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2006, Cadernos Cenpec | Nova série
compreensão do papel educativo da cidade e a possibilidade de torná-la educadora implica a realização da utopia de, intencionalmente, transformarmos as relações e as formas da cidade em processo indistinguível e dialético de transformação da própria sociedade. A cidade como espaço de realização e concretização da produção material e simbólica dos seres humanos, em nossa época, abriga, em seu território, os frutos da interação das sociedades com seu patrimônio ambiental, cultural e urbano, bem como as desigualdades originárias das relações sociais que marcam este momento do capitalismo. Desigualdades que têm roubado dos cidadãos o direito à cidade. Nosso foco, o que nos orienta, quando falamos em transformação, é discutir a cidade como direito, especialmente daqueles que não a têm como deveriam. Tempo e cidade Essa perspectiva, aparentemente óbvia, implica, entretanto, lançarmos nosso olhar para um horizonte mais amplo que o do atendimento às necessidades materiais imediatas-o que já se constitui, per si, em tarefa extremamente complexa e complicada em um país historicamente dependente como o nosso-um horizonte que possa contribuir para que desvelemos o movimento de Cadernos Cenpec 2006 n. 1
Cadernos de História da Educação, 2008
Embora assumindo abordagens diversificadas, as pesquisas sobre escola partem do reconhecimento da existência de uma cultura própria dessa instituição. Cultura essa que a conforma de uma maneira muito particular, com uma prática social própria, única. Seja cultura escolar ou cultura da escola, esses conceitos acabam evidenciando praticamente a mesma coisa, isto é, a escola é uma instituição da sociedade, que possui suas próprias formas de ação e razão, construídas no decorrer da sua história, tomando por base os confrontos e conflitos oriundos do choque entre as determinações externas a ela e às suas tradições, que se refletem na sua organização e gestão, nas suas práticas mais elementares e cotidianas, nas salas de aula e nos pátios e corredores, em todo e qualquer tempo, segmentado, fracionado ou não. Trata-se, portanto, do entendimento da cultura como um sistema de significações. Para essa interpretação, os terrenos de produção da Sociologia, História e História da Educação têm sido reconhecidamente um bom lugar para se pensar e dar novo significado a algumas pautas teórico-metodológicas, tais como: o tempo escolar, o espaço, o currículo, os manuais, as autobiografias, as memórias, os diários, os aportes metodológicos; articulando-se com os conceitos de habitus, campo e práticas. Pesquisas sobre a cultura escolar em quatro cidades diferentes (Campos/RJ; Jundiaí/SP; Uberlândia/MG e Campo Grande/MS) evidenciaram a existência de escolas "exemplares", referência de qualidade e de formação, e de um processo de construção da identidade de cada cidade vinculada, pelo menos em determinado momento histórico, à identidade dessas escolas. O lugar da escola no tempo da cidade indica um projeto de sociedade em que espaço e tempo estão entrelaçados em uma e outra, através de práticas sociais em que se definem e redefinem mutuamente. Nos limites deste texto, as análises recaem sobre a Escola Maria Constança de Barros Machado, e a cidade de Campo Grande/MS, constituída na terceira fase do processo de urbanização e modernização das cidades brasileiras.
Dedicamos este livro às mulheres e aos homens, aos velhos e aos novos habitantes com quem temos dividido, há algum tempo, as histórias e histórias da cidade de Porto Alegre. Esta obra é uma forma de lhes devolver o seu lugar ético de narradores da cidade e guardiões de uma memória coletiva. Nossa dedicace aos que nos ensinaram a narrar o mundo, nossos pais.
A CASA EM DEBATE CADERNO TEXTOS, 2015
O texto trata das relações entre História, Memória e Patrimônio Cultural, tomando como mote o caso da criação do novo Museu da Acrópole em Atenas. Referências bibliográficas: BONATES, Mariana Fialho. “El Guggenheim y mucho más” Urbanismo monumental e arquitetura de grife em Bilbao. Pós São Paulo, v.16 n.26, dezembro 2009, p. 62-91. GARCIA, Luiz H. A. Patrimônio urbano e música popular: narrativas plurais na cidade e no museu. IV SIAM (Seminário de Pesquisa em Museologia dos Países de Língua Portuguesa e Espanhola) / 21 ICOFOM LAM. Petrópolis: MAST/UNIRIO, 2012. (Seminário). 15p. GARCIA, Luiz H. A.; RODRIGUES, Rita. L. O tempo, a carne e a pedra: reflexões sobre o patrimônio em Belo Horizonte. In: Regina Helena Alves da Silva; Paula Ziviani. (Org.). Cidade e Cultura: rebatimentos no espaço público. 1ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2016, v. 1, p. 234-252. HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. HERZFELD, Michael. A place in History: Monumental and Social Time in a Cretan Town. Princeton: Princeton University Press , 1991. JEUDY, Henry-Pierre. Espelho das cidades. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2005. KIRSHENBLATT-GIMBLETT, Barbara. Destination Culture: Tourism, Museums, and Heritage. California: University of California Press, 1998. KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado. Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, Editora PUC Rio, 2006. LEITE, Rogério Proença. Contra-usos da cidade: lugares e espaço público na experiência urbana contemporânea. 2. ed., rev e ampl. Campinas, SP: Ed. da UNICAMP; Aracaju: Ed. da UFS, 2007. LEPETIT, Bernard. Por uma nova história urbana. São Paulo: EDUSP, 2001. LOWENTHAL, David. The past is a foreign country. Cambridge: Cambridge Univ. Press, 1985. MARSHALL, Christopher. Athens, London or Bilbao? Contested narratives of display in the Parthenon galleries of the British Museum. In: MACLEOD, Suzanne, HANKS, Laura Hourston and HALE, Jonathan (eds). Museum Making: Narratives, Architectures, Exhibitions. London and New York: Routledge, 2012, p. 34-47. MOTTA, Lia. O patrimônio das cidades. In: SANTOS, Afonso C.M. dos, KESSEL, Carlos, GUIMARAENS, Cêça (Orgs.). Livro do Seminário Internacional Museus e Cidades. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2004, p.123-152. RODRIGUES, Rita. L.; GARCIA, Luiz Henrique A.; RIVERO, Elena L.; VEIGA, João Marcos. Enquadramentos da apropriação do espaço urbano: a fotografia como ferramenta de documentação e pesquisa das temporalidades históricas do patrimônio e do urbanismo. In: Anais do 4o Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação. Belo Horizonte: Ieds, 2015. v. 1. p. 1-19. STAVRIDES, Stavros. Urban Identities: Beyond the Regional and the Global. The Case of Athens. in: AL-QAWASMI, Jamal; ABDESSELEM, Mahmoud and DJERBI, Ali (eds.) 2008, Regional Architecture and Identity in the Age of Globalization, Proceedings of 2nd International Conference of CSAAR, Tunis, pp. 577-588. WALSH, Kevin. The representation of the past: museums and heritage in the postmodern world. London: New York: Routledge, 1992. ZUKIN, Sharon. Paisagens urbanas pós modernas: mapeando cultura e poder. In : ARANTES, A . O espaço da diferença. São Paul: Papirus, 1999.
As investigações arqueológicas das últimas décadas comprovam que a necessidade humana de ordem se mostra na formação dos mais antigos assentamentos, particularmente na escolha do sítio de implantação e na formação dos espaços de circulação. As ocupações já indicavam uma organização das distâncias segundo o tempo desejado para um deslocamento de acordo com a passagem dos distintos modos, pedestres e veículos. O objetivo deste artigo é mostrar que o tempo, desenhado pela velocidade, é desde os primitivos assentamentos humanos, uma ferramenta que modela as cidades através da configuração das redes de caminhos e de vias urbanas.
Este breve editorial aponta o retorno da cidade, como um tema central ao entendimento da sociedade urbana no século XXI. Devido a tal entendimento, propomos algumas interpretações gerais da cidade como sendo uma abstração, uma representação da vida pública, da esfera ética e política, por fim, uma visão de totalidade sobre o que é objetivo e o que é subjetivo. Elabora-se tal reflexão considerando três campos entrecruzados: a cidade admissível; a cidade conceituada a partir do "eu" e o campo da coexistência onde habitamos e somos habitados.
2021
O Funchal é membro da Rede Internacional de Cidades Educadoras desde 2014 e, como tal, tem apostado na educação numa vertente não formal e informal, como ferramenta de transformação social. Neste âmbito, têm sido desenvolvidos programas direcionados a crianças, jovens e adultos, por forma a promover uma educação integral, inclusiva e ao longo da vida, nas mais diversas áreas, nomeadamente ambiente, património natural e construído, literacia financeira, proteção civil, igualdade de género, leitura e alimentação saudável, estando estes alinhados com alguns dos objetivos do desenvolvimento sustentável.
A antiguidade grega distinguia dois conceitos de tempo: o kronos e o kairos. O kronos era o tempo sequencial, regido pelo movimento da Terra em torno do Sol. Era o tempo quantitativo, cronológico, que hoje medimos em meses, dias, horas, minutos, segundos. O kairos era o tempo da oportunidade, um tempo qualitativo, que apelava ao equilíbrio e ao sentido do momento certo. Era o tempo das estações do ano e dos ritmos naturais, mas também das ocasiões irrepetíveis, que hoje associamos a janelas de oportunidade. O kairos é o tempo da educação – uma educação que não se ajuste aos tempos a que se destina não cumprirá a sua missão. O ajuste entre kairos e educação não é, no entanto, fácil de encontrar. Já Dewey alertava para as insuficiências de uma aprendizagem que é “o produto cultural de sociedades que crêem que o futuro será igual ao passado”. Estaremos nós a respeitar este alerta? Estaremos a ter em conta as práticas e valores que o futuro reserva para os nossos alunos? Ou estaremos a prepará-los para um passado que nós próprios já vivemos e que, como a água do rio, nunca mais voltará?
Urbana, 2013
Trata-se de uma pesquisa que intenciona tomar contrações e dilatações do tempo, em suas relações com os modos de vida no contemporâneo, na cidade. Há uma tentativa de delinear experimentações, que por meio de desvios e desalinhos, desenham um tempo rizomático. Para tal, a pesquisa primou pela processualidade em seus fazeres, forjando seus aliados pela conversa, acompanhando olhares da cidade de Vitória (Espírito Santo) em quatorze de seus habitantes, que dialogam com os modos de habitar a cidade e sua relação com uma produção de subjetividade. Para tanto, nas trilhas especialmente de Pélbart, Deleuze e Foucault, encontrou-se seus intercessores.
Filosofia e Educação
O presente trabalho tem por objetivo investigar como o movimento Cidades Educadoras pode contribuir para a educação em humanidades, a qual vem sendo, a cada reforma educacional, mais escamoteada. Pretende-se demonstrar a possibilidade da educação em humanidades nos espaços não formais e informais de ensino, como é o caso da cidade. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica na qual serão abordados, na primeira parte o conceito de cidade e democracia. Posteriormente, apresenta-se uma análise da importância da educação em humanidades no contexto democrático. E, por fim, identifica-se as contribuições do movimento Cidades Educadoras para a educação em humanidades, concluindo.
Editora UnB eBooks, 2020
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RBEC - Revista Brasileira de Educação Comparada
Na América Latina, econômica e culturalmente introvertida, a educação comparada nos anos 1980 era como uma janela aberta. Vários Estados não eram democráticos de Direito, o que a tornou até certo ponto arriscada, conforme teorias e metodologias...
2007
Although it assumes various approaches, research about the school stems from recognition of the existence of a culture that is unique to this institution. This culture shapes it in a very particular manner, with its own unique social practice. Whether it be a school culture or a culture of the school, these concepts end up manifesting practically the same thing, that is, the school is a societal institution which possesses its own forms of action and reasoning, constructed through its history, taking as its base the confrontation and conflict which comes from the shock between determinations external to it and its own traditions which are reflected in its organization and management, in its most elementary day-to-day practices, in the classrooms, the patios and the hallways, in each and every moment, divided up, fractioned off or not. Therefore we are dealing with an understanding of its culture as a system of meanings. For this * Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação ...
2020
This study aims to analyze the institution, patrimonialization, conception and performance of the museal modality named house-museum, based on research and fruition aimed at national and international units. Concepts about museum, art, reception, representation are based on researchers, councils and representative bodies. The observation of conjunctions both related to the house, house-museum and city, as well as between them and contemporary art favor the friction of contents and temporalities. It is proposed to stimulate the elaborated narratives and the formation of entirety, setting up a network of museums concerning housing and urban culture, periodically renewing the visitation and interpretation of the typology under examination.
Cadernos de Geografia
A elaboração desse artigo possibilitou refletir sobre os novos olhares e os novos caminhos das Cidades Educadoras no atual cenário mundial. Para tanto se valeu de informações postas pelos referenciais da Associação Internacional de Cidades Educadoras (AICE), além de apresentar uma breve reflexão sobre as intenções da Carta das Cidades Educadoras e de pesquisadores que se debruçaram sobre o tema. Os resultados obtidos dessa reflexão, revelaram que um dos desafios da Cidade Educadora, está em equilibrar e harmonizar a identidade cultural da comunidade que a constitui, sem colocar em risco a construção do que é comum a todos, visando consolidar uma cidadania democrática e pacífica, tendo a educação como promotora da convivência, da formação de valores éticos, das práticas de cidadania e de direitos humanos, em prol do reconhecimento pela singularidade.
Bolema: Boletim de Educação Matemática, 2016
Resumo Nesse artigo discutimos como a concepção de “tempo” alterou-se no decorrer da história. Analisamos de que modos tal concepção insere-se na formação do ser social, ou seja, na educação. Indicamos a necessidade de que pesquisas em História da Educação Matemática analisem como o “tempo” tem sido utilizado em Reformas Curriculares e nas práticas docentes. Nossos referenciais são Norbert Elias (1998), Michel Foucault (1993), Jacques Le Goff (1995) e Edward Thompson (1998).
Finisterra: Revista portuguesa de …, 2006
Resumo-Este artigo procura analisar o estudo da cidade nos actuais programas de Geografia e nalguns manuais escolares em vigor. Com a reorganização curricular da Geografia verificamos que, agora, a dimensão mais valorizada, é o desenvolvimento de competências essenciais e menos a memorização de conteúdos. Os novos manuais escolares editados vão responder ao desafio de fazer uma Geografia capaz de contribuir para a formação de cidadãos geograficamente competentes. O estudo da cidade continua a fazer parte importante do novo currículo da Geografia, mas verificam-se poucas alterações em relação aos conteúdos que eram abordados antes da reorganização, pelo menos naquilo que se refere à forma como os manuais escolares abordam este tema.
A Cidade contra a Escola? Segregação urbana e desigualdades educacionais em grandes cidades da América Latina, 2008
O livro “A Cidade contra a Escola? Segregação urbana e desigualdades educacionais em grandes cidades da América Latina”, organizado pelos professores Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro e Ruben Kaztman, é de grande interesse para um público que inclui pesquisadores na área de planejamento urbano e da sociologia da educação bem como formuladores de políticas sociais. O tema da segregação urbana na explicação da reprodução de desigualdades sociais tem sido amplamente abordado por estudos acadêmicos nas últimas décadas.
Lynch, em seu estudo clássico sobre 'As imagens da Cidade', apontava a situação de alienação a que os habitantes das cidades estão sujeitos pelo facto de não conseguirem representar-se mentalmente na totalidade da cidade. Se a desalienação da cidade pressupõe uma reconquista do sentido da cidade vivida, em termos tais que a cidade concebida possa também fazer sentido como conteúdo memorialista e imagético, então temos aqui um vasto campo de actuação para as políticas culturais da cidade. José Machado Pais. Um dia sou turista na minha própria cidade. Prezada Professora, Prezado Professor, Apresentamos a você, à sua escola e aos seus alunos os primeiros passos construídos por nós, autoras deste trabalho, em torno do Projeto Cidade para Professores 1. Trata-se de um projeto aberto, voltado à problematização da Cidade em relação às suas dimensões de Tempo, Cultura, Sociabilidades
Manzuá: Revista de Pesquisa em Artes Cênicas, 2019
O artigo apresenta um programa de ensino tendo a criação de intervenções urbanas como prática arte educativa na formação de licenciados e de bacharéis em teatro. Embasa sua pedagogia nas noções de estratégia e tática de Michel De Certeau. Por meio de relatos de experiencia, apresenta um fazer que já é um saber. Palavras-chaves: intervenção urbana, tática, arte-educação, cidade. . The article presents a teaching program having the creation of urban interventions as a practical art education in the training of graduates and bachelors in theater. The text embodies its pedagogy in the notions of strategy and tactics of Michel De Certeau. By means of reports of experience, it presents a doing that is already a knowing. Keywords: urban intervention, tactics, art-education, city.
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