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2010, Cadernos Cespuc De Pesquisa Serie Ensaios
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O objetivo do presente artigo é expor uma análise do romance O quase fim do mundo (2008), de Pepetela, a partir da catástrofe nele presente: seu tipo, seus motivos e suas consequências, de modo que possamos também perceber as concepções do autor em relação à humanidade e a seus rumos, pois, como consabido, a literatura pós-independência nos países africanos de língua portuguesa revela-se como um espaço propício para se discutirem tópicos da ordem do dia. Antes de passarmos à nossa leitura, sucintamente, temos que, em Pepetela, o dito quase fim do mundo ocorre propositadamente e por meio de artefato possibilitado pela evolução tecnológica -o denominado "Feixe Gama Alfa". Nós leitores somos remetidos, inevitavelmente, ao nazismo, pois que os motivos são os mesmos: exterminar todos
The Angolan writer Pepetela has in his compose the work O quase fim do mundo (2008), wherein creates conditions for the resumption of humanity from few survivors of a catastrophe, which puts it in the list of eschatological discourses. Its differential, in our view, will be in the discussions raised about the african reality, especially Angola. Thus, there is in novel the formation of a society from mainly African values, since Africa emerges as the central space of the new era -the selected individuals are, almost entirely, from this continent, where rebuild their lives and the past that will be leave as History. In parallel, it is possible to relate the story and its elements to the formulation of a new utopia, this time prioritizing characteristics over those imported (unless re-read from the viewpoint location). However, the author knows the complexity of the feat and does not shirk from pointing and discuss barriers. With the book OQFM, Pepetela backs to put in question the direction and projects of his country, placing it in the production aesthetic-political of Angolan literature in Portuguese.
2017
O objectivo do texto é o de reflectir sobre a moderna literatura fantástica a partir da análise do romance O quase fim do mundo (2008), de Pepetela. Esse romance encena a catástrofe que ocorre no mundo, provocada por armas de destruição em massa, que eliminam praticamente todos os seres humanos e várias espécies de animais que vivem na Terra. Observa-se o aparecimento de novos, múltiplos e inusitados mundos, suscitando o deslocamento do mundo real, que não é negado, mas sim apresentado como o fruto do desenvolvimento da ciência e de um novo estatuto do humano. Após essa catástrofe, surge uma nova era com novos modos e condições de vidas diferentes, abrindo a possibilidade para a emergência de uma verdadeira sociedade comunitária. Entretanto, isso não ocorre como previsto, pois, embora haja sinais positivos tais como uma sociedade mais igualitária, também surgem sinais de elementos contrários, como diferenças étnicas e o provável retorno do antigo modo de vida de uma sociedade divida em classes sociais, com tudo o que isso pode representar. O romance também nos revela como o conceito de verdade absoluta pode ser questionado e pode também dar lugar a outras verdades, promovendo deslocamentos históricos e estéticos trazidos pelos novos escritores africanos e suas poéticas.
Abril – NEPA / UFF, 2015
O presente trabalho tem como objeto de estudo o romance O quase fim do mundo, do escritor angolano Pepetela. Obra impactante que relata a situação vivenciada por um pequeno grupo de sobreviventes de uma catástrofe mundial, provocada pelo lançamento de raios de uma arma de destruição em massa, criada por fanáticos da intolerância. O estudo parte do conceito de alegoria, do modo como Walter Benjamin a concebe, para, em seguida, situar as representações dos personagens, do tempo e do espaço, na estrutura romanesca. A feição simbólica da catástrofe será debatida, a partir de uma visão dual, tendo em vista que toda ruína engendra um novo começo. Os sobreviventes tiveram que primeiro tentar entender os sentidos do desastre para, depois, começarem a reestruturar suas vidas em outras bases. A relação dos personagens-sobreviventes com os bens de consumo: dinheiro, jóias, roupas, carros, aviões, mereceu também a nossa atenção, porque os “valores de uso e de troca” de produtos são totalmente...
Brumal. Revista de investigación sobre lo Fantástico, 2017
O objectivo do texto é o de reflectir sobre a moderna literatura fantástica a partir da análise do romance O quase fim do mundo (2008), de Pepetela. Esse romance encena a catástrofe que ocorre no mundo, provocada por armas de destruição em massa, que eliminam praticamente todos os seres humanos e várias espécies de animais que vivem na Terra. Observa-se o aparecimento de novos, múltiplos e inusitados mundos, suscitando o deslocamento do mundo real, que não é negado, mas sim apresentado como o fruto do desenvolvimento da ciência e de um novo estatuto do humano. Após essa catástrofe, surge uma nova era com novos modos e condições de vidas diferentes, abrindo a possibilidade para a emergência de uma verdadeira sociedade comunitária. Entretanto, isso não ocorre como previsto, pois, embora haja sinais positivos tais como uma sociedade mais igualitária, também surgem sinais de elementos contrários, como diferenças étnicas e o provável retorno do antigo modo de vida de uma sociedade divida em classes sociais, com tudo o que isso pode representar. O romance também nos revela como o conceito de verdade absoluta pode ser questionado e pode também dar lugar a outras verdades, promovendo deslocamentos históricos e estéticos trazidos pelos novos escritores africanos e suas poéticas.
Revista Mulemba, 2013
O artigo propõe uma análise do romance O quase fim do mundo (2008), de Pepetela, como uma narrativa que sugere a alternativa africana para o argumento cinematográfico desenvolvido no filme Eu sou a lenda (2007). Para tanto, desenvolve-se a ideia da adaptação cinematográfica, como pressuposto preliminar para o grande desvio literário de Pepetela.PALAVRAS-CHAVE: literatura, cinema, adaptação, polifonia, distopia.
Revista Mulemba
Neste artigo é apresentado um esboço panorâmico da recepção da obra de Pepetela pela crítica literária brasileira, particularmente, na obra Portanto Pepetela. Expõem-se e comentam-se algumas leituras de romances do autor, entre eles, Mayombe, A geração da utopia, O desejo de Kianda, Parábola do cágado velho e Os pedadores. Enfocam-se temas como a história recente, o marxismo e a crítica do poder.PALAVRAS-CHAVE: Pepetela, crítica literária brasileira, marxismo, poder político.
2014
Este texto apresenta as possibilidades de aproximacoes entre a critica pos-colonial e a narrativa contemporânea angolana. A partir das propostas dessa critica, propomos uma leitura de A Gloriosa Familia : o tempo dos flamengos, de Pepetela, pautado na releitura da grande narrativa e insercao do discurso do subalterno. Nestes caminhos, apontamos a critica pos-colonial como via interpretativa da ficcao pepeteliana que articula diferentes fronteiras do texto e da textualidade pos-colonial.
A partir de alguns romances de Pepetela, aborda-se neste texto a relação entre Literatura e História. O recurso à História e/ou à memória é um dos leitmotive mais recorrente na obra deste escritor angolano. A ficcionalidade da História torna-se forma de escrever a construção da angolanidade através do olhar "de dentro".
E-Revista de Estudos Interculturais do CEI – ISCAP N.o 4, maio de 2016, 2016
O objectivo do presente ensaio é o de levar a cabo uma análise da questão da contemporaneidade na obra do autor angolano Pepetela (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos), a partir da base teórica de “Contemporâneo como intempestivo” elaborada pelo filósofo Giorgio Agamben. Num contexto complexo como o de Angola em formação, numa realidade mergulhada nos problemas duma nação multi étnica e com um passado colonial marcado, a luta pela conquista duma identidade comum e da liberdade individual constituem umas das preocupações principais, unidas às complexas relações com o que permanece da cultura do colonizador.
Revista Fórum Identidades, 2021
O presente texto tem como objetivo analisar as estratégias discursivas e textuais presentes em Mayombe (2013 [1980]) e O planalto e a estepe: Angola, dos anos 60 aos nossos dias. A história real de um amor impossível (2009), de Pepetela, no trânsito paratexto, texto e contexto. À luz da noção de “paratexto autoral”, de Gérard Genette (2009 [1987]), articulam-se o nome do autor, o título e a dedicatória à instância narrativa e ao espaço. Como o paratexto coloca-se em relação ao texto, o pseudônimo Pepetela orienta a ótica para os narradores, e o título e a dedicatória suscitam o espaço. Assim, tanto os narradores quanto as geografias espaciais conectam-se ao eixo comum nas duas obras: a convivência entre diferentes grupos e sujeitos e suas diversas formas sociais e culturais.
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O mundo às avessas: uma leitura semiótica do romance Vidas Secas, 2021
Revista Scripta Uniandrade, 2013
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 2005
Revista Fim do Mundo, 2020
Via Atlântica, 1999
Estudos Linguísticos e Literários, 2016
Metamorfoses - Revista de Estudos Literários Luso-Afro-Brasileiros, 2018
Alter: Revista de Filosofia e Cultura | Potências Marginais, 2024
Estado da Arte - Revista de Cultura, Artes e Ideias do Estadão, 2020
Revista Espaco Academico, 2013
Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 2022
Pandaemonium Germanicum, 2018