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2019, Profanações
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O presente artigo toma como ponto de partida reflexões realizadas por Giorgio Agamben acerca da pintura O esfolamento de Marsias, de Ticiano, para pôr em questão a relação entre a “inspiração” artística e o trabalho do pensamento crítico enquanto trabalho de luto. Assim, recorre a conexões entre os pensamentos de Agamben e de Benjamin, no intuito de tomar do filósofo alemão indicações sobre a “melancolia barroca” que permitam sustentar a hipótese de que o quadro de Ticiano, ao representar o próprio pintor como Midas buscando ouvir o “lamento” de Marsias, seja “exemplar” do luto que corresponde tanto ao trabalho do filósofo quanto ao do artista. Isso porque ambos tomariam como “objeto” aquilo que é irrepresentável ao olhar e impossível à palavra: a relação, sempre pendente, entre potência e impotência. Palavras-chave: Lamento. Linguagem. Impotência. Criação artística. Luto.
Os limites da linguagem e o excesso de significação, 1995
Artigo sobre os 80 anos de "Vidas secas", de Graciliano Ramos, e outras secas que persistem na nossa sociedade.
Nau Literária. Crítica e Teoria de Literaturas em Língua Portuguesa, 2008
Género do discurso a que o emissor recorre por lhe reconhecer um poder essencialmente terapêutico mas também por tradicionalmente se lhe atribuir um poder mágico ou divino de destruição de um oponente, a praga (do latim plaga: “golpe”, “ferimento”, “calamidade”, nos sentidos próprio e figurado) é ao mesmo tempo discurso de ameaça e sátira, discurso de predação impiedosa de um adversário que deve sucumbir à força de palavras e gestos investidos de poder sobrenatural. Neste artigo, a partir de muitas dezenas de pragas recolhidas por mim quer da oralidade quer de monografias, contos, romances, etc. (que, por sua vez, as foram buscar à oralidade ou nela se inspiraram), proponho-me construir uma teoria (literária, cultural e antropológica, principalmente) da praga.
São Paulo: Puc, 2007
This paper seeks to analyze a language structure which, taken to a different sphere, a different discursive practice, a different culture, leads to the appearance of equally differing discourses which, in turn, point to the language assets and to its discursive productivity in different contexts. Based on the concepts of sphere and dialogical relations, both stemming from Bakhtinian terminology, and taking into account that language studies practiced by different trends of discourse analysis agree on the fact that they all seek to understand the production of meaning by means of historical, social and cultural dimensions, this paper aims, mainly, at observing the verses of a Brazilian contemporary song in which the verb vir (to come) is used in its pronominal form vir-se (also to come). Noticing the presence of this form Filol.
Discursar significa para já: indicar o lugar. Significa então: prestar atenção ao lugar. Ambos, o indicar o lugar e o prestar atenção ao lugar, são os passos que preparam um discurso. Contudo, estamos já a arriscar muito quando, de seguida, nos limitamos aos passos preparativos. O discurso termina, como é próprio de um caminho de pensamento, numa questão. A questão pergunta sobre a localidade do lugar. O discurso fala de Georg Trakl mas apenas de forma a considerar o lugar do seu poema. Para a época que se interessa historiográfica, biográfica, psicanalítica e sociologicamente apenas pela expressão despojada, tal procedimento é claramente tendencioso, senão mesmo errado. O discurso considera o lugar [2]. Originariamente, o nome Ort [lugar] significava a ponta da lança. Nela tudo se conjuga. O lugar congrega para si, para o mais elevado e para o mais extremo. O que congrega, penetra e essencia-se em tudo. O lugar, o que congrega, recolhe, guarda o recolhido, não como uma cápsula que fecha, mas antes vislumbrando e alumiando o recolhido, libertando-o apenas assim para a sua essência. Agora há que discursar sobre aquele lugar que reúne o dizer lírico de Georg Trakl num poema, o lugar do seu poema. Cada grande poeta poetiza apenas a partir de um único poema. A grandeza mede-se no facto de o poeta ser confiado de tal modo a esse único poema, que é capaz de nele preservar, puro, o seu dizer poético. O poema de um poeta mantém-se não dito. Nenhuma das várias poesias, nem sequer o seu todo, diz tudo. Contudo, cada poesia fala a partir do todo do poema uno, dizendo-o de cada uma das vezes. Do lugar do poema brota [38] a onda, que move de cada vez o dizer como dizer poético. Porém, a onda não parte do lugar do poema, antes o seu brotar deixa refluir todo o movimento do dizer para a origem que se vela sempre mais. O lugar do poema abriga como fonte da onda motriz a essência velada daquilo que, para a representação metafísica-estética, pode surgir, para já, como ritmo.
Pontos de Interrogação — Revista de Crítica Cultural
Neste artigo, pretendo especificar como um tipo particular de conhecimento sobre o mundo (affordances) interage com um tipo específico de conhecimento linguístico (construções) para produzir significado. Para isso, identificarei alguns processos envolvidos nessa integração, alguns tipos de combinação possíveis e algumas consequências semânticas dessas combinações, adotando o mecanismo de indexação proposto por Glenberg e Robertson (1999), de acordo com o qual, a compreensão de enunciados engloba três procedimentos: indexação, derivação e combinação de affordances, com base em restrições físicas e biológicas, bem como restrições sintáticas fornecidas pela sentença. À medida que a cognição se desenvolve na interação organismo-ambiente, a maneira como semantizamos o mundo depende sobremaneira dos recursos biológicos e físicos fornecidos pelo ecossistema do qual fazemos parte. Integrados ao ecossistema, gerenciamos inputs, percebemos, reconhecemos e associamos entidades em tempo real e,...
Revista Brasileira de Literaturas e Teologias, 2011
Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, transmitida ou arquivada desde que levados em conta os direitos dos autores. Fábio Marques de Souza; Angela Patricia Felipe Gama [Orgs.] Mídia, linguagem e ensino-Diálogos transdisciplinares. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013. 278p.
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Calidoscópio, 2014
Porto Arte , 2020
Revista da Abralin, 2018
outra travessia, 2013
Filologia e Linguística Portuguesa, 1999
Educação e os múltiplos sentidos da linguagem, 2024
Interdisciplinar: revista de estudos de língua e literatura, 2007
Suzi Frankl Sperber, 2020
Suleando conceitos em linguagens: decolonialidades e epistemologias outras volume 2, 2024