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2020
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Este numero da Revista Eutomia e dedicado ao poeta recifense Eduardo Diogenes, autor dos livros Malabarismo Cronico , A Barlavento e Ilha do Recife dos Navios.
Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp, 2019
Este trabalho tem como objetivo pensar as figurações da Ninfa na poesia moderna e contemporânea brasileira. Estudada por nomes como Giorgio Agamben, Georges Didi-Huberman e Aby Warburg, a Ninfa é, antes de tudo, um personagem teórico que encarna ou representa os conceitos fundamentais formulados pelo historiador da arte alemão Aby Warburg. Entre eles, estão a ideia de Pathosformel (fórmula de pathos) e a de Nachleben, a vida póstuma das imagens, pensada por Warburg a partir da sobrevivência dos gestos da antiguidade ao longo da cultura ocidental e expressa em um dos seus projetos principais, o atlas de imagens que ele chamou "Mnemosyne". A partir da complexidade estética e temporal de uma imagem como a da Ninfa, buscamos pensar o quanto essa figura mítica desarranja as narrativas usuais da história da literatura moderna brasileira, nos permitindo ver vínculos insuspeitados entre os momentos moderno e contemporâneo, de um lado, e momentos anteriores, sobretudo aquele período que ficou conhecido, por falta de nome melhor, como "pré-modernismo". Ou seja, ali onde os historiadores literários marcados pelo discurso do modernismo veem (ou esperam ver) sobretudo rupturas (entre a cultura literária do século XIX - que talvez possamos chamar uma cultura literária fin de siècle - e a do século XX), podemos ver antes reaparições, continuidades intermitentes, enlaces de tempos, que apontam para uma historiografia poética menos linear e mais sintomática. A Ninfa nos propõe, neste sentido, um modelo trans-histórico que implode os muros, os esquemas, os estilos, as identidades. No lugar de obras bem resolvidas, acabadas em si mesmas, propomos compreender obras como a de Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto, e, em direção ao momento contemporâneo, obras como a de Donizete Galvão e Carlito Azevedo, como obras complexas, errantes, convulsivas, que perturbam o tempo cronológico e criam uma outra temporalidade feita de anacronismos e sobrevivências. Vale ainda dizer que o que chamamos uma cultura literária fin de siècle é recuperada neste trabalho por reconhecermos no art nouveau e em sua estética do desejo o momento no qual a Ninfa, entendida enquanto forma feminina em movimento, acorre novamente à superfície, chegando ao início do século XX como uma forma sobrevivente do passado e, ao mesmo tempo, um índice histórico de sua época. A presença sintomática da Ninfa na poesia brasileira também nos permite pensar o quanto essa imagem ambígua, inapreensível, que se constitui de uma montagem e uma tensão de potências opostas, sendo ao mesmo tempo evanescente e corpórea, inocente e mortífera, impassível e erótica, tem a nos dizer sobre as próprias tensões que atravessam nossa historiografia poética. Da mesma forma, enquanto "imagem sobrevivente" que não cessa de fluir e refluir, encenando inúmeras metamorfoses (serva florentina, Salomé dançante, anjo protetor, mênade delirante, Vitória romana, Vênus impassível), a Ninfa encarna em si mesma a capacidade da poesia em resistir e reinventar-se nessa época hostil; em ser, como a Ninfa, aquela que vive depois de morta, uma espécie de fantasma do tempo.
Boletim de Pesquisa NELIC, 1999
Em maio de 1998, a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, em São Paulo, abrigou, sob o sugestivo título "O veículo da poesia", um encontro entre editores de periódicos literários e culturais. O evento se desdobrava em dois tipos de atividade — as "principais" e as "paralelas" —, desenvolvidas em dois distintos lugares. No prédio da Biblioteca, onde transcorreu o "evento principal", não se travaria uma discussão sobre questões estéticas, nem se trataria da crítica sobre poesia, nem haveria sessões de leituras de poemas — sintomaticamente, a leitura de poesia e a discussão sobre a matéria lida ocupavam o lugar de "evento paralelo", concomitante ao "evento principal", mas dele distanciado alguns quilômetros: enquanto as discussões entre os editores ocorriam na biblioteca, a poesia ficava na universidade.
Pascale Casanova, ao analisar a questão do «tempo» em relação às nações e suas produções culturais (também a literatura), afirmava que: «Il faut être ancien pour être puissant puisque le capital culturel national est constitué principalement de temps accumulé, transformé en ressources» (Casanova 2011: 15). Deixa claro que essa ancienneté é uma noção relativa e que os diferentes espaços nacionais — rivais num cenário mais amplo a nível mundial — não são iguais1 e propõe uma perspetiva dualista, indicando mesmo que não pretende criar uma visão rígida (Casanova 2011: 23), que contempla a distinção entre «literaturas menores» e «literaturas maiores». As primeiras — como já tinha comentado em A República mundial das letras — têm, em sua opinião, um vínculo muito forte com aquilo que diz respeito, entre outras, à definição do «nacional» e à própria história dessa nação (Casanova 2011: 22); e nas segundas, as mais antigas — incluída a Francesa —, essa relação ter-se-ia diluí- do, apresentando sistemas literários mais autônomos quanto a essas relações. Sendo a tradição francesa,2 em sua opinião, um claro exemplo de um sistema literário «ancien», a produção literária e cultural do Brasil estaria situada no outro polo, de «espaces littéraires les plus récemment apparus et peu dotés» (Casanova 2008: 128). Trata-se de uma perspetiva, em minha opinião, excessivamente simplificadora e reducionista. 1 Afirma também que: «Chaque espace national
Boletim de Pesquisa NELIC, 1999
Em maio de 1998, a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, em São Paulo, abrigou, sob o sugestivo título "O veículo da poesia", um encontro entre editores de periódicos literários e culturais. O evento se desdobrava em dois tipos de atividade — as "principais" e as "paralelas" —, desenvolvidas em dois distintos lugares. No prédio da Biblioteca, onde transcorreu o "evento principal", não se travaria uma discussão sobre questões estéticas, nem se trataria da crítica sobre poesia, nem haveria sessões de leituras de poemas — sintomaticamente, a leitura de poesia e a discussão sobre a matéria lida ocupavam o lugar de "evento paralelo", concomitante ao "evento principal", mas dele distanciado alguns quilômetros: enquanto as discussões entre os editores ocorriam na biblioteca, a poesia ficava na universidade.
Elyra - Rede Internacional Lyracompoetics, 2015
Resumo: A partir da leitura de obras recentes dos poetas Fabiano Calixto, Marília Garcia e Reuben da Cunha Rocha, conjugadas com teorias críticas coevas, busca-se cartografar certo desenvolvimento poético da produção nacional no início do terceiro milênio. Abstract: From the reading of recent works of poets Fabiano Calixto, Marilia Garcia and Reuben da Cunha Rocha, combined with coeval critical theories, this paper seeks to map a certain poetic development of national production at the beginning of the third millennium.
Bonecker, 2019
Este livro debruça-se sobre o texto dramatúrgico em dois períodos históricos distintos – o moderno e o contemporâneo – com o objetivo de compreender os diferentes processos históricos, sociais, estéticos e imagéticos que auxiliaram na construção de um teatro polissêmico e multifacetado. O livro busca estabelecer modos de leitura que permitam não apenas esclarecer uma prática textual específica (o gênero dramático), mas também unir essa prática textual à prática da representação. É de interesse dos autores dos capítulos que seguem compreender os diferentes deslocamentos polissêmicos no teatro e os processos de destruição e construção de diferentes formas do gênero dramático em busca de conteúdos miméticos cognoscíveis ou daqueles que desafiam a cognição, através dos processos históricos que desembocam no teatro contemporâneo, de sua produção imagética e processos de adaptação gerados por tais deslocamentos.
ABSTRACT: The visual perception of the world that spreads itself in details of form, hues and movement is a relatively rare feature in Brazilian poetry, as opposed, for instance, to that of North America. The escape from subjectivity by means of creating a gap between the seer and the seen, between the object and the poet-machine who observes it without interacting, represents, however, despite being a minoritary feature, an appealing expressive resource for the new generation of Brazilian poets and is as such approached in this article.
Resumo: Mesmo imerso na neblina do contemporâneo, este artigo se propõe a esboçar um panorama da poesia brasileira dos anos 1980 em diante e, para tanto, recupera alguns estilemas da chamada poesia marginal, balizada pela década ditatorial dos anos setenta do século passado. De modo complementar, traz análises breves de poemas de Augusto de Campos (1988), Nelson Ascher (1993) e Nicolas Behr (1993), e de quatro poemas publicados nos anos 2000 – de Antonio Carlos Secchin, Ricardo Silvestrin, Maria Lúcia Dal Farra e Fábio Rocha. Palavras-chave: Poesia brasileira contemporânea, Forma e história, Crítica literária.
Letras de Hoje, 2006
publicada em 1813 são os marcos pioneiros na instituição da história da literatura no Brasil, considerada então ramo da portuguesa. Em 1826, Ferdinand Denis distinguirá poetas e períodos da produção já propriamente brasileira no seu Resumo da história literária de Portugal, seguida do resumo da história literária do Brasil.
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e-scrita - Revista do curso de Letras da Uniabeu, v. 15, n. 1, 2024 , 2024
100 Futurismo, 2018
História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, 2017
UFSC, 2020
Jangada: crítica | literatura | artes
Texto Poético, 2014
Signótica, 2016
A biblioteca pública e a universidade: literatura brasileira no XXI - acervo, acesso, leitura e criação, 2021
Maria de Fátima Gonçalves Lima, 2020
Meridional Revista Chilena de Estudos Latinoamericanos, 2018
Guairacá Revista de Filosofia, Guarapuava-PR, V37, N1, P. 1-5., 2021
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação