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2020, Manuscrítica: Revista de Crítica Genética
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A biblioteca vaginal não é uma metáfora. Feita e transportada por mulheres, foi uma resistência encarnada à tirania da ditadura argentina. O trabalho da biblioteca vaginal é derivado das práticas das prisioneiras, mas o seu alcance vai além dessas mulheres e se estende para todos os tipos de resistência cultural que estavam ocorrendo nas condições mais adversas durante o regime ditatorial. Na biblioteca vaginal, encontramos os adolescentes do Teatro Cucaño, um pequeno grupo experimental de teatro da cidade de Rosário, bem como os renomados intelectuais da revista Punto de Vista. Homens e mulheres trabalharam para documentar e refletir sobre um período de terror e extremismo por meio de atos criativos e intelectuais que geralmente não conseguiam encontrar uma audiência fora do ambiente hermético e improvável da biblioteca vaginal. Este ensaio é uma história parcial da cultura intelectual subterrânea da última ditadura argentina.
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2015
This research deals with the amorous discourse and its constitution. The theme of love is discussed aiming to analyze the manifestations that appear under its name. Love is a subject approached by different areas of knowledge, what doesn't strain its study. In this study, I focus on the love of a straight couple in the twentieth-one century and the discursive manifestations willing the amorous accomplishment. The research objective is the constitution of amorous discourse as an autonomous discourse. My investigation will be driven by the recognition of linguistic mechanisms that structure the amorous discourse; also, using the inter-discourse postulation, to analyze the mechanisms of discourse to recognize the discursive field of love; to reflect if there is different characteristics in this discourse when compared with political discourses, e.g. I start from the hypothesis that the amorous discourse is an atopic discourse belonging to discursive field of love. The atopia of this discourse is characterized by the restricted manifestation of the speakers, so I tend to justify this hypothesis though the reflection about atopia and the discursive peculiarities. Another hypothesis to analyze this discourse is the ethos and the split in ethosessence, alter-ethos and alter-essence. That made, I will verify if there are unfolding in the discourse under analysis and to confirm if this ethical manifestations occur and the effects provoked though discourse. The methodology used is the interpretation of the selected amorous discourses and the application of analysis categories: discursive field, inter-discourse and ethos. The theoretical foundation used is french discourse analysis, mainly, supported by Dominique Maingueneau works. The results of this research pointed that the amorous discourse can be considered a discourse and that love discursive field is based upon a historical and social archive. The research also showed that is possible the unfolding of ethos and its manifestations in the amorous discourse. The social issue of love was approached through seduction. The love in its discourse appeared to be strong, firm; but also fragile and manipulator.
Mulheres e violências: interseccionalidades , 2017
Os livros didáticos de história para o Ensino Médio – ao produzir e difundir sentidos para as relações sexuais, amorosas e matrimoniais entre mulheres e homens no passado –, fazem circular, entre textos e imagens, representações históricas que constroem as mulheres como corpos dóceis, amorosos, eróticos, violáveis, servis, sacrificáveis, submissos, dependentes, maternos, irracionais, fúteis e emotivos. Tais representações põe em funcionamento o “dispositivo amoroso” (NAVARRO-SWAIN, 2008) que, articulado também aos dispositivos de gênero e sexualidade, naturalizam e sustentam a inferiorização, a subordinação e as diversas formas de violência que acometem as mulheres em suas relações com os homens em nossa sociedade. Pretendemos aqui analisar os sentidos constitutivos dessas representações, além de seus dispositivos (FOUCAULT, 1988), discursos, concepções de sexo-gênero, valores, interesses, modos de funcionamento e efeitos educativos na formação das subjetividades, das relações de gênero e dos sentimentos/emoções. Dessa forma, propomos investigar as funções e regimes de verdade dessas representações, apontar e questionar a ordem discursiva e epistêmica que orienta essa produção de sentidos, e compreender os poderes que tais enunciados atendem, ativam e põe em circulação.
Revista Interinstitucional Artes de Educar
O presente artigo busca o entendimento dos desafios enfrentados pela criança queer ao lidar com a normatividade na escola, na busca por caminhos que não o da intolerância. O texto argumenta que para a sobrevivência da criança queer, a amorosidade, conceito de Paulo Freire, pode subsidiar relações baseadas no diálogo. A construção argumentativa busca analisar a amorosidade através do campo psicanalítico bem como da filosofia da diferença. Por meio de uma vinheta escolar, é relatada uma cena em uma escola pública do Estado do Rio de Janeiro, a partir da qual concluímos que a amorosidade - não só voltada à criança, mas ao resgate de um lugar de autoridade do professor - propõe uma reflexão sobre a democratização das diferenças e sobre o rompimento da invisibilidade da criança queer.
Revista Criação & Crítica, 2018
O objetivo deste trabalho é discutir a literatura escrita por mulheres de modo descentrado ao atribuído culturalmente ao feminino e à própria noção de mulher, que supõe, compulsoriamente, também a heterossexualidade. A leitura proposta tem como basilar o conceito de “outro lugar” (DE LAURETIS, 1994) para se pensar os discursos que habitam espaços dentro e fora da cultura dominante, o “ponto cego” implícito mas invisível, numa posição de contradição e resistência capaz de (re)construir e (re)inscrever o gênero. Inicialmente, busco demonstrar porque é aqui tensionada a noção de feminino, optando-se por pensar a literatura escrita por mulheres e sobre a lesbianidade como um discurso que provém desse espaço alternativo, das brechas do discurso hegemônico, ameaçando sua estabilidade. Em seguida, a obra Thérèse et Isabelle (2000) de Violette Leduc é aqui analisada para se pensar como esse discurso, cujo tema é não apenas uma experiência da mulher, mas a relação entre duas moças, se articu...
A versão mística clássica do mito do amor, mesmo transformada em retórica, convertida para o discurso religioso e depois ao ideal trovadoresco, manteve-se em um período de assunção. Por muito tempo, não houve diferença entre o amor – convívio de diferentes – e o amor – fusão total no absoluto. Contudo, essa primeira idéia amorosa de convívio é a que constituiu e mais influenciou nossa cultura ocidental, ao passo que sofre constante modificação na sua representação e entendimento através de diferentes discursos, o literário, o filosófico, o científico, que descem aos costumes, vulgarizam e dessacralizam o mito. Essas manifestações se convertem em meio que a sociedade oferece ao sujeito amoroso para que se reconcilie com a linguagem do Outro, por meio de narrativas de episódios românticos, ou em discursos ideologicamente neutros, que dão a última palavra quando se trata de amor e sexualidade, ensinando a amar adequadamente.
Uma prisão feminina em Portugal foi caso de estudo sobre práticas de leitura nesse quotidiano. Conside-ram-se teorias sobre a prisão feminina (M.I. Cunha e C.R. Fonseca) e de uma perspetiva feminista e compa-rativa (M. Bosworth, B.H. Zaitzow & J. Thomas). Para compreender o que, por que e com que significados as mulheres liam, cruzando dimensões sociais, desenhou-se uma abordagem qualitativa, metodologicamente diversificada (etnografia, entrevistas individuais e grupais com leitoras e com intermediadores), incluindo usos do espaço físico e social e do tempo, relações com familiares, com outras detidas e com pessoal prisio-nal. Analisaram-se títulos favoritos (romances cor-de-rosa, literatura industrial, light ou kitsch), tendo-se em conta gêneros literários para públicos femininos e desconstruindo-se preconceitos de gênero e classe associados à sua crítica. A interpretação foi construída com um quadro teórico diverso (A. Amorós, M. Calinescu, R. Felski, J. Radway e M. Sweeney). A análise de práticas, concetualizações e representações desvelou traços interessantes e eventualmente inesperados sobre os modos de leitura.
Resenha de "Biblioteca dos Rapazes", publicado por Rui Pires Cabral em 2012.
Capítulo de Livro "Sexualidades e Violências: um olhar sobre a banalização da violência no campo da sexualidade, 2019
Corpo, prazer e sexualidade: um diálogo possível. O tema em questão, sendo tratado no atual contexto de mundo, desafia-nos na busca por uma argumentação que tem como objetivo a integração destas três esferas-o corpo, o prazer e a sexualidade-que caminharam, de certa forma, no ocidente de forma fragmentada. No horizonte do tema geral desta jornada, "Sexualidade e transformações culturais", percebemos o quão urgente é aprofundar a integração da corporeidade, do prazer e da sexualidade dentro de um âmbito formativo e educacional. Contudo, a questão de fundo emerge com toda a sua força: como falar de corpo, prazer e sexualidade hoje? É possível pensar em uma integração destas três realidades que exprimem o mistério mais profundo do ser humano? Em que sentido pensar em um diálogo, sem levar em consideração certas tensões históricas e culturais? Mais que propor uma solução harmônica à tríade corpo, prazer e sexualidade, queremos apontar alguns desafios inerentes à temática, pois ela nos convida à busca de uma metodologia que pode encontrar no diálogo uma possibilidade de reaproximação. Cremos que é possível estabelecer uma instância dialógica com o foco de aproximar três realidades que culturalmente, por motivos antropológicos mais profundos, se distanciaram. Certamente, esta discussão só pode ser compreendida dentro do contexto de transformações culturais e éticas mais abrangentes, em momentos fundamentais da evolução do pensamento ocidental. Meu foco será o de indagar que as várias percepções sobre o corpo, o prazer e a sexualidade não são meros organismos tratados de formas distintas e às vezes contrastantes, mas advem de ANTROPOLOGIAS próprias de cada momento. A sexualidade, o corpo e prazer não podem ser tratadas de forma sistêmica se não se pergunta acerca de qual antropologia está enraizada. Queremos sensibilizar para uma "genealogia" ou "arqueologia" antropológica e filosófica como sendo o "pano de fundo" para uma discussão mais profunda. A partir desta constatação inicial, queremos propor um roteiro reflexivo, que consiste em três elementos: 1. Apresentar uma panorâmica geral das transformações culturais e os valores éticos emergentes; 2. Analisar três modelos antropológicos ocidentais (filosóficos) que deram a base para a cultura ocidental; e, 3. Apresentar um indicativo pedagógico diante do cenário. I. Dialogar em uma cultura em contínuas transformações
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Revista do Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea (UFRJ), 2019
Revista Estudos Feministas, 2021
Revista Latino-americana de Geografia e Genero, 2012
Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso
Olhar de Professor, 2009
Revista Crítica de Ciências Sociais, 2010
Revista Periódicus, 2021
A escrita como ato ético: a interface entre filosofia e literatura , 2022
Educação & Realidade, 2010