com os quais a pirataria local lida e como ela se insere no contexto global do tema. Os documentos utilizados como referência são textos acadêmicos abordados no artigo de forma comparativa e complementar. Também, foram buscados como referência autores da região estudada para que a pesquisa englobasse uma visão amplamente internacional da pirataria. Além disso, foi realizada e utilizada como fonte uma entrevista com Cyrus Mody, membro do Serviço de Crimes Comerciais da Câmara de Comércio Internacional (CCI). As principais conclusões encontradas após a pesquisa revelam que a análise bibliográfica da pirataria como um problema internacional se encontra em um período de transição após radicais mudanças trazidas pela globalização e que, no Sudeste Asiático, os locais e formas com os quais os piratas atuam variam com o passar do tempo, de forma a contornar o controle burocrático proposto por estados e organizações. Ainda, fatores como a globalização e a crise asiática de 2003 colaboraram para o aumento da pirataria na região, sendo que o controle do problema se encontra sustentado por frágeis pilares de segurança.
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ASEI - Archivio Storico dell'Emigrazione Italiana, 2017
Afro-Ásia, 2000
Nação e Defesa, nº 128, 2011
Exercício da vigilância no Atlântico Sul: o caso do Frei Antonio Caldeira, 2022
Academia de Marinha. Memórias 2019, 2020
Anais X Reunião da SAB, 1999
Ilhas Literárias: estudos de transárea, 2018
Mana, 2003
Anais do 9. Encontro Internacional da História Colonial : dimensões globais e locais dos impérios coloniais: redes, circulação e dinâmicas (sécs. XV-XIX), 2024
"Demografia do tráfico Atlântico de escravos para o Brasil," Estudos Econômicos (São Paulo), 17:2 (1987), pp. 129-150.
Revista Brasileira de Cartografia, 2021
Anuário do Centro de Estudos de História do Atlântico, n.º 5, 2013