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2006, Revista Del Cesla
Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto
Revista Brasileira De Politica Internacional, 1998
A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi alvo de diferentes interpretações desde o fim do conflito até os dias de hoje. O presente paper busca analisar as construções historiográficas dominantes no Paraguai e no Uruguai e abordar a visão da Nova História da Guerra do Paraguai, surgida nos finais do século XX e início do XXI nos países beligerantes.
Fronteiras Revista De Historia, 2008
Com relação às recentes migrações em massa de latino-americanos para regiões do hemisfério anteriormente remotas, um dos aspectos mais importantes consiste no impacto que essas migrações tiveram sobre áreas de fronteiras internacionais. Entretanto, com exceção da fronteira entre os Estados Unidos e o México, a análise histórica desse processo, reconhecidamente complexo, encontra-se ainda em sua infância, e poucos observadores desenvolveram bases teóricas satisfatórias para explicá-lo 2. Uma exceção foi o historiador cubano Jorge Mañach, que falou de fronteiras "equilibradas" e "desequilibradas", principalmente no contexto da fronteira entre os Estados Unidos e o México. Mañach acreditava que a distribuição do poder entre as nações determinava o grau de igualdade ou desigualdade em seu inter-relacionamento fronteiriço. Em sua visão, quando um país mais fraco, em termos políticos ou econômicos, faz divisa com um país mais forte, a comunicação, como um todo, é sacrificada, e o poder mais forte inevitavelmente "transborda", econômica e culturalmente, para a região vizinha 3 .
Revista História: Debates e Tendências, 2019
Na América Latina, o século XIX foi o do despertar da Consciência Histórica. Através do exercício da escrita literária foram sendo encaminhadas respostas para questões essenciais, tais como a da essência individualizadora dos povos, do perfil das novas nacionalidades, de suas identidades através do tempo. Nesse aspecto, a confecção de Histórias Nacionais perseguiu no plano ideológico, o efeito de unidade que a duras penas os Estados buscavam lograr no plano político. Exemplo são os trabalhos de José Bernardino Bormann, Juan Crisóstomo Centurión e José Ignácio Garmendia, homens de armas que depois de terem tomado parte no conflito, o constituíram por escrito, utilizando-se largamente de referências clássicas e românticas. No horizonte, a necessidade de promover a aquisição de um patrimônio moral para a Nação.
Revista Trilhas da História
O presente artigo pretende analisar o cenário que antecedeu à Guerra do Paraguai. com isso, adentraremos na questão sobre o agravamento das tensões envolvendo Brasil e Paraguai que desencadeariam a guerra travada entre 1864 e 1870. O objetivo é demonstrar a escalada nas divergências existentes entre ambos os países que foram se transformando em animosidade e desembocaram em uma guerra que destruiria o Paraguai. A metodologia aplicada neste artigo será a revisão bibliográfica sobre o assunto, abordando desde livros atuais e clássicos, bem como dissertações produzidas nos dias atuais. Com isso, pretende-se dissertar sobre a Guerra do Paraguai, abordando duas de suas causas: a questão da navegação dos rios paraguaios e a de limites entre Paraguai e Brasil, que se agravaram a partir de 1840 e principalmente depois da queda de Rosas em Buenos Aires. A estabilidade política alcançada com a ascensão de Dom Pedro II, o fim das rebeliões regenciais (a Revolução Farroupilha termina em 1845) d...
2021
Trabalho de aferição para a disciplina de História do Património português
Correio da Cidadania, São Paulo., 2012
Resenha e prefácio ao livro de TEIXEIRA, Fabiano Barcellos. A primeira guerra do Paraguai: a expedição do Império do Brasil a Asumpção (1854-5). Passo Fundo: Méritos, 2012. 184 pp.
Publicada em 1996, a tese de doutoramento de Wilma Peres Costa reafirmou a tese da origem de disfunção política, quando da guerra do Paraguai, que, exasperada, eclodiria na proclamação da República, em 1889. Por um lado, a substituição, pelo Imperador, da maioria parlamentar liberal-progressista, por governo conservador, por razões de Estado, teria iniciado erosão política estrutural na ordem monárquica. Por outro, a irracionalidade da ordem político-social imperial, que impedia a gênese de exército moderno, teria ensejado espírito crítico entre oficialidade crescentemente destacada da escravidão e da monarquia. A partir sobretudo do estudo da bibliografia clássica brasileira sobre a guerra, o trabalho levanta interpretações inovadoras sobre aqueles sucessos, em geral desconhecidas pela historiografia especializada brasileira sobre o conflito. Entre elas, destaca-se a modernidade do Estado paraguaio e de seu exército, como razão da dificuldade do Império de vencer a guerra.
Este artigo discute a gênese da historiografia brasileira sobre a guerra do Paraguai em três momentos: primeiro, a instauração inicial de historiografia nacional-patriótica, inicialmente escrita sobretudo por oficiais brasileiros que participaram do conflito. Segundo, revisão da historiografia liberal-patriótica sobre a guerra, no Paraguai, Argentina e, finalmente, Brasil, com destaque para o trabalho de J.J. Chiavenatto. Terceiro, no contexto da maré neoliberal dos anos 1980, o processo de restauração das interpretações nacional-patrióticas brasileiras, apoiada sobretudo nos lapsos da obra de Chiavenatto.
The story of one of the most violent ethnic massacres in the XVII Century. Publushed in "Os Brasis e Suas Historias" Website
Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, 2014
Mais de vinte anos depois, ainda me lembro das lições escolares sobre a Guerra do Paraguai, quando cursei o antigo 2º Grau, atualmente chamado de Ensino Médio. Tenho guardada essa lembrança porque já naquela altura sentia-me atraído pelos encantos de Clio e pelo ofício de historiador e porque, obviamente, o tema despertou meu interesse estudantil, como ainda hoje. No colégio, entre outras coisas ditas pelos professores de História sobre o conflito entre as nações platinas, aprendi o quão era difícil para os historiadores pesquisar e escrever sobre o tema, uma vez que os arquivos militares brasileiros continuariam hermeticamente fechados, por razões de Estado, como que escondendo a "verdade" que importava ser revelada. Mas que verdade seria essa? Apesar da dita interdição aos documentos sobre o mais importante conflito militar do Cone Sul do continente americano, era possível conhecê-la: a Guerra do Paraguai fora um verdadeiro genocídio do povo paraguaio promovido pelas forças aliadas da Argentina, Uruguai e particularmente do Brasil a serviço dos interesses do imperialismo inglês no Prata, já que o crescimento econômico autônomo do Paraguai contrariava a poderosa Inglaterra. Este aprendizado sobre a Guerra do Paraguai na sala de aula, acabou sendo reforçado pela leitura do livro O Genocídio americano: a Guerra do Paraguai (1979), do jornalista Julio José Chiavennato, primeiro livro que li sobre o assunto, em 1986. Trago à tona essa memória justamente por conta dos dois aspectos indicados acima, os quais a historiografia brasileira, mas não somente ela, vem ajudando a repensar. Em primeiro lugar, a falaciosa questão acerca da dificuldade de se conhecer a história do Brasil pela inacessibilidade dos documentos por diversas razões ou pela sua aparente inexistência face sua destruição intencional ou não. Esta adversidade, aliás, não seria própria dos pesquisadores da Guerra do Paraguai, estendendo-se a mesma a outros temas históricos. Assim se pensou, e ainda se pensa, sobre a escravidão, cujos documentos Rui Barbosa Resenha: Sobre a Guerra do Paraguai, mas que Guerra?
Navigator, 2019
A coleção de litografias e textos intitulada Qua-dros historicos da Guerra do Paraguay foi produ-zida na década de 1870. A coleção, inicialmente vendida em fascículos, posteriormente tornou-se álbum, passando por algumas modificações pontuais. Este trabalho terá por objetivo expli-citar alguns aspectos acerca do projeto editorial e os personagens envolvidos, bem como a forma com a qual os fascículos sobre o conflito circulavam ao redor do Brasil e além-mar.
Dissertação de Mestrado - História Econômica - USP, 2021
The goal of this dissertation is to understand how Paraguay’s economical and political institutions, established in the post-Triple Alliance War, years impacted the country’s economic performance, and to ascertain if, between 1870 and 1890, Paraguay was able to recover from the economic consequences of the war. The pace of economic recovery versus that of demographic recovery is also highlighted. Official statistics produced by Paraguay in the timeframe, and also cards, newspapers and books from the era in scrutiny were used as sources. Paraguay, in 1870, was a destroyed nation. Five years of war against Brazil, Argentina and Uruguay, in a conflict that was concentrated in Paraguayan land, erased the pre-existing economic and political structures and sank the country into a heavy demographic crisis. Economic recovery proceeded at a very slow pace, slower than demographic recovery, and, while improvement in most economic indicators can be seen 1890 in relation to their respective levels in 1870, by the end of the period being studied the efforts in rebuilding weren’t enough to reestablish the levels of pre-war economic activity.
Artigo publicado na revista História Viva em 2012 sobre a expedição naval do Império do Brasil a Assunção em 1854-5.
História Econômica & História de Empresas
A Guerra do Paraguai constitui um marco na história do Brasil. Foi o primeiro acontecimento histórico em que todas as regiões do País estiveram representadas em um a causa comum. Não constitui exagero afirmar que o conflito contribuiu para a construção da identidade nacional, para o sentir-se brasileiro. Também não é exagero afirmar que o conflito serviu com o catalisador das contradições internas do Estado Monárquico.Para vencer a Guerra, o Império organizou um Exército numeroso, que desenvolveu espírito de corpo nos campos de batalha, e que, ao retornar vitorioso ao Brasil, dissociou-se da Coroa e identificou-se com a Nação, tornando-se instrumento do golpe de Estado que proclamou a República. Como conseqüência dos gastos no Paraguai, as finanças públicas brasileiras tornaram-se deficitárias e, em 1888 , quando a Princesa Izabel aboliu a escravidão, não pôde atender os reclamos dos proprietários de escravos para serem indenizados pelo que consideravam ser a desapropriação, pelo Po...
Diálogos, 2020
Este artigo traz uma reflexão sobre como e por que a Guerra Guasu ou Guerra da Tríplice Aliança permanece na memória dos paraguaios como parte da identidade nacional. Partindo-se do pressuposto de que o Paraguai teve que atravessar por um processo de reconstrução simbólica após a derrota de 1870, se analisam as diferentes ressignificações dos mitos consagrados pelos revisionistas, ao longo do século XX, com o objetivo de identificar de que maneira esses mitos permearam as práticas políticas e culturais.
Este artigo objetiva discutir as relações existentes entre os processos de construção das identidades nacionais brasileira e paraguaia e a Guerra do Paraguai (1864-1870). Buscamos explorar as formas com as quais a dicotomia " civilização vs barbárie " se integrou, nesse contexto, e como adquiriu uma posição de protagonismo nas diferentes visões sobre a guerra. Dessa forma, propomos um breve mergulho nesses jogos de construção identitária, a partir da leitura dos periódicos ilustrados brasileiros e paraguaios publicados durante o conflito. A análise de seus artigos e, principalmente, das charges publicadas nesses periódicos nos proporcionou um olhar agudizado e nos auxiliou a trazer à luz um dos grandes paradoxos do conflito, a saber, fazia-se uma guerra, cuja crueza a aproximava de todas as noções de barbárie, sob a justificativa da civilização. Abstract This article aims to discuss the relations between the process of construction of national identities in Paraguay and Brazil and the Paraguayan War (1864-1870). We seek to explore the ways in which the dichotomy " Civilization vs. Barbarism " was integrated in this context and how it acquired a leadership position in the different views on the war. Thus, we propose a brief dip in these " identity-building games " through the reading of Brazilians and Paraguayans illustrated periodicals published during the conflict. The analysis of this articles, and especially the cartoons published in these journals, gave us a sharpened look and helped us to bring to light one of the great paradoxes of the conflict, namely, was it a war whose rawness approached all notions of barbarism, under the justification of civilization.
N ão é de hoje que o Estado tem sido objeto central das ciências sociais. História, ciência política, sociologia, todas essas disciplinas têm o Estado como eixo na medida em que as unidades de análise adotadas são os Estados existentes -ou o contexto político no qual a análise se desenvolve é baseado neles. Para além disso, em muitos estudos o Estado atual é projetado no passado, sendo a "História" encaixada nas exigências geográficas e culturais das histórias nacionais ou colocada dentro das fronteiras de um Estado moderno. As complexidades, reviravoltas e contradições dos processos sociais, que constituem os processos nacionais ao longo de séculos, são amalgamadas e encobertas sob rubricas como história da Inglaterra, da Irlanda ou da França.
As relações entre Brasil e Argentina transitaram da rivalidade à aliança em menos de duas décadas durante o século XIX, o que só pode ser compreendido por meio da análise conjuntural das vicissitudes do Sistema regional platino, formado, historicamente, por dois polos de poder, Brasil e Argentina . O desequilíbrio na balança de poder representado pela política de Solano Lopez no Paraguai, que visava se tornar um polo de poder, e cooptar o Uruguai à sua esfera de influência, consolidou a aliança entre Brasil e Argentina na manutenção do status quo platino. As lógicas de consolidação dos Estados Nacionais da região engendraram rupturas à estabilidade do sistema, gerando o maior conflito que a América do Sul presenciaria em sua história.
Revista de Teoria da História, 2015
Resumo: O objetivo deste artigo é problematizar a(s) forma(s) como Procópio de Cesareia, historiador bizantino do século VI d.C., retratou as guerras do imperador Justiniano contra os persas, vândalos, mouros e godos, na História das guerras (Hyper ton polemōn logoi). O ponto de partida para a análise da obra é a percepção de uma mudança gradativa do olhar que o autor lança para os conflitos e atuação dos personagens.
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