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2014, Revista Filosófica de Coimbra
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Resenha do livro "O Príncipe", de Maquiavel
Comunicação & Política (Rio de Janeiro) vol.32, 2014
O Cosmopolítico, 2015
A tragédia da política não pode ser apartada do mundo dos homens. Designamos como tragédia da política a “tragédia da ação”, a qual o filósofo Eduardo Rinesi (2009) considera à circunstância de que as capacidades desse ator político encontram-se sempre num conflito, de resultado incerto, com o que a história apresenta de contingente e de imprevisível. O pensamento trágico, que possui o conflito como matéria, é o tema do pensamento político de Maquiavel e Shakespeare. Buscaremos analisar a forma como os dois autores percebem os governantes em momentos de crise e de tentativa de manutenção de poder a partir de aspectos generalizantes, não especificando atos, cenas, diálogos, personagens. Ambos os autores realistas veem a lógica do mundo político sob uma perspectiva em que o inexorável e o absurdo coexistem sob a sombra do ingovernável, incontrolável, incognoscível. Busca-se, com isso, compreender o entendimento dos autores quanto à crise de governabilidade e, por fim, a forma como os atores políticos atuam frente a virtù e a fortuna. Utilizaremos do método hermenêutico e como técnica de pesquisa a bibliográfica.
Pesquisa que investiga na principal obra de N. Maquiavel, chamada “O Príncipe” - escrita em 1513 e publicada pela primeira vez em 1531 - a idéia da formação do Estado, especialmente relacionada com a formação do “governante” (príncipe) e com as influências históricas; e ainda, a fundação da Ciência Política moderna como conhecimento científico. A contextualização do período histórico no qual viveu Maquiavel, especialmente Florença, sua cidade, é decisiva para a compreensão de como foi articulada sua visão política, especialmente os conceitos de virtù e fortuna. A importância do tema pode ser facilmente verificada tanto pela influência, direta ou velada que exerceu na ciência política posterior, quanto pelas reações contrárias que despertou. Nicolau Maquiavel (1469-1527), grande filósofo político do Renascimento, é considerado o grande fundador da Teoria de Estado moderna. Seus escritos têm, então, o caráter de fundadores e não devem ser descurados da Teria Política Moderna, pois se constituem como clássicos do pensamento político. Nesse sentido, a ligação de suas idéias com as demais áreas é notória. Além disso, buscando compreender o pensamento de Maquiavel, pode-se compreender também os grandes temas da Filosofia Política, como Estado e governo, especialmente contextualizados no quadro histórico-político do Renascimento italiano.
O que é poder? A pergunta não é nada nova. A questão do poder é colocada desde que o ser humano começou a pensar sobre si mesmo: com o poder, os fatos básicos da coexistência humana estão submetidos a exame. Muitas são as respostas que foram dadas à questão do poder na história. Entre elas, vale a pena destacar a famosa definição de Max Weber -uma referência para toda e qualquer investigação sobre o poder: o poder "como cada chance de impor, dentro de uma relação social, a vontade própria mesmo contra relutância, não importando em que essa chance se baseia" (Weber, 1922, cap. 1, §16). 1 A definição é clássica e quase atemporal. Quase, pois na verdade o poder nunca permaneceu o mesmo. No decorrer do tempo ele trocou permanentemente sua imagem, seu nome e também seu lugar. Quem se perguntar sobre o poder depois da modernidade o encontrará com outras representações, outro nomes e outro lugares. O que nós hoje denominamos poder era designado pelos gregos por meio de diversas palavras: arché, dynamis, kratos, tyranos e despoteia. O
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2023
Trata-se, neste trabalho, de analisar as ideias e contribuições de Maquiavel para a Itália do século XVI. Maquiavel foi capaz de extrair lições obtidas em eventos pregressos, que farão toda a diferença na formulação de sua teoria política. A pesquisa explora o conceito de virtù, utilizado pelo autor em seus escritos e frequentemente abordado por filósofos e pesquisadores de diversas épocas, fazendo uma análise das obras Discorsi e O Príncipe enquanto obra de aconselhamento a novos governantes, explorando algumas consequências destas abordagens, onde foi possível concluir que de acordo com Maquiavel é preciso refletir sobre como agir, utilizando a Virtù para obter bons resultados aplicando-os na política.
O tema da república é um eixo fundamental em torno do qual Nicolau Maquiavel e Jean-Jacques Rousseau desenvolveram suas respectivas reflexões sobre a política, sendo que as obras do escritor florentino serviram de referência para o filósofo de Genebra em diversos momentos. Assim, pretendo abordar algumas das questões chaves que justificam o título de pensadores republicanos atribuído a ambos os autores, enfocando o elo que eles estabeleceram entre a liberdade política e vida cívica possíveis de serem experimentadas somente pelos homens que são membros de uma república bem ordenada. Nesse regime, os indivíduos encontrariam as condições sociais apropriadas para moldar suas identidades de forma a adquirirem a virtude cívica necessária a levá-los a desejarem o bem comum em vez de apenas almejarem seus interesses particulares. Para que isso seja possível, Maquiavel e Rousseau destacaram a importância do trabalho realizado pelos legisladores, sobretudo na fundação dos Estados, quando o estabelecimento de boas instituições políticas requer o recurso à religião para obter o consentimento do povo às leis.
This is a reading of the book "Machiavelli in the making" (1972), the magnum opus of Claude Lefort (1924-2010). Based on the Lefortian distinction between the manifest discourse and the latent word in the work of thought, the text is in three parts. Initially, with the aim of locating the readerby guiding him along the same paths that led Lefort to Machiavelliwe ask: if the manifest discourse of the French philosopher is dedicated to the work of the Florentine Secretary, what is the place of this object in the problematic of his hic et nunc, the latent thematic that led him to undertake his longest study? Next, we present our interpretation of Lefort's Machiavelli, in which we will see the conspirator's character emerge to the foreground, bringing with him the proposition of the inevitability of the imposture of power and the defense of the indispensability and legitimacy of the illegal act employed against illegitimate legality. Finally, we are led to a critique of democratic idealism as we are confronted with the results of our reading and, faced with this, we ask ourselves: how can Lefort's Machiavellithe manifest object of this workhelp us to think about our own time, to sustain our desires to know and act, to engage ourselves here and now in the enigma of a realistic passion, the latent word of each and every text that accepts the challenge of the political?
Mais de cinco séculos nos separam da época em que viveu Maquiavel. Muitos leram e comentaram sua obra, mas um número consideravelmente maior de pessoas evoca seu nome ou pelo menos os termos que aí têm sua origem. Maquiavélico e maquiavelismo são adjetivo e substantivo que estão tanto no discurso erudito, no debate político, quanto na fala do cotidiano. Seu uso extrapola o mundo da política e habita sem nenhuma cerimônia o universo das relações privadas. Em qualquer de suas acepções, porém, o maquiavelismo está associado à ideia de perfídia, a um procedimento astucioso, velhaco, traiçoeiro. Estas expressões pejorativas sobreviveram de certa forma incólumes no tempo e no espaço, apenas alastrando-se da luta política para as desavenças do cotidiano. A verdade efetiva das coisas " o destino determinou que eu não saiba discutir sobre a seda, nem sobre a lã; tampouco sobre questões de lucro ou de perda. Minha missão é falar sobre o Estado. Será preciso submeter-me à promessa de emudecer, ou terei que falar sobre ele". (Carta a F. Vettori,de 13/03/1513.) Este trecho de uma carta escrita por Maquiavel revela sua "predestinação" inarredável: falar sobre o Estado. De fato, sua preocupação em todas as suas obras é o Estado. Não o melhor Estado, aquele tantas vezes imaginado, mas que nunca existiu. Mas o Estado real, capaz de impor a ordem. Seu ponto de partida e de chegada é a realidade concreta. Daí a ênfase na verità effettuale-a verdade efetiva das coisas. Esta é sua regra metodológica: ver e examinar a realidade tal como ela é e não como se gostaria que ela fosse. A substituição do reino do dever ser, que marcara a filosofia anterior, pelo reino do ser, da realidade, leva Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem, como instaurar um Estado estável? O problema central de sua análise política é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. Ao formular e buscar resolver esta questão, Maquiavel provoca uma ruptura com o saber repetido pelos séculos. Trata-se de uma indagação radical e de uma nova articulação sobre o pensar e fazer política, que põe fim à ideia de uma ordem natural e eterna. A ordem, produto necessário da política, não é natural, nem a materialização de uma vontade extraterrena, e tampouco resulta do jogo de dados do acaso. Ao contrário, a ordem tem um imperativo: deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie, e, uma vez alcançada, ela não será definitiva, pois há sempre a ameaça de que seja desfeita. Tem-se sempre a sensação de que é necessário ler, reler, e voltar a ler a obra e que são infindáveis as suas possibilidades de formalização. Sua armadilha é atraente-fala do poder que todos sentem, mas não conhecem. Porém, para conhecê-lo é preciso suportar a ideia da incerteza, da contingência, de que nada é
Cadernos De Etica E Filosofia Politica, 2014
Resumo: O objetivo do artigo é discutir a importância e a valorização da retórica no renascimento e a natureza da relação que se estabeleceu entre retórica e política no pensamento republicano renascentista e, em especial, na obra de Maquiavel. Procura-se mostrar o estreito vínculo entre a filosofia, a retórica e a política, seguido de uma breve exposição a respeito dos gêneros retóricos e da preeminência, do gênero deliberativo sobre os outros gêneros. A relação entre retórica e política na renascença será considerada a partir da análise de dois discursos deliberativos, o primeiro retirado da História do povo florentino de Leonardo Bruni, o outro é extraído da História de Florença de Maquiavel. A análise deverá expor não apenas o vínculo estreito entre retórica e política em Bruni e Maquiavel, mas também que, precisamente por causa deste vínculo, que os discursos analisados manifestam concepções distintas de república. Palavras-chave: retórica-renascimento-política-filosofia-república
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Cadernos espinosanos, 2009
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2011
Figura: Studies on the Classical Tradition, 2019
Ailton Souza & Rafael Salatini, 2019
Resumo Filosofia Política I - Maquiavel e Hobbes, 2022
Kriterion: Revista de Filosofia, 2006
Trans/Form/Ação, 1994
Maquiavel e a compreensão da política, comunicação, informação e poder, 1998
Vol. 46, 1, 2023
Cadernos de Ética e Filosofia Política, 2023
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2023
Fractal : Revista de Psicologia, 2008