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2015
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Angustia, terceiro romance de Graciliano Ramos, foi publicado em agosto de 1936. O sentimento que da titulo a obra reflete a propria inquietacao do autor perseguido pela ditadura getulista, conforme registrado no seu Memorias do carcere , livro que comeca a compor dez anos apos libertado da prisao. A tessitura da narrativa do romance e a construcao do crescente sentimento de angustia se dao a partir da visao de mundo do personagem central, Luis da Silva, das repeticoes e introspeccao, alem do espaco degradado que sufoca e aflige o leitor.
Anuário Pesquisa e Extensão Unoesc São Miguel do Oeste, 2018
Este estudo tem como objetivo relacionar a psicologia ambiental e a arquitetura, de forma que seja possível compreender a capacidade de um ambiente promover diferentes sensações em seus indivíduos. Para este estudo utilizou-se uma revisão bibliográfica, que implica fazer um levantamento de informações teóricas sobre determinado assunto em bases de dados reconhecidas cientificamente, como: Lilacs, Scielo, Google Acadêmico, além de outros sites que abordam o assunto, no qual foram selecionados artigos científicos dos seus bancos de dados. Ao conceber-se um ambiente, em determinada escala de implantação, seja ele de pequeno, médio ou grande porte, faz-se necessário levar em conta que tal espaço irá, ou não, receber um perfil pré-estabelecido de usuários. Este fator
2013
In this article, we intend to analyze the short-s tory by Machado de Assis, "Cantiga de esponsais", from the construction of th e space under a topoanalysis perspective. To this goal, theorists such as Edgar Allan Poe (1997), Gaston Bachelard (1989), Yuri Lotman (1978) and Borges Filho (2007), among others, will be of great value since all these researchers treat the space as an extremely relevant to the literary text. In addition, we will emphasiz e the scripture to demonstrate how spatial approach is consistent with the theoretical reflections.
Segundo Gilbert Durand (1994), o imaginário é um importante substrato da vida mental da humanidade, uma dimensão constitutiva das suas civilizações. Entretanto, existe uma grande dificuldade em se discutir o imaginário. Dentre as razões está o fato de a imagem nascer por meio de naturezas muito diversas e de o seu estudo estar atrelado a filiações com pers- pectivas e abordagens variadas, como a psicanálise, a antropologia, o estruturalismo. Mas talvez o maior motivo dessa dificuldade esteja na própria construção do pensamento ocidental: no nosso modo de ver e dizer o mundo. Como analisa Durand em O imaginário: ensaios sobre as ciências e a filosofia da imagem (1994), trata-se de um pensamento que dissocia a imagem da palavra na própria estrutura da comunicação. Diferentemente de como ocorreu na civilização egípcia, em que a linguagem escrita desenvolveu-se por pequenas imagens (os hieróglifos), ou na chinesa, em que a escrita se estrutura a partir de caracteres, a escrita na civilização ocidental está dissociada da imagem. Nesse sentido, as recentes inovações tecnológicas têm contribuído a reformular um paradigma que atravessou grande parte da História ocidental, marcada por correntes científicofilosóficas estruturadas por um “pensamento sem imagens” (idem).
2018
This dissertation intends to analyze the relations established between the literary language and the pictorial language of Cubism in the text of the novel Angústia ([1936] 2009) by Graciliano Ramos (1892-1953). For this purpose, it was assumed that the fragmentary way in that the look of the narrator-character Luís da Silva articulates in the composition of the report produces structural homologies with the techniques of the cubist painting. After studying how these techniques involved with the examination of the text works and finding out the relations and the meanings of those aspects into the structure of Graciliano's novel we concluded that there is an intermedia dialogue that highlights the friction between pictorial traits and literary images in Angústia pages. The effect produced by the tension between literature and painting in the work is the singularization of the novel as a piece that, among many other in the 30's Novel, reflects about the industrialization e modernization context of the country in the first decades of the XX century.
Revista do Sell, 2019
O presente artigo parte do ponto de que como as distopias, das quais possuímos conhecimento, desde o início do século XX são reações aos textos utópicos que circundavam a literatura, a datar de Platão, em (380 AEC), a fim de discutir, dentro do conceito de heterotopias cunhado por Foucault a funcionalidade dos espaços comuns e privados na obra distópica da autora estadunidense Suzanne Collins, Jogos Vorazes (2008), bem como refletir sobre as funções específicas desses espaços no jogo de poder que circunda a trama.
Calíope: Presença Clássica, 2005
This article discusses the representation of Odysseus' authority in the Odyssey, which manifests itself, especially, in his leadership during the voyage from Troy to Ithaca and in his revenge against Penelope's wooers. As a result of his actions we have an ambiguous representation of Odysseus, even if the ambiguity is effaced by the narrative's protocolsthe return of the king who almost alone defeats the insolents who had tried to usurp his goods, his wife and his power-and by the pleasure that the narrative causes on his listeners.
Espaços e paisagens: antiguidade clássica e heranças contemporâneas: Vol.1 Línguas e Literaturas: Grécia e Roma, 2009
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valores, adoção de uma ideologia qualquer, o que o leva a assumir, de má-fé, o sentido anacrônico da liberdade, a prática da violência naturalizada. Seus sentimentos de opressão e inferioridade passará a ser atribuído ao exterior-e não a si mesmo, à dificuldade de auto-afirmação-, quando ele passará a verse como dominado, culpando o outro por suas frustrações, pelos seus fracassos, pela sua impotência diante do mundo de que faz parte, daí o assassinato, no seu plano aparente, surgir como ato de vingança, rebeldia: "A obsessão ia desaparecer. Tive um deslumbramento. O homenzinho da repartição e do jornal não era eu. (...) Pessoas que aparecessem ali seriam figurinhas insignificantes" (RAMOS, 2009, p. 238) O assassinato de Julião Tavares é determinado pela livre escolha de Luís da Silva, tomada no sentido de tentar afastar os angustiantes sentimentos de opressão e inferioridade, por meio de um ato de vingança, porém, não surtirá o efeito desejado. Há também uma motivação não consciente, relativa ao conflito edipiano, o medo da castração simbólica, quando o Outro, o duplo, não aparece na sua faceta ideológica, de dominante degradado (opressor, superior), mas sim na sua faceta psíquica, enquanto imagem do pai castrador, cuja narrativa digressiva, enquanto forma de auto-análise, irá trazer a tona. Luís da Silva, na sua condição de subalterno funcionário público, e de articulista de jornal, revela certa admiração pelos tempos passados, o tempo que ele alcançou ainda menino, da rústica sociedade nordestina, a sociedade patriarcal-já em fase de decadência-, como se nela estivesse a autêntica forma de liberdade, da qual ele se vê como que destituído, ao assumir a auto-imagem do dominado. É como se na transição da aristocracia rural nordestina, da qual o avô, o velho Trajano, fazia parte, para a nova classe, a burguesia, composta de comerciantes, industriais, políticos e profissionais liberais, ocorresse a perda do lugar que ele se atribui de direito (dada sua origem aristocrática), embora não de fato, o lugar do dominante, do livre, praticante da violência naturalizada. A crise existencial de Luís da Silva, sua crise de identidade, além do fator de ordem psicológica, a dificuldade de auto-afirmação, decorre do fator ideológico, seus valores arcaicos, que o tornam alguém, de certa forma, descontextualizado em relação ao mundo citadino de que faz parte. Como funcionário público, escritor, nem pertencente à burguesia, nem as classes mais baixas, os miseráveis, e cultuando as formas de vida do passado, a figura do avô e de criminosos, ele não se identificando com nenhum desses dois pólos opostos da sociedade: "Os 12 vagabundos não tinham confiança em mim. Sentavam-se, como eu, em caixões de querosene, encostavam-se ao balcão úmido e sujo, bebiam cachaça. Mas estavam longe. As minhas palavras não tinham para eles significação." (RAMOS, 2009, p. 140) Nesse sentido, Luís da Silva, aquele que seria predestinado, pela sua origem aristocrática, à posição de dominante, de superior, aquele que seria descendente do velho Trajano, chefe político local, nos seus tempos áureos, acaba por ocupar a posição do sem lugar social na nova sociedade, sentindo-se igualmente distante das classes altas (burguesia), como também das classes mais baixas (proletariados e mendigos). Se Luís da Silva não se identificava com os mais ricos por não possuir a posição social deles, a linguagem também o afastava das classes mais baixas, dos mais pobres, não se vendo como inferior, tampouco como superior. Sendo assim, a antipatia para com Julião Tavares, a imagem do dominante degradado, que se contrapõe ao dominante autêntico (o avô, o velho Trajano), seria devido ao fato de Luís da Silva ver no rival o usurpador do seu lugar de direito, o lugar de dominante, usurpação esta que se consuma, aos seus olhos, com a perda da mulher desejada para aquele-a traição de Marina. Luís da Silva, ao negar o sentido existencial da liberdade, a liberdade de escolha, a necessidade de auto-afirmação perante o outro (e não sobre este), parece ver como negativa a passagem da arcaica sociedade rural nordestina (onde prevalecia a lei do mais forte) para a vida urbana, da sociedade de direitos. Para ele seria como se houvesse uma degradação, a perda de uma liberdade autêntica, tolhida pela instituição da justiça, isto é, a referida liberdade ilimitada, a prática da violência naturalizada, seja como forma de opressão, seja como forma de rebeldia, como se verá no capítulo I desta dissertação. Se eu matasse Julião Tavares, o guarda-civil não levantaria o cassetete: apitaria. Chegariam outros, que me ameaçariam de longe. O guarda-civil não tem coragem. Se tivesse, não olharia os automóveis horas e horas, junto ao relógio oficial: ocupar-se-ia devastando fazendas, incendiando casas, deflorando moças brancas, enforcando proprietários nos galhos do juazeiro. (RAMOS, 2009, p. 195) Na citação acima, o guarda-civil é visto sob o ponto de vista de Luís da Silva, a partir do seu valor anacrônico, a prática da violência naturalizada como expressão da autêntica liberdade. Para ele, o guarda civil seria tolhido na expressão dessa liberdade, seria um ser acovardado, submisso à forma de vida citadina, sem coragem, incapaz de 13 rebelar-se. Ambos, o guarda de trânsito, como também Luís da Silva, sob o ponto de vista deste último, seriam covardes, respeitadores da lei, submetidos à rotina do trabalho nas cidades, diferentes dos senhores de terras, tal como o avô, o velho Trajano, nos seus tempos áureos, que impunha a sua vontade pela força, como também diferentes dos cangaceiros, que não se dobravam às determinações da justiça, da lei, da ordem, rebelando-se contra a opressão dos fazendeiros, tal como fizera Lampião. Seu Ivo, silencioso e faminto, vem visitar-me. Faz agrado ao gato e ao papagaio, entende-se com Vitória e arranja um osso na cozinha. Não quero vê-lo, baixo os olhos para não vê-lo. Fico de pé, encostado à mesa da sala de jantar, olhando a janela, a porta aberta, os degraus de cimento que dão para o quintal. Água estagnada, lixo, o canteiro de alfaces amarelas, a sombra da mangueira. Por cima do muro baixo ao fundo vêem-se pipas, montes de ciscos e cacos de vidro, um homem triste que enche dornas sob um telheiro, uma mulher magra que lava garrafas. Seu Ivo está invisível. Ouço a voz áspera de Vitória e isto me desagrada. Entro no quarto, procuro um refúgio no passado. Mas não me posso esconder inteiramente nele. Não sou o que era naquele tempo. Falta-me tranqüilidade, falta-me inocência, estou feito um molambo que a cidade puiu demais e sujou. (RAMOS, 2009, p. 24) Pode-se afirmar que Luís da Silva sente de forma negativa a passagem do antigo "município sertanejo" para o anonimato da cidade (Maceió), atribuindo a esta transição certo sentimento de perda de liberdade, de inferioridade. O personagem do romance que, aos olhos de Luís da Silva, espelha a sua auto-imagem de dominado, de oprimido e inferior, é a do mendigo seu Ivo, aquele que é incapaz de se rebelar. Daí, além do sentimento de compaixão para com o mendigo, Luís da Silva sentir repulsa, pois aquele seria o exemplo daquilo que este não quer ser, isto é, um covarde, medroso, impotente, incapaz de se rebelar por meio da violência naturalizada, tal como os cangaceiros faziam no passado. Há, no romance, personagens relacionados ao passado da infância de Luís da Silva, que destoam deste perfil do mendigo seu Ivo, por expressarem liberdade ilimitada, por meio da prática da violência naturalizada, seja como forma de dominação, tal como o caso do avô, o velho Trajano, seja como forma de rebeldia, tais como as figuras de criminosos: Chico Cobra, Fabrício, Cirilo da Engrácia etc. Na citação acima, há uma auto-avaliação de cunho moral do protagonista, o qual se vê como degradado por um modo de vida citadino, faltandolhe "tranqüilidade", submetido ao regime disciplinar do trabalho, à vontade do chefe,
Revista De Psicologia, 2013
A partir da constatação de um enfraquecimento dos debates sobre a angústia, o presente estudo procura resgatar o conceito e os fenômenos da angústia no contexto da leitura psicanalítica sobres eles. Ele se divide em quatro partes assim nomeadas: antecedentes filosóficos do conceito psicanalítico de angústia; a construção do conceito freudiano e as duas teorias da angústia; as vicissitudes do diagnóstico de neurose de angústia nas sucessivas edições da Classificação de transtornos mentais e de comportamento da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10) e no Manual estatístico e diagnóstico dos Transtornos mentais (DSM); a contribuição de Lacan e os fenômenos da angústia.
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ITINERÁRIOSRevista de Literatura, 1994
Notas sobre literatura, leitura e linguagens 2, 2019
DOXA: REVISTA BRASILEIRA DE PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO, 2020
Cadernos De Arquitetura E Urbanismo, 2009
Itinerarios Revista De Literatura, 1991
Ensaios de Geografia, 2020
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 2012
Vol. 39, edição especial, 2016
Trivium: Estudos Interdisciplinares, 2016