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2010, Mercator
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A atualidade de Marx está, certamente, no método interpretativo que ele nos legou, que não é um método contemplativo, mas sim um método que tem como objetivo a ação transformadora da realidade. Temos de nos lembrar aqui, que Marx diferenciou-se dos s o c i a l i st a s u t ó p i c o s j u st a m e n t e p o r fundamentar sua proposta política, o programa político da Liga dos Comunistas, não numa sociedade ideal a ser alcançada, mas sim numa análise científica da realidade que permitia detectar a dinâmica contraditória dessa sociedade, e dessa forma, quais as metas deveriam ser estabelecidas não para apenas sanar as contradições, mas para realizá-las, fazer com que os germes destruidores da ordem brotem e se desenvolvam, para então superá-la.
Jacobin Brasil, 2021
O trabalho de Karl Marx durante seus últimos anos de vida, entre 1881 e 1883, é uma das áreas menos desenvolvidas nos estudos marxistas. Essa negligência é parcialmente devido ao fato de que as enfermidades de Marx em seus anos finais o impediram de sustentar sua atividade regular de redação-virtualmente não há trabalhos publicados do período.
Lutas Sociais Desde 1996 Issn 1415 854x, 2012
Uma operação ideológica desse tipo será repetida numa escala bem mais ampla nos anos de 1960-1970 pelas interpretações de um Gramsci "antileninista", verdadeiro fundador do "marxismo ocidental", opondo-se não somente a Lênin e Stálin, como também ao "retardo mental asiático", do qual a Revolução Russa e seu futuro foram o sintoma. opunha a "dialética" e o hegelianismo de Lukács, considerado o fundador desta variante do marxismo, ao "realismo" dos bolcheviques , que ele religava ao filão positivista e cientificista presente em Marx, e, mais ainda em Engels, o historiador britânico faz do "marxismo ocidental" o resultado da recepção na Europa ocidental, no sentido de Gramsci (a área européia onde a revolução não teve lugar ou foi derrotada após a primeira guerra mundial) de Outubro de 1917. Nenhuma ruptura há aí, portanto, entre "leninismo" e "marxismo ocidental", ao contrário, na medida em que os marxistas ocidentais entendem se situar no caminho dos revolucionários russos. Mas esta filiação se revelará quase imediatamente uma história muito mais complicada do que pensavam seus autores. O "marxismo ocidental" é algum tipo de resultado dessa dupla complicação: de um lado, a derrota da revolução "no ocidente" se revelou mais durável do que podia parecer nos dias seguintes ao fracasso das tentativas revolucionárias alemãs (1923); de outro lado, a revolução russa logo seguiu um curso, no mínimo, imprevisto, em termos de consequências histórico-mundiais, com a escalada e, em seguida, a tomada de controle exclusivo do partido bolchevique pelo grupo dirigente reagrupado em torno de Stálin. Resulta disso uma cisão profunda subjacente à periodização andersoniana da trajetória do marxismo no curso do meio século que se estende dos anos de 1920 aos de 1970. Ao "marxismo clássico" da II Internacional e dos primeiros anos da III, que precedem o período stalinista, sucede uma configuração nova, dita "marxismo ocidental". Seu ato de nascimento é, como em Merleau-Ponty, História e consciência de classe de Lukács (1923) e, seu ato final, a crise do marxismo do fim dos anos 1970. Suas figuras mais marcantes, além de seu fundador húngaro, são: Gramsci, Korsch, Bloch, Lefebvre, Goldmann, Sartre, Althusser, os frankfurtianos, Della Volpe e Colletti. Após a segunda guerra mundial, seus focos se deslocam da Alemanha e da Europa Central, lugares da sua eclosão no entre-guerras, em direção à França e à Itália, dois países onde os partidos comunistas dominam o movimento operário e ocupam lugar central na cena política nacional. Com Anderson, o "marxismo ocidental" deixa, portanto, de ser, como em Merleau-Ponty, uma versão do marxismo entre outras, presente em germe nas contradições internas à obra de Marx e de Engels, para tornar-se uma categoria histórica, designando a situação ou, mais exatamente: a transformação do próprio
Marxismo E Autogestao, 2014
A Essência do Marxismo Nildo Viana O marxismo foi adequadamente definido por Karl Korsch como "expressão teórica do movimento revolucionário do proletariado". Aparentemente é algo bem simples e que em si já define o que é o marxismo em sua essência. No entanto, dificilmente a essência se manifesta através da aparência ou das definições. No fundo, a definição é apenas uma síntese mais geral de uma essência que é o significado de um conceito. O aprofundamento é fundamental para transformar a mera definição em uma concepção, em uma explicação totalizante do fenômeno. Para concretizar isso, é necessário compreender o que é teoria, proletariado, entre outros conceitos. Por isso é uma tarefa mais difícil do que se pensa à primeira vista. Afirmar, como o faz Karl Korsch (1977), que o marxismo é expressão teórica do movimento revolucionário do proletariado traz a necessidade de entender a classe proletária. O proletariado pode ser compreendido como uma classe social que emerge
Texto-base apresentado como mini-curso durante os dias 20 e 21 de junho na XXVIII SEMANA DE HISTÓRIA – MARX, MARXISMOS E LUTA DE CLASSES: OS PERCURSOS DA HISTÓRIA, promovida pelo colegiado de História da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP (https://semhisuenp.wordpress.com/).
2017
Esta dissertação visa apresentar um estudo sobre a obra do crítico marxista norte-americano Fredric Jameson, a fim de identificar como ela pode ser lida na chave da teoria social. Para tanto, elegeu-se dois parâmetros principais: o tema da modernidade e a tentativa marxista de conceituar o capitalismo contemporâneo. O objetivo central foi promover uma análise da periodização histórica que é proposta pelo autor sob os termos “pós-modernismo”, “capitalismo tardio” e “globalização”, e como ela apresenta uma visão sistêmica e totalizante das transformações sociais das últimas décadas, baseando-se, sobretudo, na interpretação de textos que compõem sua produção intelectual a partir dos anos 1980. Trata-se, portanto, de um estudo que teve o sentido de relacionar problemas conceituais da sociologia à compreensão da sociedade capitalista em seu estágio mais recente. Nosso objetivo último foi fornecer uma contribuição à interpretação da obra de Jameson, bem como ao campo da teoria marxista e à sua compreensão crítica da atualidade.
O presente artigo tem como objetivo descrever o fetichismo marxiano em seus aspectos "objetivo" e "subjetivo". Para isso, seguirei a exposição de Karl Marx (1818-1883 em O Capital (1867) no qual ele descreve, num primeiro momento, o conceito de mercadoria para em seguida descrever o fetichismo da mercadoria. Além disso, descreverei como o termo fetichismo é tratado em seu aspecto "subjetivo" na obra de Marx os Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844. Mediante essa descrição, tento sugerir os seguintes aspectos gerais do fetichismo marxiano: [1] Há uma ênfase em demonstrar a sua manifestação mais na produção, ou no que eu denominei de aspecto "objetivo" do fetichismo, do que no consumo.
1. Essa não é uma expressão jogada ao vento: ela foi trabalhada em detalhe por Robert King Merton em Social Theory and Social Structure, Free Press, 1968, versão ampliada da original, de 1957. 2. Há quase meio século proponho que o marxismo é uma orientação sociológica geral profícua. Não obstante, defendo, também, a ideia de que a transformação do marxismo em doutrina política sabota sua utilidade. (Ver Soares, G. A. D. Marxism as a General Sociological Orientation. British Journal of Sociology. Londres, v. XIX, pp. 365-374, 1968.) 3. A base que usamos, mais atualizada, tem perto de 30 milhões de livros. valia mais
Apresentação Este artigo científico, baseia-se num estudo minucioso sobre o capitalismo na actualidade baseado nos ideais de Karl Marx. As bagatelas que iram ler em seguida, fazem parte do Resumo, Considerações iniciais e Considerações finais de uma Monografia Cientifica defendida por Mario Valentim Francisco Langa, Licenciado em Ensino de Filosofia pela Universidade Pedagógica de Moçambique. Brevemente a publicação da versão completa da monografia intitulada originalmente O Capital Em Karl Marx: Uma Reflexão Filosófica Em Torno Das Consequências Do Capitalismo Para A Actualidade Resumo Marx pertence aos hegelianos da esquerda, pois vê em Feuerbach a ponte de ligação para qualquer estudo científico. De Hegel herda a dialéctica e de Feuerbach o materialismo. Defendeu na sua tese de doutoramento em filosofia, O Materialismo Dialético de Epicuro e Demócrito. Herdou e cientificou o socialismo de pensadores Franceses que mais tarde os chamou utópicos. Para Marx o capital surge no Ocidente Feudal, na fase mercantilista. Com o capital a mostra surge o capitalismo, que se resume num regime de exploração do homem pelo homem. As suas consequências são nefastas ao desenvolvimento ético moral, social, cultural da sociedade. O capitalismo vanglória o acúmulo do capital, egoísmo, propriedade privada, quebra de relações sociais pelas monetárias e a divisão da sociedade em duas classes: burguêses e proletários. O Estado alienado na actualidade desempenha funções iguais a do burguês. Se concentrado apenas na busca de mais capital, no investimento em infraestruturas, desenvolvimento do País, em detrimento do crescimento populacional emancipado pela criação e melhoramento dos sectores sociais tal como educação, saúde e combate a pobreza extrema. Moçambique como um País capitalista, herda também estas consequências, e as multiplica com ajuda da globalização universalista Ocidental. O mundo moderno gira em torno do capitalismo, é o capitalismo que dita hoje os valores a serem seguidos, valores estes que vangloriam o individualismo, egoísmo e o amor pelo poder ou acúmulo capitalista, onde o cidadão moderno não sabe como ser ético num mundo globalizado (MARX, 1996: 34). Esta citação foi uma das principais que motivou o interesse à questão capitalista em Karl Marx, com base nela, reflectimos sobre o Estado capitalista moderno. Recuar ao passado recente para
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Revista de Direito da Faculdade Guanambi, 2015
RASLAN FILHO, G; BARROS, J. V. (Orgs). Comunicação, desenvolvimento e trabalho: perspectivas críticas, 2020
Convenit Internacional, 2023
Abya-yala: Revista sobre Acesso à Justiça e Direitos nas Américas
Germinal: Marxismo e Educação em Debate, 2018
Boletim de Ciências Económicas, 2012
Revista Ideação
Lutas AntiCapital, 2022