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2015, 7O Encontro Escravidao E Liberdade No Brasil Meridional
De acordo com o livro de assento de casamento de escravos encontrado na Paróquia Nossa Senhora de Belém, localizada no centro da cidade de Guarapuava, Paraná, os documentos comprovam que existiram casamentos de cativos no período referente a grande parte do século XIX. A presente pesquisa procura mapear os matrimônios ocorridos nessa região do sul do Brasil que foram documentados na paróquia da cidade, para, a partir disso, traçar a frequência e os motivos com que ocorriam casamentos de escravos. Para compreender um pouco mais sobre o assunto, utiliza-se de algumas pesquisas importantes que tratam de famílias negras e escravas no Brasil, bem como, o compadrio escravo e o dia a dia desses cativos que fizeram parte da história do Brasil. Quanto a formação das famílias escravas, talvez essas tenham se formado a fim de "apaziguar" as relações existentes entre escravos em si e entre escravos e seus senhores, considerando que tendo uma família, que proporcionasse raízes ao escravo, este agiria de maneira diferente na hora dos conflitos,
ufes.br
Resumo: O presente artigo tem como foco as relações de parentesco entre os cativos em Vitória, Capital da Província do Espírito Santo, durante os anos de 1800-1871. Para isso, recorremos às normas eclesiásticas, principalmente, as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. Tal documento canônico, paralelo com as normas civis contidas nas Ordenações Portuguesas, regulamentou a matéria do casamento no Brasil desde os tempos coloniais e manteve sua influência muito depois da Independência. Além disso, foram analisadas as informações coletadas em inventários postmortem, registros de casamento e batismo de escravos.
2015
As vesperas da Abolicao, o Espirito Santo permanecia intimamente ligado a escravidao. Essa situacao, somada ao fato do territorio possuir regioes com caracteristicas bastante diferentes dentro do mesmo recorte administrativo, o transforma em locus privilegiado para a pesquisa referente a escravidao. Aproveitando tal situacao, investigamos o perfil e a estabilidade da familia escrava – cuja existencia nao e mais assunto a ser debatido, posto que amplamente confirmado – nas Regioes Central e Sul da Provincia capixaba, procurando perceber as diferencas e semelhancas entre os cenarios de pequenas propriedades e aquele dominado pelas grandes fazendas cafeeiras, desde o final da Colonia (1790) ate a libertacao do ventre das mulheres cativas (1871). As fontes utilizadas pelos pesquisadores da familia escrava, e tambem por este trabalho, privilegiam analises quantitativas e demograficas. Contudo, ainda que se assemelhem a “retratos”, revelando apenas um breve instante da vida daquelas pesso...
The aim of this article is to investigate the process of Domingos da Silva de Oliveira, a slave from the Sertão dos Inhamuns condemned by the Inquisition of Lisbon for having used a consecrated host in the making of a patuá. The research makes it possible to know, to some extent, the trajectory of a man of African descent who, born in Brazil, traveled through several cities in the northern hinterland before being sent to prisons in Lisbon. In addition, it allows us to observe an intense relationship between the religious practices of the slaves and the cultural exchanges and transits they carried out in Brazilian territories.
Metodologias e Relações Internacionais: Debates Contemporâneos, vol. III, 2021
Este é o terceiro livro da série Metodologias e Relações Internacionais: Debates Contemporâneos, publicada pela Editora PUC-Rio. A série é fruto dos trabalhos do Laboratório de Metodologia (LabMet) do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio.
Revista Brasileira de História, 2006
Este artigo tem como objetivo enfatizar a importância do estudo das partilhas dos inventários na avaliação do impacto da morte dos senhores sobre os núcleos familiares dos seus cativos. Essa questão é de grande relevância para o estudo do parentesco escravo, uma vez que a freqüência nas separações de casais ou filhos está diretamente ligada à relevância dos altos índices de casamentos identificados pela historiografia. Além disso, o artigo chama a atenção para a importância de uma metodologia de entrecruzamento de vários tipos de fontes para um mesmo grupo de cativos, tanto para o mapeamento dos grupos de parentesco, quanto para a apreensão dos destinos deles na divisão dos bens dos seus proprietários.
Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, 2020
A formação dos laços familiares entre os escravos foi de vital importância para o fortalecimento de grupo, pois puderam reverter suas relações em ganho, construir espaços de sociabilidades, podendo ampliar os limites de sua unidade familiar. A fim de aprofundar no tema, o objetivo desse trabalho é analisar o perfil familiar dos escravos na freguesia de São Paulo do Muriahé, no século XIX, região marcada por forte presença de filhos ilegítimos e padrinhos livres, e ainda entender como foi organizada as redes de sociabilidades dos escravos com os demais grupos. As fontes utilizadas serão os registros de casamentos e batismos, além das listas de matrículas de escravos e o censo de 1872.
1999
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2008
Regimes demográficos são um tema que tem preocupado os estudiosos da população européia desde os anos 1960. No caso do Brasil, apesar de a discussão desse tema na demografia histórica nacional remontar à década de 1980, através do trabalho pioneiro escrito por Maria Luíza Marcílio e, posteriormente (início dos anos 2000), retomada e ampliada por Sérgio Odilon Nadalin, os regimes demográficos têm recebido pouca atenção de nossos historiadores demógrafos. No intuito de avançar para a discussão sobre os regimes demográficos propostos para o passado brasileiro, este trabalho procura contribuir sobre os regimes demográficos da escravidão através da caracterização da demografia escrava e da reconstituição de trajetórias familiares de cativos em uma área voltada à criação de gado e ao abastecimento interno. Embora Nadalin tenha avançado em relação a Marcílio na reflexão do regime demográfico da escravidão ao incorporar novos elementos econômicos, socioculturais e demográficos, esses autores apresentam o regime demográfico da escravidão partindo de uma realidade muito mais próxima das plantations. Esperamos, dessa forma, chamar a atenção para a existência de trajetórias demográficas da população escrava diversificadas de acordo com o período e o contexto econômico em que se encontravam, além de trazer novos ingredientes para o estudo da escravidão.
Revista Latino-Americana de História, 2012
Resumo: Em decorrência das novas relações sociais advindas com a Lei Rio Branco (2.040, de 28 de setembro de 1871), muitos senhores de escravos, na cidade de Porto Alegre, recorreram à Justiça com a finalidade de obterem a tutela dos filhos ingênuos de suas escravas. Este estudo analisa, à luz da História Social, os processos de tutela em que os senhores de escravos, na capital do Rio Grande do Sul, recorreram ao Juízo dos Órfãos como forma de perpetuarem a servidão por meio da tutela dos ingênuos. Ao se analisar os processos judiciais de tutela, verificou-se que a tutoria de menores foi uma estratégia empregue pelos senhores para continuarem a usufruir dos serviços dos filhos das escravas, bem como mantê-los sob seu domínio. Palavras-Chave: Escravidão. Tutela. Porto-Alegre. Abstract: As a result of new social relations stemming from the Lei Rio Branco (2.040, September 28, 1871), many slave owners, in the city of Porto Alegre, resorted to the Justice in order to obtain the protection of children naive their slaves. This study examines, in light of Social History, the processes of trusteeship for the slaveholders, in the capital of Rio Grande do Sul, that the Juízo dos Órfãos as a way of perpetuating slavery through protection of naive. When analyzing the guardianship proceedings, it was found that the mentoring of children was a strategy employed by the masters to continue to use the services of the children of slaves and keep them under his rule.
Resumo O objetivo deste trabalho é estudar as relações familiares e de parentesco dos escravos em Juiz de Fora, região de plantation na Zona da Mata Mineira, no decorrer dos oitocentos. Para tanto, foi feito o intercruzamento de fontes variadas relativas aos mesmos grupos de cativos pertencentes a três famílias abastadas, procurando sempre que possível acompanhar esses escravizados ao longo do tempo. Houve a preocupação de investigar as famílias senhoriais proprietárias desses cativos. Analisamos como se deu a manutenção e/ou a ampliação das posses cativas, se por meio do tráfico e/ou da reprodução natural, fatores que influenciavam a formação das famílias escravas. Da mesma forma, procuramos avançar um pouco mais na compreensão das relações familiares dos cativos e de sua estabilidade, bem como na avaliação da importância da família escrava para os projetos de obtenção da liberdade por meio da alforria.
Revista de História Regional, 2007
Edson Fernandes * * 1. Estudos sobre a família escrava * Este trabalho é parte da dissertação de mestrado apresentada, em abril de 2003, ao
Neste texto, trataremos das transformações de alguns direitos de propriedade dos escravos da Fazenda de Santa Cruz já no contexto de colapso do paternalismo e do fim do escravismo. Sabemos que os termos da transição para liberdade foram intensamente disputados por senhores e cativos, conforme já bem demonstrou Hebe Mattos. Portanto, resta-nos saber se esta comunidade escrava foi capaz de fazer frente a negociações cruciais para a consolidação ou ampliação de seus direitos. Ao usarmos o termo ‘direitos’ estamos tomando nossa posição no que diz respeito às origens e aos usos de recursos, que por outros podem ser lidos como ‘privilégios’ ou ‘concessões’ senhoriais. Encarando-os como direitos, ressaltaremos o caráter coletivo e regulado destas concessões, possivelmente fruto de negociações com os senhores, sancionadas não apenas no campo dos costumes, mas também nos regulamentos da Fazenda desde o tempo dos jesuítas. Por outro lado, são direitos porque melhoravam as condições de vida das famílias escravas e por isso eram almejados com grande expectativa pelos próprios cativos. Trataremos especificamente de alguns direitos de propriedade, aqueles que nos remetem ao campo da subsistência e da autonomia na gestão do tempo, do trabalho familiar e de seus frutos. Falamos, por exemplo, do direito a ter um fogo e uma casa; do direito de criar animais; do acesso a recursos naturais naquele tempo indispensáveis para a manutenção de uma família: a terra para produção de alimentos, a caça, a lenha e a água. Entendemos estes como direitos de propriedade, na medida em que regulam o acesso a meios de produção, a apropriação dos seus frutos e a possibilidade de legá-los ou transferi-los. É mister reconhecer as influências de E. P. Thompson e Rosa Congost nesta abordagem, já que encaramos como direitos não apenas o que sanciona a lei, mas aquilo que emana da tradição, do costume e do processo social, e também o que é reivindicado por grupos sociais como direito, mesmo que fora da lei ou em suas brechas. Encarados dessa forma, a análise da transformação destes direitos nos obriga a integrar neste texto aspectos que quase sempre são estudados separadamente: grupos sociais, condições de vida, trabalho, produção, o papel da lei e do Estado, hábitos, costumes e tradições.
Estudos Avançados, 2019
resumo A contribuição agrupa os diferentes estudos desenvolvidos pelo autor sobre a forma de Padre Vieira entender a escravidão, organizados em cinco tópicos-chave, a saber: a adesão aos termos da Segunda Escolástica; o processo de incorporação do indígena ao corpo místico do Estado; os termos usados pelas autoridades portuguesas para definir a missão atribuída a Portugal no Novo Mundo; a natureza indissolúvel do nexo entre conveniência e consciência suposto no chamado antimaquiavelismo; e, por fim, as práticas de conversão adotadas pelos jesuítas no Brasil.
Resumen Este trabalho reconstitui as trajetórias de famílias escravas pertencentes a duas gerações de escravistas. Apresentar a família de Adriana e Damião não ocorreu ao acaso. Marcada pela violência, a história desse casal de cativos é muito mais rica e complexa do que poderíamos considerar. Envolve uma gama de atores de variados estratos sociais: livres, escravos e libertos que teceram suas relações ao longo de décadas. Esse poderia ter sido mais um assassinato com motivações passionais, não fosse o fato de Adriana e Damião terem nascido em uma mesma escravaria, seus pais terem sido companheiros de cativeiro e seus proprietários descenderem de uma importante família de escravistas do norte paulista (e sul de Minas), a dos Junqueira. Participo a V. S a. [delegado de polícia] que chegando eu hoje em minha casa, achei a minha escrava Diriana (sic) sua filha, ambos matadas pelo escravo Damião, marido da dita escrava, por isso commonico a V. S a para dar as providências necessárias. P...
Nas últimas décadas, a história da família tem atraído cada vez mais a atenção de pesquisadores. Novos olhares e interpretações a partir de fontes variadas têm permitido adentrar intimidades do passado e perceber que a “família tradicional” – conceito idealizado em moldes cristãos e por certo tempo tomado pela historiografia como hegemônico, independentemente de tempo e espaço –, é apenas uma dentre as diversas manifestações desta esfera de organização humana ao longo da história. Esta obra é fruto de um encontro entre historiadores de diversas gerações, representando um esforço conjunto na exploração das dinâmicas familiares e suas interfaces, daí resultando um panorama diversificado, em textos que abrangem desde o século XVIII até o início do século XX.
2021
Regina Moreira e Márcio Santos, entre muitos outros. Vocês fizeram parte de um momento muito marcante da minha vida e jamais serão esquecidos. A minha grande família não tenho palavras para agradecer tanta paciência, companherismo e solidariedade, pois todas as minhas conquistas foram, sobretudo, resultado de um empreendimento familiar. Faltam-me palavras para agradecer aos meus avós, especialmente a "Mãe Tiago" e "Pai Juáro" (in memória), aos meus tios, primos e demais agregados, aos meus irmãos Ana Cláudia,
O objecto de estudo do nosso trabalho centrou-se na análise de parte do arquivo da família Sousa Costa que se encontra na Universidade Fernando Pessoa e cuja dispersão, fruto da vontade de seus herdeiros, abordaremos mais adiante. Num primeiro contacto que tivemos com o acervo documental da família Sousa Costa procuramos identificar e inventariar todas as espécies documentais do arquivo e verificamos a existência de um grande volume de correspondência recebida pelo escritor Alberto Mário de Sousa Costa, sendo este manancial de informação de relevante importância, optamos por centrar a nossa análise nesta série documental, procurando demonstrar as potencialidades, que oferece para o desenvolvimento de estudos em diferentes domínios científicos.
2016
Na presente comunicação pretendo apresentar uma parte da pesquisa que desenvolvo sobre as famílias escravas da capitania-depois província-, do Rio Grande de São Pedro, entre 1750 e 1835, período de pleno funcionamento do tráfico atlântico. Procuro demonstrar que diferentemente do que foi enfatizado pela historiografia tradicional, o escravo não apenas foi bastante representativo nesta região de economia interna, voltada para agropecuária, como também teve acesso a relações sociais estáveis. Para desenvolver essas idéias fundamento o presente trabalho numa associação entre análise estatística e estudos de casos que visam ampliar a capacidade de deduzir estabilidade nas relações entre cativos, ultrapassando a simples defesa da contínua presença dessas relações parentais, através da análise de gerações de cativeiro, ou seja, do estudo sobre como se comportava determinadas famílias no interior de propriedades locais. Em especial, pelo acompanhamento em diferentes documentos, (registros paroquiais de batismos, óbitos e casamentos, inventários post-mortem, censos e ações de liberdade), para os mesmos grupos de escravos, como o que será apresentado através do plantel de Mateus Simões Pires que, sem ser tomado como representativo, apresenta-se como um instrumento importante, principalmente para a análise de estratégias de relação interpessoal. Essas famílias, compreendidas como "formas de controle", e "manutenção de paz" para os senhores, representavam para os escravos "estratégias de sobrevivência" e "resistência cotidiana". Fossem elas consagradas pela Igreja Católica ou não, foram, sem dúvida, alicerces para a vida comunitária dos cativos ainda que tenham se constituído e mantido no tempo contando, também, com os reflexos do ciclo familiar dos senhores, como pretendemos demonstrar no decorrer da pesquisa.
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