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Academica-2392

A falta de tratamento de esgoto é um dos maiores problemas ambientais da população brasileira, principalmente nas comunidades rurais de baixa renda. Nesse sentido, a busca por tecnologias alternativas e de baixo custo para o tratamento desses efluentes torna-se imprescindível. Uma tecnologia alternativa aos métodos convencionais e que tem se mostrado bastante eficaz é o tratamento de esgoto por zona de raízes. Esse sistema baseia-se em princípios físicos (filtração) e biológicos, em que parte do filtro é constituída de plantas, sendo colocado à jusante de um tratamento primário (fossa séptica). Essas plantas devem ter raízes com aerênquimas bem desenvolvidos, como o copo-de-leite, que foi utilizada na ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) proposta nesse trabalho. O mesmo teve como objetivo implantar uma estação por zona de raízes numa comunidade rural do município de Irati/PR. A ETE aqui proposta tem volume de 6 m 3 , foi impermeabilizada com lona plástica e é composta por um filtro físico contendo brita e areia de granulometria pré-definida. Verificou-se que a maior parte dos custos dessa ETE (totalizado em R$ 844,50) deveu-se às canalizações, uma vez que ela atendeu a duas residências. Esse valor, entretanto, situa-se na faixa de valores especificada em literatura (entre 500 e 1200 reais) e pode ficar ainda mais barato caso se preveja uma otimização no arranjo dos canos. Atualmente, a ETE está servindo ainda para trabalhos de educação ambiental nas escolas da região, além de conscientizar a comunidade local acerca da importância do tratamento de seu esgoto.